SEJAMOS RICOS
EM JESUS
Quem julga
pelas aparências, quase sempre esbarra na areia móvel das transformações
repentinas a lhe solaparem o edifício das errôneas conclusões.
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Existem
criaturas altamente tituladas nas convenções do mundo, que trazem consigo uma
fonte viva de humildade no coração, enquanto que há mendigos, de rosto
desfigurado, que carreiam no íntimo a névoa espessa do orgulho a empanar-lhes o
entendimento.
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Há ricos que
são maravilhosamente pobres de avareza e encontramos pobres lamentavelmente
ricos de sovinice.
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Somos
defrontados, em toda a parte, por grandes almas que se fazem humildes, a
serviço do Senhor, na pessoa do próximo e, freqüentemente, surpreendemos
espíritos rasteiros envergando túnicas de vaidade e dominação.
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Jesus,
louvando os `pobres de espírito', não tecia encômios à ignorância, à incultura,
à insipiência ou à nulidade, e sim exaltava os corações simples que descobrem
na vida, em qualquer ângulo da existência, um tesouro de bênçãos, com o qual é
possível o enriquecimento efetivo da alma para as alegrias da elevação.
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"Pobres
de espírito", na plataforma evangélica, significa tão-somente "pobres
de fatuidade, de pretensos destaques intelectuais, de supostos cabedais da
inteligência". É necessário nos acautelemos contra a interpretação
exagerada do texto, em suas expressões literais, para penetrarmos o verdadeiro
sentido da lição.
*
A pobreza e a
pequenez não existem na obra divina.
Constituem
apenas posições transitórias criadas por nós mesmos, na jornada evolutiva em
que aprenderemos, pouco a pouco, sob o patrocínio da luta e da experiência, que
tudo é grande no Universo de Deus.
*
Todos os
seres, todas as tarefas e todas as cousas são peças preciosas na estruturação
da vida.
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Onde estiveres
faze-te espontâneo para recolher a luz da compreensão.
Alijemos os
farrapos dourados da ilusão, que nos obscurecem a alma, estabelecendo a
necessária receptividade no coração, e entenderemos que todos somos
infinitamente ricos de oportunidades de trabalhar e servir, de aprender e
aperfeiçoar, infatigavelmente.
*
O ouro será,
muitas vezes, difícil provação e os cimos sociais na Terra, quase sempre, são
amargos purgatórios para a alma sensível, tanto quanto a carência de recursos
materiais é bendita escola de sofrimento, mas a simplicidade e o amor fraterno,
brilhando, por dentro de nosso espírito, em qualquer situação no caminho da
vida, são invariavelmente o nosso manancial de alegrias sem fim.
XAVIER, Francisco Cândido. Dinheiro. Pelo Espírito Emmanuel.
IDE. Capítulo 11.
* * * Estude Kardec * * *
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