
No momento em que a mídia
enfatiza a beleza como questão de êxito para o sucesso e condição para se
enriquecer de forma muito rápida;
no momento em que se
observa que muitos dos nossos jovens estão mais preocupados em mostrar e
explorar o corpo, do que em conquistar valores reais;
cabe-nos proceder a uma
pequena pausa para meditação a respeito dos caminhos que temos buscado trilhar
e daqueles que estamos apontando para os nossos filhos.
Conta-se que um homem
acabrunhado entrou em um templo para fazer as suas orações. Em determinado
momento, confidenciou a Deus:
Senhor, eu estou aqui
porque em templos não há espelhos, pois nunca me senti satisfeito com minha
aparência.
Então, na intimidade da
consciência, ele começou a ouvir uma voz que lhe dizia, com entonação paternal:
Meu filho, nenhuma das
minhas obras surgiu ou ficou sem beleza, pois, lembre-se, que tudo criei com
amor.
A aparente feiura é
resultado da miopia dos homens, que não sabem, por vezes, descobrir a beleza
oculta.
De toda forma, lembre que
não importa se o seu corpo é gordo ou magro. O que tem capital importância é
que ele é o templo do Espírito imortal. Merece toda a consideração, pois,
graças a ele, o Espírito atua no mundo para seu próprio crescimento.
Não importa se seus
braços são longos ou curtos. O que tem valor é o desempenho do trabalho honesto
que executam.
Não importa se as suas
mãos são delicadas ou grosseiras. Sua função é distribuir o bem às outras
criaturas. É acarinhá-las e lhes transmitir bem-estar.
Não importa a aparência
dos pés. Sua função é tomar o rumo do amor e da humildade.
Não importa o tipo de
cabelo, cor, comprimento e se existe ou não numa cabeça. O que importa são os
pensamentos que por ela passam e que ela transmite, como criação sua,
beneficiando ou destruindo seus irmãos.
Não importa a forma ou a
cor dos olhos. O que importa é que eles vejam o valor da vida e, assim
ilustrados, colaborem para demonstrar esse valor a outros tantos seres que não
gozam da mesma facilidade.
Não importa o formato do
nariz. O que importa é inspirar e expirar bom ânimo, entusiasmo, fé.
Não importa se a boca é
graciosa ou sem atrativos. O que importa são as palavras que dela saem,
edificando vidas ou destruindo pessoas.
Se você não está feliz
com a sua aparência física, medite a respeito. Olhe-se no espelho, outra vez, e
descubra o brilho dos seus olhos graças ao amor que lhe vai na alma.
Agradeça a possibilidade
de um corpo para viver sobre a Terra, nosso lar e nossa escola.
Finalmente, recorde de
grandes vultos da Humanidade, que não ganharam prêmios ou foram admirados pela
sua beleza física, mas transformaram as comunidades, influenciaram o mundo com
seus gestos extraordinários.
Lembre da pequenina irmã
Dulce, da Bahia, da também pequena em estatura Madre Teresa de Calcutá.
Por fim, de nosso
Francisco Cândido Xavier que, de sua casa, em Uberaba, portador de variadas
complicações físicas, espalhava luz para o mundo, através das suas mãos
envelhecidas pelo tempo.
Pense nisso.
por Redação do Momento Espírita, com variações a partir do texto
O espelho, de autoria desconhecida. Do site: http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=3953&stat=0
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