"E Eu,
quando levantado da terra, atrairei todos a mim." (João:12-32)
Jesus veio para inaugurar na terra o
reino do amor. Encontrou dificuldades de toda natureza, porque os homens
daqueles dias em que ele viveu entre nós, estavam acostumados ao poder e à
força.
As criaturas se encontravam divididas
entre senhores e escravos, poderosos e os sem valor nenhum.
A vida não era respeitada, porque a
guerra destruía as esperanças e submetia os que não podiam vencer, deles
fazendo infelizes sem liberdade.
Quando Jesus ensinou que todos os homens
são iguais e que as diferenças se fazem somente através das conquistas morais,
houve aborrecimentos por parte dos que governavam e queriam manter o estado de
coisas no ritmo em que se encontrava.
Ele, porém, continuou a ensinar o amor a
todos os seres, o perdão a todas as ofensas e a humildade como formas de
crescimento para Deus. Vivia cercado pelos pobres, pelos sofredores, pelos que
eram desprezados e não mereciam nenhuma consideração.
Em qualquer lugar em que ele aparecia,
as multidões se aproximavam para o ouvir e receber das suas mãos o alimento da
paz, a esperança de felicidade e a saúde. Nada conseguia perturbar Jesus. Ele
convidou doze homens para que se tornassem seus discípulos, porque era o mais
sábio do mundo, assim fazendo-se mestre de todos.
Esses amigos o amavam, mas não compreendiam
a missão dele, o reino que fundava. Porque sofriam, e eram pobres, esperavam
que ele se tornasse rei do país onde todos eles haviam nascido, e que se
chamava Israel.
Ele demonstrava não ter interesse pelas
coisas do mundo, nem pelas posições de destaque social na terra. Renunciava a
tudo: aos aplausos, às gratidões, aos jogos humanos.
Mas, os companheiros não entendiam a sua
atitude e ficavam inquietos. Eles amavam a Deus, mas queriam a felicidade no
mundo. Jesus, no entanto, ensinou-lhes, dizendo:
- Eu sou o caminho para Deus, que e a
verdade e a vida, e ninguém consegue compreender essa realidade, senão por meu
intermédio.
Cada vez que ele apresentava lições tão
profundas, que contrariavamos religiosos da época, aumentavam os ódios contra a
sua vida.
Foi durante a sua visita a Jerusalém,
que era a capital de Israel, como ainda hoje, durante umas festas chamadas de
Páscoa, que Ele foi preso e levado a um julgamento injusto.
Judas, que era também seu discípulo, o
vendeu aos sacerdotes, traindo o seu amor. E Pedro, que igualmente o amava
muito, quando foi apontado como sendo seu amigo, respondeu com medo, por três
vezes:
- Eu nunca vi esse homem!
Os dois se arrependeram, quando o viram,
depois de condenado, ser crucificado, no alto de um monte que era conhecido
pelo nome de Calvário. Judas, atormentado, suicidou-se, envergonhado do que
fizera, cometendo, com esse ato, um crime muito grave diante de Deus.
Pedro procurou recuperar-se, também
arrependido, vivendo totalmente dedicado a pregar e a viver a doutrina que ele
havia ensinado. E, de fato, foi na cruz, erguido da terra, que todos
compreenderam que Jesus era o verdadeiro vencedor do mundo.
Embora houvesse morrido, ele
ressuscitou, três dias depois, e voltou a conviver com os amigos, aparecendo
até aos estranhos, num lugar onde estavam quase quinhentas pessoas, num monte,
escutando João, que era o seu discípulo amado, falando a respeito dele.
O verdadeiro vencedor não é aquele que
domina os outros, mas quem consegue dominar os seus ímpetos, amando sem
qualquer rancor de ninguém, nem mesmo daqueles que o persigam e maltratem.
FRANCO,
Divaldo Pereira. O Vencedor. Pelo Espírito Amélia Rodrigues. LEAL.
* * * Estude Kardec * * *
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