domingo, 26 de junho de 2016

Coerencia e firmeza



COERÊNCIA E FIRMEZA
Comporta-te com a mesma firmeza e dignidade, quando a sós ou na multidão, no lar ou fora dele.
O homem de bem é sempre o mesmo, não possuindo duas faces morais.
Trabalhando-te interiormente, fixarás os ideais de enobrecimento nos atos, que se exteriorizarão, sempre iguais, nas mais variadas situações.
O homem consciente das suas responsabilidades tem uma só conduta, seja na vida privada ou na pública, caracterizando-se pela retidão, que lhe expressa a grandeza do ideal esposado.
Se adquires o hábito da dissimulação, em breve derraparás na hipocrisia e na pusilanimidade.
Exercitando-te na concentração dos pensamentos superiores, eles fluirão pelos teus atos no lar, no serviço e nas horas de recreio.
O lar é a sociedade miniaturizada nas fronteiras domésticas.
Aí se forjam os valores indispensáveis para o crescimento intelecto moral do indivíduo, preparando-o para o mundo.
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Sê refratário à lisonja.
Prefere uma verdade ácida a uma mentira adocicada.
O lisonjeador é desonesto com aquele a quem elogia.
Interrompe lhe a insinuação perturbadora, que te atribui valores que não possuis.
Sê, então, coerente, em todos os atos, não amparando o vício, nem passando recibo em favor da fraude, das posturas reprocháveis.
Talvez não mudes o mundo.
Se, no entanto, te tornares melhor, o mundo se terá renovado com disposições superiores para o fanal da fraternidade e da paz.
Divaldo P. Franco. Da obra: Episódios Diários. Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis. Capítulo 38. LEAL.
* * * Estude Kardec * * *

Fazer o Bem



FAZER O BEM
Fazer o Bem muitas vezes é um exercício duro, solitário e complicado, mas mesmo assim ele é uma semente que deve ser plantada.
As coisas que melhoram a moral são cheias de obstáculos porque mexem com o ego, com a natureza intima de cada envolvido.
Muitos acham que o Bem já vem acompanhado da gratidão dos que o recebem, mas nem sempre é assim, pois entre a semente e a planta existe um espaço de tempo que deve ser respeitado.
Trabalhar para Jesus é ter o nome registrado na carteira de trabalho tempo.
Devemos aprender que nem sempre o trabalhador do Bem recebe seu salário de imediato, as vezes ele vem fracionado, dividido entre esperança, satisfação, sentimento de ser útil até que se conclua na Paz verdadeira com Jesus sem cobrar nada dos outros.
Ninguém deve ter medo de fazer o Bem, mas sim de ser omisso quanto a caridade que lhe cabe realizar.
Autor: Dimas
Médium: Nilton Stuqui

sexta-feira, 24 de junho de 2016

Piedade Filial



PIEDADE FILIAL
O mandamento: "Honrai a vosso pai e a vossa mãe" é um corolário da lei geral de caridade e de amor ao próximo, visto que não pode amar o seu próximo aquele que não ama a seu pai e a sua mãe; mas, o termo honrai encerra um dever a mais para com eles: o da piedade filial. Quis Deus mostrar por essa forma que ao amor se devem juntar o respeito, as atenções, a submissão e a condescendência, o que envolve a obrigação de cumprir-se para com eles, de modo ainda mais rigoroso, tudo o que a caridade ordena relativamente ao próximo em gera. Esse dever se estende naturalmente às pessoas que fazem as vezes de pai e de mãe, as quais tanto maior mérito têm, quanto menos obrigatório é para elas o devotamento. Deus pune sempre com rigor toda violação desse mandamento.
Honrar a seu pai e a sua mãe, não consiste apenas em respeitá-los; é também assisti los na necessidade; é proporcionar-lhes repouso na velhice; é cercá-los de cuidados como eles fizeram conosco, na infância.
Sobretudo para com os pais sem recursos é que se demonstra a verdadeira piedade filial. Obedecem a esse mandamento os que julgam fazer grande coisa porque dão a seus pais o estritamente necessário para não morrerem de fome, enquanto eles de nada se privam, atirando-os para os cômodos mais ínfimos da casa, apenas por não os deixarem na rua, reservando para si o que há de melhor, de mais confortável? Ainda bem quando não o fazem de má vontade e não os obrigam a comprar caro o que lhes resta a viver, descarregando sobre eles o peso do governo da casa! Será então aos pais velhos e fracos que cabe servir a filhos jovens e fortes? Ter-lhes-á a mãe vendido o leite, quando os amamentava? Contou porventura suas vigílias, quando eles estavam doentes, os passos que deram para lhes obter o de que necessitavam? Não, os filhos não devem a seus pais pobres só o estritamente necessário, devem-lhes também, na medida do que puderem, os pequenos nadas supérfluos, as solicitudes, os cuidados amáveis, que são apenas o juro do que receberam, o pagamento de uma dívida sagrada. Unicamente essa é a piedade filial grata a Deus. ]
Ai, pois, daquele que olvida o que deve aos que o ampararam em sua fraqueza, que com a vida material lhe deram a vida moral, que muitas vezes se impuseram duras privações para lhe garantir o bem-estar. Ai do ingrato: será punido com a ingratidão e o abandono; será ferido nas suas mais caras afeições, algumas vezes já na existência atual, mas com certeza noutra, em que sofrerá o que houver feito aos outros.
Alguns pais, é certo, descuram de seus deveres e não são para os filhos o que deviam ser; mas, a Deus é que compete puni-los e não a seus filhos. Não compete a estes censurá-los, porque talvez hajam merecido que aqueles fossem quais se mostram. Se a lei da caridade manda se pague o mal com o bem, se seja indulgente para as imperfeições de outrem, se não diga mal do próximo, se lhe esqueçam e perdoem os agravos, se ame até os inimigos, quão maiores não hão de ser essas obrigações, em se tratando de filhos para com os pais! Devem, pois, os filhos tomar corno regra de conduta para com seus pais todos os preceitos de Jesus concernentes ao próximo e ter presente que todo procedimento censurável, com relação aos estranhos, ainda mais censurável se torna relativamente aos pais; e que o que talvez não passe de simples falta, no primeiro caso, pode ser considerado um crime, no segundo, porque, aqui, à falta de caridade se junta a ingratidão.
Deus disse: "Honrai a vosso pai e a vossa mãe, a fim de viverdes longo tempo na terra que o Senhor vosso Deus vos dará." Por que promete ele como recompensa a vida na Terra e não a vida celeste? A explicação se encontra nestas palavras: “que Deus vos dará”, as quais, suprimidas na moderna fórmula do Decálogo, lhe alteram o sentido.
Para compreendermos aqueles dizeres, temos de nos reportar à situação e às ideias dos hebreus naquela época. Eles ainda nada sabiam da vida futura, não lhes indo a visão além da vida corpórea. Tinham, pois, de ser impressionados mais pelo que viam, do que pelo que não viam. Fala-lhes Deus então numa linguagem que lhes estava mais ao alcance e, como se se dirigisse a crianças, põe lhes em perspectiva o que os pode satisfazer. Achavam-se eles ainda no deserto; a terra que Deus lhes dará e a Terra da Promissão, objetivo das suas aspirações.
Nada mais desejavam do que isso; Deus lhes diz que viverão nela longo tempo, isto é, que a possuirão por longo tempo, se observarem seus mandamentos.
Mas, ao verificar-se o advento de Jesus, já eles tinham mais desenvolvidas suas ideias.
Chegada a ocasião de receberem alimentação menos grosseira, o mesmo Jesus os inicia na vida espiritual, dizendo: "Meu reino não é deste mundo; lá, e não na Terra, é que recebereis a recompensa das vossas boas obras." A estas palavras, a Terra Prometida deixa de ser material, transformando-se numa pátria celeste. Por isso, quando os chama à observância daquele mandamento: "Honrai a vosso pai e a vossa mãe", já não é a Terra que lhes promete e sim o céu. (Caps. II e III.)
O Evangelho Segundo o Espiritismo
Capítulo XIV – Honrai a vosso pai e vossa mãe