EVOLUÇÃO
Se
devassássemos os labirintos
Dos
eternos princípios embrionários,
A
cadeia de impulsos e de instintos,
Rudimentos
dos seres planetários;
Tudo
o que a poeira cósmica elabora
Em
sua atividade interminável,
O
anseio da vida, a onda sonora,
Que
percorre o espaço imensurável;
Veríamos
o evolver dos elementos,
Das
origens às súbitas asceses,
Transformando-se
em luz, em sentimentos,
No
assombroso prodígio das esteses,
No
profundo silencio dos inermes,
Inferiores
e rudimentares,
Nos
rochedos, nas plantas e nos vermes,
A
mesma luz dos corpos estelares!
é
que, dos invisíveis microcosmos,
Ao
monólito enorme das idades,
Tudo
é clarão da evolução do cosmos,
Imensidade
nas imensidades!
Nós
já fomos os germes doutras eras,
Enjaulados
no cárcere das lutas;
Viemos
do princípio das moneras,
Buscando
as perfeições absolutas.
Parnaso
de Além Túmulo - cap.16. Francisco Cândido Xavier / Augusto dos Anjos
(Espírito)
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