
EMMANUEL
Estudando o
problema da escolha de provações da Esfera Espiritual para o círculo das
experiências humanas, imaginemos um campo de serviço terrestre em que cada
trabalhador é chamado à execução de tarefa específica.
Decerto, que,
aí, vige a liberdade na razão direta do dever bem cumprido.
O servidor que
haja inutilizado deliberadamente as peças do arado que lhe requer devoção e
suor gastará tempo em adquirir instrumentos análogo com que possa atender à
orientação que o dirige.
O lavrador
invigilante que tenha permitido por desleixo a incursão de vermes destruidores
na plantação que lhe define o trabalho, não pode esperar a colheita nobre antes
que se consagre à limpeza e preservação da leira que a administração lhe
confia.
O cooperador
que tenha a infelicidade de envolver-se no crime, terá cerceado a sua
independência de ação, de vez que será necessário circunscrever-lhe a
influência em processo adequado de reajuste.
Entretanto, se
o operário fiel da lavoura satisfaz agora a todos os requisitos das justas
obrigações a que se vê convocado, sem dúvida, plasma, em seu próprio favor, o
direito de indicar por si mesmo o novo passo de serviço na direção do futuro,
com pleno assentimento da autoridade superior que lhe traça o roteiro de lutas
edificantes.
Assim, pois
além do sepulcro, nem todos desfrutam de improviso a faculdade de escolher o
lugar ou a situação em que deva prosseguir no esforço de evolução, porquanto,
quase sempre, é imperioso o regresso às sombras da retaguarda para refazer com
sofrimento e lágrimas, amargura e aflição o ensejo sublime de acesso à luz.
Se desejas,
assim, a marcha vitoriosa para lá dos portais de cinza em que o túmulo se te
expressa à visão, afeiçoa-te, com perseverança e lealdade, ao próprio dever,
dele fazendo o teu pão espiritual, cada dia, por que para alcançar o triunfo e
a elevação de amanhã é indispensável saibamos consagrar-lhes a nossa atenção
desde hoje.
EMMANUEL
Psicografia
de Francisco Cândido Xavier
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