terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Meu Filho

 
Meu filho, o lar é o berço do teu destino!...
Templo aberto ao teu coração, aí tens o porto a que o Senhor te conduziu no extenso e furioso mar da vida terrestre.
Aprende a respirar dentro dele, com o respeito e a bondade que a vida nos merece.
Haverá, porventura, lição mais comovente que o esforço de teu pai por manter-se robusto e poderemos, acaso, encontrar mais sublime testemunho de sacrifício e ternura que o carinho de tua mãe, esquecida de si mesmo, em favor da tua alegria?
Quando a chuva, lá fora, enlameia a estrada e quando a ventania passa zunindo, na altura, já pensaste na bênção do teto que te agasalha?
À mesa, quando a sopa fumegante convida tua fome ao repasto, já refletiste na sublimidade do santuário que te abriga?
Quando, cansado, te acolhes ao leito, já meditaste na doce e misteriosa mão de Deus que te sustenta o sono?
Aprende a honrar tua casa, no culto da gentileza, enriquecendo-a com o teu serviço constante no bem e
santificando-a com o teu amor.
O lar é o primeiro degrau com que o Todo Poderoso nos induz a escalar o Céu.
Tua casa é o teu celeste jardim no mundo.
Cultiva aí, nesse abençoado recanto de paz e trabalho, as flores do bem que nunca fenecem.
Ajuda-o na preservação da tranqüilidade e do bem estar, porque, um dia, de fronte preocupada, como agora acontece ao teu pai e à tua mãe, crescido e pensativo, terás um lar diferente, onde entrarás como senhor, e, inclinado sobre algum rosto alegre e saltitante, como o teu, igualmente dirás:
- “Meu filho! Meu Filho"!...

Chico Xavier - Meimei

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Os Dons

Narra uma lenda de autor desconhecido que um homem entrou em uma loja e se aproximou do balcão.
Quem estava a atender era uma criatura maravilhosa. Tão bela que parecia uma fada, dessas saídas de um conto infantil.
O homem olhou para os lados e perguntou: O que é que você tem para vender?
Com um sorriso lindo, a jovem respondeu: Todos os dons.
O homem arregalou os olhos, manifestando interesse, e quis saber qual era o preço. Seria muito caro?
Não, foi a resposta. Aqui, nesta loja, tudo é de graça.
Ele olhou, maravilhado, jarros cheios de amor, vidros repletos de fé, pacotes de esperança e caixinhas de sabedoria.
Resolveu fazer o seu pedido: Por favor, quero muito amor, um vidro de fé, bastante felicidade para mim e toda a minha família.
Com presteza, a moça preparou tudo e lhe entregou um embrulho muito pequeno, que cabia na sua mão.
O homem se mostrou surpreso e perguntou outra vez:
Será possível? Está tudo aqui mesmo? É tão pequeno o embrulho!
Sorrindo sempre, a jovem falou: Meu querido amigo, nesta loja, onde temos todos os dons, não vendemos frutos. Concedemos apenas as sementes.
*   *   *
As sementes das virtudes se encontram em nós. Somos a loja dos dons. O que necessitamos é investir na semeadura.
Se desejamos que frutifique o amor, é preciso que nos disponhamos a amar. E o exercício começa quando executamos bem as tarefas que nos constituem dever. Prossegue no trato familiar, com pais, irmãos, cônjuges e se amplia no rol das amizades.
Depois, atravessa a cerca dos afetos e passa a agir entre aqueles que simplesmente encontramos na rua, no ônibus, no mercado, no banco.
A fé não é adquirida de rompante. Necessita ser pensada, estudada, reflexionada. O exercício inicia com a contemplação da natureza. Os dias frios, os dias quentes, o sol, a lua, as estrelas, as árvores que balançam ao vento e as flores multicoloridas nos jardins.
Alonga-se com a visão dos mundos, das coisas infinitamente pequenas e daquelas infinitamente grandes. A harmonia de tudo nos remete a uma confiança irrestrita, uma certeza inabalável que se chama fé.
A felicidade frutifica quando, plenos de amor e de fé, vivemos cada dia com intensidade, sem igual, saboreando cada minuto como se fosse o único, o último, o derradeiro.
*   *   *
Mudar é um ato de coragem. É a aceitação plena e consciente do desafio.
É trabalho árduo, para hoje. É trabalho duro, para agora.
E os frutos seguramente virão no amanhã, talvez não muito distante.
Mas, quando temos certeza de estar no rumo certo, a caminhada é tranquila.
Quando temos fé e firmeza de propósito é fácil suportar as dificuldades do dia-a-dia.
Pensemos nisso. Invistamos nas virtudes ainda hoje.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. Dons, de autor desconhecido e no cap. É preciso sentir a mudança lá dentro, de R. Anatoli Oliynik, do livro Momentos de luz, organizado por Hiran Rocha, v. 1, ed. Kuarup.  20.01.2012

domingo, 29 de janeiro de 2012

Cristo, alimento da Terra

Quando falamos que Cristo é o alimento da Terra, queremos dizer com isso que Ele é o alimento da humanidade, depois de Deus. Para nós, o Mestre dos mestres é a nossa vida e despertamos para o Amor em seus braços de luz.
Quando falamos que Cristo está dentro de nós, que está em nós, que guia cada criatura para os caminhos da verdade, entendemos que isso se dá por processos que, por vezes, muitos ignoram. O nosso coração é, pois, o tabernáculo de Jesus, onde a Sua imagem vibra em todas as dimensões do Bem Maior.
Notamos, amiúde, que o Senhor vai Se integrando cada vez mais em nós e nós n’Ele, identificando-nos com a Sua personalidade divina que, quando preciso, se faz humana, para a felicidade de todos.
As guerras fratricidas surgem por ignorância, pois somos todos irmãos, e o Mestre guia a todos com o mesmo carinho e amor. Por que odiar? As guerras estragam as economias do mundo; haja o que houver, não deveria haver guerras, pois, o resultado é nefasto sobre todos nós.
Já chegou a hora de pensarmos mais alto, de sacudirmos a poeira das nossas sandálias sujas da imundície das revoltas, dos sarcasmos, do ódio e das vinganças, e passar a andar nos caminhos do amor, onde a fraternidade seja mais visível nos corações. Deus tudo fez com abundancia; por que estragar essas bênçãos da Divindade? Não falta alimento no mundo, não falta teto, não faltam vestes, como não faltam ar e água; a ignorância é que coloca barreiras entre a escassez e a abundancia da natureza em nosso favor.
A multiplicação dos Paes, do vinho e da própria saúde descrita no Evangelho vem nos dizer o que a natureza pode fazer em nosso favor. Ela multiplica tudo, se necessário, para a nossa paz espiritual e mesmo física. Por que não procurar a fé? Ela é canal de esperança de todos os fenômenos para os seres viventes. Procure a fé, aquela ensinada por Jesus: desperte em seu coração valores morais adormecidos e enfrente a vida com trabalho, amor e alegria, que nada lhe faltará para viver melhor. Quem procura com confiança, encontra com alegria, a abundância da vida. Vejamos o Cristo-Agrário: tudo o que na terra dá e dá com abundancia; e Ele prossegue multiplicando as coisas, por ordem de Deus.
Todo sofrimento é por torcimento das leis naturais. Devemos notar o desequilíbrio da natureza nesses últimos anos e ela sempre nos falando que basta de estragos no seu seio. A poluição do próprio ar e a sujeira das águas se transformam em doenças para quem está usando esses valores em degradação; os homens estão se matando, com tóxicos, na lavoura, no reino animal e mesmo no que se bebe. Quando se voltarem para a natureza, dentro de sua simplicidade, encontrarão a paz e a Terra se transformará no paraíso esperado.
Cristo, de uma maneira mística, Se encontra nas sementes, nos frutos e nas águas, no ar, enfim em toda a vida, por ser alimento da terra, generalizando todas as coisas nela existentes. É Deus nos acudindo, nas nossas necessidades de Vida.
Se você escolheu as guerras, deverá sofrer as conseqüências dessas lutas que a ignorância alimenta. Se procura a paz, para que possa nela viver.
Disse Paulo de Tarso que  O Cristo em nós é motivo de glória. Por que não despertar esse Cristo divino em nosso coração? Os meios, já sabemos: quando alguém nos aborrecer, não devemos nos abalar com a sua ignorância: procuremos o certo e façamos o bem por onde andarmos. Devemos desconhecer o ódio, ignorar a violência e sempre esquecer as ofensas. Que todas as nossas atitudes sejam em direção ao amor.
O Evangelho já está sendo conhecido no mundo todo; basta agora a humanidade principiar a vivencia dos preceitos do Mestre, porque a sua vivencia é prece que será atendida por Deus, para a felicidade do coração humano. Convidamos, pois, todos, para melhorarem, esforçando-se cada vez mais para conhecerem a verdade mais além, que essa verdade os libertará da ignorância e, certamente, de todo o mal que possa advir para os caminhos do sofredor.
Busquemos O Cristo por todos os meios que alcançarmos e Ele, o Mestre incomparável, ficará mais visível para as nossas consciências.
Vejamos o Cristo nos fios de luz da natureza nos atendendo:
Quebra-pedra (chá)
Valor terapêutico: cálculos biliares, afecções das vias urinarias, distúrbios da próstata, cálculos renais, inapetência,
 cólicas renais, males do estomago; é fortificante.

SEJA PRESTATIVO AONDE FOR CHAMADO A SERVIR.
KAHENA - CANÇÃO DA NATUREZA - JOÃO NUNES MAIA

sábado, 28 de janeiro de 2012

A Lei de Amor - II




 O amor é de essência divina e todos vós, do primeiro ao último, tendes, no fundo do coração, a centelha desse fogo sagrado. E fato, que já haveis podido comprovar muitas vezes, este: o homem, por mais abjeto, vil e criminoso que seja, vota a um ente ou a um objeto qualquer viva e ardente afeição, à prova de tudo quanto tendesse a diminuí-la e que alcança, não raro, sublimes proporções.
A um ente ou um objeto qualquer, disse eu, porque há entre vós indivíduos que, com o coração a transbordar de amor, despendem tesouros desse sentimento com animais, plantas e, até, com coisas materiais: espécies de misantropos que, a se queixarem da Humanidade em geral e a resistirem ao pendor natural de suas almas, que buscam em torno de si a afeição e a simpatia, rebaixam a lei de amor à condição de instinto.
Entretanto, por mais que façam, não logram sufocar o gérmen vivaz que Deus lhes depositou nos corações ao criá-los. Esse gérmen se desenvolve e cresce com a moralidade e a inteligência e, embora comprimido amiúde pelo egoísmo, torna-se a fonte das santas e doces virtudes que geram as afeições sinceras e duráveis e ajudam a criatura a transpor o caminho escarpado e árido da existência humana.
Há pessoas a quem repugna a reencarnação, com a idéia de que outros venham a partilhar das afetuosas simpatias de que são ciosas. Pobres irmãos! o vosso afeto vos torna egoístas; o vosso amor se restringe a um círculo íntimo de parentes e de amigos, sendo-vos indiferentes os demais. Pois bem! para praticardes a lei de amor, tal como Deus o entende, preciso se faz chegueis passo a passo a amar a todos os vossos irmãos indistintamente.
A tarefa é longa e difícil, mas cumprir-se-á: Deus o quer e a lei de amor constitui o primeiro e o mais importante preceito da vossa nova doutrina, porque é ela que um dia matará o egoísmo,  qualquer que seja a forma sob que se apresente, dado que, além do egoísmo pessoal, há também o egoísmo de família, de casta, de nacionalidade.
Disse Jesus: "Amai o vosso próximo como a vós mesmos."
Ora, qual o limite com relação ao próximo? Será a família, a seita, a nação? Não; é a Humanidade inteira. Nos mundos superiores, o amor recíproco é que harmoniza e dirige os Espíritos adiantados que os habitam, e o vosso planeta, destinado a realizar em breve sensível progresso, verá seus habitantes, em virtude da transformação social por que passará, a praticar essa lei sublime, reflexo da Divindade.
Os efeitos da lei de amor são o melhoramento moral da raça humana e a felicidade durante a vida terrestre. Os mais rebeldes e os mais viciosos se reformarão, quando observarem os benefícios resultantes da prática deste preceito:
Não façais aos outros o que não quiserdes que vos façam: fazei-lhes, ao contrário, todo o bem que vos esteja ao alcance fazer-lhes.
Não acrediteis na esterilidade e no endurecimento do coração humano; ao amor verdadeiro, ele, a seu mau grado, cede. E um ímã a que não lhe é possível resistir.
O contacto desse amor vivifica e fecunda os germens que dele existem, em estado latente, nos vossos corações.
A Terra, orbe de provação e de exílio, será então purificada por esse fogo sagrado e verá praticados na sua superfície a caridade, a humildade, a paciência, o devotamento, a abnegação, a resignação e o sacrifício, virtudes todas filhas do amor.
Não vos canseis, pois, de escutar as palavras de João, o Evangelista. Como sabeis, quando a enfermidade e a velhice o obrigaram a suspender o curso de suas prédicas, limitava-se a repetir estas suavíssimas palavras: Meus filhinhos, amai-vos uns aos outros."
Amados irmãos, aproveitai dessas lições; é difícil o praticá-las, porém, a alma colhe delas imenso bem. Crede-me, fazei o sublime esforço que vos peço:
"Amai-vos" e vereis a Terra em breve transformada num Paraíso onde as almas dos justos virão repousar.
 Fénelon - (Bordéus, 1861.)
O Evangelho Segundo o Espiritismo

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Deixai secar primeiro

Contam que Carlyle, o célebre historiador escocês, quando ainda era muito moço, teve uma questão bastante grave com um dos seus companheiros. Um dia, sentindo-se insultado, declarou que ia imediatamente exigir satisfações daquele que o havia ofendido.
Um velho professor, informado do caso, aproximou-se de Carlyle e disse-lhe:
Meu caro amigo. Tenho longa experiência de vida e conheço as consequências tristes dos atos impetuosos.
Um insulto é como a lama que cai em nossa blusa. A lama pode ser retirada facilmente, com uma simples escova, quando já está seca.
Deixe secar primeiro. Não seja apressado. Espere até que se acalme, e verá como tudo será facilmente resolvido.
Carlyle aceitou o conselho do professor, e o resultado foi tão feliz que, no dia seguinte, o colega que o insultara veio lhe pedir desculpas.
Malba Tahan, nesta rica passagem, vem nos dizer que, dada a grande diversidade de temperamentos e caracteres humanos, não nos é possível viver em paz com o próximo, sem refrearmos a ira, e insistirmos na prática da mansidão.
Nenhuma resolução sadia pode ser tomada com ímpeto.
Às vezes, numa ação impensada, numa reação violenta, podemos comprometer séculos e séculos de nossas existências.
Alguns segundos de invigilância, permitindo que um pequeno ato de vingança se externe, pode gerar um compromisso imenso para o futuro, através da Lei de causa e efeito, que prevê a colheita obrigatória de tudo aquilo que livremente plantamos.
Vale a pena esperar. Vale a pena o esforço de conter um impulso naquele momento em que o nervosismo procura reinar.
Contar até dez. Tomar um banho frio. Fazer uma oração, pedindo auxílio a Deus. Parar tudo que estamos fazendo e refletir para não reagir sem pensar.
Vale a pena o esforço. Vale a pena ter calma.
Se algum dia você for vítima de uma violência, não revide.
Quando receber injúrias, não procure se defender atacando.
Se for caluniado, não acumule ódio e ressentimento em sua alma.
Sabemos que é difícil compreender, perdoar, ainda, mas precisamos começar, precisamos desenvolver esta virtude em nossos corações.
Os maiores beneficiados com isso seremos nós mesmos, pois deixaremos de ser depósitos de sentimentos impuros, desequilibrados, que insistem em nos fazer infelizes.
Deixe secar primeiro.
*   *   *
A Terra recebeu, na figura de um homem muito simples, um grande defensor da não-violência.
Mahatma Gandhi, o líder religioso indiano que comandou centenas de hindus, foi a lição viva da desnecessidade da violência para resolver problemas.
Eis aqui um sábio pensamento seu:
Não-violência e covardia são termos contraditórios. A não-violência é a maior das virtudes, enquanto a covardia é o maior dos vícios.
A não-violência provém do amor, a covardia do ódio.
A não-violência sempre sofre, enquanto a covardia sempre gera o sofrimento.
A perfeita não-violência é a maior das bravuras.
Sua conduta não é jamais desmoralizante, enquanto a forma da covardia se conduzir sempre o é.

Redação do Momento Espírita com base no cap. Deixai secar primeiro, do livro Lendas do Céu e da Terra, de Malba Tahan, ed. Record.- 26.01.2012

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

A Lei do Amor - I

 O amor resume a doutrina de Jesus toda inteira, visto que esse é o sentimento por excelência, e os sentimentos são os instintos elevados à altura do progresso feito.
Em sua origem, o homem só tem instintos; quando mais avançado e corrompido, só tem sensações; quando instruído e depurado, tem sentimentos. E o ponto delicado do sentimento é o amor, não o amor no sentido vulgar do termo, mas esse sol interior que condensa e reúne em seu ardente foco todas as aspirações e todas as revelações sobre-humanas.
A lei de amor substitui a personalidade pela fusão dos seres; extingue as misérias sociais.
Ditoso aquele que, ultrapassando a sua humanidade, ama com amplo amor os seus irmãos em sofrimento!
Ditoso aquele que ama, pois não conhece a miséria da alma, nem a do corpo.
Tem ligeiros os pés e vive como que transportado, fora de si mesmo.
Quando Jesus pronunciou a divina palavra – AMOR, os povos sobressaltaram-se e os mártires, ébrios de esperança, desceram ao circo.
O Espiritismo a seu turno vem pronunciar uma segunda palavra do alfabeto divino.
Estai atentos, pois que essa palavra ergue a lápide dos túmulos vazios, e a reencarnação, triunfando da morte, revela às criaturas deslumbradas o seu patrimônio intelectual.
Já não é ao suplício que ela conduz o homem: conduz-o à conquista do seu ser, elevado e transfigurado.
O sangue resgatou o Espírito e o Espírito tem hoje que resgatar da matéria o homem.
Disse eu que em seus começos o homem só instintos possuía.
Mais próximo, portanto, ainda se acha do ponto de partida, do que da meta, aquele em quem predominam os instintos.
A fim de avançar para a meta, tem a criatura que vencer os instintos, em proveito dos sentimentos, isto é, aperfeiçoar estes últimos, sufocando os germes latentes da matéria.
Os instintos são a germinação e os embriões do sentimento; trazem consigo o progresso, como a glande encerra em si o carvalho, e os seres menos adiantados são os que, emergindo pouco a pouco de suas crisálidas, se conservam escravizados aos instintos.
O Espírito precisa ser cultivado, como um campo.
Toda a riqueza futura depende do labor atual, que vos granjeará muito mais do que bens terrenos: a elevação gloriosa.
E então que, compreendendo a lei de amor que liga todos os seres, buscareis nela os gozos suavíssimos da alma, prelúdios das alegrias celestes.
(Lázaro. (Paris, 1862.) – O Evangelho Segundo o Espiritismo

domingo, 22 de janeiro de 2012

Em sintonia com o Pai


Esforça-te por viveres de tal forma que teu
mundo íntimo seja mais tangível do que os
aparentemente irresistíveis embates do
mundo exterior.

A verdade nunca está fora do teu ser.

Esforça-te por viveres de tal forma que o viço da esperança e
da boa vontade jamais se apaguem da tua personalidade.

O verdadeiro sentido da existência é conseqüência
desse teu esforço permanente em te remodelares e
 te redescobrires como herdeiro legítimo da herança imperecível
que o Pai celestial a ti concedeu.

Empenha-te em posicionares teu ideal de elevação acima
dos torvelinhos das paixões e dos arrastamentos do mundo.

 Nunca consintas que outros interesses desviem
teus passos da senda da caridade.  

Ocupa tua mente e teu coração com as perspectivas
de melhor aprimorar-te no bem a ser feito.

A Luz da Vida em teu ser será sempre o galardão com que a
caridade, por ti realizada, ornamentará tua essência espiritual.

Recorda que a oração e a meditação são teus escudos.

Nunca é demais resguardar-te na prece e nela acalentares
 teus propósitos e decisões.

Ainda que tudo te pareça perdido, sempre será tempo de te
recolheres em sintonia com o Criador.

Esforça-te por viveres de tal forma que teu mundo íntimo seja
mais tangível do que os aparentemente irresistíveis
embates do mundo exterior.

A verdade nunca está fora do teu ser.

Ao te habituares a viver em sintonia com
tua natureza espiritual mais elevada, que é o reino do bem em ti,
 tornar-te-ás forte o suficiente para venceres
 os desequilíbrios do mundo,
 pois andarás em sintonia com o Pai.

E foi por viver e agir assim que o Senhor da messe nos exortou:

"Tende fé.
Eu venci o mundo".


Consciência Espírita

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Ação da amizade

A amizade é o sentimento que imanta as almas unas às outras, gerando alegria e bem-estar.
A amizade é suave expressão do ser humano que necessita intercambiar as forças da emoção sob os estímulos do entendimento fraternal.
Inspiradora de coragem e de abnegação. a amizade enfloresce as almas, abençoando-as com resistências para as lutas.
Há, no mundo moderno, muita falta de amizade!
O egoísmo afasta as pessoas e as isola.
A amizade as aproxima e irmana.
O medo agride as almas e infelicita.
A amizade apazigua e alegra os indivíduos.
A desconfiança desarmoniza as vidas e a amizade equilibra as mentes, dulcificando os corações.
Na área dos amores de profundidade, a presença da amizade é fundamental.
Ela nasce de uma expressão de simpatia, e firma-se com as raízes do afeto seguro, fincadas nas terras da alma.
Quando outras emoções se estiolam no vaivém dos choques, a amizade perdura, companheira devotada dos homens que se estimam.
Se a amizade fugisse da Terra, a vida espiritual dos seres se esfacelaria.
Ela é meiga e paciente, vigilante e ativa.
Discreta, apaga-se, para que brilhe aquele a quem se afeiçoa.
Sustenta na fraqueza e liberta nos momentos de dor.
A amizade é fácil de ser vitalizada.
Cultivá-la, constitui um dever de todo aquele que pensa e aspira, porquanto, ninguém logra êxito, se avança com aridez na alma ou indiferente ao elevo da sua fluidez.
Quando os impulsos sexuais do amor, nos nubentes, passam, a amizade fica.
Quando a desilusão apaga o fogo dos desejos nos grandes romances, se existe amizade, não se rompem os liames da união.
A amizade de Jesus pelos discípulos e pelas multidões dá-nos, até hoje, a dimensão do que é o amor na sua essência mais pura, demonstrando que ela é o passo inicial para essa conquista superior que é meta de todas as vidas e mandamento maior da Lei Divina.
Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Momentos de Esperança. Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL