quinta-feira, 30 de março de 2017

Colo de Mãe



COLO DE MÃE
Colo de mãe é assim, quentinho, cheiroso, saboroso, aconchegante.
Protege do frio, das incertezas da vida e inspira dias melhores, vitoriosos e cheios de dádiva.
Colo de mãe acalma e está presente em todos os dias do ano.
Minutos. Segundos. Instantes.
Colo de mãe é macio, amigo. Jardim em flores no coração de nossas almas.
Beleza. Pureza. Leveza. Certeza de segurança e fidelidade.
Colo de mãe cativa a alma. Abriga.
E convida para um novo dia!
Colo mãe é mensagem de amor no coração mundo.
Esperança no amanhecer do céu que colore o universo com as mãos agis do criador.
Colo de mãe é serenidade, carinho, ternura.
Cheiro de café gostoso. Doce de coco saboroso.
Raio de sol. Pingo de luz.
Colo de mãe é amor que consola.
Vida que ensina. Dia que nasce.
Colo de mãe é para sempre. Sinal de eternidade.
Guia meus passos.
Orienta meu mundo. Me afasta da solidão.
Defende das tempestades!
Colo de mãe é amor, alimento, ensino, partilha.
Vida que pulsa!
Luz que irradia.
Autor: Antonio Marcos Pires

Que é a Carne?



Que é a Carne?
"Se vivemos em Espírito, andemos também em Espírito." - Paulo. (GÁLATAS, capítulo 5, versículo 25.)
Quase sempre, quando se fala de espiritualidade, apresentam-se muitas pessoas que se queixam das exigências da carne.
É verdade que os apóstolos muitas vezes falaram de concupiscências da carne, de seus criminosos impulsos e nocivos desejos. Nós mesmos, frequentemente, nos sentimos na necessidade de aproveitar o símbolo para tornar mais acessíveis as lições do Evangelho. O próprio Mestre figurou que o espírito, como elemento divino, é forte, mas que a carne, como expressão humana, é fraca.
Entretanto, que é a carne?
Cada personalidade espiritual tem o seu corpo fluídico e ainda não percebestes, porventura, que a carne é um composto de fluídos condensados? Naturalmente, esses fluídos, em se reunindo, obedecerão aos imperativos da existência terrestre, no que designais por lei de hereditariedade; mas, esse conjunto é passivo e não determina por si. Podemos figurá-lo como casa terrestre, dentro da qual o espírito é dirigente, habitação essa que tomará as características boas ou más de seu possuidor.
Quando falamos em pecados da carne, podemos traduzir a expressão por faltas devidas à condição inferior do homem espiritual sobre o planeta.
Os desejos aviltantes, os impulsos deprimentes, a ingratidão, a má fé, o traço do traidor, nunca foram da carne.
É preciso se instale no homem a compreensão de sua necessidade de autodomínio, acordando-lhe as faculdades de disciplinador e renovador de si mesmo, em Jesus Cristo.
Um dos maiores absurdos de alguns discípulos é atribuir ao conjunto de células passivas, que servem ao homem, a paternidade dos crimes e desvios da Terra, quando sabemos que tudo procede do espírito.
XAVIER, Francisco Cândido. Caminho, Verdade e Vida. Pelo Espírito Emmanuel. 28.ed. Brasília: FEB, 2009. Capítulo 13.
* * * Estude Kardec * * *

Espírito Protetor

ESPÍRITO PROTETOR
P: - É ponto pacífico em todas as religiões, que todo indivíduo tem um espírito protetor ou "anjo da guarda" que o acompanha durante toda a vida. Esse espírito fica sempre junto do seu protegido ou sua atuação se faz à distância?
R: - Esse Anjo da Guarda estará sempre junto ao seu protegido, sem que esse "estar junto" seja entendido física ou geograficamente. Mesmo que se encontre à distância do protegido o Anjo Guardião estará "perto", desde que o seu tutelado se mantenha psiquicamente a ele vinculado. Isso nos permite dizer que a atuação do Guardião pode fazer-se estando próxima ou distante, fisicamente, do seu protegido.
P: - A chamada "Voz da Consciência" é a voz desse espírito protetor?
R: - A voz da consciência, geralmente, se refere à presença das leis divinas em nossa intimidade, agindo na condição do implacável juiz que nos aplaude quando acertamos e que nos admoesta quando erramos. Entretanto, em muitas ocasiões, a inspiração superior dos nossos Guardiões pode-se apresentar como verdadeira voz da consciência, principalmente quando nos vem advertir quanto a situações comprometedoras ou, ainda, quando nos sugere realizações importantes para a nossa jornada de evolução.
P: - Ele tem recursos para evitar ou provocar acidentes ou enfermidades, com o objetivo de proteger seu pupilo de um mal maior?
R: - Quanto mais evoluídos são os Espíritos, de mais recursos dispõem para conduzir os seus tutelados para uma ou outra situação, sempre atentos às necessidades e aos méritos dos seus pupilos, principalmente quando essas necessidades e esses méritos tenham o poder de interferir positivamente no processo evolucional dos indivíduos.
P: - Quais são os recursos que ele adota para desviar seu protegido dos vícios, das paixões e demais prejuízos espirituais?
R: - Pode ele inspirar, mobilizar situações sociais em torno dos seus tutelados. Pode lançar mão de fluidos diversos, de energias variadas, que tenham a possibilidade de agir nas células, nos órgãos, no psiquismo. Entretanto todas essas providências estão sempre associadas à "lei do mérito”.
P: - Esgotados esses recursos ele se afasta deixando o pupilo entregue a sua própria sorte?
R: - Consciente como é de que não deverá impor ao seu tutelado, aquilo que este não queira, entrega-o ao próprio livre arbítrio, quando, então, se vinculará às faixas vibratórias que deseje, até o momento do arrependimento e do "retorno" aos bons climas espirituais.
J. Raul Teixeira
Grupo de Estudo Allan Kardec

domingo, 26 de março de 2017

Anencefalia



ANENCEFALIA
Nada no Universo ocorre como fenômeno caótico, resultado de alguma desordem que nele predomine. O que parece casual, destrutivo, é sempre efeito de uma programação transcendente, que objetiva a ordem, a harmonia.
De igual maneira, nos destinos humanos sempre vige a Lei de Causa e Efeito, como responsável legítima por todas as ocorrências, por mais diversificadas apresentem-se.
O Espírito progride através das experiências que lhe facultam desenvolver o conhecimento intelectual enquanto lapida as impurezas morais primitivas, transformando-as em emoções relevantes e libertadoras.
Agindo sob o impacto das tendências que nele jazem, fruto que são de vivências anteriores, elabora, inconscientemente, o programa a que se deve submeter na sucessão do tempo futuro.
Harmonia emocional, equilíbrio mental, saúde orgânica ou o seu inverso, em forma de transtornos de vária denominação, fazem-se ocorrência natural dessa elaborada e transata proposta evolutiva.
Todos experimentam, inevitavelmente, as consequências dos seus pensamentos, que são responsáveis pelas suas manifestações verbais e realizações exteriores.
Sentindo, intimamente, a presença de Deus, a convivência social e as imposições educacionais, criam condicionamentos que, infelizmente, em incontáveis indivíduos dão lugar às dúvidas atrozes em torno da sua origem espiritual, da sua imortalidade.
Mesmo quando se vincula a alguma doutrina religiosa, com as exceções compreensíveis, o comportamento moral permanece materialista, utilitarista, atado às paixões defluentes do egotismo.
Não fosse assim, e decerto, muitos benefícios adviriam da convicção espiritual, que sempre define as condutas saudáveis, por constituírem motivos de elevação, defluentes do dever e da razão.
Na falta desse equilíbrio, adota-se atitude de rebeldia, quando não se encontra satisfeito com a sucessão dos acontecimentos tidos como frustrantes, perturbadores, infelizes...
Desequipado de conteúdos superiores que proporcionam a autoconfiança, o otimismo, a esperança, essa revolta, estimulada pelo primarismo que ainda jaz no ser, trabalhando em favor do egoísmo, sempre transfere a responsabilidade dos sofrimentos, dos insucessos momentâneos aos outros, às circunstâncias ditas aziagas, que consideram injustas e, dominados pelo desespero fogem através de mecanismos derrotistas e infelizes que mais o degrada, entre os quais o nefando suicídio..
Na imensa gama de instrumentos utilizados para o autocídio, o que é praticado por armas de fogo ou mediante quedas espetaculares de edifícios, de abismos, desarticula o cérebro físico e praticamente o aniquila...
Não ficariam aí, porém, os danos perpetrados, alcançando os delicados tecidos do corpo perispiritual, que se encarregará de compor os futuros aparelhos materiais para o prosseguimento da jornada de evolução.
É inevitável o renascimento daquele que assim buscou a extinção da vida, portando degenerescências físicas e mentais, particularmente a anencefalia.
Muitos desses assim considerados, no entanto, não são totalmente destituídos do órgão cerebral.
Há, desse modo, anencéfalos e anencéfalos.
Expressivo número de anencéfalos preserva o cérebro primitivo ou reptiliano, o diencéfalo e as raízes do núcleo neural que se vincula ao sistema nervoso central?
Necessitam viver no corpo, mesmo que a fatalidade da morte após o renascimento, reconduza-os ao mundo espiritual.
Interromper-lhes o desenvolvimento no útero materno é crime hediondo em relação à vida. Têm vida sim, embora em padrões diferentes dos considerados normais pelo conhecimento genético atual...
Não se tratam de coisas conduzidas interiormente pela mulher, mas de filhos, que não puderam concluir a formação orgânica total, pois que são resultado da concepção, da união do espermatozoide com o óvulo.
Faltou na gestante o ácido fólico, que se tornou responsável pela ocorrência terrível.
Sucede, porém, que a genitora igualmente não é vítima de injustiça divina ou da espúria Lei do Acaso, pois que foi corresponsável pelo suicídio daquele Espírito que agora a busca para juntos conseguirem o inadiável processo de reparação do crime, de recuperação da paz e do equilíbrio antes destruído.
Quando as legislações desvairam e descriminam o aborto do anencéfalo, facilitando a sua aplicação, a sociedade caminha, a passos largos, para a legitimação de todas as formas cruéis de abortamento.
...E quando a humanidade mata o feto, prepara-se para outros hediondos crimes que a cultura, a ética e a civilização já deveriam haver eliminado no vasto processo de crescimento intelecto-moral.
Todos os recentes governos ditatoriais e arbitrários iniciaram as suas dominações extravagantes e terríveis, tornando o aborto legal e culminando, na sucessão do tempo, com os campos de extermínio de vidas sob o açodar dos mórbidos preconceitos de raça, de etnia, de religião, de política, de sociedade...
A morbidez atinge, desse modo, o clímax, quando a vida é desvalorizada e o ser humano torna-se descartável.
As loucuras eugênicas, em busca de seres humanos perfeitos, respondem por crueldades inimagináveis, desde as crianças que eram assassinadas quando nasciam com qualquer tipo de imperfeição, não servindo para as guerras, na cultura espartana, como as que ainda são atiradas aos rios, por portarem deficiências, para morrer por afogamento, em algumas tribos primitivas.
Qual, porém, a diferença entre a atitude da civilização grega e o primarismo selvagem desses clãs e a moderna conduta em relação ao anencéfalo?
O processo de evolução, no entanto, é inevitável, e os criminosos legais de hoje, recomeçarão, no futuro, em novas experiências reencarnacionistas, sofrendo a frieza do comportamento, aprendendo através do sofrimento a respeitar a vida?
Compadece-te e ama o filhinho que se encontra no teu ventre, suplicando-te sem palavras a oportunidade de redimir-se.
Considera que se ele houvesse nascido bem formado e normal, apresentando depois algum problema de idiotia, de hebefrenia, de degenerescência, perdendo as funções intelectivas, motoras ou de outra natureza, como acontece amiúde, se também o matarias?
Se exercitares o aborto do anencéfalo hoje, amanhã pedirás também a eliminação legal do filhinho limitado, poupando-te o sofrimento como se alega no caso da anencefalia.
Aprende a viver dignamente agora, para que o teu seja um amanhã de bênçãos e de felicidade.
Divaldo Pereira Franco. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. Página psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco, na reunião mediúnica da noite de 11 de abril de 2012, quando o Supremo Tribunal de Justiça, estudava a questão do aborto do anencéfalo, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia.
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