terça-feira, 28 de julho de 2015

Para os Médiuns

Nos últimos tempos, diz o Senhor, difundirei do meu Espírito sobre toda carne; vossos filhos e filhas profetizarão; vossos jovens terão visões e vossos velhos,  sonhos. Nesses dias, difundirei do meu Espírito sobre os meus servidores e servidoras, e eles profetizarão. (Atos, cap. II, vv. 17 e 18.) (1)
Quis o Senhor que a luz se fizesse para todos os homens e que em toda a parte penetrasse a voz dos Espíritos, a fim de que cada um pudesse obter a prova da imortalidade. Com esse objetivo é que os Espíritos se manifestam hoje em todos os pontos da Terra e a mediunidade se revela em pessoas de todas as idades e de todas as condições, nos homens como nas mulheres, nas crianças como nos velhos. É um dos sinais de que chegaram os tempos preditos.
Para conhecer as coisas do mundo visível e descobrir os segredos da Natureza material, outorgou Deus ao homem a vista corpórea, os sentidos e instrumentos especiais.
Com o telescópio, ele mergulha o olhar nas profundezas do espaço, e, com o Microscópio,  descobriu o mundo dos infinitamente pequenos. Para penetrar no mundo invisível, deu-lhe a mediunidade.
Os médiuns são os intérpretes incumbidos de transmitir aos homens os ensinos dos Espíritos; ou, melhor, são os órgãos materiais de que se servem os Espíritos para se expressarem aos homens por maneira inteligível. Santa é a missão que desempenham, visto ter por fim rasgar os horizontes da vida eterna.
Os Espíritos vêm instruir o homem sobre seus destinos, a fim de o reconduzirem à senda do bem, e não para o pouparem ao trabalho material que lhe cumpre executar neste mundo, tendo por meta o seu adiantamento, nem para lhe favorecerem a ambição e a cupidez.
Aí têm os médiuns o de que devem compenetrar-se bem, para não fazerem mau uso de suas faculdades. Aquele que, médium, compreende a gravidade do mandato de que se acha investido, religiosamente o desempenha. Sua consciência lhe profligaria, como ato sacrílego, utilizar por divertimento e distração, para si ou para os outros, faculdades que lhe são concedidas para fins sobremaneira sérios e que o põem em comunicação com os seres de além-túmulo.
Como intérpretes do ensino dos Espíritos, têm os médiuns de desempenhar importante papel na transformação moral que se opera. Os serviços que podem prestar guardam proporção com a boa diretriz que imprimam às suas faculdades, porquanto os que enveredam por mau caminho são mais nocivos do que úteis à causa do Espiritismo. Pela má impressão que produzem, mais de uma conversão retardam. Terão, por isso mesmo, de dar contas do uso que hajam feito de um dom que lhes foi concedido para o bem de seus semelhantes.
O médium que queira gozar sempre da assistência dos bons Espíritos tem de trabalhar  por melhorar-se. O que deseja que a sua faculdade se desenvolva e engrandeça tem de se engrandecer moralmente e de se abster de tudo o que possa concorrer para desviá-la do seu  fim providencial.
Se, às vezes, os Espíritos bons se servem de médiuns imperfeitos, é para dar bons conselhos, com os quais procuram fazê-los retomar a estrada do bem. Se, porém, topam com corações endurecidos e se suas advertências não são escutadas, afastam-se, ficando livre o campo aos maus.
Prova a experiência que, da parte dos que não aproveitam os conselhos que recebem  dos bons Espíritos, as comunicações, depois de terem revelado certo brilho durante algum  tempo, degeneram pouco a pouco e acabam caindo no erro, na vertigem, ou no ridículo, sinal  incontestável do afastamento dos bons Espíritos.
Conseguir a assistência destes, afastar os Espíritos levianos e mentirosos tal deve ser a  meta para onde convirjam os esforços constantes de todos os médiuns sérios. Sem isso, a mediunidade se torna uma faculdade estéril, capaz mesmo de redundar em prejuízo daquele que a possua, pois pode degenerar em perigosa obsessão.
O médium que compreende o seu dever, longe de se orgulhar de uma faculdade que  não lhe pertence, visto que lhe pode ser retirada, atribui a Deus as boas coisas que obtém. Se as suas comunicações receberem elogios, não se envaidecerá com isso, porque as sabe independentes do seu mérito pessoal; agradece a Deus o haver consentido que por seu intermédio bons Espíritos se manifestassem. Se dão lugar à crítica, não se ofende, porque não  obra do seu próprio Espírito. Ao contrário, reconhece no seu íntimo que não foi um  instrumento bom e que não dispõe de todas as qualidades necessárias a obstar a imiscuência  dos Espíritos maus. Cuida, então, de adquirir essas qualidades e suplica, por meio da prece, as  forças que lhe faltam.
O Evangelho Segundo O Espiritismo
Capítulo Xxviii – Coletânea De Preces / Preces Para Os Médiuns
Prece. - Deus onipotente, permite que os bons Espíritos me assistam na
comunicação que solicito. Preserva-me da presunção de me julgar resguardado dos Espíritos maus; do orgulho que me induza em erro sobre o valor do que obtenha; de todo sentimento oposto à caridade para com outros médiuns. Se cair em erro, inspira a alguém a idéia de me advertir disso e a mim a humildade que me faça aceitar reconhecido a crítica e tomar como endereçados a mim mesmo, e não aos outros, os conselhos que os bons Espíritos me queiram ditar. Se for tentado a cometer abuso, no que quer que seja, ou a me envaidecer da faculdade que te aprouve conceder-me, peço que ma retires, de preferência a consentires seja ela desviada do seu objetivo providencial, que é o bem de todos e o meu próprio avanço moral.

Seguidores da Boa Nova

Sejamos nós seguidores da Boa Nova, procurando viver o Cristo em nosso dia a dia, mas lembremos que além de tê-lo nos lábios, devemos tê-lo no coração.
A vida na Terra é uma ilusão temporária e o que fazemos hoje colheremos somente quando rompermos os laços que nos prendem à vida física. Assumir comportamento cristão não é intelectualizar a vida, levar tudo a sério e pretender manter uma postura que possa cair a qualquer momento, mas sentir a vida sem falsidade e sem julgar aquilo que não conhecemos.
É hábito apontarmos defeitos como se estivéssemos acima deles; julgar os outros como se fôssemos melhores. Mesmo que isso seja verdade, não deixemos de lado a indulgência e dobremos a nossa língua para que não sejamos envenenados por ela. As pessoas ao nosso redor não merecem o nosso azedume.
De que adianta mantermos uma postura cristã e termos sonhos ruins a noite ou nos sentirmos perturbados e confusos durante o dia? Sermos missionários dos outros e falhos quando se trata de olharmos a nós mesmos? Por acaso esse comportamento de desejamos demonstrar ao mundo a nossa generosidade e qualidade moral, mas do qual o coração não faz parte, tem sido proveitoso em nossa vida, em nosso dia a dia? Tem resolvido os nossos problemas espirituais?
Adianta sermos elevados por fora, procurando estimular ideias moralizadoras para os outros, quando nós, em nós mesmos, não somos capazes de dar um passo a frente? Culparmos as pessoas, criticarmos os seus atos, julgar e apontar defeitos e apresentar meios e justificativas as quais somos incapazes muitas vezes de seguir? Que sabedoria é essa a nossa, que sabe ensinar mas não sabe fazer?
Cautela meus amigos, cuidado com a hipocrisia, pois esse é um terreno muito hostil, cheio de amargor e infelicidade. Busquemos todos o bem, mas sejamos sinceros com nós mesmos, admitindo a nossa fraqueza pessoal e procurando nossa força entre as pessoas e não dentro de nós mesmos, pois ninguém é forte sozinho.
Luz a todos e que esta luz ilumine os nossos passos, mostrando os perigos do caminho e dando-nos competência para deles nos afastarmos.
André Ariovaldo
http://www.forumespirita.net/fe/meditacao-diaria/seguidores-da-boa-nova/?PHPSESSID=acdbff7a8b8ec7512a516292ae12e2ac#ixzz3hEGTrskT

domingo, 26 de julho de 2015

Educação Emocional dos Filhos

Nós nos preocupamos em educar nossas crianças a fim de que elas possam bem enfrentar o mundo.
A tecnologia se intensifica, o mundo se globaliza, as distâncias se encurtam, e se faz preciso saber mais.
Assim multiplicam-se as aulas de idiomas estrangeiros, os cursos de reforço do conteúdo escolar, as aulas de esporte.
Em um mundo mais competitivo, exigimos sempre mais de nossas crianças.
É necessário vencer nas competições esportivas, mesmo aquelas escolares.
É fundamental ter a nota mais alta, o maior rendimento nos bancos escolares.
Preocupamo-nos muito em cultivar o corpo e alimentar a mente de nossos filhos.
Porém, ao educar, nos esquecemos de que não somos só corpo e mente. Somos também emoção.
E, muitas das vezes, damos pouca importância ou mesmo negligenciamos a educação emocional de nossos filhos.
Ao renascermos, trazemos a bagagem de experiências já vividas.
Não somos uma folha em branco a ser escrita ao longo da existência.
Retornamos à experiência terrena com toda a carga emocional que adquirimos ao longo das passadas existências.
Em razão disso, o panorama emocional que trazem nossos filhos merece cuidado para os ajustes que se façam necessários.
Se percebemos em nosso filho a tendência ao egoísmo, de importância se faz oferecer-lhe lições de solidariedade.
Levá-lo a visitar uma creche ou casa de apoio, a fim de oferecer alguns de seus brinquedos para essas crianças, irá ajudá-lo a compreender o que seja ser solidário.
Se notamos que ele se põe irado com facilidade, sem muita tolerância quando tolhido em alguma ação ou vontade, é fundamental mostrar-lhe o valor da paciência.
Assim, após um ataque de fúria, na medida em que for se tranquilizando, cabe-nos dialogar com ele a fim de conduzi-lo a refletir sobre a conveniência de ser mais paciente, mais tolerante.
Se observamos que nosso filho desanima frente às dificuldades e enfrentamentos da vida, desistindo logo, esmorecendo de maneira pessimista, por lhe faltarem perseverança e coragem, busquemos auxiliá-lo.
Dialoguemos com ele, oferecendo-lhe exemplos de vida de grandes homens e mulheres, dos mais conhecidos aos anônimos, que enfrentaram suas dificuldades e venceram. Isso lhe oferecerá oportunidade para reflexionar em torno do exercício da constância.
Assim, aos poucos, vamos analisando nossas crianças, proporcionando as lições que lhes faltam para sua educação emocional.
Se desejamos que eles sejam felizes, plenos e realizados, ofereçamo-lhes o ensejo de conhecerem seu mundo íntimo.
Conquistar o conhecimento do mundo externo é preocupação lícita e necessária para pais e mães no exercício da educação de seu filho.
Porém, oferecer-lhe a chave para adentrar a grande floresta desconhecida de sua intimidade, é valor inestimável, do qual jamais deverão os pais declinar.
Assim, colaboraremos, com eficácia, para a plena realização dos nossos filhos, na percepção clara de que se há um imenso mundo a ser descoberto, não menos desafiador e necessário se faz o autoconhecimento, trabalhando as suas emoções.
Por Redação do Momento Espírita. Do site: http://momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=4314&stat=0.

PERDOA SEMPRE

Perdoa, meu irmão,
A noite triste e densa,
Porque a noite nos traz da escuridão
A alvorada por doce recompensa.

Desculpa, meu amigo,
Os acúleos das dores,
Quase sempre o espinho traz consigo
A oferenda das flores.

Suporta, conformado,
Os golpes da amargura,
Pois muitas vezes, o fel inesperado
Traz a bênção da cura.

Tolera a tempestade que alardeia
Violência e furor...
Finda a tormenta, a Terra brilha cheia
De promessas de amor.

Em todo o tempo, a vida é sempre assim
Se o perdão te conduz
Recolherás os júbilos do fim,
Na vitória da luz.

pelo Espírito Carmem Cinira - Do livro: Nosso Livro, Médium: Francisco Cândido Xavier.
www.caminhosluz.com.br 

domingo, 19 de julho de 2015

UMA IMPORTANTE OPÇÃO

Emília pertencia a uma família de classe média, em um país europeu que sofria crises e carestias, depois de uma prolongada guerra nacional. Fome e epidemias ameaçavam a toda a população polonesa.
Emília, desde pequena, tinha uma saúde frágil, e não melhorava devido às condições em que vivia. Era ainda muito jovem quando se casou com um operário têxtil e se estabeleceram em uma cidadezinha nova, longe de familiares e conhecidos: Wadovice, a 30 km de Cracóvia.
Pouco tempo depois nasceu seu primeiro filho, Edmundo, um garoto belo, bom aluno, atleta e de personalidade forte. Chegaria a se formar em Medicina.
Alguns anos mais tarde, em 1915, Emília deu à luz uma menina, que só sobreviveu poucas semanas, por causa das más condições de vida a que a família estava submetida.
Catorze anos depois do nascimento de Edmundo, e quase dez da morte de sua segunda filha, Emília se encontrava em uma situação particularmente difícil.
Tinha cerca de 40 anos e sua saúde não havia melhorado: sofria severos problemas renais e seu sistema cardíaco se debilitava, pouco a pouco, devido a uma doença congênita.
Além disso, a situação política do seu país era cada vez mais crítica, pois havia sido muito afetado pela recém terminada Primeira Guerra Mundial.
Viviam com o indispensável e com a incerteza e o medo de que se instalasse uma nova guerra.
Justamente nessas terríveis circunstâncias, Emília percebeu que estava grávida novamente. Apesar de o acesso ao abortamento não ser fácil naquela época, e naquele país tão pobre, existia a opção e não faltou quem se oferecesse para praticá-lo.
Sua idade e sua saúde faziam da gestação um alto risco para sua vida. Além disso, sua difícil condição de vida lhe fazia perguntar-se: Que mundo posso oferecer a este pequeno? Uma vida miserável? Um povo em guerra?
Emília desconhecia que só lhe restavam dez anos de vida, por causa de seus problemas de saúde.
Tragicamente, também Edmundo, o único irmão do bebê que esperava, viveria só mais dois anos.
Alguns anos mais tarde, aconteceria a Segunda Guerra Mundial, e no ano de 1941, o pai da criança que estava por nascer também perderia a vida.
Contudo, entre as dificuldades que a assombravam e a vida que nela palpitava, Emília optou por dar à luz seu filho, a quem chamou de Karol. Ele foi o único sobrevivente da família.
Aos 21 anos, ficou na Terra sem os pais e sem os irmãos. Este menino se tornou um ancião. Por muitos anos, cada vez que visitava algum país e passava por suas ruas, milhões de gargantas exaltadas lhe gritavam: João Paulo Segundo, nós te amamos.
Com vários problemas de saúde, o Papa João Paulo Segundo confessou que somente se sustentava pela força da prece dos que oravam por ele.
*
Pense nisso! A jovem Emília podia ter decidido por não permitir o nascimento daquele terceiro filho.
Mas, que grande homem teria perdido o Mundo. Um homem que utilizou o seu prestígio para falar aos dirigentes das nações sobre as doenças da sociedade e que, esperançoso, afirmava que havia razões para confiar, para esperar, para lutar, para construir.
Pense nisso e jamais diga não à vida. Não importam as situações adversas, nem as nuvens borrascosas que teimam em se apresentar.
Se um Espírito lhe bater à porta do coração, pedindo acolhida num minúsculo corpo de carne, receba-o.
Ele poderá vir para mudar a face do Mundo. Ele poderá vir, simplesmente, para enrolar seus braços em seu pescoço e sussurrar aos seus ouvidos: Eu te amo, mamãe!
Redação do Momento Espírita. Com base em pesquisa ao site www.cnbb.org.br/files/biografia.

* * * Estude Kardec * * *

domingo, 12 de julho de 2015

Bem-Aventurados

Seguem-nos ainda hoje.
E virão sempre.
Por amor, os bem-aventurados, que já conquistaram a Luz Divina, descerão até nós, quais flamas solares que não apenas se retratam nos minaretes da Terra, mas penetram igualmente nas reentrâncias do abismo, aquecendo os vermes anônimos.
Chegam, sim, até nós, desculpando-nos as faltas e suprindo-nos as fraquezas, a integrar-nos na ciência difícil de corrigir-nos por nós mesmos, sem reclamarem o título de mestres.
Volvem de sublimes regiões, semelhando astros que se apagam na sombra de pesada renúncia, para nos conduzirem o passo, e, envergando a roupagem inferior em que nos achamos, são pais e mães, amigos e servidores, cuja grandeza, muita vez, percebemos somente depois que se distanciam...
Ajudam-nos a carregar o fardo de nossos erros, sem tornar-nos irresponsáveis. Alentam-nos a energia sem demitir-nos da obrigação.
Sobretudo, jamais nos criticam as deficiências, apesar de nos conhecerem as forças ainda frágeis, e, ainda mesmo quando nos rebolquemos no vício, levantam-nos, caridosos, sem fustigar-nos com o tição da censura.
São eles a palavra serena nos torvelinhos do desespero, o refúgio no abandono, o consolo quando a provação nos obriga a marchar sob a chuva das lágrimas, e a certeza do bem, quando o mal parece minar a vida.
Se choras, reflete neles. Quando te aflijas, não lhes olvides o apoio.
Endereça o pensamento às Alturas e pede-lhes inspiração e socorro, porque, para eles, os bem-aventurados que se elevaram à União Divina, o júbilo maior será sempre esparzir o amor de Deus, que acende estrelas além das trevas e desabotoa rosas entre os espinhos.
Pelo Espírito Emmanuel - Do livro: Justiça Divina, Médium: Francisco Cândido Xavier.

OUVINDO A VOZ DE DEUS

Deus não ouve as minhas preces. Eis uma sentença repetida por muitos que, passando pelas provações da vida, se valem da oração, mas, por não obterem aquilo que solicitam, julgam que não estão sendo ouvidos pelo Criador.
Aqueles que verbalizam tal sentença desconhecem o valor inestimável da prece.
Na questão 659 de O livro dos Espíritos, encontramos registrado o questionamento de Allan Kardec, que solicita aos mensageiros do Alto esclarecimentos acerca do caráter geral da prece.
Eis a iluminada resposta: “A prece é um ato de adoração. Fazer preces a Deus é pensar n’Ele, aproximar-se d’Ele, pôr-se em comunicação com Ele. A três coisas podemos propor-nos por meio da prece: louvar, pedir e agradecer.”
A prece que se faz em favor de si mesmo ou de outrem é ferramenta valiosíssima que lança luz sobre as trevas que nos escurecem o Espírito, quando passamos pelas tribulações da vida.
E tenhamos a certeza: Deus sempre ouve nosso clamor e responde às nossas orações, porém, faz-se necessário que ajustemos a acústica da alma para ouvi-lO.
Meu filho, tu és forte, capaz, inteligente, cheio de talentos. Reconhece tuas possibilidades e utiliza-as em teu favor.
Tu és dotado da mais nobre de todas as virtudes: a capacidade de amar.
Usa sabiamente esta virtude: escolhe a paz e não a violência. O perdão e não o ódio. A caridade e não o egoísmo.
Nas tuas dúvidas e incertezas, nos teus medos, receios e, até mesmo, na tua falta de fé, contempla o céu, o mar, a natureza em festa, o perfume das flores e percebe que, passado o cinza dos dias invernais, tudo se torna colorido novamente...
E é sempre o colorido que permanece...
Busca-me no sorriso do teu irmão, naqueles que nascem, naqueles que retornam à Espiritualidade e naqueles que te procuram na aflição.
Cresce a cada dia em otimismo, verdade e esperança. Abandona os sentimentos inferiores e as reclamações infundadas.
Em todos os passos que dás, estou contigo. Mesmo quando, em meio às tuas lágrimas, te sentes sozinho, estou ao teu lado e amparo-te em teus sofrimentos, ainda que não me percebas.
Torna-te simples. Aprende que precisas de pouco, muito pouco, para descobrir em ti mesmo o caminho que te levará à felicidade e à paz que tanto almejas.
Torna-te generoso contigo mesmo e com os que te cercam.
Reconhece tuas falhas, mas não te cobres em demasia. Faze a parte que te cabe em tua reforma íntima e concede ao tempo a parte que lhe é própria, a fim de que ele te auxilie nesse processo.
E, filho, sê feliz desde já, como sejas, com o que tenhas e com aqueles que te cercam, pois foi em nome da felicidade que te criei.
A felicidade habita dentro de ti. Busca-a e haverás de encontrá-la.
Através da prece, conversamos com Deus e o Senhor da Vida nos escuta. Silenciemos nosso foro íntimo para ouvi-lO respondendo-nos às rogativas.
O que Ele nos revela hoje? Sua voz se manifesta na intimidade da alma e no recôndito do coração.
Ouçamo-lO.
Por Redação do Momento Espírita, com citação do item 659 de O livro dos Espíritos, de Allan Kardec, ed. FEB. Do site: http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=4196&stat=0

O BURRO MANCO

Antes da reunião mediúnica, o problema de Espíritos e médiuns era o tema na conversação dos companheiros.
- Não compreendo – dizia a irmã Fortunata – porque os benfeitores da Vida Maior haveriam de tomar criaturas de má vida para instrumentos de suas manifestações, se a própria Doutrina Espírita é tão clara em maioria de afinidades...
- Meus amigos – atalhava Sidônio Pires, advogado e diretor do grupo -, se o trabalho fôsse confiado pelos Céus apenas aos fortes e aos sábios, que restaria aos fracos e aos ignorantes? A mediunidade não será comparável a uma riqueza de espírito que Deus distribui entre os bons e os menos bons, tendo em conta o progresso e o aperfeiçoamento de todos? Nesse sentido, é claramente compreensível que, em mediunidade, como em qualquer ramo da experiência humana, cada qual receberá pelo que faça...
- De acordo – objetou o irmão Luís de Souza -, mas o problema é muito complexo. Para ilustrar, pergunto: como acreditar que um Espírito culto venha trazer determinada mensagem por medianeiro que se expressa em língua exótica?
A irmã Leopoldina fitou o opositor, de frente, e contradisse:
- E se você fôsse, por exemplo, um médico, longe de casa e incapaz de viajar, com necessidade de transmitir um recado à família, com relação a determinado enfermo? Vamos que você não encontrasse uma pessoa com os seus conhecimentos e modos e tão-só dispusesse de um índio domesticado, que falasse imperfeitamente o idioma? que faria?
- Instruiria o índio, até que ele pudesse reproduzir corretamente as minhas palavras.
- E se o caso estivesse revestido de urgência extrema? – insistiu Dona Leopoldina – um problema de vida ou morte em criatura profundamente ligada ao seu coração?
- Escreveria um bilhete.
- Mas se não houvesse uma folha de papel ao seu dispor?
Observando que Luís de Souza começava a irritar-se, Dona Catarina interferiu, conselheiral:
- Efetivamente, a questão não é simples. Que há muita coisa esquisita, em mediunidade, há mesmo. Por mais se pense no assunto, em toda parte existem problemas sem solução. Devemos estudar cada vez mais. Cá por mim, não estendo gente má, falando por Espíritos bons...
O relógio, porém, marcava o início das tarefas e a palestra foi abandonada.
No transcurso da sessão, os encargos diversos foram atendidos e, no encerramento das atividades gerais, porque o Irmão Gustavo, mentor espiritual da casa, se preparasse para as despedidas, o Dr. Sidônio, diretor da equipe, indagou se ele registrara o entrechoque de opiniões sobre médiuns e Espíritos, ali havido momentos antes, ao que o paciente orientador respondeu:
- Ouvi tudo, meus filhos.
- E pode, por favor, dar-nos o seu ponto de vista?
O guia sorriu pelo rosto do médium e considerou:
- Antes de tudo, todos estamos na escola da vida e cada qual, no setor de aprendizado em que se encontre, deve doar o máximo pelo autoburilamento. Vocês não podem perder a vocação do melhor e precisam intensificar lições e purificar ensinamentos. Aperfeiçoar tudo e elevar sempre. Quanto à prática do bem, honorifiquemos cada trabalhador na sinceridade e no proveito que demonstrem. Vocês falam em instrumentos mediúnicos deficitários, mas não ignoram que os talentos psíquicos são comuns a todos. Não seria justo que vocês, meus filhos, cada qual na pauta dos próprios recursos, tentassem oferecer alguma colaboração aos desencarnados amigos? Que pusessem de lado escrúpulos tolos e diligenciassem servir como intermediários, entre o Socorro Divino e a necessidade humana?
E ante o grupo atento, o Irmão Gustavo narrou, com graça:
- Com respeito a Espíritos e médiuns, quero contar a vocês um episódio simples de minha própria experiência. Eu era médico em São Joaquim da Barra, no interior de S. Paulo, quando fui chamado para assistir um doente, num sítio a vinte e seis quilômetros. Nesse tempo, as viagens de carro eram muito raras e o animal de sela era o nosso melhor veículo. Acontece que, no terceiro dia de minha vigília profissional no referido sítio, o meu cavalo adoeceu, justamente quando recebi por mensageiro que seguia de São Joaquim para Ribeirão Preto o recado de um amigo, solicitando minha presença à cabeceira da esposa, prestes a dar à luz. Conhecia o caso e sabia que minha cliente arrostaria com embaraços que lhe poderiam ser fatais. O enfermo a que prestava concurso acusava melhoras e, por isso, afobei-me. Dei-me pressa e procurei o Coronel Cândido, proprietário de excelentes animais; entretanto, o estimado amigo informou-me que só possuía cavalos árabes, de imenso valor, garanhões de fama, e não podia concordar em colocá-los na estrada com a obrigação de suar para cavaleiros. Busquei o sitiante João Pedro, mas João Pedro alegou que apenas dispunha de Manga-largas puros, de alto preço, e não estava inclinado a prejudicá-los. Corri até à vivenda de Amaro Silva, dono de grande haras; no entanto, ainda aí, somente existiam animais nobres e selecionados, que não me podiam ajudar em coisa alguma. Fui, então, à tapera de Tonico Jenipapo, um pobre cliente nosso, expondo-lhe o meu problema. Tonico não teve dúvida. Desceu ao quintal e trouxe de lá um asno arrepiado, e apresentou: “Doutor, este burro é manso e lerdo, mas, se serve...” Não houve mais conversa. Arreamos o animal e, agüentando espora e taça, tropeçando e manquitolando, o burro me colocou nas ruas de São Joaquim, para o desempenho de meu dever, a que atendi com absoluto êxito.
Depois de expressiva pausa, o guia rematou:
- Vocês estudem sempre. Passem a limpo quaisquer fenômenos e exercícios de mediunidade nos cadernos de lições da nossa Renovadora Doutrina; no entanto, em matéria de serviço aos outros, respeitemos cada obreiro no lugar que lhe é próprio. Pensem nisso, porquanto, apesar da era do automóvel e do avião, em que vocês se acham, é possível surja um dia em que venham a precisar de um burro manso, capaz de ser a solução de muita necessidade e amparo de muita gente.
O mentor afastou-se e, terminada a tarefa, a equipe dispersou-se com a promessa de examinar a comunicação e debatê-la na sessão seguinte.
Pelo Espírito Irmão X - Do livro: Estante da Vida, Médium: Francisco Cândido Xavier.

quarta-feira, 8 de julho de 2015

PRECE POR LIBERTAÇÃO

Jesus,
Mestre e Senhor!
Todos nós,
Os tutelados teus,
Vinculados ao mundo,
Estamos presos de algum modo
E quase sempre, a sós,
No caminho interior para a união com Deus,
Em sentido mais amplo e mais profundo ...
Quase todos estamos
Encadeados a problemas
Que nos compelem, dia-a-dia,
A trilhar, palmo a palmo, a vereda sombria
De inquietações extremas.

Somos presos, Senhor, à disciplina
Que nos faça entender a Bondade Divina,
Pela bênção da prova,
Algemados à dor que nos renova
O próprio coração;
Encarcerados comumente
Nas lutas que nos levam para a frente;
Conforme os teus programas
No ignorado amor com que nos amas.

Tantas vezes, Jesus, somos detidos
Em lembranças cruéis de tempos idos;
Segregados em mágoa e desalento
Nas celas de pesados desenganos;
Inibidos no impacto violento
Das aflições que surgem, de improviso,
Nos caminhos humanos;
Ou barrados, por fim,
Nas linhas curtas de aposento estreito,
Por favor da Justiça,
Na execução da lei de causa e efeito!...

É por isto, Senhor,
Que nós, os prisioneiros de mil normas,
Aos sublimes grilhões que vibram no trabalho
Com que, em silêncio, nos transformas,
Aqui estamos a rogar-te, em prece:
Faze-nos mais irmãos,
No cultivo do bem que ajuda e esquece
E auxilia-nos, Mestre, a compreender,
Mesmo quando a lição não nos agrade,

Que apenas uma chave em nossa vida
Guarda poder libertador,
A chave da humildade que nos deste
Conduzida na prática do amor!...
pelo Espírito Maria Dolores - Do livro: Caminhos de Volta, Médium: Francisco Cândido Xavier.

Seu Destino é Grande

Meu irmão, tenha fé em seu destino, porque ele é grande.
Você nasceu com faculdades inatas, aspirações infinitas, e a eternidade lhe é dada para desenvolver umas e satisfazer outras.
Crescer vida a vida, esclarecer-se pelo estudo, purificar-se pela dor, adquirir uma ciência sempre mais vasta, qualidades cada vez mais nobres. Eis o que lhe está reservado.
Deus tem feito ainda mais por você. Deu-lhe os meios de colaborar em Sua obra. De participar na lei do progresso sem limites, abrindo novas vias aos seus semelhantes, elevando seus irmãos, atraindo-os a você, iniciando-os nos esplendores do verdadeiro e do belo e nas sublimes harmonias do Universo.
Não é isso criar, transformar almas e mundos?
E esse trabalho imenso, fértil em gozos, não é preferível a um repouso morno e estéril?
Colaborar com Deus! Realizar em tudo e por tudo o bem e a justiça! Que pode ser maior, mais digno ao seu Espírito imortal!
Eleve então seu olhar e abrace as vastas perspectivas de seu futuro.
Ponha nesse espetáculo a energia necessária para afrontar os ventos e as tempestades do mundo.
Marche, valente, lutador, suba a rampa que conduz aos cumes que chamamos virtude, dever, sacrifício.
Não se detenha no caminho para colher flores das moitas, para brincar com seixos dourados.
Para frente, sempre em frente!
Você vê, nos céus esplêndidos, esses astros flamejantes, esses sóis inumeráveis arrastando, em suas evoluções prodigiosas, brilhantes cortejos de planetas?
Quantos séculos acumulados não foram necessários para os formar!
Quantos séculos não serão precisos para os dissolver!
Bem! Um dia virá em que todos esses fogos estarão extintos, em que esses mundos gigantescos se esvanecerão para dar lugar a novos globos, a outras famílias de astros emergentes das profundezas.
Nada daquilo que você vê hoje existirá mais.
O vento dos espaços terá para sempre varrido a poeira, esses mundos usados. Mas você, você viverá, prosseguindo sua marcha eterna no seio de uma Criação incessantemente renovada.
Que serão então para sua alma purificada, engrandecida, as sombras e os cuidados do presente?
Acidentes efêmeros de percurso, não deixarão, no fundo da memória, mais do que tristes ou doces lembranças.
Diante dos horizontes infinitos da Imortalidade, os males do presente, as provas sofridas serão como uma nuvem fugitiva no meio de um céu sereno.
Meça então, em seu justo valor, as coisas da Terra. Não as desdenhe, porque são necessárias ao progresso, e sua missão é de contribuir para o seu aperfeiçoamento pelo aperfeiçoamento de si mesmo.
Mas não prenda sua alma exclusivamente nisso. Antes de tudo, procure os ensinamentos que trazem.
Graças a eles, você compreenderá que os objetivos da vida não são os gozos, nem a felicidade, mas, acima de tudo, uma forma de trabalho, de estudo e de cumprimento do dever.
O desenvolvimento da alma, da personalidade que você reconhecerá além da tumba, tal qual a tem estado esculpindo, você mesmo, no curso de sua existência terrestre.
por Redação do Momento Espírita, com base no item VII, do livro O porquê da vida, de Léon Denis, ed. FEB. Do site: http://momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=4204&stat=0.

quinta-feira, 2 de julho de 2015

Amor e Saúde

A excelência do amor é a base de segurança para uma existência feliz.
Somente através do amor consegue o Espírito a sua plenitude na vilegiatura carnal.
Desenvolver esse nobre sentimento é tarefa a que se deve dedicar até o sacrifício todo aquele que aspira pela autoconquista, pelo reino dos céus no coração e na mente.
Inicialmente, expressa-se como instinto de reprodução nas fases primárias do processo de evolução. A partir daí, ei-lo em forma de libido que o conhecimento moral irá transformando em fraternidade, embora permaneça nas suas raízes para o mister sublime da procriação.
Quando atinge o patamar da paixão superada e se alcandora de ternura, responde pelo bem-estar e harmonia que tomam conta do ser. Enquanto se mantém como força do prazer e de interesse imediatista, é responsável por males incontáveis que afetam a saúde e dão lugar a somatizações lamentáveis.
Necessário aprender-se a amar, para evitar que as paixões do desejo assumam o comando das emoções e o transformem em morbidez.
Em alguns casos em que a pessoa foi vítima de repressões e de outras contingências castradoras, apresenta-se possessivo, ou disfarça-se em ternura asfixiante que leva a resultados nefastos.
Quando experiencia a solidão e encontra outrem que inspira desejo, o indivíduo não amadurecido psicologicamente idolatra-o, deixa-se arrebatar por qualidades que lhe são atribuídas, mas que, em verdade, não possui. Tenta fruir ao máximo do relacionamento direto ou não, enquanto experimenta emoções desencontradas de admiração e inveja, de domínio e de competição. Surgem, lentamente, o medo da perda, o receio de sofrer o abandono e começa a entrar em choque e a assumir comportamentos de exigências descabidas.
Podem ocorrer, nessa fase, os terríveis crimes passionais derivados do ciúme injustificável ou da cólera súbita por qualquer mínima contrariedade... Diante de ases e campeões de qualquer teor, a quem não pode dominar, a inveja da sua glória arma o ser imaturo de conflitos, que lhe demonstram, inconscientemente, que o outro é tão humano que, na condição de mortal, pode ser eliminado. E mata-o!
O combustível de manutenção do amor é o respeito pelo outro, o que proporciona bem-estar na relação, aumenta o prazer na convivência e alegria pelo seu progresso e conquistas.
Não aguarda retribuição, nem compete. Porque não se sente solitário, seus valores são oferecidos ao outro de maneira espontânea e confortadora. Com o hábito de superar os impositivos egoicos, nada exigindo, torna-se um centro de irradiação de emoções aprazíveis que a todos felicita. A vivência do amor é dificultada pelo ego ainda primitivo, que sempre espera fruir, beneficiar-se, utilizando-se dos demais, quando, tocado pela sublime chama, faz-se doador com a capacidade de ajudar e fazer felizes todos os que se lhe acercam.

A sua vibração harmônica faz-se tão benéfica e cativante que se doa em clima de paz.
O amor é a alma do universo.
Distúrbios de variada nomenclatura têm raízes na ausência do amor, nos seus antípodas, quais o ressentimento, o rancor, a indiferença, o ódio.
O amor estimula a produção de endorfinas, de leucinas, de imunoglobulinas e outras substâncias geradoras de saúde, enquanto as irradiações que se lhe opõem produzem reações semelhantes que perturbam o equilíbrio psicofísico e propiciam campo para a instalação de doenças, contágios de micróbios nefastos...
Grande número de transtornos neuróticos se origina no ressumar de pensamentos avaros e egoístas, que desenvolvem vibriões energéticos que desarmonizam a mitose celular e as neurocomunicações.
Nada que se equipare, na área das emoções, à contribuição vital do amor em qualquer forma com que se apresente: maternal, filial, paternal, familiar, religioso, social, humanitário, espiritual...
Encontram-se, não poucas vezes, apóstolos do amor excruciados por enfermidades dilaceradoras, por dores vigorosas, que poderiam negar a tese de que é produtor de saúde.
Sucede que, nesses casos, deve-se considerar que o missionário elege o sofrimento em resgate de antigas dívidas morais perante as leis soberanas ou têm por objetivo demonstrar que neles o sofrimento não é imposto, mas solicitado para ensinar, à humanidade devedora, resignação, desprendimento e coragem moral.
A bênção do amor transforma pigmeus em verdadeiros gigantes e são esses que se fazem estímulo e força para a edificação da sociedade feliz.
Quando se ama, alcança-se superior patamar do processo evolutivo e faculta-se a oportunidade de autoiluminação.
O amor é o embaixador vibratório de Deus para que a fé, a esperança e a caridade transformem as pessoas e o mundo, inaugurando na Terra o período de paz que todos anelam.
Ama e burila-te.
Vence os impulsos servis das paixões asselvajadas e das heranças primárias por intermédio da disciplina da mente, dos pensamentos sensuais que deves converter em idealismo e realização enobrecedora.
Renasceste para alcançar a superior conquista do amor sem jaça.
Não postergues o momento de alcançar essa honrosa meta.
Jesus viveu o amor de tal maneira e com tão significativa profundidade que o Seu exemplo tem estimulado legiões de missionários espirituais a vestirem a indumentária carnal para imitá-lO e ajudar os renitentes no egoísmo e nas dissipações vergonhosas.
Ama sem nenhuma exigência e torna-te fonte inexaurível de bondade, acendendo luzes na escuridão enquanto distribuis paz e misericórdia a toda aflição.
pelo Espírito Joanna de Ângelis - Psicografia de Divaldo Pereira Franco, na sessão mediúnica de 23 de abril de 2014, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia. Do site: http://www.divaldofranco.com.br/mensagens.php?not=365

Possuir

Bem-aventurados os brandos de espírito por que possuirão a Terra.
Com esta afirmação do Senhor, podemos reconhecer que há diferença fundamental entre “possuir” e “ser possuído”.
Vemos conquistadores de nome célebre que julgam senhorear terras e haveres, acabando sob o domínio da perturbação e da morte.
Observamos caluniadores eminentes, presumindo-se detentores das maiores expressões de apreço público, caindo sob o império de amargosas desilusões.
Anotamos a presença de gozadores inveterados que, em se guindando ao ápice dos mais extravagantes prazeres, descem, apressados, aos precipícios da desesperação e do tédio.
Contemplamos usurários, aparentemente felizes, acreditando-se com direito exclusivo sobre cofres repletos, em que amontoam perigosos enganos, repentinamente despojados de todos os valores fictícios de que se supõem eternos depositários, arrojando-se, em desvario, às linhas abismais da loucura.
Convidou-nos o Divino Mestre ao equilíbrio, à candura e à humildade, para que aprendamos a possuir em nome do Pai Excelso, a Quem pertencem toda propriedade, todo poder e toda glória da vida.
Procuremos, desse modo, a clima de tolerância fraterna em que o Senhor exemplificou na Terra a sua lição sublime para que estejamos seguros nas construções imperecíveis da alma.
À frente da crueldade e da violência, da ignorância e da insensatez, mantenhamos acesa a chama do amor, à maneira da fonte límpida que, servindo e cantando, corrige os rigores da paisagem e fecunda o seio da Terra.
Não vale trocar golpe por golpe, injúria por injúria, mal por mal...
Convocados à edificação do Reino de Deus no mundo, a começar de nós mesmos, é imprescindível saibamos suportar para renovar, sofrer para soerguer, apoiar para levantar e renunciar para possuir.

Pelo Espírito Emmanuel - Do livro: Taça de Luz, Médium: Francisco Cândido Xavier.

Pense e note

Evite menosprezar-se.
Você é uma criação de Deus.
Terá deficiências, é claro, mas é justo observar que todos nos achamos no cadinho do progresso.
Dificuldade é medida de avaliação dos nossos recursos.
Dor é sublimação.
Erro é experiência.
Recorde a sua originalidade.
Ninguém possui idéias totalmente iguais às suas.
Sua voz e suas mãos são únicas.
As marcas de sua presença destacam-se inconfundíveis. Aceite-se, desse modo, tal qual é, procurando melhorar-se.
Trabalhe, quanto se lhe faça possível, no bem geral, reconhecendo que se os outros precisam de você, também você necessita dos outros.
Guarde a consciência tranqüila, vivendo a existência que Deus lhe concedeu.
E lembre-se: cada qual de nós, até que se integre na Grandeza Suprema, é uma obra-prima de inteligência em processo de habilitação na oficina da vida, a caminho da Perfeição.

pelo Espírito André Luiz - Do livro: Busca e Acharás, Médium: Francisco Cândido Xavier - Espíritos Diversos.

Identificação Espírita

O espírita é aquele servidor do Evangelho que, no campo da observação:
Lê tudo;
Ouve tudo;
Vê tudo;
E analisa tudo;
Mas retém apenas a substância que lhe seja de proveito real.
Na esfera da vivência:
Respeita a todos;
Serve a todos;
Lida com todos;
E trabalha na senda de todos;
Mas permanece tão-somente com aqueles que estão procurando o caminho de acesso ao Reino de Deus.
Entre a observação e a vivência, ele pratica:
Todo o bem que pode;
Onde pode;
Como pode;
E quando pode.
Em suma, é possível identificar o espírita como um companheiro de Jesus Cristo na experiência humana, que nem sempre faz aquilo que quer, mas faz constantemente aquilo que deve.
Pelo Espírito Albino Teixeira - Do livro: Caminho Espírita, Médium: Francisco Cândido Xavier.