Sorvo a essência de luz e sei que, nos caminhos a percorrer,
hei de encontrar a paz semeada. Se em tudo há infinita troca, não há meios de
escapar à divina lei. Se dá, recebes. É inequívoco.
Assim, também, é com tudo que vale a pena, no decurso do
existir. As vibrações de harmonia geram outras, de igual teor. O pensamento
impregnado de rancor e desencanto, também gera desencanto e dor. Até nos fatos
mais simples da natureza se constata que há uma razão básica para tudo que
acontece.
Quem não quer se
dar ao trabalho de filosofar, basta entregar-se à observação atenta de tudo que
se passar ao redor. A natureza é a mestra maior: observa. Nem precisas de mais lições
ou reflexões desmesuradas. Tudo está claro diante dos teus olhos.
Serenidade é o
estado de espírito de quem já se encontrou. Quem anda debruçado em si mesmo,
deve desprender-se, e auferir as lições impressas no quotidiano. Não há maior
Universidade do que a própria vida.
Entretanto, a
maioria dos homens anda em busca de emoções: só o inusitado lhes chama a atenção.
O que se repete, século após século, não mais motiva. Deseja-se encontrar “o diferente” , o fato novo que desperte
a atenção, e a serenidade do verdadeiro significado acaba por adormecer, dentro
de cada um.
Sempre se soube
que semear paz é certeza de farta colheita. Embora alvoroçados pelo encontro de
aventurosas descobertas, todos preferem a segurança. Os atrativos de invenções filosóficas
ou científicas acabam por cansar e desiludir. Quer-se o progresso, sim, mas
antes dele deve vir a estabilidade.
O espírito eterno
nasceu para a certeza do equilíbrio emocional e maduro. O pueril comportamento
acaba por desnortear. O compromisso maior deve ser, sempre, com os iluminados
caminhos da paz.
Pelo Espírito Altamiro – Médium Japer
Folha Espírita Caibar Schutel – outubro de 2015
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