quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Mente e Sexo

MENTE E SEXO
A mente e o sexo são as mais divinas características do ser humano. Fontes por excelência de ação criadora, atuam, basicamente, uma nas portentosas dimensões do Espírito, e o outro nos imensuráveis domínios da forma.
A mente elabora o pensamento, norteia a razão, gera a técnica, comanda a vida. O sexo garante e renova a vivencia das formas, em que as essências se revelam e se acrisolam, por meio de longuíssima fieira de planos evolutivos.
A mente evolve para a sabedoria, por meio de incessantes apurações do instinto. O sexo evoluciona para o amor, depurando a libido, no crisol das experiencias sublimadoras.
A mente engendra magnificentes edificações da inteligência, na construção do saber. O sexo improvisa potentes eclosões de simpatia, na estruturação dos pródromos da fraternidade.
A mente desenvolve extraordinários valores do pensamento, no fulgor da Ciência, da Filosofia e das artes. O sexo canaliza a força dos impulsos, erigindo na materialidade e na paternidade sublimes altares ao sentimento enobrecido.
No meio augusto do tempo, a mente na matéria, se expressará, um dia, em plena luz. O sexo, que vibra na carne, radiará, um dia, o puro amor.
No regaço insondável dos milênios, a crisálida de consciência acende, humilde, o primeiro raio da coroa de glórias arcangélicas. Os genes cromossomáticos, que partem dos núcleos celulares e do citoplasma, iniciam, com modesta nota, a sinfonia cósmica da comunhão dos querubins.
Atritada pelos problemas e acicatada pelo trabalho, a mente freme na eclosão do conhecimento, para o esplendor da sapiência. Acrisolado pela dor, nos torniquetes da experiencia, o sexo emerge, transformado, para as excelsas criações da beleza.
Torna-se a mente em poder; torna-se o sexo em amor. O poder constrói os mundos; o amor os apura e diviniza.
A mente se fortalece e expande; o sexo se desdobra e auto completa. Entretanto, só a mente é eterna; o sexo, que a reflete, acaba por ela absorvido.
Dia chega em que só a mente existe, na plenitude da vida, gloriosa de sabedoria e de amor, na comunhão divina. Então, o verme humilde, que se transformara, com o tempo, em homem problema, será, no império do universo, um príncipe de luz.

Do Livro – Universo e Vida – Áureo / Hernani T. Sant’Anna

Nenhum comentário:

Postar um comentário