quarta-feira, 26 de maio de 2010

DEPRESSÃO

 
Dizes que sofres angústias
Até mesmo quando em casa,
Que a tua dor extravasa
Nas cinzas da depressão.
Que não suportas a vida,
Nem te desgarras do tédio,
O fantasma, em cujo assédio
Afirma que tudo é vão.
Perto da rua em que moras

Há uma viúva esquecida,
Guarda o avô quase sem vida
E três filhinhos no lar;
Doente, serve em hotel,
Trabalha na rouparia.
Busca o pão de cada dia,
Sem tempo para chorar.
Não longe triste mulher,
Num cubículo apertado,
Chora o esposo assassinado
Que era guarda de armazém...
Tem dois filhinhos de colo.
Por enquanto, ainda não sabe

O que deve fazer da existência.
Espera pela assistência
Dos que trabalham no bem.
Um paralítico cego,
Numa esteira de barbante,
Implora mais adiante
Quem lhe dê água a beber...
Ninguém atende... Ele grita,
Na penúria que o consome,
Tem sede e febre, tem fome,
Sobretudo quer morrer.
Depressão? Alma querida,
Se tens apenas tristeza,
Se te sentes indefesa,
Contra a mágoa e dissabor,
Sai de ti mesma e auxilia
Aos que mais sofrem na estrada.
A depressão é curada
Pelo trabalho do amor.



2 comentários:

  1. Olá meninas Doris e Karla,

    Muito bom o Blog com certeza vai ajudar alguém numa noite solitária e estes textos poderão dar uma referência para enxergarmos aquela luzinha que surge no fim do túnel.

    Fiquem com o Pai Celestial

    Marco Brainiac

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  2. Amigo Marco,

    Suas palavras calam fundo em nossas Almas incentivando-nos a continuarmos firmes neste início de deste novo trabalho.

    Obrigada amigo!!!
    Deus o proteja sempre!

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