domingo, 23 de setembro de 2012

O Vestido Azul

Num bairro pobre de uma cidade distante, morava uma garotinha muito bonita. Ela freqüentava a escola local. Sua mãe não tinha muito cuidado e a criança quase sempre se apresentava suja. Suas roupas eram muito velhas e maltratadas.
O professor ficou penalizado com a situação da menina. "como é que uma menina tão bonita, pode vir para a escola tão mal arrumada?"
Separou algum dinheiro do seu salário e, embora com dificuldade, resolveu lhe comprar um vestido novo. Ela ficou linda no vestido azul.
Quando a mãe viu a filha naquele lindo vestido azul, sentiu que era lamentável que sua filha, vestindo aquele traje novo, fosse tão suja para a escola. Por isso, passou a lhe dar banho todos os dias, pentear seus cabelos, cortar suas unhas.
Quando acabou a semana, o pai falou: "mulher, você não acha uma vergonha que nossa filha, sendo tão bonita e bem arrumada, more em um lugar como este, caindo aos pedaços?
Que tal você ajeitar a casa? Nas horas vagas, eu vou dar uma pintura nas paredes, consertar a cerca e plantar um jardim."
Logo mais, a casa se destacava na pequena vila pela beleza das flores que enchiam o jardim, e o cuidado em todos os detalhes.
Os vizinhos ficaram envergonhados por morar em barracos feios e resolveram também arrumar as suas casas, plantar flores, usar pintura e criatividade.
Em pouco tempo, o bairro todo estava transformado. Um religioso, que acompanhava os esforços e as lutas daquela gente, pensou que eles bem mereciam um auxílio das autoridades.
Foi ao prefeito expor suas idéias e saiu de lá com autorização para formar uma comissão para estudar os melhoramentos que seriam necessários ao bairro.
A rua de barro e lama foi substituída por asfalto e calçadas de pedra. Os esgotos a céu aberto foram canalizados e o bairro ganhou ares de cidadania.
E tudo começou com um vestido azul. Não era intenção daquele professor consertar toda a rua, nem criar um organismo que socorresse o bairro.
Ele fez o que podia, deu a sua parte. Fez o primeiro movimento que acabou fazendo que outras pessoas se motivassem a lutar por melhorias.
Será que cada um de nós está fazendo a sua parte no lugar em que vive?
Por acaso somos daqueles que somente apontamos os buracos da rua, as crianças à solta sem escola e a violência do trânsito?
Se somos, sigamos o exemplo do professor e lembremos que é difícil mudar o estado total das coisas. Que é difícil limpar toda a rua, mas é fácil varrer a nossa calçada.
É difícil reconstruir um bairro mas é possível dar um vestido azul.

                                                                   
***

Podemos fazer mais em favor da humanidade se nos dispusermos a isto.
Estendamos a mão para alguém caído. Digamos uma palavra gentil para alguém.
Presenteemos um amigo com uma flor. Façamos sorrir alguém triste. Abracemos com ternura um desafortunado.
Há moedas de amor que valem mais do que os tesouros bancários, quando endereçadas no momento próprio e com bondade.
Ninguém dispensa um amigo, nem um gesto de socorro.
Disputemos a honra de ser construtores do mundo melhor e de uma sociedade mais feliz.--ESPECIAL:

fonte: Livro Vida Feliz nº LXXX

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Palavras do vovô


Escuta, meu netinho pequenino,
Permite que em tua alma de menino
Nasça o impulso da grande compaixão;
Guarda a ternura luminosa e boa,
Que nasce pura de teu coração.

 Se encontrares pessoas infelizes,
Cheias de dores e de cicatrizes,
Não desvies, de leve, teu olhar...
O sorriso de um anjo reconforta
O triste sofredor que bate à porta,
A gemer, a pedir, a soluçar!

 Semeia paz e amor em tua estrada,
Não zombes da miséria abandonada,
Não te rias da mágoa de ninguém,
Sob a bênção da infância doce e vaga,
Crescerás para o mundo que te afaga,
E, no futuro, lutarás também.

XAVIER, Francisco Cândido. Jardim de Infância. Pelo Espírito João de Deus. FEB. Capítulo 20.

* * * Estude Kardec * * *

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Ação de Graças

No tempo que se desdobra,
Sem um minuto de sobra
No dia a se recompor,
Entendendo o tempo agora,
Pelos bens de toda hora,
Muito obrigado, Senhor!...

Pelo Sol que envolve o mundo
Pelo chão vivo e fecundo,
Pela fonte, pela flor,
Por toda a amplidão que vejo
Do trabalho benfazejo,
Muito obrigado, Senhor!

Pela fé que me descansa
No regaço da esperança,
Pelas promessas do amor,
Pelo caminho risonho
Do ideal a que me exponho,
Muito obrigado, Senhor!...

Por todas as alegrias,
Ante as bênçãos que me envias
Do Plano Superior,
Pelos problemas e provas
Da senda em que me renovas,
Muito obrigado, Senhor!...

pelo Espírito Maria Dolores - Do livro: Somente Amor, Médium: Francisco Cândido Xavier

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Resposta de Deus


"E Jesus olhando para eles, disse-lhes: Aos homens é isso impossível, mas a Deus tudo é possível". Mateus, 19:26
Ainda que imbuídos do verdadeiro espírito de paz e harmonia, várias situações da rotina perturbarão o nosso estado de equilíbrio interior.
Sem dúvida os lances desagradáveis são necessários na aferição de nossa resistência e no exame de nossa capacidade de assimilar as lições do bem na escola da vida.
Uma vida em paz não é isenta de lutas e tropeços, erros e desvios, conflitos e desafios. Ao contrário, a paz verdadeira decorre da habilidade de saber extrair o melhor das mais difíceis partes da existência.
Há quem imagine paz como uma ausência completa de lutas e conflitos, alimentando a vertigem da fuga diante dos testes do aprimoramento espiritual.
Quando assim procedemos, deixamos de aproveitar, tanto quanto deveríamos, o ensino precioso que os dissabores podem acrescentar a cada lance do caminho diário.
Deus está, também, nos reveses e nas decepções, nos imprevistos e nas dificuldades.
Para enxergá-Lo com clareza compete-nos evitar a permanência nas lembranças desagradáveis, que são semelhantes a um eco de longa duração, pelo qual revivemos e ampliamos os efeitos do desgosto.
Trabalhemos, oremos e esqueçamos. Eis a recomendação para as ocorrências diárias quando formos surpreendidos com aferições inesperadas. Diante desta recomendação, talvez alguém indague: como trabalhar, orar e esquecer?
Dirige a Deus esta pergunta. Não tenha dúvida, Ele responderá, porque a Ele tudo é possível.
(Do Livro: "Para sentir Deus" - Wanderley Oliveira/Ermance Dufaux).

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Apesar do que somos...


Amigo(a), certo homem andava muito triste por não ter conseguido ajudar a um colega de muito anos.

Começou a refletir que ainda era muito imperfeito: não era dinâmico como queria; portava-se egoisticamente em certos momentos; faltava-lhe coragem para realizar determinados planos; queria ser mais paciente e não conseguia; quando alguém lhe expunha um problema, não sabia o que fazer. Enfim, descobriu que não era o super-homem...

Encontrando grande amigo, comenta-lhe de sua decepção por ser ele quem era...

O companheiro medita por instantes e serenamente lhe diz:

- Não permita que a decepção lhe tome o coração. Somos o que somos; o mais importante é o quanto já melhoramos e tanto bem que podemos fazer, mesmo com nossas imperfeições... Hoje somos melhores do que ontem em conduta e caráter. A árvore não cresce de um dia para outro. Ela necessita de vários anos e estações. Faça o melhor a cada dia. Lembre-se de que mesmo no pântano nascem lírios de rara beleza. Mesmo imperfeitos, espalhemos o bem e a luz.

Do livro: REFLEXÕES PARA A PAZ
Autor: JOAMAR ZANOLINI NAZARETH

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Brandura

O indulgente é, notadamente, brando nas suas conclusões, porque ele é tolerante para com o próximo; vê no seu irmão a sua continuação, por serem todos filhos de Deus, com os mesmos direitos e deveres; analisa seus companheiros no silêncio, sem exigir ostentação, tirando do que observar experiências para o seu comportamento.

Convém compreender que estamos na Terra buscando um aprendizado, notando que este planeta é de provas e expiações. A Doutrina Espírita mostra à humanidade a sua rica literatura, com o fito de que as lições sejam aplicadas e que o homem se renove nas suas concepções sobre a vida, que tem leis para serem respeitadas e rotas para serem corrigidas.

A indulgência mostra a cada criatura que a correção, em cada indivíduo, tem de ser feita por ele mesmo, porque é o único responsável pelos seus deslizes. E o Espiritismo, força pulsante no clima da vida, dá-nos força para conquistar a educação e a disciplina na nossa vida.

Estamos na época de mudanças, tanto no que tange à Terra, como moradia nossa, quanto na estrutura dos nossos sentimentos, aprimorando-os. O planeta se encontra cheio de missionários dando exemplos, e muitos deles o fazem em silêncio, de como crescer no equilíbrio, na fé e na esperança.

Quando nos dominamos, alimentamos no coração as virtudes e vamos nos livrando do apego a tudo e a todos, vivendo bem onde estivermos, amando a Deus em todas as coisas, de maneira a estabilizar a nossa vida, ligando-a à harmonia universal. Quanto mais apego, quanto mais orgulho, quanto mais egoísmo, mais amontoamos inferioridades dentro da consciência, passando a viver em guerra constante. E quando sentirmos o universo como a nossa casa, e Deus como único Pai, saberemos o que fazer da vida: poderemos ir para qualquer lugar, sem a doença da saudade que faz sofrer, pois todos somos irmãos e estamos sempre com Deus!

O sofrimento vem do apego e do egoísmo, e nada disso deve existir, nos nossos caminhos. Viver bem, em qualquer lugar, é sinal de que conhecemos a verdade, e nos tornamos livres, sendo indulgentes para com todos, amando a tudo. Convém notar que as leis espirituais nos ensinam esse viver.

O apego traz distúrbios na intimidade e sofrimento nas sensibilidades; devemos, então, purificar tudo e todos os sentimentos, transformando-os em amor, para que não falte em nossos passos a caridade bem conduzida, nos fazendo sentir a fraternidade universal.

O amor é força livre, na liberdade da vida. Quando se ama verdadeiramente, não há apego, não nos prendemos às saudades, surgindo em nós pensamentos de desprendimento; somos, neste momento, doadores de tudo o que esteja ao nosso alcance. É por isso que entendemos a força do amor, iluminando todas as virtudes, dando curso à verdade. Do amor surge a brandura, do amor temos os sinais da caridade e do perdão. Ele é a fonte de todos os valores espirituais, porque ele é Deus, sendo Jesus o padrão do amor de Deus na Terra.

(De “Máximas de Luz”, de João Nunes Maia, pelo Espírito Miramez)

ESE – Cap. X - Item 18

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Oportunidades diárias

Narra uma lenda chinesa que, às margens de imenso rio, vivia um pescador muito pobre.

Mal o rosto dourado da manhã se abria em sorrisos e as mãos brincalhonas da brisa matinal começavam a espalhar perfumes, ele se levantava e seguia para o rio.

As aves voavam alegres pelos ramos das árvores, em gorjeios maviosos. Mas nada disso animava Vicente, o pescador.

Ele andava lento, depois de se levantar com preguiça. Tomava o café matinal sem prestar atenção ao pão que fora servido, com carinho.

Com má vontade, naquela manhã, como em tantas outras, ele pegou suas redes de pesca, os apetrechos necessários e foi para o barco.

O dia prometia ser maravilhoso. A mãe natureza se esmerava em preparar um detalhe diferente, para que a reprise do dia anterior não fosse total. Um detalhe, afinal, é sempre muito importante.

Mas Vicente nada via. Foi resmungando para o barco. Sentou-se meio a contragosto, sempre reclamando e sentiu alguma coisa no chão. Sem olhar, apalpou com a mão direita. Encontrou uma sacolinha com pedras miúdas.

Distraído, sem ânimo para iniciar o trabalho da pesca, começou a jogar as pequenas pedras no rio, aguardando a chegada do sol.

Jogou uma a uma, divertindo-se com as ondulações que se desenhavam na superfície das águas.

Finalmente, o sol apareceu soberano, rasgando a escuridão da noite, com o seu punhal de luz.

Agora havia calor e muita luminosidade. O novo dia abriu seu manto de belezas para que todos o pudessem apreciar.

Vicente, ao pegar a última pedra, verificou que ela cintilava, refletindo os raios do sol. Examinando melhor, percebeu que se tratava de um diamante, explodindo claridade e beleza.

Levantou-se depressa e sacudiu a sacolinha. Estava vazia. Dando-se conta que jogara no rio uma imensa riqueza, Vicente se pôs a gritar, esbravejar, acusando todas as pessoas e o mundo por sua desgraça.

Sentia-se infeliz e amargurado. Perdera um grande tesouro. Jogara tudo no rio.

E, enquanto gritava e se desesperava, nem se deu conta de que ainda possuía nas mãos a última pedra preciosa.

* * *

Se você acordou esta manhã com mais saúde do que doença, você é mais abençoado do que o milhão que não sobreviverá esta semana.

Se você nunca passou pelo perigo de uma batalha, a solidão de uma prisão, a agonia de uma tortura, ou as aflições da fome, você está à frente de quinhentos milhões de pessoas no mundo.

Se você tem a ventura de frequentar um templo religioso, de seguir uma religião sem o medo de ser preso, torturado ou morto, você é mais abençoado do que três bilhões de pessoas no mundo.

Se você tem comida na geladeira, roupas no corpo, um telhado sobre a cabeça e um lugar para dormir, você é mais rico do que setenta e cinco por cento das pessoas do mundo.

Por tudo isso, não se esqueça de agradecer a Deus a oportunidade da vida, da saúde, da liberdade e de todas as outras bênçãos de que você desfruta.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 8, do livro Para sempre em nosso coração, de Maria Anita Rosas Batista, ed. Minas e Em prece, de autoria desconhecida.
22.08.2012

domingo, 9 de setembro de 2012

"Ao ver a Terra do espaço....

“Ao ver a Terra do espaço, não há como duvidar da existência de algo maior que nós’
Marcos Pontes, o primeiro astronauta brasileiro, participou, em novembro, em São Paulo (SP), do 3º Encontro Espírita da Família, que teve por tema Respeito às Diferenças. Organizado pela União das Sociedades Espíritas (USE) Centro, Liga Espírita do Estado de São Paulo, Federação Espírita do Estado de São Paulo (FEESP) e Aliança Regional Centro, o evento teve a coordenação de Marília de Castro, também coordenadora do Comitê Estadual São Paulo da Campanha Brasil a Favor da Vida – Contra o Aborto.

Em sua palestra, Pontes contou como aconteceu sua seleção para que se tornasse astronauta, todo o trabalho, o treinamento e sua viagem ao espaço. Mas, seu principal enfoque foi o respeito às diferenças. De religião católica, Pontes contou que, no espaço, Jeffrey Williams, astronauta americano de religião protestante, e Pavel Vinogradov, cosmonauta russo de religião católica ortodoxa, compartilharam uma foto de Jesus, levada por Pontes, uma cruz ortodoxa, levada por Pavel, e a Bíblia, levada por Jeffrey. Para ele, independentemente da religião, devemos saber conviver com as diferenças, respeitar uns aos outros e, acima de tudo, a criatura que construiu todo nosso planeta e o universo. Em entrevista à Folha Espírita, ele disse, entre outras coisas, que “ao ver a Terra do espaço, não há como duvidar da existência de algo muito maior que nós”.

Folha Espírita – Você é espírita?
Marcos Pontes – Não, sou católico. Mas a minha mãe era espírita e, logo depois que eu nasci, fui conhecer primeiro o centro espírita. Depois fui batizado na Igreja Católica.

FE – Qual a importância que a religião teve e tem na sua vida?
Pontes – Acredito muito na religião como uma coisa que inspira. Acho que ela é uma coisa que você não precisa mostrar para as outras pessoas, mas, sim, para você mesmo. É algo que fica dentro de você, que direciona, principalmente nos momentos difíceis da vida. Nos momentos fáceis, parece que você vai indo, como na linguagem do aviador “sem motor”. Não tem problema. Mas na hora que você precisa “dar motor” para subir, para corrigir alguma coisa, você precisa “ter um norte”, uma direção para ir. Então, acho que aí é que entra a religião.

FE – A visão da Terra lá do espaço mudou alguma coisa no seu conceito de mundo, de religião, os seus valores?
Pontes
– Sem dúvida. Acho que isso muda em todas as pessoas que vêem a Terra do seu lado de fora. É uma conseqüência natural, porque você vê este planeta e tem a consciência exata do seu tamanho perante o planeta. E também toma consciência do seu tamanho, mais reduzido ainda, perante o universo. Você não vê diferenças no planeta. O planeta é um só, uma coisa viva, que nos sustenta. O seu conceito de individualidade dá lugar a um conceito de coletividade. Você passa a pensar assim: “Eu faço parte de uma coisa muito maior.” Então, quando você se sente pequenininho diante do planeta, diante o universo, o fato de ser parte de uma coisa muito maior o consola. Você é parte deste universo. E como parte do universo você não é pequeno, você é do tamanho do universo também. Essa idéia, esse conceito, dá, no final das contas, uma felicidade muito grande, e quando você volta de lá, volta pensando não em coisas mesquinhas, coisas pequenas, coisas que você pode resolver, briguinhas que você resolve, ou não resolve, porque essas coisinhas não vão fazer diferença.

FE – O que importa na volta do espaço?
Pontes
– O que importa é daqui a 100 anos. Você começa a pensar o que pode fazer hoje de bom para que daqui a 100 anos as pessoas tenham alguma coisa boa a partir das suas idéias. Porque as idéias são as únicas coisas que ficam. Você dura, no máximo, se viver muito, uns 100 anos. Depois disso ficam só as idéias. Se você deixou idéias ruins, coisas ruins, isso é o que vai ficar de você depois. Se você deixou coisas boas, deixou idéias boas, isso vai ser o que você é para as pessoas. Se você não tem certeza que Deus existe, quando você olha este universo todo, da maneira como as coisas são organizadas, você passa a ter certeza que faz parte disso. Outra coisa é a noção de paz. Nosso planeta tem várias cores. Todo mundo fala que a Terra é azul, né? Pois ela tem várias cores diferentes. Todas elas se misturam. E a beleza que ela tem é justamente dessa mistura de cores. Imagine se ela fosse só azul, exatamente azul. Monótono, né? Não teria graça, não seria tão bonita! É exatamente o que acontece com as pessoas. O que faz a coisa boa é que as pessoas são diferentes. É essa mistura toda que dá uma coisa tão bonita.

FE – Você vem de uma família que tem diferenças religiosas. Como foi o seu desenvolvimento com essas diferenças?
Pontes
– Perfeitamente harmônico. Eu acho que religião nunca poderia ser usada como elemento de discriminação ou de diferenciação entre povos, entre pessoas e até mesmo entre a própria família. Acho que todas as religiões têm um ponto em comum que é o bem que as pessoas fazem. Não vejo nenhuma religião com o caráter essencialmente intrínseco de maldade, uma coisa ruim. O que acontece muitas vezes é que as pessoas fazem um estereótipo, ou fazem algum tipo de idéia de religião. Você fala no muçulmano e as pessoas já pensam em alguém que explode coisas. Não. Não é isso de jeito nenhum. A religião muçulmana tem muita coisa bonita. O Alcorão tem muitas lições. E se você for ver, de uma maneira estranha, que eu não sei explicar o quanto, a Bíblia, o Alcorão, o Evangelho Segundo o Espiritismo, o Livro dos Budistas, todos eles têm uma conexão, pregam que existe um ser maior que coordena tudo. As coisas que saem a partir desses livros são coisas boas, que dão direção correta na vida das pessoas. As interpretações é que são, muitas vezes, erradas. A culpa da interpretação não é das religiões, e sim das pessoas, que as interpretam para o seu bem ou para o mal. Na minha família, tínhamos diferenças, mas uma completa harmonia em atitude. As coisas sempre andaram muito bem.

FE – Como foi a convivência no espaço com os outros dois cosmonautas?
Pontes
– Nós conversávamos muito sobre tudo. Uma tripulação tem de ser muito coesa. Se você for ver bem, são três pessoas em uma situação na qual um depende do outro. Literalmente, dependiam as nossas vidas. Se o Jeffrey errasse, eu morreria. Se eu errasse, o Jeffrey e o Pavel também morreriam. Você tem de confiar muito na outra pessoa. Era como se fôssemos três irmãos o tempo todo. O mais interessante: éramos três religiões distintas. Eu, católico. O Jeffrey, protestante. E o Pavel, católico ortodoxo. Três religiões diferentes, mas, naqueles instantes, o que a gente quer é só o bem dos três. A estação espacial tem esse contexto. São 16 países diferentes participando de um trabalho para a humanidade.

FE – Quais os planos para o futuro?
Pontes
– Tenho muitos planos. Vivo com planos na cabeça e corro atrás de realizá-los. Atualmente, depois do vôo, continuo no Programa da Estação Espacial Internacional, coordenado pela Agência Espacial Brasileira. Faço a minha parte, assessorando a agência em alguns contatos com a NASA. Assessoro também o Senai e a Fiesp em São Paulo, que fabricam os protótipos das peças brasileiras. Atualmente, estou começando num projeto VLS (veículo lançador de satélite) lá em São José dos Campos (SP). Tenho trabalhado também na área de coordenação de cooperações. É uma atribuição que o Comando da Aeronáutica me deu quando me passou para a reserva. Essa passagem para a reserva foi pensada pelo Comando da Aeronáutica. Se eu ficasse dentro da ativa, ficaria sempre restrito aos regulamentos militares. Então, o comandante preferiu ter um astronauta que represente o Comando da Aeronáutica, o Brasil, as indústrias e tudo o mais para ajustar esse cenário de pesquisas, desenvolvimento e produção de tecnologia. Atualmente, minha atribuição é aproximar esses dois setores e conseguir, com isso, ter mais produtos, mais rapidez, não ter atrasos. E, para isso, preciso conversar com políticos, com as indústrias, no exterior.

FE – Você também desenvolve trabalhos na área social, certo?
Pontes
– Sim. Na área social tem um monte de coisas. Temos o Projeto Realizar, que tem a idéia de motivar jovens do Brasil inteiro para as carreiras de Ciência e Tecnologia e também para motivar para a vida mesmo. Em novembro, completamos 650 palestras para jovens. E é muito importante, porque você vê em vários lugares as crianças e adolescentes desanimados porque não têm recursos financeiros, não têm dinheiro e acham que nunca vão conseguir chegar a lugar algum. A própria sociedade impõe limites para esses jovens. E, na verdade, eles não têm limitações. Com a palestra, vou quebrando todas essas restrições. O meu trabalho, muitas vezes, é vir com uma marreta e quebrar todas essas limitações. É falar “olha, você está livre, agora você vai para onde você quiser. Se você estudar, vai ter um caminho muito bom pela frente. E você pode ser o que quiser”.

Entrevista: Marcos Pontes, o astronauta brasileiro
Fabiana Ganci
Publicado na Folha Espírita - dezembro/2006

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

O maior remédio


Estamos, dentro da ânsia que nos procura, buscando mensagens novas que nos tragam paz ao coração. Mas haveremos de convir que, não existem mensagens velhas no roteiro da caridade, por quanto, as diretrizes do amor traçadas no livro santo e em todos quantos nos foi lembrado o roteiro do bem, serão sempre as mesmas a nos trazer a paz ao coração, conquanto lhes apliquemos os ditames.

Na medida em que formos aplicando os ditames do roteiro que nos foi dado, nas mensagens da caridade para com o nosso próximo, todos os problemas de amizade desaparecerão, pois que iremos levantando de pouco a pouco aquele edifício da caridade em nós, que cobre multidão de pecados, garantindo a existência em qualquer parte do planeta.

Busquemos na acústica da alma a pergunta para os males que nos afetam o coração, e usemos de sinceridade para conosco mesmo a fim de que usemos de energia e reprimenda perante os defeitos que nos deformam a saúde orgânica e espiritual, até que pela nossa reforma íntima venhamos a ser curados para sempre.

11/07/1984 Paz, Amor e Caridade

Dona Aurora Barba

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

A Lei de Cooperação


A Espiritualidade Superior ensina que o isolamento é contrário à natureza humana.

Segundo ela, o homem é instintivamente gregário por motivos providenciais.

Ele precisa progredir e o progresso é sempre fruto da colaboração de muitos.

Em regra, o homem busca a vida em sociedade por razões pessoais.

Ocorre que as criaturas possuem diferentes habilidades e caracteres.

Mediante o convívio, elas se aproveitam dos talentos recíprocos e aprendem umas com as outras.

Justamente por isso, a força de uma sociedade advém da diversidade de seus integrantes.

Quando a diversidade é valorizada, tem-se um organismo social dinâmico e eficiente.

Ao contrário, toda tentativa de uniformização, com intolerância ao diferente, implica enfraquecimento.

Pode-se entender que vigora no âmbito humano uma Lei geral de Cooperação.

Ela se apresenta nos mais variados contextos, dos triviais aos sublimes.

Por exemplo, Jesus encarnou na Terra para ensinar e exemplificar a vivência do bem, na conformidade dos desígnios Divinos.

Dotado de extremas sabedoria e pureza, ainda assim buscou companheiros para auxiliá-lO na tarefa.

Escolheu doze Apóstolos, aos quais ministrou os mais variados ensinamentos.

Orientou-os, burilou-os e amparou-os para que no tempo devido sustentassem a vivência do Evangelho no mundo.

Os Apóstolos eram diferentes entre si.

Havia os reflexivos, os exaltados, os emotivos e os práticos.

Jesus a nenhum desprezou. Antes, soube aproveitar suas diferentes habilidades para o sucesso da empreitada evangélica.

Certamente, ao assim agir, o Mestre Divino sinalizou a importância da cooperação e da tolerância.

Dotado de poderes magnéticos desconhecidos e de extraordinária sabedoria, nem por isso quis fazer tudo sozinho.

Soube dividir o peso da tarefa com homens rudes e que não O compreendiam bem.

Esse eloquente exemplo demanda detida reflexão.

A vida em sociedade nem sempre é fácil.

Entre pessoas de visões e habilidades diversas, por vezes surgem discussões e desentendimentos.

Ocorre que o bem pujante nunca é obra de um homem só.

Toda realização de importância é sempre fruto do esforço de incontáveis envolvidos.

Apenas é preciso ser tolerante para conviver com o diferente.

A fim de que o melhor resultado surja, importa aprender a admirar opiniões divergentes.

Não apenas tolerá-las, mas valorizá-las, no que apresentem de positivo.

Sem dúvida, é possível agir sozinho na luta por um ideal.

Ocorre que, quando várias mãos se juntam, o bem se multiplica e expande.

Pense nisso.

Redação do Momento Espírita

Muitos deuses, um Pai

Na Antiguidade muitos eram os deuses.

Basta se consulte a mitologia e, perdendo-se no tempo, encontramos uma série diversificada de entidades denominadas deuses.

Desde sempre, deram-se conta os homens que, além da esfera física, auxiliando-os em seus esforços, havia seres de outra dimensão. E, como não lhes pudessem compreender a essência, os conceberam com forma humana e lhes atribuíram suas virtudes e defeitos.

Assim, surgiram as versões dos tantos deuses, encarregados de variadas missões.

Ouvindo os sons retumbantes dos céus, imaginaram alguém que estivesse a bater com um enorme martelo sobre imensa bigorna e surgiu Thor, deus do trovão.

No mar, que os vencia tantas vezes, levando vidas preciosas, com seus caprichos de ressacas, ondas enormes, tempestades, colocaram um ser que a tudo presidia, caprichoso: Netuno.

E, porque os dias se sucedessem, sem que eles pudessem deter as horas, imaginaram um deus que a isso presidisse igualmente: Saturno, que devorava os próprios filhos.

Percebendo ainda que suas ações eram secundadas por seres invisíveis, passaram a lhes dar nomes, e os invocar para as suas atividades.

E surgiram Hermes, deus do comércio; Apollo, deus da medicina; Atenas, deusa da sabedoria; Vênus, Diana, Eros, deus do amor.

Para cada atividade, um deus protetor. Mas, acima de todos, havia o deus dos deuses. Zeus, habitante do Olimpo grego, chamado Júpiter, na mitologia romana.

Essas entidades interagiam com os homens e, tanto quanto cuidavam dos céus, da Terra e do mar, se imiscuíam nas atividades humanas, interferindo, fazendo valer sua vontade.

Mais tarde, entendendo um pouco mais da essência espiritual, surgiriam religiões concebendo um mundo invisível povoado de anjos protetores e anjos maus.

A respeito deles, falaram antigos filósofos tanto quanto os pais da Igreja, que surgiu no século IV.

Olhando à distância, tudo pode parecer estranho e, em alguns momentos, até ingênuo.

Mas são verdades vestidas do entendimento das criaturas da época. Estamos rodeados por uma nuvem de testemunhas, afirmava o Apóstolo Paulo de Tarso.

São seres invisíveis, as almas dos homens que morreram, que nos cercam, dessa outra dimensão para onde se foram, após a morte do corpo.

E têm virtudes e defeitos, como os homens, porque as criaturas não se modificam simplesmente porque passam de uma dimensão para outra.

Continuam a se interessar pelos seres amados, a assisti-los em suas necessidades, trabalhar de múltiplas formas porque a ociosidade seria o pior de todos os castigos.

De acordo com o grau de elevação ou de inferioridade em que se situem, se ocupam das mais diversas tarefas.

Todos têm deveres a cumprir. Os seres mais elevados recebem as ordens de Deus e concorrem para a harmonia do Universo, executando as vontades celestes.

Por isso, os homens os perceberam, desde sempre e buscaram lhes dar nomes e tentar descobrir suas missões.

Eram pedaços do grande espelho da verdade que, a pouco e pouco, foram sendo juntados e ampliados.

Contudo, em todos os tempos, sempre o homem entendeu que acima de si mesmo, acima dessas tantas divindades, desses seres espirituais, uma vontade governa e é soberana.

Um Deus, um Senhor. Através dos tempos e das nações, o chamou de Zeus, Júpiter, Yaweh, Tupã.

Quando veio Jesus lhe deu um nome para que todos O pudéssemos igualmente denominar: Pai. Pai nosso.

Redação do Momento Espírita

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Por que estamos na Terra?

Você já se perguntou, algum dia, por que é que você nasceu? Por que veio ao mundo?
Cada um de nós traz uma missão para cumprir. Existem aqueles que logo a descobrem e se esmeram no cumprimento dela.
São os gênios, que cedo despertam e atraem para si os olhos do mundo: pintores, músicos, literatos, homens de ciência.
Outros demoram um tempo mais longo para se darem conta do que devem fazer. Alguns nunca chegam a descobrir que nasceram para realizar algo especial.
Esse algo especial pode ser se tornar pai, ou mãe, ter filhos, educá-los, transformando-os em homens de bem.
Quando, por exemplo, assistimos a um espetáculo musical e nos encantamos com a voz de uma cantora, já não nos ocorreu pensar em quem são seus pais? Como a educaram?
Terão percebido, desde cedo, o maravilhoso dom da filha e se esmeraram em lhe propiciar as melhores oportunidades para desenvolvê-lo?
E, concluímos: eles cumpriram sua missão. Aí está sua filha, emocionando corações, enchendo de sons o mundo, encantando plateias, com sua extraordinária voz.
Quando lemos trabalhos científicos ou filosóficos e nos admiramos com o saber ali contido, fruto de mentes de valor, pensamos em que essas criaturas vieram ao mundo para o tornarem melhor.
E estão cumprindo a sua missão, espalhando, com suas teses, suas teorias, seus escritos, suas conferências, as boas ideias, auxiliando a construir o homem renovado. Auxiliando-o a viver melhor.
Quando descobrimos um professor dedicado ao ensino, muito além do dever, pensamos: essa deve ser sua missão!
E como ele a está cumprindo, com honra!
Então, em certos dias, olhamos para nós mesmos, analisamos os anos vividos, os que nos faltam ainda a vencer e nos indagamos: Afinal, porque eu nasci?
Nada fiz ou faço de excepcional. Tenho um diploma, um emprego, sustento-me. Mas, por que estou aqui?
Nada faço que possa melhorar a vida de alguém. Não sou excepcional em nada. Talvez , até, não passe da média.
É nesses momentos que nos devemos recordar de um jovem apaixonado pela verdade que defendia.
Ele crescera, preparando-se para assumir um posto de destaque entre os seus. Seria um rabino. Em verdade, substituto do grande e respeitado Gamaliel.
Contudo, um dia, recebeu um chamado especial. Ele não saberia definir se a voz vinha de fora ou se soava dentro do seu coração.
Mas foi o suficiente para o jovem Saulo indagar: Senhor, que queres que eu faça?
E dali em diante, tornou-se a vontade do suave Pastor na Terra ao ponto de, em determinado momento de sua vida, assim se expressar:
Já não sou quem vive. É o Cristo que vive em mim.
À semelhança do jovem de Tarso, é bom meditemos, vez ou outra, nos indagando: Por que eu estou aqui? Que devo fazer?
E se permitir ouvir a resposta.
Logo identificaremos que temos algo muito importante a fazer: crescer, progredir, melhorarmo-nos.
E, realizando essa proeza, a cada dia, verificaremos que estaremos colaborando para a implantação mais breve do mundo renovado.
Um mundo de paz, de bênçãos, de trabalho, de harmonia.

Pensemos nisso.
Redação do Momento Espírita

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Nossa eterna luta interior

Nossa alma sempre está em conflito consigo mesma, pois sempre sentimos os mais conflitantes sentimentos. Ora estamos sorridentes, felizes, quando as coisas nos correm bem, ou quando estamos amando. Ora estamos tristes, angustiados, quando algo não vai bem, quando brigamos com nosso amor. Ora ficamos tomados da mais profunda ira, quando somos vítimas de alguma injustiça, ou quando vemos cenas como essas que nos são proporcionadas pelo noticiário da televisão, ou jornais, ou seja, derramamento de óleo no mar, filhos assassinando pais, estupros, e toda uma gama de atrocidades que são especialidade da casa do bicho homem...

Li uma mensagem atribuída a "um chefe indígena", que fala bem sobre esse conflito, literalmente, "colocando o dedo na ferida". Vejam só:

Dentro de nós existem dois cachorros. Um deles, é mau... cruel. E o outro é bonzinho... dócil. Estão sempre brigando... E vence sempre aquele que eu alimentar mais...

Dessa mensagem, é fácil deduzir-se que está em nosso livre arbítrio determinar qual o instinto que irá predominar em nossos sentimentos.

Se alimentarmos mais o cachorro bonzinho, ele vencerá a luta com o outro, e em nosso interior predominarão os bons sentimentos, teremos muito mais capacidade para amar do que para odiar.

É muito mais gratificante para nosso interior termos apenas bons sentimentos. Claro, como a perfeição inexiste, sempre teremos nossos momentos de revolta, de ira mesmo contra certas injustiças, contra certas atitudes mesquinhas, contra certas maldades que existem por aí. Mas são apenas momentos ocasionais, quando o cachorro bonzinho não se alimenta direito.

Contudo, quando o cachorro maldoso recebe ração dupla, ou toma algumas vitaminas, vemos a maldade predominar... e as consequências são tristes e trágicas. Não preciso nada dizer, pois o noticiário jornalístico se encarrega de mostrar tudo que se faz de mau por este mundo afora.

Interessante, aliás, que a base do noticiário são sempre as tragédias... Por vezes, parece que televisão, ou jornal está pingando sangue. Como se não bastasse, alguns sites também adoram "pingar" essas notícias, já fartamente noticiadas pela imprensa comum.

Certo que essas coisas acontecem e devem ser noticiadas. Penso apenas que se poderia dar igual ênfase às coisas boas que acontecem... Ou será que só existe maldade neste mundo?

Importante mesmo, é cada qual procurar fazer sua parte, tratando de alimentar melhor o "seu" cachorro bonzinho, para que ele consiga, pelo menos equilibrar a briga... Gozado... brigar para ser bom... Parece um contra senso...

Até que faz sentido isso, para sermos pessoas boas e equilibradas, temos que brigar... Temos que brigar contra a revolta que por vezes cresce em nosso interior contra certos fatos que assistimos... Temos que brigar contra nossa vontade de reagir a certas provocações... Temos que brigar contra as artimanhas do cachorro mau, que vai buscar no fundo de nossa alma, aquele instinto meio selvagem que todos temos em nosso interior, e precisamos sufocar.

Enfim, o caminho para a maldade parece mais fácil e confortável, e realmente o é, pois para conseguirmos as coisas, nos bastará destruir o que outros fizeram, passar por cima de escrúpulos. Pouco teremos que construir, e é mais fácil destruir do que construir.

Contudo, apesar de dar mais trabalho, é muito mais gratificante cuidar bem do cachorro bonzinho.

Além de nos trazer um certo bem estar interior, certamente atrairemos muito mais simpatia, cuidando bem do cachorro bonzinho, um simpático e nobre hursky siberiano, mesmo que esteja um pouco arranhado pelas garras do outro, um soturno pitbull...

Esperando que possamos alimentar convenientemente nosso Hursky.