REFORMA
DE METADE
Desde
a primeira hora da Doutrina Espírita recomendam os emissários da Esfera
Superior uma reforma urgente, inadiável, intransferível: a reforma de cada um
de nós, nas bases traçadas pelo Evangelho de Jesus.
Isso
porque toda reforma nas linhas da boa intenção será respeitável, mas somente a
renovação interior é fundamental.
Tudo
o que vise melhorar a vida deve ser feito, no entanto, se não nos melhoramos,
todas as aquisições efetuadas são vantagens superficiais.
Qualquer
benefício externo para ser benefício externo para ser benefício real depende de
nós.
A
luz que nos auxilia a escrever uma página de fraternidade pode ser aproveitada
pelo companheiro menos feliz para traçar uma carta que favorece o crime.
O
dinheiro que nos custeou a movimentação para o estudo das leis morais que nos
governam o destino é o mesmo que está sendo despendido pelos que compram a
decadência do corpo e da alma nos redutos do álcool.
O
automóvel que nos conduz ao cenáculo de oração onde louvamos a Bondade Divina,
transporta de igual modo a locais determinados os que se reúnem para a negação
da fé.
A
morfina que alivia o sofrimento na dose adequada não é diversa da que garante
os abusos do entorpecente.
Justo
que não se impeça a formação de medidas destinadas ao bem comum.
A
higiene é um atestado eloqüente de que ninguém deve e nem pode viver sem a
Constante renovação exterior.
O
Espiritismo, porém, nos adverte de que todas as modificações por fora, ainda as
mais dignas, são reformas de metade, que permanecerão incompletas sem as
reformas do homem que lhes manejará os valores.
Reflitamos
nisso, observando o caminho e a meta. Sem estrada não alcançarmos o alvo,
entretanto, a estrada é o meio e o alvo é o fim.
Para
sermos mais precisos, resumamos o assunto com a lógica espírita, num raciocínio
ligeiro e claro: todos nós, os ignorante e os sábios, os justos e os injustos,
podemos fazer o bem e devemos fazer o bem, acima de tudo, é preciso ser bom...
Pelo Espírito André Luiz - Do livro:
Opinião Espírita, Médiuns: Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira.
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