
Em que momento acontece o
milagre da vida? Em que instante o sopro Divino passa a animar o corpo daquele
novo ser que logo surgirá na Terra?
A resposta a essas
perguntas sempre inquietou a Humanidade. Debruçaram-se sobre ela filósofos,
religiosos e cientistas. Apenas a religião oferece certezas.
O mais interessante é que
essas certezas são muito semelhantes, o que indica que as diversas tradições
religiosas, ao redor do Mundo, guardam entre si muitas coisas em comum.
Por exemplo, quase todas
as religiões ensinam que a vida inicia no momento da concepção.
Naquele momento em que o
espermatozóide fecunda o óvulo, inicia-se o mais complexo e comovente processo:
a formação de um novo corpo humano.
E, asseguram os
religiosos, é nesse instante sublime que o Espírito se une ao corpo em
formação.
Por isso, também, todas
as religiões são unânimes em reprovar o aborto. A única exceção é quando a
gravidez ameaça a vida da mãe. E isso também é uma unanimidade entre todas as
crenças.
Ora, se é assim, se todas
as religiões humanas desaconselham o aborto, por que a Humanidade insiste no
abortamento?
O que faz com que pai e
mãe escolham matar seu filhinho? O que nos move em direção a um ato que vitima
uma criatura frágil e desprotegida?
Resposta: nosso egoísmo.
Quando nos vemos em uma situação que ameaça nosso conforto, em geral nos
defendemos escolhendo uma atitude defensiva.
O problema é quando a
nossa atitude defensiva viola os direitos dos outros. E isso, definitivamente,
acontece quando se faz um aborto.
Sim, porque no silêncio
do ventre cresce um corpo que já tem dono. Será a morada de um Espírito
imortal, abrigará um filho de Deus.
Quantas vezes nós, os que
acreditamos em Deus, pensamos que aquele corpo em formação é a morada de um
irmão nosso? Um ser especial que as mãos de Deus depositaram em nosso colo?
E como recebemos essa
vida nova? O que fazemos com o Divino presente que nos chega às mãos? Será
certo sufocá-lo quando está ainda tão frágil e pequenino?
Não. A vida pede
proteção, amparo.
Em todos os países e
idiomas do Mundo, a maternidade é louvada como sublime. Não podemos, em nome da
modernidade, corromper os valores morais e éticos que herdamos. A lei natural é
a do progresso. Jamais de retrocesso.
Hoje, o discurso de muita
gente é que a mulher deve ter poder de decisão sobre seu corpo.
A legalização do aborto é
tratada como avanço dos direitos humanos, pois se alega que a medida vai
proteger as mulheres pobres que fazem abortos ilegais.
São argumentações
equivocadas. Partem de princípios errôneos.
Primeiro, porque o feto é
um ser à parte. Ele não faz parte do corpo da mãe.
E cabe a pergunta: De que
direitos humanos falamos? Direitos humanos são para garantir práticas éticas e
não para legalizar o assassinato de crianças.
E se desejamos, de fato,
proteger as mulheres pobres das conseqüências de um aborto ilegal, deveríamos
investir em saúde e educação.
São antídotos. Mulheres
informadas usarão métodos contraceptivos, terão acesso a informação. Não
precisarão matar para evitar uma gestação.
Por outro lado, onde fica
o amor que tanto falamos e aspiramos sentir? O exercício do amor nos recomenda
cuidar dos mais fracos. Que amor é esse que se desvencilha da vida que
floresce?
O amor acolhe, abençoa,
fortalece. É a expressão máxima da solidariedade. O amor, com certeza, não
mata.
Redação do Momento Espírita.
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