O Espiritismo ensina que
todos os Espíritos são criados por Deus em estado de ignorância e simplicidade.
Eles possuem o embrião de
todas as virtudes. Mas necessitam das experiências da vida para desenvolver o
seu infinito potencial.
No universo não há
privilégios ou injustiças. Cada qual ocupa uma posição adequada ao seu estágio
evolutivo e as suas necessidades de aprendizado.
Na jornada para a
plenitude, as asas do conhecimento e da moralidade gradualmente despontam em
toda criatura.
Mesmo quem hoje parece um
pervertido adquirirá a máxima pureza. Tudo é uma questão de tempo e de esforço.
A criatura que parece privilegiada pela vida, na verdade trabalhou mais o seu
interior.
Talvez seja mais velha do
que as demais, por ter sido criada antes. Mas certamente já trabalhou muito.
Afinal, o mero passar do tempo pouco ensina. É o que ocorre em uma escola. De
nada adianta o aluno ser mais velho do que os demais de sua classe. Se não
aprende a lição, não é promovido para a etapa seguinte.
A angelitude é um estado
de consciência de quem muito conhece e muito ama.
Freqüentemente se ouve
falar de embates entre a razão e o sentimento
Em face de determinada
situação, a criatura não sabe qual rumo tomar.
Seu coração anseia por
determinada solução, mas a razão aponta para outra saída.
Esse gênero de dúvida
revela a pouca compreensão que ainda temos da finalidade da vida.
Ninguém nasce a passeio
ou apenas para realizar fantasias.
Todos trazemos uma
programação a cumprir, que invariavelmente visa a nossa evolução, o nosso
aperfeiçoamento.
O objetivo de nossa vida
sempre será o desabrochar do anjo que em nós reside.
Esse objetivo
identifica-se com a aquisição da sabedoria e do amor. Ocorre que amor não é
sinônimo de desejo. Essa sublime energia rege o universo. Ela desperta em nós o
ideal de auxiliar o próximo a ser feliz.
Mas a razão nos diz que a
felicidade depende do dever bem cumprido. Ninguém pode ser genuinamente feliz
com a consciência pesada. Assim, o coração e a razão nunca entram em
contradição, para quem compreende o seu real papel em face da vida.
Nossos amores não nos
pertencem. Eles são filhos do divino pai, que os criou para uma meta
transcendente e maravilhosa. Nosso papel é o de ajudá-los a atingir essa meta
tão sublime. Amar não implica ser conivente ou livrar o próximo do trabalho que
lhe compete.
Amar não significa manter
o ser amado ao nosso lado, quando ele deseja viver outras experiências. Amar é
auxiliar a ser feliz, a ser melhor, a crescer para Deus.
A razão lúcida ilumina e
dirige o coração. O coração que aprendeu a amar suaviza e dulcifica o
raciocínio.
A sabedoria e o amor são
duas energias que se complementam, na perfeita harmonia da vida.
Nem determinações duras e
implacáveis, nem pieguice e conivência com equívocos.
Quem ama e sabe, educa e
ampara.
Acalenta, mas liberta.
Texto da Equipe de Redação do Momento Espírita.
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