A morte é um tema evitado e, de certa
forma, ainda ignorado por nossa sociedade.
É como se fosse uma enfermidade que deve
ser combatida. O fato, porém, é que a morte é inevitável.
Todos nós morreremos um dia. É apenas
uma questão de tempo. Ela faz parte da existência do homem, do seu crescimento
e do seu desenvolvimento tanto quanto o nascimento.
É uma das poucas coisas a respeito da
qual temos certeza. Crianças, jovens, adultos e velhos - todos vamos morrer.
Por isso mesmo, é importante que
comecemos a olhar para a morte de forma diferente. Ela não é um inimigo a ser
vencido, nem a prisão de onde devemos escapar.
O fato de morrer jovem ou velho é menos
importante do que o de ter vivido intensamente os anos que se teve.
Uma pessoa pode viver mais em dezoito
anos do que outra em oitenta. Porque viver não significa simplesmente acumular
experiências e aprendizados.
O essencial é viver cada dia como se
fosse único. Encontrar um sentido de paz e força que combata as decepções e
dores da vida.
Ao mesmo tempo, é se esforçar por
descobrir coisas que aumentem e alimentem as delícias da vida.
Uma sugestão: aprender a se concentrar
em algumas coisas que normalmente ignoramos. Por exemplo, observar e se alegrar
com o desabrochar das flores; admirar a beleza do sol ao nascer cada manhã e ao
se pôr todas as tardes.
Consolar-se com um sorriso ou um gesto
de outra pessoa. Observar, com surpresa, o crescimento de uma criança. Perceber
sua maneira entusiasmada, descomplicada e, ao mesmo tempo, confiante, em
relação à vida. Numa palavra, viver.
Alegrar-se com a oportunidade de
experimentar cada novo dia é preparar-se para a aceitação da morte.
Aqueles que não viveram realmente, os
que deixaram projetos inacabados, sonhos irrealizados, esperanças desfeitas,
aqueles que deixaram as coisas verdadeiras da vida passar por eles, são os que
não desejam morrer.
Mas nunca é tarde demais para começar a
viver e a crescer.
Conan Doyle, o conhecido criador do
personagem Sherlock Holmes, aos setenta anos escreveu uma carta, mais ou menos
assim:
Meu amigo! Espero que o meu modo de
falar não seja demasiado íntimo.
Talvez o que eu tenho a te dizer te pareça
sem valor, e o ponhas de lado. Neste caso, nenhum mal haverá.
Por outro lado, poderá ser uma bússola
que te guie por uma nova senda que em todas as idades é importante.
Vamos encarar as coisas frente a frente.
Nós estamos para morrer - tu e eu.
Apesar de tudo, não temos razão de
encarar a morte como objeto de pavor, mas antes como um ponto vitorioso que é a
culminância dos nossos esforços e o começo do nosso bem-estar.
* * *
A morte não é uma porta que se fecha
para a vida, mas uma porta que se abre para a eternidade, e a eternidade é o
próprio Espírito.
A morte é apenas uma transição entre uma
existência e outra, da vida que prossegue, vasta, exuberante, pulsante.
Alguns dizem que não se sabe o que se
encontrará para além da fronteira da morte. Em verdade, exatamente aquilo que
semeamos na vida terrena: os amores, as afeições, a grandeza moral.
Redação do
Momento Espírita, com base no Prólogo do livro Morte, estágio final da evolução,
de Elisabeth Kübler-Ross, ed. Nova Era e no artigo Sir Conan Doyle e Os idosos,
do jornal Correio fraterno do ABC, de outubro de 1996.
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