sexta-feira, 30 de março de 2012

O talento esquecido

No mercado da vida, observamos os talentos da Providência Divina fulgurando na experiência humana, dentro das mais variadas expressões. Talentos da riqueza material, da intelectualidade brilhante, da beleza física, dos sonhos juvenis, dos louros mundanos, do brilho social e doméstico, do poder e da popularidade.
Alinham-se, à maneira de joias grandes e pequenas, agradáveis e preciosas, estabelecendo concorrência avançada entre aqueles que as procuram.
*
Há, porém, um talento de luz acessível a todos. Brilha entre ricos e pobres, cultos e incultos. Aparece em toda parte. Salienta-se em todos os ângulos da luta. Destaca-se em todos os climas e sugere engrandecimento em todos os lugares.
E o talento da oportunidade, sempre valioso e sempre o mesmo, na corrente viva e incessante das horas.
É o desejo de doar um pensamento mais nobre ao círculo da maledicência, de fortalecer com um sorriso o ânimo abatido do companheiro desesperado, de alinhavar uma frase amiga que enterneça os maus a se sentirem menos duros e que auxilie aos bons a se revelarem sempre melhores, de prestar um serviço insignificante ao vizinho, plantando o pomar da gratidão e da amizade, de cultivar algum trato anônimo de solo, onde o arvoredo de amanhã fale sem palavras de nossas elevadas intenções.
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Acima de todos os dons, permanece o tesouro do tempo.
Com as horas os santos construíram a santidade e os sábios amealharam a sabedoria.
É com o talento esquecido das horas que edificaremos o nosso caminho, no rumo da Espiritualidade Superior, na aplicação silenciosa com o mestre que, atendendo compassivamente às necessidades de todos os aprendizes, prometeu, com amor, não somente demorar-se conosco até ao fim dos séculos terrestres, mas também asseverou, com justiça, que receberemos individualmente na vida, de acordo com as nossas próprias obras.
Pelo Espírito Emmanuel / Chico Xavier - Caridade. Espíritos Diversos. IDE.
Reflexão Espírita
* * * Estude Kardec * * *

quinta-feira, 29 de março de 2012

Grão de mostarda

Em uma parábola, Jesus afirma que o Reino dos Céus é semelhante a um grão de mostarda que um homem semeou no seu campo.

Embora seja a menor das sementes, ao crescer se torna a maior das plantas e faz-se uma árvore, que abriga as aves do céu.

Como sempre acontece em se tratando de parábolas, são possíveis muitas interpretações.

Uma delas reside na necessidade de se prestar atenção em questões aparentemente ínfimas.

Raras pessoas costumam pensar com seriedade a respeito da vida e dos deveres que ela lhes apresenta.

Muitos homens, investidos de importantes responsabilidades, evidenciam paixões nefastas e destruidoras, seja no campo dos sentimentos, dos negócios, da família ou das relações sociais.

Por conta dessas paixões, oferecem tristes espetáculos de conduta indigna.

As mentes desequilibradas pela irreflexão encontram-se por toda parte.

Isso evidencia um descuido com as coisas mínimas.

O coração humano muitas vezes parece um campo abandonado.

Por falta de cuidado, nele crescem ervas daninhas que, com o tempo, produzem grandes tragédias.

Todo grave desequilíbrio surge lento na rota humana.

Embora a aparente sensatez, quem de repente comete uma baixeza pensou nela durante algum tempo.

Permitiu que a ideia má crescesse, empolgasse seu coração e finalmente tomasse conta de sua vida.

O homem nunca deve esperar colheitas milagrosas.

Ele precisa amanhar a terra de seu coração e cuidar do plantio.

A semente de mostarda constitui o pensamento, a palavra e o gesto.

Muitos falam bastante em humildade, mas nunca revelam um gesto de obediência.

Contudo, ninguém jamais realizará a bondade em si se não começar a ser bom nas ocasiões mais singelas.

Alguma coisa pequenina há de ser feita, antes de ser edificada uma obra grandiosa.

Extrai-se facilmente da mensagem de Jesus que o Reino de Deus está dentro de cada um.

Portanto, é no seu íntimo que o homem deve construí-lo.

É no interior que se desenvolve o trabalho da realização Divina.

A maior floresta do mundo começou de sementes minúsculas.

O mesmo se dá com o ser humano.

Se ele se permite pequenos pensamentos infelizes e gestos indignos, caminha para a vivência de graves males.

Entretanto, pode decidir cuidar das coisas pequenas, prestar atenção no que pensa, diz e faz em seu cotidiano.

Se cuidar das coisas pequenas, crescerá em força, paz e virtudes.

É preciso semear na própria vida os ínfimos grãos da gentileza, da conversa sadia e dos hábitos dignos.

Essa pequenina semeadura com o tempo se converterá na plenitude íntima de quem possui uma larga faixa de céu no coração.

Pense nisso.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 35 do livro Os
mensageiros, pelo Espírito André Luiz, psicografia de
Francisco Cândido Xavier, ed. Feb. 27.03.2012

quarta-feira, 28 de março de 2012

Ao encontro da Fé


“Não é a fé que deve procurar essas pessoas,
 mas elas é que devem procurá-la e,
 se o fizerem com sinceridade, a encontrarão.”
“O Evangelho Segundo o Espiritismo” – Cap. XIX, item 7.

 Muitos são os que vivem na Terra em expectativa do socorro celeste, sem que, no entanto, nada façam para obtê-lo.
Contam-se aos milhares os que cruzam os braços, esperando pela intercessão divina, como se Deus, que os colocou no mundo, tivesse a obrigação de lhes suprir todas as necessidades...
Equivocam-se, porém, os que assim se posicionam. Que o pai tudo facilitaria para o filho, impedindo o seu crescimento no suor que deve verter em seu próprio benefício?
A semente, para germinar, carece, com base no esforço que lhe diz respeito, romper o envoltório em que se encarcera; a fonte não alcançaria o rio, caso não se dispusesse a sair da nascente...
Tudo obedece a invariável dinâmica, em que a própria Vida em si se estrutura.
A fé é uma conquista individual, fruto da maturação psíquica do ser que, finalmente, logrou subir a níveis mais altos de entendimento.
Os tesouros espirituais devem ser procurados com maior determinação com que o homem, por exemplo, lança-se à tarefa do enriquecimento material, locupletando-se dos bens transitórios da existência.
A fé jamais se interessará pelos indiferentes e comodistas, pelos que não se dispõem a caminhar ao seu encontro, tomando a iniciativa do primeiro passo.
As curas realizadas por Jesus alicerçam-se na fé de quantos foram tocados por suas mãos e suas palavras, sendo que, no episódio da mulher hemorroíssa, partiu dela a iniciativa de ticar em suas vestes, ficando instantaneamente curada.
Que o homem, pois, não aguarde por manifestações retumbantes do Mundo Espiritual com a finalidade de crer que a vida continua... Todas as manifestações capazes de induzi-lo à fé duradoura deverão acontecer em seu mundo íntimo!
Pedi e Obtereis – Carlos A. Baccelli / Irmão José

terça-feira, 27 de março de 2012

Especial gratidão

A gratidão é um sentimento nobre. Somente almas de superior qualidade a externalizam.
Quase sempre, o bem que se recebe é esquecido, tão logo circunstâncias outras se apresentem.

Mas, aquele garotinho de quatro anos era mesmo um ser especial. Quando começou a passar mal, seus pais o levaram ao médico. Os sintomas de vômito, febre e dor na barriga foram diagnosticados como gastroenterite.

O diagnóstico errado conduziu o pequenino a uma cirurgia de emergência. Um apêndice perfurado causara um grande estrago interno. De tal forma que o médico optou por deixar a incisão aberta e dois drenos.

Todas as manhãs, o médico vinha verificar a incisão e fazer o curativo. O garotinho gritava feito louco durante essas visitas.
E começou a associar o médico com tudo de ruim que lhe estava acontecendo.
Durante uma semana, os drenos deixaram escorrer o veneno de dentro do seu corpo de apenas dezoito quilos.
A melhora se instalou e pai, mãe e filho se dispuseram a deixar o hospital. Já no elevador, com as portas começando a fechar, eles viram o médico correr em sua direção.
Um exame de sangue de última hora havia detectado uma queda radical na contagem de glóbulos brancos.
O menino retornou para a cirurgia para limpeza de novas bolsas de infecção no seu abdômen.

Finalmente, depois de vários dias de tratamento, muitos sustos para os pais, que viram a sombra da morte colocar suas cores no rosto do filho, eles foram para casa.
Agora, outro problema se apresentava: as contas a pagar. O pai ficara muito tempo afastado da atividade profissional, por conta da enfermidade do filho.

Havia contas domésticas, da empresa e, acrescidas, ademais, por enormes contas hospitalares. A primeira dessas era de trinta e quatro mil dólares.
Poderia ser um milhão, disse o pai. Tanto faz. Não tenho como levantar essa quantia.

Não podemos pagar isto agora, disse ele para a esposa.
Naquele exato momento, o filho veio da sala e surpreendeu o casal com uma estranha declaração. Ele ficou de pé na extremidade da mesa, colocou as mãos na cintura e falou:

Papai, Jesus usou o doutor para ajudar a me consertar. Você precisa pagar a ele.
Então, se virou e saiu. Marido e mulher se entreolharam. O que fora aquilo?

Ambos foram pegos de surpresa, de vez que o garoto entendera que o cirurgião era a fonte de todas as apalpadelas, cortes, espetadelas, drenagens e dores.
E o pai ficou a pensar como fora estranha aquela proclamação na cozinha. Afinal, quantas crianças de quatro anos analisam as angústias financeiras da família e exigem o pagamento para um credor?

E, principalmente, um credor de quem ele nunca gostou particularmente...
*   *   *
Os que ouvimos a história dessa família concluímos: o garoto estava agradecido e, na sua gratidão, não podia deixar de pedir que quem o salvara da morte, recebesse o seu justo pagamento.

Deixemo-nos contaminar por esse belo sentimento e recordemos se a alguém ou a vários alguéns não estamos devendo expressões de gratidão.
Pensemos nisso.

Redação do Momento Espírita, com base nos caps. Nove, dez e
onze, do livro O céu é de verdade, de Todd Burpo, com Lynn
Vincent, ed. Thomas Nelson Brasil. 26.03.2012

domingo, 25 de março de 2012

Força da fé

A fé religiosa, assentada nas sólidas bases da razão, constitui equipamento de segurança para a travessia feliz da existência corporal.

Luz acesa na sombra, aponta o rumo no processo humano para a conquista dos valores eternos.

O homem sem fé é semelhante a barco sem bússola em oceano imenso.

Quando bruxuleia a fé, e se apaga por falta do combustível que a razão proporciona, ei-lo a padecer a rude provação de ter que seguir em plena escuridão, sem apoio nem discernimento.

A fé pode ser comparada a uma lâmpada acesa colocada nos pés, clareando o caminho.
*
Sustenta a tua fé com a lógica do raciocínio claro.

Concede-lhe tempo mental, aprofundando reflexões em torno da vida e da sua superior finalidade.

Exercita-a, mediante a irrestrita confiança em Deus e na incondicional ação do bem.

A fé é campo para experiências transcendentes, que dilatam a capacidade espiritual do ser.

Com o dinamismo que a fé propicia, cresce nas tuas aspirações, impulsionando a vontade na diretriz da edificação de ti mesmo, superando impedimentos e revestindo-te de coragem com que triunfarás nos tentames da evolução.

Conforme a intensidade da tua fé, agirás, fazendo da tua vida aquilo em que realmente acreditas.

FRANCO, Divaldo Pereira. Episódios Diários. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL. Capítulo 45.

* * * Estude Kardec * * *

Preciosidade do corpo

Na manhã clara, subimos a rua em direção ao trabalho. Novamente, ao chegarmos frente à casa em plena reforma, paramos.

Desde algumas semanas, quando os trabalhos começaram a dar uma nova forma à moradia, passamos a admirar o esmero em cada detalhe.

A cada dia, a casa se tornava mais bonita, ampla, semelhando espetacular mansão, enchendo os olhos de quem passa.

Há beleza no conjunto e nas particularidades, desde as lajes da entrada aos canteiros do jardim. Do telhado novo, pintado, aos contornos das janelas ovais.

Enquanto a admirávamos outra vez, intimamente pensando no bom gosto dos seus proprietários, o dono da casa chegou ao portão e, vendo-nos embevecidos na contemplação, entabulou conosco animada conversação.

Falamos de nossa admiração pelo conjunto arquitetônico e ele passou a dizer do tanto ainda por fazer e por gastar, não deixando de mencionar o quanto já despendera na obra.

Foi então que, olhando detidamente nosso interlocutor nossa admiração atingiu o auge.

O homem apresentava-se com a barba de dias por fazer, os cabelos em desalinho e na boca, raros e esparsos dentes estragados.

Enquanto ele não cessava de falar a respeito dos projetos a executar em sua moradia, uma idéia nos acudiu.

O homem estava muito preocupado com a casa que lhe abrigava o corpo. Contudo, esquecia-se de cuidar do corpo que lhe abrigava a alma imortal.

Quanto descuido! E logo com o sagrado instrumento do Espírito que é o corpo.

Quantos de nós assim procedemos? Gastamos muito em jóias, perfumes, carros, viagens, lazer, aparelhos sofisticados que nos atendam aos sentidos e descuramos de atender o corpo.

Quantos nos recordamos de buscar o médico periodicamente, consultar o dentista, submetermo-nos a exames clínicos e laboratoriais regularmente?

A grande maioria de nós somente comparece aos consultórios médicos e odontológicos quando a enfermidade já se apresenta em adiantado estágio.

No entanto, desatender às necessidades do corpo é desatender a lei de Deus.

Instrumento que nos é concedido por empréstimo, o teremos de devolver, com as contas do quanto dele nos servimos e como o tratamos.

Se perecer antes, por descuido nosso, teremos que dar contas, tal qual o servidor do instrumento que lhe é confiado para uma tarefa.

Repensar valores é sempre oportuno.


 * * *
  O corpo é concessão de Deus para o Espírito aprender e agir, valorizando os recursos disponíveis.

O corpo é veículo com que a Divindade honra o ser imortal, facultando-lhe a ascensão aos planos celestes.

Cuidá-lo, atendê-lo em suas necessidades é dever da alma agradecida pela oportunidade recebida.
 - -
Redação do Momento Espírita, com frases finais colhidas no verbete Corpo, do livro Repositório de sabedoria - v. 1, pelo espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.

sexta-feira, 23 de março de 2012

Significativa mensagem

Desde o dia 02 de Novembro de 1959, quando em companhia do Dr. João Pereira de Castro, jornalista Edgar Andrade do Nascimento e Costake Gabriades, todos sócios – trabalhadores do C. E. Padre Zabeu, estive assistindo prazerosamente a uma Sessão Espírita em Uberaba, ocasião em que, pela psicografia de Francisco Cândido Xavier, meu filho, Antonio Juvenal, com auxílio Divino, teve a oportunidade de comunicar-se comigo. Guardo a mensagem original, com muito carinho para, periodicamente relê-la e procurar seguir os ensinamentos nela contidos.

No dia de Natal de 1955, com sete anos de idade, após haver caído de uma janela de minha residência, seu espírito partiu para uma esfera melhor, de onde, na data de 2/11/59, comunicou-se amorosamente com seu saudoso pai, porém confiante na ajuda de Jesus.

Neste Natal – decorridos 44 anos – decidi, depois de meditar profunda e sensatamente, transcrever neste jornal, as palavras tão esperadas e queridas de quem sempre será amado e respeitado, para que vocês, leitores amigos, constatem a grandeza e a sensatez de seu pronunciamento, e continuem confiantes na ajuda Divina, que jamais nos faltará.

Nicanor Mattos Ventura

“Meu querido Paizinho,

Deus nos ampare sempre.

Com a felicidade que o seu coração amoroso me deu, estou cultivando a felicidade maior. Felicidade que compramos com lágrimas, felicidade que o Senhor o nosso Eterno Amigo – nos concedeu em seus caminhos abençoados...

É por isso que seu filho, ao escrever-lhe, ansioso, um dia, volta hoje, feliz, para agradecer-lhe.

Nossa tarefa agora é assim como um dia claro que nasce de noite escura e, de mãos entrelaçadas, caminharemos...

Não importa estejamos desconhecendo o que a Vontade de Deus nos reserva amanhã. Buscaremos as mãos de Jesus que nos guiarão para o grande futuro. Com Ele, meu Paizinho, saberemos converter as pedras e espinhos em flores e pães, flores de esperança e pães de amor que repartiremos com os nossos irmãos da estrada.

A alegria chega verdadeiramente para nós, quando chegamos a esquecer as nossas tristezas, fortalecendo a alegria dos outros.

E vejo essa verdade em sua doce confiança, a estampar-se no sorriso que lhe enriquece a alma boa...

A tempestade passou. Não há cousa alguma a perdoar.

Há somente a sombra por esquecer, porque todos nós, meu Paizinho, somos espíritos devedores na Lei de Deus.

Continuemos aumentando assim, a nossa família espiritual.

Nosso templo de amor é a moradia real e aqueles meninos de rosto triste e por vezes atormentando são também seus filhinhos, tanto quanto aquelas mãezinhas sofredoras e aqueles homens doentes que procuram a nossa casa de fé são também minhas mães e meus pais queridos.

Essa compreensão, Papai, é o nosso maior salário e, com ele, adquiremos a nossa união maior, no porvir imenso.

Seja quais forem as nossas lutas e provações, sigamos para diante estendendo os braços e auxiliando como pudermos.

Agora, estamos juntos de maneira mais íntima. Sua paz é minha paz e seu trabalho é também meu. Agradeçamos, desse modo, a dor que nos despertou para um novo sentido. E esperemos que os outros também acordem... Dizendo assim, não desejo que sofram, mas que nos compartilhem o novo júbilo e o novo equilíbrio de que o serviço espiritual nos reveste.

Estamos em prece pela Mãezinha querida e rogamos a Jesus a fortaleça e abençoe sempre.

Nossa Dulce receberá o Amparo Divino em sua esperança e nós dois seguiremos com Jesus para a tarefa santificante, seguindo o nosso ideal.

Ajude o nosso irmão Edgar em seu ministério na verdade de Cristo. Sou pobre, bem pobre ainda, mas procuro resgatar, junto dele e junto de nossa irmã Eurídice o débito de amor em que nos empenhamos, porque o nosso Edgar não tem sido somente nosso irmão, mas nosso benfeitor de todos os momentos. (1)

Papai, confio em que seu espírito avançará, como sempre, sereno e valoroso para a vanguarda. Jesus brilha a nossa frente, convidando-nos a servir. Creia que, buscando melhorar e aprender – melhorar a mim mesmo e aprender as lições da vida – tenho na sua ternura e na sua fé o alimento de que preciso para estimular minhas forças.

Abrace Vovó Elisa por mim e a todos os nossos do coração e receba em seu carinho, que é minha riqueza, todo o carinho e toda a fidelidade, todo o reconhecimento e todo o amor de seu Filhinho,

Antonio Juvenal.”
(1) À época do sucedido, o Edgar dirigia as Sessões de Incorporação do C. E. Padre Zabeu.
Jornal Cáritas - Nº 348 - Outubro a Dezembro de 1999

quarta-feira, 21 de março de 2012

O mundo está acabando


 Não é novidade a previsão de que o mundo vai acabar. As culturas milenares ou doutrinas recentes, pregadores de hoje ou profetas do ontem se fizeram arautos do fim do mundo.
 Alguns previram explosões e convulsões intensas avassalando imensas regiões.
 Outros, imaginaram grandes asteróides se chocando com a Terra, convulsionando de tal forma a harmonia do planeta, que a vida humana se tornaria impossível, sendo destruída em sua totalidade.
 Alguns fanáticos promoveram suicídios coletivos, antecipando a catástrofe que, imaginavam eles, se daria brevemente.
 Não foram poucos aqueles que marcaram data, ano, na exatidão do calendário que se escoava e que teimava em não cumprir a previsão catastrófica.
 Poucos, porém, se deram conta de que o mundo há muito tempo vem acabando.
 Onde está o mundo onde as mulheres não tinham direitos sociais, eram proibidas de votar, não podiam frequentar a escola?
 Esse mundo acabou, resistindo apenas em alguns rincões de ignorância e miséria moral.
 Como falar, então, do mundo onde as cartas levavam meses para encontrar seu destino, onde as notícias eram poucas e raras, onde sabia-se de pouco e pouco se difundia?
 Esse mundo também acabou, substituído por um mundo melhor, onde a tecnologia nos aproxima, nos beneficia, coloca luzes nos mais distantes lugares do mundo, minimizando as dores e dificuldades.
 Analisando assim, é verdade que o mundo está acabando. Não da maneira violenta e definitiva como imaginavam tantos, nem tampouco de forma irreversível e avassaladora como pregaram outros.
 É natural da evolução humana que o mundo vá se acabando, para que outro mundo se construa, na marcha inevitável do progresso e da melhora.
 Mesmo a guerra, as grandes catástrofes naturais, os desastres são previstos nas leis de Deus para que o progresso ganhe marcha e a melhora se instale para todos.
 Nesses dias de transição que ora passamos, é urgente que o mundo também se acabe.
 Mas esse mundo que deve ser extinto é o mundo da violência que palpita dentro de nós.
 Temos que ajudar a dar fim ao mundo de injustiça que, muitas vezes, permitimos que se dê sob os nossos olhos.
 Devemos colaborar para o fim de um mundo de iniquidades, de desigualdades, de fome e miséria que ainda se estende por tanta parte e para tantos.
 É verdadeiramente urgente que esse mundo todo se acabe. E que um novo mundo se inicie em nossa intimidade e, aos poucos, possamos colaborar para que nosso planeta ganhe outras paisagens e outros valores.
 Só assim dia virá em que olharemos para esses dias que ora se passam e teremos a certeza de que o mundo acabou. E que no lugar dele, um mundo de paz, harmonia e justiça se instaurou, para nunca mais acabar.
Redação do Momento Espírita

terça-feira, 20 de março de 2012

Cuidando do Corpo


Deepak Chopra é médico formado na Índia, com especialização em Endocrinologia nos Estados Unidos, onde está radicado desde a década de setenta.

Filósofo de reputação internacional, já escreveu mais de três dezenas de livros, sendo um dos mais respeitados pensadores da atualidade.

A respeito do ser humano saudável, ele escreveu: Somos as únicas criaturas na face da Terra capazes de mudar nossa biologia pelo que pensamos e sentimos!

Nossas células estão constantemente bisbilhotando nossos pensamentos e sendo modificadas por eles.

Um surto de depressão pode arrasar nosso sistema imunológico.

Apaixonar-se, ao contrário, pode fortificá-lo tremendamente.

A alegria e a realização nos mantêm saudáveis e prolongam a vida.

A recordação de uma situação estressante, que não passa de um fio de pensamento, libera o mesmo fluxo de hormônios destrutivos que o estresse.

Nossas células estão constantemente processando as experiências e metabolizando-as, de acordo com nossos pontos de vista pessoais.

Quando nos deprimimos por causa da perda de um emprego, projetamos tristeza por toda parte no corpo. A produção de neurotransmissores, por parte do cérebro, se reduz. Baixa o nível de hormônios. O ciclo de sono é interrompido.

As plaquetas sanguíneas ficam mais viscosas e mais propensas a formar grumos. Os receptores neuropeptídicos, na superfície externa das células da pele, se tornam distorcidos.

E, até nossas lágrimas passam a conter traços químicos diferentes das lágrimas de alegria.

Contudo, nosso perfil bioquímico é alterado, quando nos encontramos em nova posição.

A ansiedade por causa de um exame acaba passando, assim como a depressão por causa de um emprego perdido.

Assim, se desejamos saber como está nosso corpo hoje, basta que nos recordemos do que pensamos ontem.

Se desejamos saber como estará nosso corpo amanhã, será suficiente que examinemos nossos pensamentos hoje.

Abrir nosso coração para a  alegria, às coisas positivas é medida salutar. Se desejamos gozar de saúde física, principiemos a mudar nossa maneira de pensar.

Não foi por outro motivo que o Celeste Médico das nossas almas, conhecedor profundo de todas as leis que regem nosso planeta, foi pródigo em exortações como:

Não vos inquieteis, dizendo: "Que comeremos" ou "Que beberemos", ou "Que vestiremos"?

Pois estas coisas os gentios buscam. De fato, vosso Pai Celestial sabe que necessitais de todas estas coisas.

Portanto, não vos inquieteis com o amanhã, pois o amanhã se inquietará consigo mesmo! Basta a cada dia o seu mal. Com isso, recomendava que não nos deixássemos abraçar pela ansiedade.

E mais: Andai como filhos da luz.

Ora, os filhos da luz iluminam, vibram positivamente, porque luz tem a ver com tudo de bom.

Pensemos nisso e cultivemos saúde física. Afinal, necessitamos de um corpo saudável para bem atender os compromissos que nos cabem.

Que se diria de quem não cuidasse de seu instrumento de trabalho?

 Redação do Momento Espírita, com dizeres do texto Mutantes, de Deepak Chopra e dos versículos 31, 32 e 34 do cap. 6 do Evangelho de Mateus. 19.03.2012.

sábado, 17 de março de 2012

Cada servidor em sua tarefa

“Todo aquele, pois, que escuta as minhas palavras e as pratica assemelhá-lo-ei ao homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha.”
Jesus - Mateus, 7: 24.
“Todos os que reconhecem a missão de Jesus dizem: “Senhor! Senhor! Mas de que serve lhe chamarem Mestre ou Senhor, se não lhe seguem os preceitos?” Cap. 18, 9.

No campo da vida, cada inteligência se caracteriza pelas atribuições que lhe são próprias.

Seja nos recintos da lei, nos laboratórios da ciência, no tanque de limpeza ou à cabeceira de um doente, toda pessoa tem o lugar de revelar-se.

Não te afirmes, desse modo, inútil ou desprezível.

E, atendendo ao trabalho que o mundo te reservou, não te ausentes da ação, alegando que todos somos iguais e que, por isso mesmo, não adianta fatigar-se alguém por trazer a nota, em que se particulariza, à sinfonia do Universo.

Sim, todos somos iguais, na condição de criaturas de Deus, e todos nos identificaremos harmoniosamente uns com os outros, no dia da suprema integração com a Infinita Bondade, mas, entre a estaca de partida e o ponto de meta, cada um de nós permanece, em determinado grau evolutivo, com aquisições especificas por fazer, conquanto estejamos sob o critério imparcial das leis eternas, que funcionam em regime de absoluta igualdade para nós todos.

Em cada fase de realização do aprimoramento espiritual, como acontece, em cada setor de construção do progresso físico, preceituam os fundamentos divinos seja concedida a cada servidor a sua própria tarefa.

Isso é fácil de verificar nos planos mais simples da natureza.

Num trato de solo, as expressões climáticas são as mesmas para todas as plantas, contudo, a sarça não oferece laranjas e nem mamoeiro deita cravos.

Na moradia vulgar, o alicerce é uniforme na contextura, mas teto não substitui a parede e nem a porta desempenha as funções do piso.

Na produção da luz elétrica, a força é idêntica nos condutos diversos, no entanto, o transformador não serve de fio e nem a tomada efetua a obra da lâmpada.

No corpo humano, embora o sangue circule por seiva única de todas as províncias que o constituem, olhos e ouvidos, pés e mãos desenvolvem obrigações diferentes.

Certo, podes incentivar o serviço alheio, como é justo adubar-se a lavoura para que a lavoura produza com segurança, todavia, a obrigação, hoje, é intransferível para cada um, não obstante a possibilidade dessa mesma obrigação alterar-se amanhã.

Realiza, pois, tão bem quanto possível, a tarefa que te cabe e nunca te digas em tarefa excessivamente apagada.

Ainda mesmo para o mais exímio dos astronautas a viagem no firmamento, principia de um passo no chão do mundo e o mais soberbo jequitibá da floresta começou na semente humilde.

 Livro da Esperança – Emmanuel / Chico Xavier

sexta-feira, 16 de março de 2012

Toques espirituais de um trabalhador de Deus


Ser gentil não significa ser fraco.
Fazer o Bem beneficia, em primeiro lugar, a quem o faz.
Porque abre o seu coração ao influxo celeste.
* * *
Agir corretamente não é um dever, é consciência.
É caráter lúcido de ser verdadeiro consigo mesmo e com os valores espirituais que respeita.
* * *
O ato de praticar a caridade não pode ter segundas intenções; é entrega de alma, e só Deus é que sabe o seu valor.
* * *
Ateu não é quem não acredita em Deus, mas todo aquele que não tem fé em si mesmo e que, por isso, vive na Terra com seu coração fechado.
* * *
Aqueles que pensam que Deus é inflexível e inclemente estão enganados!
Porque, como poderia Aquele que criou o Amor, não amar?
Não, Deus não é um tirano celeste que envia os seus filhos para o inferno.
Pelo contrário, Ele é a Causa do Amor que inspira o coração de todos.
* * *
O inferno não é criação divina, é falácia dos homens.
É o terror das almas ignorantes.
É o fogo do medo que devora a inteligência.
O inferno real é um só: aquele que mora no coração do próprio homem.
E o diabo que está nele se chama “ignorância”.
* * *
Fazer preces – ou não fazê-las - é questão de foro íntimo de cada um.
E ninguém tem o direito de julgar os motivos das preces dos outros.
Se a prece melhora a consciência, tanto faz qual seja.
E, se a piora, então não é prece – é algo de mal que está em seu coração.
* * *
Errar é humano – e perdoar também!
Imaginando que o perdão é algo divino, os homens empurraram para Deus a responsabilidade que sempre foi deles mesmos.
Deus é Amor incondicional!
Portanto, perdoar é ato pertinente aos homens.
É atitude de consciências esclarecidas.
E livra o coração das garras do mal.
* * *
Criticar a fé diferente dos outros é um ato lamentável.
A intolerância gera o fanatismo e leva a dissensões e contendas desnecessárias.
Quem ama a Deus, respeita a fé dos outros, porque é isso que o Amor diz ao seu coração.
* * *
Nenhum religioso é representante do Poder Divino entre os homens.
Porque Deus está em todos os seres.
Anjo ou homem, pedra ou planta, animal ou estrela, tudo é centelha vital d’Ele.
Quem representa Deus é o próprio Amor d’Ele em cada coração.
E quem o sente, não tem dúvidas.
* * *
Não há povo escolhido por Deus!
Todos os povos são d’Ele.
Não há algo maior ou menor, superior ou inferior, só há o Amor d’Ele em tudo.
- Um Simples Trabalhador da Obra de Deus – (Recebido espiritualmente por Wagner Borges – Navegantes, 12 de março de 2012.)

 - Nota de Wagner Borges: Esses escritos me foram passados por um padre extrafísico que opera invisivelmente no Astral do interior de Santa Catarina. Inicialmente, eu o vi na cidade de Jaraguá do Sul, onde realizei uma palestra sobre as experiências fora do corpo e os chacras (organizada pelosmeus amigos do CAEB – Centro Assistencial Eurípedes Barsanulfo – http://caebjaragua.wordpress.com/).

Depois, percebi sua presença dentro do carro que me levava de volta, em direção a cidade de Navegantes. E, finalmente, dentro do próprio aeroporto da cidade, enquanto eu aguardava o horário do meu voo para São Paulo.

Trata-se de um mentor extrafísico ligado às vibrações crísticas. No entanto, ele tem uma postura bem universalista e me disse que o importante é o Bem que se faz, e não a doutrina de alguém. E que todo aquele que preza o bom caráter e as atitudes benfeitoras, é um trabalhador de Deus, mesmo que nem saiba disso.

Ele é discreto e manipula energias muito bem. E não quer nenhum alarde quanto à sua presença. Segundo ele, o importante é pensar em Deus.

Então, fica aqui esse registro sobre esse amparador extrafísico que ajuda a muita gente no Astral das terras de Santa Catarina.

Jesus: um grande Amor na aura do planeta

 
 ‘’Poucos são os que conhecem a si mesmos.
E, muito menos, os que abraçam o mundo sem pré-conceitos.
O Amor não vê raça, sexo ou fronteiras.
Nada julga. Jamais se exaspera.
É paciente e sereno, pois sabe o tempo de despertar de cada um.
Ele está em cada coração e é a grande riqueza espiritual do Ser.
Por mais que alguns tentem distorcê-lo, ele não cede aos caprichos humanos.
Ele conhece todos os motivos e age baseado na verdade.’’
 ‘’Jesus ensinou muitas coisas aos homens, mas bem poucos O entenderam.
Ele falava ao coração e eles tentavam entendê-Lo só com a mente.
Ele falava de um Grande Amor, mas eles só queriam emoções fugazes e jogos de politicagem e engodos variados.
Ele sabia, mas não se importava, pois enxergava além dos convencionalismos sociais.
Ele sabia o tempo certo do despertar de cada um!
Ele conhecia o poder de transformação do Amor.
E Ele sabia que existem muitas vidas, cada uma com suas lições e aprendizados.
Por isso, Ele ensinava as coisas do espírito aos homens...
Mesmo que eles não estivessem prontos para o entendimento.
Ele precisava semear!
Sim, precisava semear o Grande Amor que Ele trouxera do Céu.
Seu coração transbordava de Luz e Ele era um Sol de Amor.
A Luz estava ali, mas eles estavam cegos.
Suas palavras tinham o fogo do espírito, mas eles estavam surdos.
O Amor estava na Terra, mas eles não deixaram que Ele entrasse em seus corações.
Ele sabia como era difícil semear no deserto deles.
Mas o Seu coração transbordava, e Ele os compreendia, mais do que eles percebiam.
E, assim como desceu entre os homens, Ele voltou ao Céu.
Mas deixou um Grande Amor vibrando na Terra.
 Suas palavras e Suas energias ficaram gravadas na aura do planeta.
Os Seus pensamentos generosos ainda gravitam na atmosfera que envolve o orbe.
E felizes são os que sentem Sua presença no próprio coração.
Sim, mesmo em meio às provas do mundo, eles sentem um Grande Amor guiando-os...
E isso é algo que não se explica, só se sente... Em espírito e verdade. 
P.S.:
“Há uma Luz que brilha mais do que bilhões de sóis juntos.
É a essência da alma.
Essa é a Luz que mora no coração.” 
Jesus valeu!
Com amor e gratidão.
Paz e Luz.
Wagner Borges, sujeito com qualidades e defeitos; espiritualista que não segue nenhuma doutrina criada pelos homens da Terra, sejam elas ocidentais ou orientais; e que sabe o valor de um Grande Amor inspirando um pequeno coração. São Paulo, 07.12.2008

quinta-feira, 15 de março de 2012

Engenho divino

“A candeia do corpo são os olhos, de sorte que, se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz.”
 - Jesus - Mateus 6: 22.
“Sereis porventura, mais perfeitos se, martirizando o vosso corpo, não vos tornardes menos egoístas, nem menos orgulhosos e mais caritativos para com o vosso próximo? Não. A perfeição não está nisso, está toda nas reformas por que fizerdes passar o vosso Espírito.” Cap. 17;11.

Guardas a impressão de que resides, de modo exclusivo, na cidade ou no campo e na essência moras no corpo.

As máquinas modernas asseguram facilidades enormes.

Valeriam muito pouco sem o concurso das mãos.

Palácios voadores alçam-te às alturas. i

Na experiência cotidiana, equilibras-te nos pés.

Os grandes telescópios são maravilhas do mundo.

Não teriam qualquer significação sem os olhos.

A música é cântico do Universo.

Passaria ignorada sem os ouvidos.

Imperioso saibas que manejas o corpo, na condição de engenho divino que a vida te empresta, instrumento indispensável à tua permanência na estância terrestre.

Não te enganes com o esmero de superfície.

Que dizer do motorista que primasse por exibir um carro admirável na apresentação, sentando-se alcoolizado ao volante?

Estimas a higiene.

Sabes fugir do empanzinamento com quitutes desnecessários.

Justo igualmente eliminar o lixo moral de qualquer manifestação que nos exteriorize a individualidade e evitar a congestão emocional pela carga excessiva de anseios inadequados.

A vida orgânica é baseada na célula e cada célula é um centro de energia.

Todo arrastamento da alma a estados de cólera, ressentimento, desanimo ou irritação equivale a crises de cúpula, ocasionando desarranjo e desastre em forma de doença e desequilíbrio na comunidade celular.

Dirige teu corpo com serenidade e bom-senso.

Compenetra-te de que, embora a ciência consiga tratá-lo, reconstruí–lo, reanimá-lo, enobrecê-lo e até mesmo substituir-lhe determinados implementos, ninguém, na Terra, encontra corpo novo para comprar.

Livro da Esperança – Emmanuel/Francisco C. Xavier