domingo, 30 de dezembro de 2012

Dúvida cruel - Resposta Inteligente



Feliz Ano Novo

Raios de Sol


Se desejas aprender a lição da indulgência, observa o raio de sol...
Dissipando a treva noturna, desce à Terra, cada dia, recapitulando, mil vezes, o mesmo ensinamento de serviço e de paz.
Não indaga pelas sombras da furna.
Não teme os vermes que se lhe associam.
Não se queixa da corrente enfermiça que flui do despenhadeiro.
Desce, contente e feliz, à intimidade do precipício, com a mesma radiação com que nutre fontes e flores.
Aquece o sábio e o ignorante, o santo e o malfeitor, os justos e os injustos, os bons e os maus, com a mesma generosidade, dentro da qual assinala os cimos do Céu.
Ampara a erva daninha e o bom grão, a árvore valiosa e o arbusto infeliz, com o mesmo carinho no qual se desdobra, claro e otimista, sobre lares e asilos, escolas e templos, hospitais e jardins.
Se a nuvem lhe empana o caminho, espera que a nuvem se dissolva e torna a fulgurar.
Se a tempestade agita o firmamento, aguarda a recuperação da harmonia e volta a missão do amor...
Não te esqueças.
O mundo jaz repleto de obstáculos da incompreensão, de tormentos do ódio, temporais de lágrimas, provações e infortúnios...
Aqui, em vales de sombra, medra, o escalracho da discórdia, ali, abre-se o abismo de aflitivas desilusões. Além, multiplicam-se cardos venenosos do orgulho e do exclusivismo, da penúria e da crueldade, e mais além, destacam se, agressivos e contundentes, largos espinheiros de intolerância...
Não perguntes, porém, pelos impedimentos prováveis.
Não relaciones as inquietações da marcha.
Recorda, que o Cristo é o Sol de nossas vidas e sê para as sendas que te cercam o raio de sol infatigável no bem, espalhando em tua passagem o júbilo da esperança renascente, o dom imperecível da luz e a graça do perdão.
Aprendamos a entesourar os dons da vida, respeitando os ensinamentos que o mundo nos impõe, na certeza de que entre a humildade e o trabalho, alcançaremos, um dia, os cimos da Luz.
EMMANUEL
(Do livro "Jóia", FCXavier)
www.adde.com.br   

sábado, 29 de dezembro de 2012

Mensagem da Nova Era



(Mensagem de Jesus psicografada por Pietro Ubaldi no Natal de 1953)

No silêncio da noite santa, como te falei pela primeira vez para iniciar a obra, volto a falar-te agora, após tantos anos. 

Retorno em meu ritmo decenal, iniciado na Páscoa de 1933 com a " Mensagem aos Homens de Boa Vontade " e a " Mensagem aos Cristãos " e prosseguindo na Páscoa de 1943 com a Mensagem da Paz. 

Desta vez, dez anos depois, neste 1953, volto a falar-vos, porém no Natal, porque este é dia de nascimento e esta é a Mensagem nova: no Natal, como aconteceu em 1931, porque, após todas as outras Mensagens pascais, esta é a que conclui a série. 

Venho trazer-vos a palavra da esperança, porque no caos do mundo estão despontando as novas e primeiras luzes da alvorada. O tempo caminha e já entrastes na segunda metade do século, quando se realizará o que foi predito em minha primeira mensagem , no Natal de 1931. 

Haveis entrado, assim, na fase de preparação ativa da nova civilização. 
Venho falar-vos na hora assinalada pelo ritmo que preside ao desenvolvimento ordenado dos acontecimentos, de acordo com a vontade do Alto. 

O trabalho avançou, firme e constante, nestes vinte anos que estão terminando, através de tempestades que destruíram nações e modificaram o mapa político do mundo; avançou, a tudo resistindo, constante e firme, como sucede com as coisas desejadas pela Alto. O trabalho prosseguiu, escondido no silêncio, protegido pela sombra da indiferença geral, aparentemente confiado a um homem pobre e sozinho, com mínimos recursos humanos, vencendo apenas com as forças da sinceridade e da verdade, da maneira mais humilde e simples, enquanto as vossas maiores organizações humanas se desmoronavam. Hoje o milagre se cumpriu. Esta é para nós a prova de verdade. 

Tendes hoje diante dos olhos um sistema completo, que com um princípio unitário soluciona todos os problemas e traz resposta a todas as perguntas. Tendes hoje a orientação que vos fornece a chave para explicar os enigmas do universo. Podeis usá-la, desde já, também pessoalmente, para continuar a pesquisa ao infinito no particular analítico. As gerações passarão, contemplando a ciclópica construção de pensamento elevada para o Alto na hora do destino do mundo. 

Do vértice da pirâmide uma luz resplandecerá para iluminar o mundo: esta luz se chama Cristo. 

E as gerações caminharão, caminharão pela interminável estrada do tempo e verão de longe o farol que lhes indica o roteiro. E uns aos outros o indicarão, dizendo: "Coragem!". Áspera é a dor e longa a estrada da evolução, mas temos um condutor. Do Alto, o Cristo nos olha e nos fala. Não estamos sozinhos. Ele está conosco. A Seus pés, como pedestal, está a pirâmide do conhecimento, feita de pensamento, que é a Sua luz. 

À fase mais elementar da fé sucedeu a fase mais avançada do conhecimento, com que se completa o amor. E, com o conhecimento, Cristo retorna à Terra para realizar o Seu Reino, há vinte séculos fundado. 

O ritmo das Mensagens teve início no Natal de 1931, continuou no de 1932 e terminou na Páscoa de 1933 ( No XIX centenário da morte de Cristo ), só reaparecendo depois em ritmo decenal. 

A primeira mensagem apareceu no final de 1931, como o Corpo de Cristo foi sepultado na tarde da Sexta-feira Santa. As Mensagens continuaram a aparecer em 1932, como o Corpo de Cristo continuou a jazer no sepulcro no Sábado Santo. 

Terminaram com a última mensagem, na Páscoa de 1933, centenário de Sua morte, como seu Corpo ressuscitou na alvorada do 3º dia. Retornaram depois em um ritmo de dez anos e agora completam vinte anos, equivalentes aos vinte séculos transcorridos desde então. 

Indico-vos estas harmonias, para fazer-vos compreender sua significação. Meu instrumento as ignorava e não as poderia ter projetado, pois o Alto não lhas havia dado a conhecer. O que é harmônico desce do Alto, o que é dissonância provém de baixo. 

Esta Mensagem de hoje corresponde ao fim do II Milênio e vos lança nos braços do terceiro, da nova civilização. Isso corresponde ao terceiro dia, na aurora do qual se deu a Ressurreição. 

Que esta imprevisível concordância de ritmos, que esta musicalidade também na forma da gênese da obra, constituam para vós uma prova da verdade. 

Esta mensagem vos lança nos braços do III Milênio: por isso é ela a Mensagem da Nova Era. O mundo materialista está freneticamente lutando pela sua autodestruição. O dragão será morto pelo seu próprio veneno. 

A vida, que jamais morre, está a preparar-se para substituir o mundo velho pelo novo: o reino do espírito, em cuja realização Cristo triunfará. A humanidade tem esperado dois mil anos pela Boa Nova, mas finalmente chegou a hora de sua realização. A vida se utilizará das tempestades que as forças do mal se preparam para desencadear, a fim de purificar-se. Aproveitar-se-á da destruição para reconstruir em nível mais alto. 

Repito, assim, a palavra da primeira Mensagem do Natal de 1931 : "A destruição é necessária (...) Um grande batismo de dor é necessário, a fim de que a humanidade recupere o equilíbrio, livremente violado: grande mal, condição de um bem maior. 

Depois disso, a humanidade, purificada, mais leve, mais selecionada por haver perdido seus piores elementos, reunir-se-á em torno dos desconhecidos que hoje sofrem e semeiam em silêncio; e retomará, renovada, o caminho da ascensão. Uma nova era começará; o espírito terá o domínio e não mais a matéria, que será reduzida ao cativeiro (...) ". 

Encontrais, assim, as mesmas palavras, no princípio como no fim. Hoje, porém, estais vinte anos mais avançados no tempo, isto é, na maturação dos acontecimentos. Hoje vos encontrais na plenitude dos tempos. Aquela idéia, desenvolvida através das trilogias da obra, se encaminha para tornar-se realidade. 

A luciferiana revolta do ateísmo materialista está para desfechar contra Deus sua última batalha desesperada pelo triunfo absoluto, supremo esforço que redundará em sua ruína total. E Deus fará ver à humanidade aterrorizada, para o bem dos homens, que Ele somente é o senhor absoluto. 

Estais ainda imersos em cerradas neblinas. Mas, além delas já brilha o Sol que está para despontar e inundar o mundo de luz e calor. A outra margem do novo Reino está próxima e a humanidade se prepara para nela desembarcar. O novo continente já aparece aos olhos do navegante experimentado e a humanidade, após a grande viagem de dois milênios, pode gritar — "terra, terra!". 

Por isso, esta se pôde chamar a Mensagem da Nova Era, porque não mais vem anunciar a Boa Nova, mas a sua realização. 

Como tudo, até aqui, se cumpriu em ritmo inexorável, igualmente tudo continuará a cumprir-se. Com esta segunda Mensagem decenal é coberto o período do II Milênio, encerrou-se o ritmo preparatório do terceiro dia da Ressurreição, quanto do III Milênio. 

Agora, que vos conduzo até aqui, às portas do novo milênio, com esta mensagem o ciclo das mensagens está concluído. Esse ciclo precedeu e acompanhou a Obra, que agora continua no hemisfério oposto àquele em que se iniciou, desenvolvendo-se nas praias das novas terras onde nascerão as novas grandes civilizações do futuro.

A pirâmide aí está. Sua última pedra já foi colocada. Enquanto o mundo caminha, sempre mais, para o cumprimento, já agora fatal, do seu desejado destino, sobre aquela pedra pousarão os pés e se elevará a figura de Cristo que, flamejante, iluminará qual farol a estrada dos viandantes em busca de luz, para orientá-los através do longo caminho das ascensões humanas. 

Tende fé, tende certeza. A Nova Era vos aguarda. Na imensa luta, Cristo é o mais forte e Ele estará convosco e com todos aqueles que nele crêem. 

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Presença Espírita


 O espírita que entende a doutrina que aceita, ergue-se de manhã quando o dia flameja.
Ora e agradece a Deus o privilégio santo de poder trabalhar no corpo a que se acolhe.
Se ouvir mal, fala o bem. Ajusta-se ao dever cumprindo a obrigação que a vida lhe assinala.
Na rua, estende as mãos que auxilia em amparo fraterno.
Em casa, forma a paz que auxilia e constrói.
Prejudicado, esquece. Ofendido, perdoa.
Não discute, realiza. E nem pergunta, serve.
Não censura, abençoa; nem condena, restaura;
Desce para ajudar, sem tisnar-se na sombra.
Alteia-se na luz, mas apaga-se humilde, por saber-se instrumento a serviço do Pai.
Reparte do que tem, sem reclamar louvores.
Corrige levantando e educa amando sempre.
Tolera sem revolta as provocações que o ferem, transformando em bondade o fel das próprias dores.
O espírita onde está faz com que tudo brilhe, aperfeiçoa, melhora, engrandeça e progride.
De alma no entendimento harmônico e profundo, faz-se fonte de amor para os males da vida, faz-se raio de sol para as trevas do mundo.

Caminho Espírita - Francisco Cândido Xavier / Albino Teixeira

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Mensagem de Natal


MENSAGENS NATAL Mensagens de Feliz Natal para família e amigos

Senhor Jesus! Diante do Natal,
que te lembra a glória na manjedoura,
nós te agradecemos:
a música da oração;

o regozijo da fé;

a mensagem de amor;

a alegria do lar;

O apelo a fraternidade;

o júbilo da esperança;

a bênção do trabalho;

a confiança no bem;

o tesouro da tua paz;

a palavra da Boa Nova;

e a confiança no futuro!...

Entretanto, oh! Divino Mestre,
de corações voltados para o teu coração,
nós te suplicamos algo mais! ...

Concede-nos, Senhor,
o dom inefável da humildade para que tenhamos
a precisa coragem de seguir-te os exemplos!

Chico Xavier

domingo, 23 de dezembro de 2012

Carta de Natal


Recados de Natal Natal
Meu amigo. Não te esqueças.
Pelo Natal do Senhor,
Abre as portas da bondade
Ao chamamento do Amor.

Reparte os bens que puderes
Às luzes da devoção.
Veste os nus. Consola os tristes,
Na festa do coração.

Mas, não te esqueças de ti,
No banquete de Jesus:
Segue-lhe o exemplo divino
De paz, de verdade e luz.

Toma um novo compromisso
Na alegria do Natal,
Pois o esforço de si mesmo
É a senda de cada qual.

Sofres? Espera e confia.
Não te furtes de lembrar
Que somente a dor do mundo
Nos pode regenerar.

Foste traído? Perdoa.
Esquece o mal pelo bem.
Deus é a Suprema Justiça.
Não deves julgar ninguém.

Esperas bens neste mundo?
Acalma o teu coração.
Às vezes, ao fim da estrada,
Há fel e desilusão.

Não tiveste recompensas?
Guarda este ensino de cor:
Ter dons de fazer o bem
É a recompensa melhor.

Queres esmolas do Céu?
Não te fartes de saber teus,
Que o Senhor guarda o quinhão
Que venhas a merecer.

Desesperaste? Recorda,
Nas sombras dos dias teus,
Que não puseste a esperança
Nas luzes do amor de Deus.

Natal!... Lembrança divina
Sobre o terreno escarcéu...
Conchega-te aos pobrezinhos
Que são eleitos do Céu.

- Mas, ouve, irmão! Vai mais longe
Na exaltação do Senhor:
Vê se já tens a humildade,
A seiva eterna do amor.

Feliz Natal !!!
Chico Xavier / Casimiro Cunha
Fonte: O Mensageiro

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Porque é Natal


Senhor,
A Tua voz é o som perfeito que me embala o ser, e que me faz ouvir o murmúrio tranqüilizante dos astros.
O Teu olhar é como o brilho solar, que me aquece a alma fria, marcada pelo desalento e pela desesperança, nessa dura marcha para a elevação.
As Tuas mãos representam para mim o divino apoio, amparo que me impede de tombar, fragilizado como estou, nos rumos em que me vejo, ante a necessidade de subir.
As Tuas pegadas indicam-me as trilhas por onde devo me orientar nessa ausência de bússola moral com o entorpecimento da ética, quando desejo ir ao encontro de Deus.
As Tuas instruções, Jesus Nazareno, mapeiam para mim o território da paz, ensejando-me clareza para que saiba onde me encontro e como estou, para que não me perca nessa ingente procura dos campos de amor e das fontes de paz.
Os Teus silêncios falam-me bem alto a respeito de tudo o que devo aprender e operar nos recônditos de minh'alma, aprendendo tanto a falar quanto a calar, sempre atuando na construção do mundo rico de fraternidade que almejamos.
Agora, quando me ponho a meditar sobre tudo isso, meu Senhor, desejo exalçar o Teu nome, por toda a minha omissão dos milênios afora, embora a Tua paciente e dúlcida presença junto a mim.
Já é Natal na Terra, Jesus!
E porque é o Teu Natal, busco em Tua luz desfazer as minhas sombras; procuro em Tua assistência superar minhas variadas necessidades; quero no Teu exemplo de trabalho atender os meus deveres.
Porque é o Teu Natal, anseio por achar na Tua força a coragem de superar os meus limites; desejo ver na Tua entrega total a Deus o reforço para minha fidelidade ao bem e, na Tua auto-doação à vida, anelo tornar-me um servidor; no culto do dever que Te trouxe ao mundo, quero honrar o meu trabalho.
No Teu Natal, que esparge claros jorros de amor sobre o planeta, quero abrigar-Te no imo do meu coração convertido numa lapa bem simples, para que possas nascer em mim, crescer em mim e atuar por mim.
E, na magia do Natal, vibro para que minhas ações permitam que o Teu formoso Reino logo mais possa alojar-se aqui, no mundo, e que cheio de júbilo n'alma eu possa dizer que Te amo, que Te busco e que Te quero seguir, apesar da simplicidade dos meus gestos e do pouco que tenho para dar-Te, meu doce Amigo, meu Senhor.
Teixeira, Raul. Pelo Espírito Ivan de Albuquerque. Mensagem psicografada pelo médium Raul Teixeira, em 24/09/2007, na Sociedade Espírita Fraternidade, em Niterói-RJ (fonte: www.feparana.com.br).

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Lembra-te


Analisando o conceito de superioridade na esfera carnal, quase sempre demoras, desavisado, no fácil julgamento dos companheiros em prova...

E observas o usuário infeliz, confinado às ganas da sovinice, entre a perturbação e a insensatez, acentuando os desvarios da posse, como se a vida pudesse esperar dele vantagens imediatas...

Recordas o condutor humano, atrabiliário e impulsivo, entre a ilusão e a loucura, nos cargos a que se junge, desesperado, à caça e o poder, como se pudesse, de improviso, recolher-lhe o concurso na edificação do progresso.

Reportas-te a legisladores e juízes, a generais e sacerdotes, a tiranos e senhores da convivência terrestre como se fossem super-homens, de cuja fulguração passageira o campo social devesse aguardar a consolidação dos valores eternos do espírito...

Em verdade, cada criatura responderá pelos compromissos que assume, à frente da Lei, e mordomos e apóstolos da evolução planetária serão constrangidos à prestação de contas dos bens que houveram usufruído para a melhoria e iluminação do mundo, no entanto, não olvides a superioridade espiritual com Cristo e nem te esqueças de que foste chamado por Jesus a partilhar-Lhe o Conhecimento Divino da paz e da justiça, e da tolerância fraterna.

Na orientação ou na subalternidade, na carência de recursos materiais, ou na abundância deles, na cultura menos compacta ou na exaltação dos recursos intelectuais, não desdenhes servir.

Com o Divino Mestre aprendemos que somente a altura do amor prevalece, na direção da Luz Imperecível.

Descera, assim, a própria alma ao entendimento cristão e caminhemos com o Senhor, aprendendo e auxiliando incessantemente.

Onde a ignorância ensombra o caminho, seja tua fé, viva e operante, um raio de luz que diminua a extensão das trevas...

Onde a miséria se agigante, multiplicando angústias e problemas, seja tua bondade a migalha de carinho e reconforto que atenue o sofrimento...

Lembra-te do Eterno Benfeitor na extrema renúncia e, em matéria de superioridade, não olvides, com o Evangelho, que o maior no Reino dos Céus será sempre aquele que se fizer o mais simples e mais diligente servidor na Terra.
Tarefa Espírita - Francisco Cândido Xavier /Emmanuel

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Em paz com todos


Muitas vezes, na trilha evangélica, fica o vazio deixado pelas afeições que nos exoneram do carinho maior, fica o travo da desilusão à frente dos que jornadeavam conosco ainda ontem e hoje se retiram, desorientados, da estrada que partilhávamos em serviço comum...

Entretanto, isso é natural e fatal. Peçamos a Deus por eles. Nem mesmo nós que os amamos e que pela solidão passageira somos induzidos à capacidade de maiores reflexões, conseguimos saber quantas dores e quantas provas carregam!...

Sigamos, pois, à frente, abençoando a todos.

Que a luz do Senhor a todos alcance e proteja sempre.

- Mais Luz - Francisco Cândido Xavier/Espírito Batuira

domingo, 16 de dezembro de 2012

A Consagração do Natal


Infelizmente, papai Noel ainda é mais importante que o Cristo. O Cristo ainda se encontra desvalorizado e esquecido dentro de nós.
A vinda de Jesus ou o seu nascimento teve seu anúncio pelos profetas da antiguidade, mais ou menos da seguinte forma: “Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel (que quer dizer: Deus convosco)”. Os judeus esperavam, até mesmo por não entenderem a mensagem, uma pessoa na condição de rei, de governador, um soberano. Não podemos nos esquecer que Ele, quando questionado, dizia ser rei, mas não desse mundo, enaltecendo a continuidade da vida, dando explicações  incompreensíveis para a maioria da população  naquela época.
Devemos  ter em mente que o nascimento de Jesus vem ao encontro da percepção de uma nova luz para a humanidade sofredora. Os ensinamentos de Jesus devem servir para transformar não apenas um homem, mas toda a Humanidade. Numa simples visão, observamos o que era o planeta antes e no que se transformou depois de sua vinda. O Espírito Emmanuel, em Roteiro, diz-nos que antes do Cristo, a educação demorava-se em lamentável pobreza, o cativeiro era legitimado por lei, a mulher aviltada qual um animal, os pais podiam espancar, vender e até sacrificar os filhos! Com Jesus, entretanto, começa uma era nova para o sentimento. Iluminados pela Divina influência, os discípulos do Mestre consagram-se ao serviço dos semelhantes; Simão Pedro e os companheiros dedicam-se aos doentes e infortunados; instituem-se casas de socorro para os necessitados e escolas de evangelização para o espírito popular. (Xavier, 1980, cap. 21)
Dessa forma, o espírito do Natal deve ser entendido como a revivescência dos ensinos do Cristo em cada uma de nossas ações. Não há necessidade de esperarmos o ano todo para comemorá-lo. Se em nosso dia a dia estivermos estendendo simpatia para com todos e distribuindo os excessos de que somos portadores, estaremos aplicando de forma muito eficaz a “Boa-Nova”  trazida pelo mestre Jesus.
Qual o verdadeiro sentido do Natal?
Deve ser o de autoconscientização, buscando a comunhão com os valores do Bem.
O que representa a Estrela de Belém para os Espíritas? Representa a Luz Protetora dos Planos Superiores, resumindo uma Infinidade de Espíritos de Luz que vieram assistir e dar o suporte ao Cristo em sua tarefa de orientação e exemplos para todos nós.
Portanto não  podemos esquecer que o dono da festa é o Mestre, quem deve receber os presentes e as homenagens é o aniversariante e não nós.  O aniversariante tem dentre  os seus convidados os que são  pobres,  deserdados,  coxos,  estropiados,  sofredores, etc..
Será que realmente somos convidados do Cristo nessa festa?
Qual o presente que deveríamos lhe oferecer?
O que Ele gostaria de receber de nós?
Sabemos que o que Ele mais quer é que cumpramos a vontade de Deus, Nosso Pai. E que todos os dias possamos renovar os nossos compromissos no "Pai Nosso", dizendo: "Seja feita a Vossa vontade"
Emmanuel no livro  "Antologia Mediúnica do Natal (excerto) - Espíritos Diversos - Psicografia: Francisco Cândido Xavier, assim esclareceu:
" As lembranças do Natal, porém, na sua simplicidade, indicam à Terra o caminho da Manjedoura... Sem Ele, os povos do mundo não alcançarão as fontes regeneradoras da Fraternidade e da Paz. Sem Ele, tudo será perturbação e sofrimento nas almas, presas no turbilhão das trevas angustiosas, porque essa estrada providencial para os corações humanos é ainda o Caminho esquecido da Humildade. "
Que esse seja o Nosso Natal.
MILTER
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Se a tua fé não vê ou ainda não viu
A presença da lágrima ou do espinho
Para vencer nos lances do caminho,
Os perigos da marcha e as surpresas da treva.
Se a tua fé não ouve ou ainda não ouviu,
Entre as flores que leva
Desde o berço da crença até agora,
O insulto em que a maldade se avigora,
A fim de que lhe dês,
Outra vez e outra vez,
O apoio da paciência e a lição da bondade...

Se a tua fé não encontrou ainda
Algo que a desagrade,
Na tarefa bem-vinda
Que te impele a servir ao amor e á verdade.

Se a tua fé não teve ou ainda não tem
Ofensas a perdoar e injúrias a esquecer,
No sublime dever
De amparar, socorrer ou levantar alguém...

Se enfim, a tua fé não conheceu
Angústia ou desabrigo,
Se ela não sofre ou ainda não sofreu
Golpes do orgulho vão,
Escárnio, desafio, tentação,
Para que aprendas, coração amigo,
Resistência e humildade,
A tua fé, portanto,
Não passa, por enquanto,
De um sonho que não veio à realidade!...

Porque a fé verdadeira
Que redime e renova a Humanidade,
E vale, em tudo para a vida inteira,
A fé que tanto ama e anda de rastros
Quanto vibra e se eleva para os astros,
Fé valente e profunda,
Que inspira, exemplifica, ergue e fecunda,
Será sempre obtida na batalha,
Na Terra ou Mais Além,
No coração que luta ou se estraçalha
Para a glória do Bem.
- Coração e Vida - Francisco Cândido Xavier/Espírito Maria Dolores.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Um Natal diferente


Naquele escritório era assim. Todos os anos, eles procuravam uma família que necessitasse de assistência para comemorar o Natal.
Para o dia que se aproximava, eles localizaram uma que havia sofrido várias tragédias nos dois anos anteriores. O Natal deles seria magro e triste.
Então, durante um mês, todos no escritório foram colocando as doações em dinheiro dentro de uma lata decorada.
Depois, se divertiram muito escolhendo os presentes para o pai, a mãe e os seis filhos, imaginando a expressão de felicidade deles, ao receberem os presentes.
Para os meninos, luvas para o inverno e aviões em miniatura. Para as meninas, bonecas e bichinhos de pelúcia. Para a mais velha, já adolescente, perfume e um relógio.
Evidentemente, aquela família não deveria saber quem eram os doadores e, por isso, eles combinaram que o pastor da igreja rural seria o portador dos presentes.
Na sexta-feira anterior ao Natal, a mãe da família voltou mais cedo para casa, após o trabalho. Ela recebera uma gratificação extra do seu patrão. O marido ficou feliz com a notícia.
Agora eles tinham dinheiro para comprar presentes de Natal para os filhos. Sentaram-se e juntos fizeram uma lista, procurando combinar o querer com as necessidades.
Mas, então, eles ficaram sabendo que um amigo estava prestes a ser submetido a uma cirurgia. Ele estava desempregado e não poderia pagar as despesas médicas. Mais do que isso, nem tinha o que comer em casa.
Condoídos com a situação, marido e mulher convocaram os filhos para uma reunião de família e decidiram entregar a gratificação de Natal ao amigo.
Comida e despesas médicas eram mais importantes do que brinquedos de Natal.
Algumas horas depois de tomada a decisão, o pastor foi fazer uma visita para a família.
Antes que ele tivesse tempo de explicar o motivo da visita, eles contaram que gostariam de doar o dinheiro ganho e lhe pediram que entregasse o cheque para o amigo necessitado.
O pastor ficou muito surpreso diante de tanta generosidade e concordou em entregar o cheque, com uma condição: todos eles deveriam acompanhá-lo até seu carro.
Sem entender muito bem o porquê da exigência do pastor, eles concordaram com o pedido.
Quando atravessaram o portão da casa, viram o carro do pastor abarrotado de presentes de Natal. Presentes que o pessoal daquele escritório lhes havia mandado, como expressão de amor natalino.
Que Natal esplêndido foi aquele para as duas famílias necessitadas, para o coração do pastor e para todo o pessoal do escritório!
* * *
Num dia distante, há mais de vinte séculos, o Divino Pastor nasceu entre as Suas ovelhas. Veio manso, numa noite silenciosa, somente deixando-se anunciar por um coro de mensageiros espirituais, aos corações dos homens de boa vontade.
Até hoje, Ele continua assim: falando aos homens que se dispõem a ter boa vontade para com os outros homens. Boa vontade para doar-se, para dar-se, para amar.
Este é o sentido do verdadeiro Natal: o amor de Deus para com os homens. O amor dos homens uns para com os outros, em nome do Divino Amor que se chama Jesus.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. Uma tradição de Natal, de Pat A. Carman, do livro Histórias para o coração da mulher, de Alice Gray, ed. United Press.
Em 10.12.2012

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

O Guardião da Floresta


Naquela noite chovia muito. Mamãe Beija-Flor estava em seu ninho cuidando dos seus ovinhos. Estava próxima a chegada dos seus filhotinhos e ela estava muito contente.
De repente os ovinhos começaram a se partir e surgiram lindos passarinhos
Mamãe Beija-Flor acariciava seus filhotinhos quando percebeu que um deles era um pouco estranho. Ele era todo azul e tinha o bico branco. Mas estava contente mesmo assim, e cuidava de todos com o mesmo carinho.
O tempo foi passando... passando...
Todos os passarinhos da floresta zombavam da Mamãe Beija-Flor porque ela tinha um filhotinho esquisito. Ela não se importava porque amava muito a todos.
Aquele passarinho diferente era conhecido por todos como o Pássaro Azul. Ninguém queria brincar com ele, nem seus irmãos, porque ele era muito diferente. Ele se entristecia e pensava:
- Porque ninguém gosta de mim?
A mamãe Beija Flor o vendo chateado se aproximava e fazia-lhe carinho. Ele então esquecia tudo e ficava contente.
Certo dia estava perto do Grande Rio e percebeu que tinha algumas formiguinhas trabalhando, carregando folhinhas. Ele pensou:
- Eu acho que vou ajudá-las, vai ser divertido!
Pegou então uma folhinha com seu biquinho e colocou na entrada do formigueiro.
Vendo aquele passarinho estranho perto da sua morada, um monte de formigas se aproximou. Uma mais afoita disse:
- Que bicho esquisito, olha lá... Acho que ele quer tampar o formigueiro para morrermos sufocadas. Ele quer acabar com a gente. Vamos companheiras, ao ataque! E correram todas em sua direção.
Todas gritaravam em um só coro:
- Fora daqui pássaro malvado!
O Pássaro Azul voou rapidamente e pousou numa grande árvore. Sem entender o que se passou naquela hora, ficou pensativo:
- Porque elas queriam me machucar? Eu nada fiz, só desejava ajudar...
Ficou parado ali um bom tempo tentando chegar a uma conclusão.
Passaram-se alguns dias e ele, sempre sozinho, brincava na copa das árvores da floresta, quando percebeu que uma pequena largata andava distraída em um galho próximo.
- Puxa! Como ela é bonitinha, será que ela poderia ser minha amiguinha? Pensou...
Foi quando percebeu que ela estava em perigo. O galhinho estava se partindo e ela iria cair no chão.
Rapidamente voou, ficou embaixo do galho sustentando todo o peso com suas asas. Assim que ela conseguiu atravessar o galho se rompeu.
Dona Largata levou o maior susto. Vendo o passarinho por perto, começou a gritar:
- Você tentou me jogar no chão! Fora daqui, vai embora...
E o nosso amiguinho voou novamente para bem longe.
Pousou em uma pedra perto do Grande Rio e continuava pensando: por que todos me mandam embora, por que não gostam de mim?
Olhou para dentro do rio e percebeu que uma Joaninha estava quase se afogando.
Ela tentava desesperadamente subir em um tronco que estava boiando, mas tudo em vão.
Sem demora, o Pássaro Azul arremessou uma pedra que estava ao seu lado próximo da pequena joaninha criando assim uma ondulação na água.
Ela foi arremessada longe, caindo em terra firme.
Muito feliz por haver salvo a dona Joaninha, voou em sua direção e lhe perguntou:
- A senhora está bem?
Ainda meio atordoada do susto, Dona Joaninha, muito irritada lhe falou:
- Você tentou me matar atirando aquela pedra em mim, seu passarinho esquisito. Os habitantes da floresta correm muito perigo com você a solta. Vou correndo contar ao Conselho Maior tudo o que se passou. Temos de tomar providências...
O Conselho Maior que era representado pelos mais importantes habitantes da floresta foi convocado. Foi exigida a presença do Pássaro Azul, e todos os habitantes estavam lá para o seu julgamento.
O representante das Formigas pediu a palavra e acusou o Pássaro Azul de ter tentado entupir o formigueiro. A larva não se fez de rogada e falou que ele havia tentado jogá-la no chão. Dona Joaninha, encabeçando a lista de habitantes que se sentiam incomodados com a sua presença, fez uma série de acusações.
O Pássaro Azul ouvia a tudo sem dizer nada. Até que toda a assembléia começou a gritar:
- Fora daqui, fora daqui!
A decisão final foi unânime. Ele deveria sair da floresta. Seria obrigado a viver na Grande Rocha, sozinho.
O Pássaro Azul foi então em direção a sua nova casa. Ele estava sozinho e não podia mais entrar na floresta.
- Como vou fazer para me alimentar? Pensou e concluiu:
- Tenho de entrar na floresta e sair de forma que ninguém nunca me veja.
O tempo foi passando e ele sempre voltava à floresta, mas nunca deixava que ninguém percebesse sua presença. Quase sempre encontrava alguns animaizinhos em apuros e ajudava. Todos os habitantes da floresta percebiam que algo estranho acontecia. Algumas vezes apareciam frutos em lugares onde faltava alimento, filhotinhos que caiam das árvores e não se machucavam...
Como muita coisa boa acontecia com freqüência, criou-se entre os moradores da floresta a crença de que existia um anjo, um guardião que protegia a todos. Ele somente estava realizando seus prodígios agora que o Pássaro Azul não estava mais entre eles.
Todos estavam muito felizes e a paz reinou por longos anos. Todos acreditavam na bondade do Guardião da Floresta e muitos passaram a ajudar aqueles que tinham dificuldades em seu nome.
Certo dia, o Pássaro Azul já bem velhinho, saiu da caverna árida em que morava na Grande Rocha. E pousou nas margens do Grande Rio. Ficou ali muito tempo Quando ouviu uma voz suave lhe chamando:
- Pássaro Azul...
Tomou o maior susto porque ninguém poderia ver que ele estava ali.
Tentou rapidamente se esconder quando novamente ouviu:
- Não tenha medo...
Uma grande luz o envolveu naquele instante.
- Sou o Rei Dos Reis, aquele que construiu toda a floresta. Você está cansado. É hora de voltar para a casa e desfrutar das alegrias que conquistou.
- Mas, meu Rei, eles me expulsaram de lá, não posso mais voltar.
O Rei dos Reis em tom solene lhe ordenou:
- Olhe para o rio.
O Pássaro Azul olhou para a água. Foi a primeira vez em toda a sua vida que viu o seu reflexo. Muito espantado exclamou:
- Eu sou da cor do céu!...
- Compreende agora? Você é um pedaço do céu que eu permiti que fosse para a terra para ensinar a todos a fraternidade.
Neste momento, ele começou a chorar muito.
- Desculpe meu Rei, eu falhei. Ninguém se lembra de mim senão como um malfeitor.
- Sim, é verdade. Do Pássaro Azul ninguém mais se recordará, entretanto do Guardião da floresta, os séculos passarão e ele jamais será esquecido. Ele será sempre lembrado, não por sua forma e beleza, mas por suas atitudes de bondade.
- Mas ninguém sabe que fui eu! Exclamou o Pássaro Azul.
- Eu sei, e isso é o bastante. Falou o Rei dos Reis.Você foi fiel, agora venha para os meus braços.
E o Pássaro Azul, sentindo uma alegria imensa, voou em direção ao céu e desapareceu no horizonte.
Lá embaixo, na floresta, todos se sentiam felizes e amparados porque acreditavam que existia um anjo bom que cuidava deles. O respeito e admiração ao Guardião da Floresta desde então é passado de geração para geração.
DIAS, Robson. O Guardião da Floresta. Pelo Espírito Vovó Amália. FEB. Livro eletrônico gratuito em www.vovoamalia.com. Livrinho da Série "As Histórias que a Vovó Gosta de Contar".
* * * Estude Kardec * * *

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Meditar


Meditar alivia a sensação de dor
Sente muita dor?
A meditação é um famoso analgésico, que diminui a percepção da dor nas pessoas, mesmo após breves sessões. Agora, um estudo revela por que: a meditação muda a forma como o cérebro processa os sinais de dor.
A prática conhecida como meditação envolve sentar-se calma e confortavelmente, e respirar uniformemente. O principal objetivo é limpar a mente, e concentrar a atenção no presente.
Estudos anteriores sugeriram que a meditação reduz a ansiedade, promove o relaxamento e ajuda a regular as emoções. Agora, a nova pesquisa descobriu que a prática de uma consciência atenta do corpo, por apenas quatro dias, afeta as respostas de dor no cérebro.
Depois de meditar, a atividade cerebral diminui em áreas dedicadas à dor e em áreas responsáveis pela transmissão de informações sensoriais. Enquanto isso, as regiões que modulam a dor ficar ocupadas e, consequentemente, a dor é menos intensa e menos desagradável.
O psicológico também interfere: a meditação pode reduzir a dor tornando as sensações físicas menos angustiantes. Todo o contexto da situação e do meio ambiente colaboram; a meditação parece atenuar esse tipo de resposta.
Além disso, não é necessário gastar muito tempo meditando para alcançar o benefício: meia hora de treino por dia durante três dias já alivia significativamente a dor, mesmo quando as pessoas não estão realmente meditando.
Para descobrir como a meditação altera a resposta do cérebro a dor, os pesquisadores reuniram 15 voluntários que passaram 30 minutos por dia, durante quatro dias, aprendendo a meditar. Antes e após o treinamento, os pesquisadores mapearam os cérebros dos voluntários usando ressonância magnética.
Durante, antes e depois de cada mapeamento, os voluntários experimentaram sensações alternativas de calor (49° C) e temperatura neutra (35° C) na panturrilha. Depois de 12 segundos, os voluntários classificaram a sua dor ao pressionar uma alavanca para a direita (se sentiram mais dor) ou para a esquerda (se sentiram menos dor). A posição da alavanca correspondia a uma escala de 1 a 10, com 10 representando a maior dor.
A meditação reduziu a percepção de dor nas pessoas em 57%. Os voluntários também relataram que a dor foi 40% menos intensa. Os cérebros dos voluntários espelharam suas percepções alteradas. A atividade caiu no tálamo, uma área profunda do cérebro que retransmite a informação sensorial do corpo para o córtex somatosensorial. O córtex somatosensorial, localizado acima da orelha, é especialista em áreas dedicadas a processamento de sinais a partir de partes específicas do corpo. Nos voluntários que praticaram a meditação, a área do córtex somatosensorial ligada a panturrilha estava “inativa”.
Enquanto isso, áreas associadas com a modulação da dor se tornaram mais ativas. Essas áreas incluíam o córtex orbitofrontal e o córtex cingulado anterior profundo, na região frontal do cérebro. O putâmen, uma estrutura enterrada no centro do cérebro, e a ínsula também mostraram mais atividade. Ambas as estruturas têm muitas funções, incluindo o controle de movimentos de sensibilização e auto-percepção.
Segundo os pesquisadores, a boa notícia é que os estudos têm mostrado que os benefícios da meditação ocorrem rapidamente. Ou seja, você não precisa ser um monge para aliviar sua dor, de forma que a meditação se torna uma opção realista para pessoas que passam por cirurgia ou têm lesões.
Natasha Romanzoti