sexta-feira, 26 de novembro de 2010

VIVER É AMAR

VIVER É AMAR
Caminhas, na Terra, experimentando carência afetiva e aflição, que acreditas não ter como superar.

Sorris, e tens a impressão de que é um esgar que te sulca a face.

Anelas por afetos e constatas que a ninguém inspiras amor, atormentando- te, não poucas vezes, e resvalando na melancolia injustificável.

Planejas a felicidade e lutas por consegui-la, todavia, descobre-te a sós, carpindo rude angústia interior.

Gostarias de um lar em festa, abençoado por filhos ditosos e um amor dedicado que te coroassem a existência com os louros da felicidade.

Sofres e consideras-te desditoso.

Ignoras, no entanto, o que se passa com os outros, aqueles que se te apresentam felizes, que desfilam nos carros do aparente triunfo, sorridentes e engalanados.

Também eles experimentam necessidades urgentes, em outras áreas, não menos afligentes que as tuas.

Se os pudesses auscultar, perceberias como te invejam alguns daqueles cuja felicidade cobiças...

A vida, na Terra, é feita de muitos paradoxos. E isto se dá em razão de ser um planeta de provações, de experiências reeducativas, de expiações redentoras.

Assim, não desfaleças, porquanto este é o teu carma de solidão..

Faze, desse modo, uma pausa, nas tuas considerações pessimistas e muda de atitude mental, reintegrando-te na ação do bem.

O que ora te falta, malbarataste.

Perdeste, porque descuraste enquanto possuías, o de que agora tens necessidade.

A invigilância levou-te ao abuso, e delinqüiste contra o amor.

A tua consciência espiritual sabe que necessitas de expungir e de reparar, o que te leva, nas vezes em que o júbilo te visita, a retornar à tristeza, rememorar sofrimentos, fugindo para a tua solidão...

Além disso, é muito provável que, aqueles a quem magoaste, não se havendo recuperado, busquem-te, psiquicamente, assim te afligindo.

Reage com otimismo à situação e enriquece-te de propósitos superiores, que deves pôr em execução.

Ama, sem aguardar resposta..

Serve, sem pensar em recompensa.

O que ora faças no Bem, atenuará, liberará o que realizaste equivocadamente e, assim, reencontrar- te-as com o amor, em nome dAquele que permanece até agora entre nós como sendo o Amor não amado, porém, amoroso de sempre.
pelo Espírito Joanna de Ângelis - Do livro: Viver é Amar,
Médium: Divaldo Franco - Editora LEAL.

NA TRILHA DA CARIDADE

NA TRILHA DA CARIDADE
Ignoras as provas que haverão de enfrentar os entes queridos que Deus te confia, mas já sabes que seja qual for a dor, o problema ou a adversidade, deves a eles, todo amparo, toda renúncia, todo amor.
Crê e trabalha para que todos se engrandeçam e cresçam em sabedoria Divina e virtudes nobres do coração.
Ajuda-os com a tua desculpa constante, doando-te sem reclamar.
Não te esqueças; na aparente deformidade de agora, guardam imperecíveis dons espirituais que lhes desconheces, sob a proteção do Todo poderoso.
Este encontro fala de deveres recíprocos que não podes recusar.
Se lhes dás amparo e assistência reconfortando-lhes as energias espirituais, são eles, os entes queridos diferentes, a ponte de luz ligando-te a planos diferentes.
Seja como for e com quem for, a dor que te procura, guarda a certeza de que, a presença de Deus te inclina à obediência a fim de que se ampliem seus desígnios divinos.
Ama e abençoa sempre! Não te esqueças de desculpar!
Segue nos trilhos da caridade com todos, e a caridade de todos fornecer-te-á a força indispensável na realização das tarefas que te são confiadas, dentro da grande família humana, embora o teu labor se apague nos mínimos detalhes de servir.
Dª. aurora
02/12/1981     Paz, Amor e Caridade

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

ESTRATÉGIA PARA A FELICIDADE

ESTRATÉGIA PARA A FELICIDADE

Todo o poder da alma resume-se em três palavras: querer, saber, amar!

Querer, isto é, fazer convergir toda a atividade, toda a energia, para o alvo que se tem de atingir, desenvolver a vontade e aprender a dirigi-la.

Saber, porque sem o estudo profundo, sem o conhecimento das coisas e das leis, o pensamento e a vontade podem transviar- se no meio das forças que procuram conquistar e dos elementos a quem aspiram governar.

Acima de tudo, porém, é preciso amar, porque sem o amor, a vontade e a ciência seriam incompletas e muitas vezes estéreis. O amor ilumina-as, fecunda-as, centuplica-lhes os recursos. Não se trata aqui do amor que contempla sem agir, mas do que se aplica a espalhar o bem e a verdade pelo mundo. A vida terrestre é um conflito entre as forças do mal e as do bem. O dever de toda alma viril é tomar parte no combate, trazer-lhe todos os seus impulsos, todos os seus meios de ação, lutar pelos outros, por todos aqueles que se agitam ainda na via escura.

O uso mais nobre que se pode fazer das faculdades é trabalhar por engrandecer, desenvolver, no sentido do belo e do bem, a civilização, a sociedade humana, que tem as suas chagas e fealdades, sem dúvida, mas que é rica de esperanças e magníficas promessas; essas promessas transformar-se-ão em realidade vivaz no dia em que a humanidade tiver aprendido a comungar, pelo pensamento e pelo coração, com o foco de amor, que é o esplendor de Deus.

Amemos, pois, com todo o poder do nosso coração; amemos até ao sacrifício, como Joana d'Arc amou a França, como o Cristo amou a humanidade, e todos aqueles que nos rodeiam receberão nossa influência, sentir-se-ão nascer para nova vida.

Ó homem, procura em volta de ti as chagas a pensar, os males a curar, as aflições a consolar. Alarga as inteligências, guia os corações transviados, associa as forças e as almas, trabalha para ser edificada a alta cidade de paz e de harmonia que será a cidade de amor, a cidade de Deus! Ilumina, levanta, purifica! Que importa que se riam de ti! Que importa que a ingratidão e a maldade se levantem na tua frente! Aquele que ama não recua por tão pouca coisa; ainda que colha espinhos e silvas, continua sua obra, porque esse é seu dever, sabe que a abnegação o engrandece.

O próprio sacrifício também tem suas alegrias; feito com amor, transforma as lágrimas em sorrisos, faz nascer em nós alegrias desconhecidas do egoísta e do mau. Para aquele que sabe amar, as coisas mais vulgares são de interesse; tudo parece iluminar-se; mil sensações novas despertam nele.

São necessários à sabedoria e à Ciência longos esforços, lenta e penosa ascensão para conduzir-nos às altas regiões do pensamento. O amor e o sacrifício lá chegam de um só pulo, com um único bater de asas. Na sua impulsão conquistam a paciência, a coragem, a benevolência, todas as virtudes fortes e suaves. O amor depura a inteligência, engrandece o coração e é pela soma de amor acumulada em nós que podemos avaliar o caminho que temos percorrido até Deus.
 
Léon Denis. O Problema do Ser, do Destino e da Dor.

Forum Espirita - Evangelho Segundo o Espiritismo | Evangelho no Lar com áudio aleatório

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quarta-feira, 24 de novembro de 2010

SEGUE ADIANTE!


SEGUE ADIANTE!

Não te detenhas!

Deves realizar a tarefa que aceitaste do Mestre sem discussão e que tem sido fator de alegria na tua atual existência, não constrangendo ninguém a seguir contigo, nem a te auxiliar no desiderato.

Se, em algum momento, estiveres para desfalecer ante as difíceis conjunturas, as perseguições e a solidão, envolve-te nas dúlcidas vibrações da prece, recuperando as energias e o desejo de avançar sem detença.

Recorda-te, de imediato, de Jesus com o madeiro sobre o ombro dilacerado, caindo várias vezes e levantando-se, sem os censurar, sem os procurar no meio da multidão que uma semana antes O aplaudiu, quando da entrada em Jerusalém, e agora malsinava-O.

Transforma tuas fraquezas em valor moral e sê fiel Àquele que te ama desde o início dos tempos e prossegue contigo, esperando a tua decisão de entrega total a Ele.

Joanna de Ângelis (espírito) / psicografia de Divaldo Franco.
Livro: Libertação pelo Amor

TRIUNFOS ALHEIOS



TRIUNFOS ALHEIOS

Difícil é tolerar derrotas próprias...
Dificílimo tolerar vitórias alheias...
Quem suporta, sereno e calmo, um fracasso pessoal – é forte...
Quem pode, de coração sincero, felicitar a outrem por um triunfo – é herói.
De todas as coisas difíceis uma das mais difíceis é esta: celebrar triunfos alheios.
Toda grandeza alheia parece amesquinhar meus direitos...
Toda luz do vizinho parece ofuscar meus fulgores...
Todo louvor tributado ao próximo parece vitupério para mim...
Todo bem que de outros dizem parece diminuição do meu bem...
Basta que fulano tenha valor – e logo me sinto desvalorizado...
Basta que brilhe a inteligência de sicrano – e logo me sinto menos inteligente...
Basta que digam que beltrano é homem de bem – e logo me parece que me chamaram malfeitor.
Por isso, tomo a defensiva do ego – e passo logo à ofensiva do Tu...
Agredido, agrido o pretenso agressor...
Protesta meu ego contra o Tu – com medo de que esse Tu venha a ser um super-ego.
Apago outras luzes – porque não sinto assaz forte minha luz...
Toda inveja é confissão de fraqueza e mesquinhez...
Toda maledicência é atestado de raquitismo espiritual...
Quem goza saúde perfeita pode tolerar que outros gozem perfeita saúde...
Quem se sente cheio de forças pode permitir que haja fortes a seu lado...
Só o vagalume precisa da noite para luzir...
Somente o fraco chama débeis os fortes – para parecer forte ele mesmo...
Só o semicego chama cegos os videntes – para ser o único vidente entre cegos...
Somente o enfermo nega saúde aos sãos – para parecer rei entre escravos...
Só pode alegrar-se com o trinfo do vitorioso quem possui grande força moral.
Quem dentro de si possui valor absoluto – e não mede o seu valor pelo desvalor relativo dos outros...
O espírito livre e largo – não afere a sua plenitude pela vacuidade do próximo...
Só o homem perfeito e maduro pode em verdade dizer: sinceros parabéns pela vitoria alcançada!
Dar esmola a um indigente – é cristão...
Socorrer a um necessitado – é honesto...
Apresentar condolências a uma vitima – é humano...
Mas em tudo isso pode o homem gozar a própria fortuna – em face do infortúnio do próximo...
Pode saborear a sorte feliz – na sorte adversa do outro...
Mas, para exultar interiormente com o triunfo dum homem feliz – requer-se grande heroísmo da alma...
“Há mais felicidade em dar que em receber”...
Do Livro: De Alma para Alma
Huberto Rohden

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Honrarás a Liberdade


Honrarás a liberdade, não para voltar às brumas do passado em cujos desvarios já nos submergimos muitas vezes, e que te impeliram a tomar novo corpo no plano físico, mas, frequentemente para resgatar as conseqüências infelizes dos atos impensados.

Estimarás a liberdade para cultivar a consciência tranqüila pelo exato desempenho dos compromissos que esposaste.

Muitos companheiros da Humanidade se farão ouvir, diante de ti, alinhando teorias brilhantes em se referindo a independência e progresso, quase sempre para justificar o desgovernado predomínio do instinto sobre a razão, como se progresso e independência constituíssem retorno ao primitivismo e à animalidade.

Ouvirás a todos eles com tolerância e bondade, observando, porém, as ciladas que se lhes ocultam sob o luxo verbalístico, à maneira de armadilhas recobertas de flores, e seguirás adiante de coração atento à execução dos encargos que a vida te reservou.

Sabes que a inteligência, quando se propõe desregrar-se no esquecimento dos princípios que lhe ditam comportamento digno, inventa facilmente vocábulos cintilantes, de modo a disfarçar a própria deserção.

Aceitarás o trabalho no grupo doméstico ou na equipe de ação edificante aos quais te vinculas, na produção do bem geral, doando o melhor de ti mesmo em abnegação aos companheiros que te compartilham a experiência, na certeza de que unicamente nas lutas e sacrifícios em que somos obrigados a viver e a conviver, uns à frente dos outros, é que conseguiremos a carta de alforria no cativeiro que nos aprisiona aos resultados menos felizes das existências passadas.

Orarás e vigiarás, segundo os ensinamentos de Jesus, e honrarás a liberdade qual ele mesmo a dignificou, amando aos semelhantes sem exigir o amor alheio e prestando auxílio sem pensar em recebê-lo.

Serás, enfim, livre para obedecer às Leis Divinas e sempre mais livre para ser cada vez mais útil e servir cada vez mais.

Emmanuel - Do livro: Na Era do Espírito, Médium: Francisco Cândido Xavier e J. Herculano Pires - Espíritos Diversos

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

VIBRIÕES

Estive pensando hoje e refletindo no quanto precisamos estudar sobre o mundo invisível.
Imaginar que dentro de um Centro Espírita, que é um lugar onde vamos para "recarregar" as forças, por mais que a Espiritualidade Superior esteja trabalhando com afinco para nos ajudar, escancaramos as portas para a maldade.
São verdadeiros exércitos de espíritos malfazejos que procuram oportunidades (das quais não faltam, pela nossa pouca visão espiritual e baixa vibração através de pensamentos e atitudes) para instalar Vibriões dentro do centro espírita, principalmente, para interferir nos trabalhos mediúnicos.
Eu já tinha ouvido falar de ovóides nos livros de André Luiz. Mas dos tais vibriões foi uma novidade.
Segundo Dona Modesta, no livro “Quem sabe pode muito. Quem ama pode mais” psicografado por Wanderley Soares de Oliveira, pelo Espírito José Mario, vibriões são espíritos a caminho da ovoidização que ainda não perderam de todo a consciência e do mesmo jeito que os ovóides são usados como implante da maldade. Existem espíritos que caçam esses vibriões em situações lamentáveis em habitat enfermiços para os aprisionarem e utilizarem em futuras explorações.
Os vibriões respiram um clima psíquico monoideísta (tendência de a consciência fixar o pensamento em uma só idéia) de angústia e tristeza exalando essa aura vibratória potencialmente destrutiva em um raio de trezentos metros aproximadamente interferindo em todo ecossistema psíquico dos ambientes próximos contaminando, com essa irradiação enfermiça, estimulando o desânimo, a culpa, o desalento e a inquietude, formando assim a base principal para a depressão intermitente.
O clima espiritual fica em deplorável marasmo. Embaraçam-se raciocínios sob a ação dessas irradiações formando uma aura doentia de descrença nos ideais superiores. Instalando assim, no ambiente, a desconfiança e a fixação nas imperfeições uns dos outros.
Segundo Dona Modesta, eles são colocados em gaiolas eletrônicas que controlam temperatura e luz para que os vibriões não caminhem para a ovoidização. E esse alojamento dos vibriões dentro dos recptáculos inviabiliza a ação dos espíritos superiores sem a participação dos encarnados. Eles são colocados na parte etérica da casa espírita quase ao nível da matéria em função da frequência de longo alcance com baixíssimo teor de forças, decorrente da conjunção das energias dos encarnados e de operações similares a materialização com muita capacidade de condensação energética.
Essa aura de frieza tem a propriedade de alterar a frequência dos pensamentos, criando fixações monoideístas.
Os espíritos trevosos esperam o momento ideal para conseguirem transpor a cortina vibratória que separa os mundos, instalando o vibrião em estado semimaterializado na parte física da agremiação doutrinária criando assim limites à ação da espiritualidade superior.
Qualquer tentativa de desalojamento com aparelhos, que a espiritualidade fizer, detonaria o automatismo da ovoidização no vibrião. O seria colaborar com a queda do espírito nesse estado.
Frequentemente os opositores ao bem os instalam dentro das salas mediúnicas com monitoramento por câmeras de vigília contínua com gaiolas especiais, temperatura elevada e sem luz de espécie alguma impedindo ou limitando o rastreamento por parte dos médiuns.
A vibração pestilencial dos vibriões prejudica a assepsia e a esterilização e depois de certo tempo, começa a formar camadas viscosas como o lodo na parede do centro, propriciando um habitat para a fauna e flora de pequeno porte. E quanto mais esse habitat sedimenta, mais domínio os adversários tem de poderem mudar as gaiolas com facilidade adicionando mais ciladas.
Como é importante nossa conscientização de caminhar no bem procurando vigiar cada atitude e pensamento, esquecendo do interesse próprio e egoísta procurando viver para o conjunto. Entender que a causa do Espíritismo é mais importante que qualquer pensamento individual.
Se queremos respeito, vamos antes respeitar essa causa e não colaborar para dificultar o trabalho dos benfeitores.

CRÊ E TRABALHA

CRÊ E TRABALHA
Não procures a felicidade aqui ou alhures, porque ela reside no íntimo de teu ser.
Perante as investidas das provas do dia a dia, não desanimes nem perca a confiança em Deus.
Obedece minuto a minuto, nas necessidades da vida, sem reclamar de nada nem de ninguém.
Usa da tolerância para com todos, na certeza de que, aceitando a teu próximo na sua formação, vencerás todos os entraves da marcha.
Não aguardes o favor dos outros sem o favor da tua colaboração.
Recorda que andamos sozinhos, jungidos a muitos, dos quais precisamos a colaboração para poder andar.
Não fujas a compromissos assumidos no decurso do tempo, e que hoje te procuram para que lhes dês o atendimento necessário a fim de que possas livremente avançar.
Crê e trabalha! Confia na Misericórdia Divina, eterna companheira de todos nós! Com a tua visão voltada para o que há de melhor, não haverá de te faltar o recurso necessário para poder vencer todas as vicissitudes da vida. E, à medida que irão vencendo-te, pela aplicação das virtudes cristãs, maiores áreas de atividade te procurarão exigindo-te paciência, tolerância, compreensão, desculpa, perdão, concedendo-te a possibilidade de maiores possibilidades de servir com o Senhor.
O Mestre Divino nos conclama ao serviço da fraternidade, a começar no recinto do lar junto com os seres que nos são, em forma de familiares, os companheiros de outrora.
Necessário aprendermos aí, neste recinto sagrado, a prática da caridade e do amor pela prática do perdão incondicional, ajustando-nos às necessidades que ele nos apresente, sejam elas quais sejam, de ordem material ou espiritual com todos, até que possamos nos apresentar ao Senhor com as credenciais do trabalhador fiel e incansável para o trabalho do serviço incansável que nos garanta o Bem. 
24/02/1982     Paz, Amor e Caridade
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terça-feira, 16 de novembro de 2010

VIAGEM AO RENASCIMENTO

 
"Desligara-me da ilha em que me achava e reconhecia-me sob poder de
atração inexplicável... Então vi-me no aconchego de um lar em que ela me aguardava....”

VIAGEM DO RENASCIMENTO
Augusto Cezar
Francisco Cândido Xavier
Achava-se numa ilha de esperança, em pleno mar da Espiritualidade, consciente de que me aproximava do retorno à vida física.
Pensava na jovem que me receberia nos braços.
Lembrava-me de havê-la conhecido em outras estâncias. A memória, porem, lutava para reconstituir-lhe a imagem dentro de mim. Só ela conseguiria fixar-me de novo na Terra, pela força do amor.
Correi os olhos, como quem se preparava para uma jornada intuitiva de volta ao passado, no intuito de refazer-lhe os traços.

Era ela, sim, que devia esperar-me.
Sentia-lhe as mãos de veludo, resguardando-me a segurança, enquanto os seus pensamentos perpassavam por minha cabeça, com a suavidade das brisas que se movimentam no alvorecer.
Revia-lhe os olhos, na tela de minhas reminiscências, à feição de estrelas que me descobriam a alma.
No intimo, registrava-lhe o calor da fé em Deus e em si mesma, refundindo-me as energias, de modo a retornar-me na existência terrestre.
Percebia-lhe, de novo, nas fibras recônditas do espírito, a coragem sem temeridade, a beleza sem orgulho, a bondade sem afetação, a lealdade sem fraqueza, a confiança sem desânimo, o amor sem vacilações e a luz sem sombra...

Só então notei que a meditação se me transformara numa viagem maravilhosa...
Desligara-me da ilha em que achava e reconhecia-me sob poder de atração inexplicável.
Vi-me no aconchego de um lar em que ela me aguardava.
A irradiação estelar que lhe fluía do peito era o seu coração a falar-me de seus sonhos e aspirações.
Queria um filho que era eu mesmo.
Nunca a julguei tão linda a esperar-me, a fim de instilar-me vida nova.
Beijei-lhe a face com a simplicidade da flor humana em que passara a transfigurar-me.
Ela chorou e envolvi-lhe os cabelos, com as minhas próprias lágrimas.
Observei-me na condição do menino que ela própria mentalizara e, recolhendo-me ao seu colo, descansei com a despreocupação da criança que novamente começara a ser.
Quis gritar a minha felicidade em cânticos de louvor a Deus, mas repousando junto àquele coração, à maneira da ave cansada que se reacomoda no ninho, pude apenas dizer: “Minha mãe!... Minha mãe!...”

(Do livro "Presença de Luz", pelo Espírito Augusto Cezar, Francisco Cândido Xavier)NOTA: O link abaixo contém a relação de livros publicados por Chico Xavier e suas respectivas editoras:http://www.institutoandreluiz.org/chicoxavier_rel_livros.html
Aproximando-se o Natal, o que se sobressai no clima encantador que o precede é a figura de Maria, mãe de Jesus. O Natal, sem ela, não existiria. Então, com a mensagem de hoje , belíssima e comovente, queremos fazer uma homenagem singela a todas as mamães da Lista Espírita André Luiz (LEAL), longe de qualquer dia comemorativo e comercial, mas muito perto de uma data que lembra a todos os nós a importância fundamental das mães em nossas vidas e em nossa evolução. Mães de ontem, mães de hoje, mães que esperam, mães que já esperaram e mães que ainda desejam esperar um filho... a todas, um beijo muito especial, repleto de todo o nosso carinho e respeito.  Jesus as abençoe. Feliz dia das mães todos os dias, agora e sempre! (Assim seja!)(Lori e Moderação)

Realização:
Instituto André Luiz
SITE: http://www.institutoandreluiz.org/ 
BLOG: http://institutoandreluiz.blogspot.com/ 
 
Imagem "Almost Home", de Donald Zolan
ONLY NON-COMMERCIAL USE

SEGUE EM PAZ

SEGUE EM PAZ


Abençoa sempre! Não te canses de repetir os pequeninos deveres do dia a dia.
Não deixes para amanhã aquilo que podes fazer hoje.
Avalia a oportunidade do momento agora, e faze o melhor naquilo que te procura.
Trabalha incansavelmente, hoje, amanhã e sempre ...
Recorda que, aqui ou no Além, o serviço te procurará a colaboração no equilíbrio da harmonia e da paz de tudo quanto te circunda.
Amigos incansáveis, acompanham-te os passos, e em rogativa ao Pai, desejam a tua vitória. Não os defraudes com a tua indiferença! Ouve-lhes os pedidos que te endereçam em silêncio, através das lágrimas do mundo.
Podes e deves ser, uma ferramenta ativa em suas mãos, no lar e fora dele. Com aqueles que te aceitam a colaboração, e com aqueles que te são indiferentes... Basta apenas que te entregues ao serviço do bem em forma de compreensão, paciência, tolerância e perdão com todos. A resposta de tua colaboração, se fará sentir na consciência de cada alma atendida, erguendo-se para os cimos de uma vida mais ampla, podes crêr!
Não te detenhas em lamentações descabidas! Pensa que a vida é uma constante de lições que devemos aprender com a própria experiência, e da qual não dispensaremos a presença do tempo em nós, que nos colocará invariavelmente à frente das provas aflitivas, mas, redentoras até que aprendamos a superá-las vencendo as dificuldades que encerram.
Acredita em Deus, e segue intimorato!
Encontrarás adiante, os obreiros do bem, ajudando-te a construir em teu coração, a coragem e a fé para o desempenho das atividades que te aguardam na Eternidade vitoriosa.
14/07/1982 Paz, Amor e Caridade

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

O EVANGELHO DE CHICO XAVIER

O EVANGELHO DE CHICO XAVIER
"Sou adepto da Verdade, mas acho que a Verdade não deve ser lançada na cara de ninguém... Jesus silenciou diante de Pilatos. Naquelas circunstâncias, adiantaria dizer alguma coisa! Graças a Deus, nunca me prevaleci da Verdade para humilhar alguém. A Verdade que esmaga está destituída de Amor. Deus não age assim... A Verdade só deve ser dita quando possa servir de alavanca para reerguer quem se encontra no chão. Eu fugiria de quem só tivesse verdades para me dizer... A gente enlouquece. Deus não nos violenta... A razão nunca está de um lado só. As pessoas que se orgulham de ser francas demais, estão escondendo de si mesmas a sua própria realidade... Vocês me perdoem, mas é o que eu penso."


CHICO XAVIER

domingo, 14 de novembro de 2010

CONSCIÊNCIA


O que é a consciência?
A consciência é a voz interior que o adverte e está sempre nos acontecimentos de sua vida.
Nunca abandona você.
Nos momentos em que toma atitudes ideais, corretas, é ela que lhe incentiva e fortalece.
Naqueles instantes infelizes quando toma decisões equivocadas é ela que o censura.
Guardiã da integridade pessoal é serva humilde que silencia e aguarda nova chance de se manifestar.
Do livro: REFLEXÕES PARA A SAÚDE
Autor: PÚBLIO CARÍSIO DE PAULA

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

POEMA PARA DEUS

Poema para Deus

Um dia, a alma desperta e se encanta com a manhã que se espreguiça no horizonte.
Sente-se como que a pairar acima e além da escala humana.
Então, se recorda ser filha de um Pai amoroso e bom. Recorda de um Criador que a tudo para todos provê.
E plena de gratidão, extravasa em versos sua alma:
Deus, Inteligência das inteligências, Causa das causas, Lei das leis, Princípio dos princípios, Razão das razões, Consciência das consciências.
Bem tinha razão Isaac Newton ao descobrir-se, toda vez que pronunciava Vosso nome.
Deus, Pai bondoso, eu Vos encontro na natureza, Vossa filha e nossa mãe.
Eu Vos reconheço, Senhor, na poesia da criação, no vento que dedilha harmonias na cabeleira das árvores.
Nas cores que se apresentam tão diversificadas em matizes e gradações.
Nas águas que rolam, silentes, em córregos minúsculos, nas cachoeiras que se lançam, ruidosas, de alturas consideráveis, no verdor da grama que atapeta o jardim e as praças.
Reconheço-Vos, Pai, na flor dos jardins e pomares, na relva dos vales, no matiz dos campos, na brisa dos prados.
Senhor, eu Vos encontro no perfume das campinas, no murmúrio das fontes, no rumorejo das menores ramificações das copas das árvores.
Também Vos descubro na música dos bosques, na placidez dos lagos, na altivez dos montes, na amplidão dos oceanos, na majestade do firmamento.
Eu Vos vejo, Senhor, na criança que sorri, brinca, pula e distribui alegrias, provocando risos.
Eu Vos reconheço, Pai, no ancião que anda lento, que tropeça. Mas, sobretudo, na inteligência que ele revela, resultado de suas experiências bem vividas.
Eu Vos descubro no mendigo que implora, na mão que assiste, na mãe que vela, no pai que instrui, no Apóstolo que evangeliza.
Deus! Reconheço-Vos no amor da esposa, no afeto do filho, na estima da irmã, na misericórdia indulgente.
E Vos encontro, Senhor, na fé do que a tem, na esperança dos povos, na caridade dos bons, na inteireza dos íntegros.
Reconheço-Vos, Senhor, na inspiração do poeta, na eloquência do orador, na criatividade do artista.
Também Vos encontro na sabedoria do filósofo, na intelectualidade do estudioso, nos fogos do gênio!
E estais ainda nas auroras polares, no argênteo da lua, no brilho do sol, na fulgência das estrelas, no fulgor das constelações.
Deus! Reconheço-Vos na formação das nebulosas, na origem dos mundos, na gênese dos sóis, no berço das humanidades, na maravilha, no esplendor, no sublime do Infinito!
Por fim, entendo, com Jesus, quando ora:
Pai nosso, que estais nos céus...
Ou com os anjos quando cantam: Glória a Deus nas alturas...
Redação do Momento Espírita, com base em poema de Eurípedes Barsanulfo, do livro O homem e a missão, de Corina Novelino, ed. Ide.
Em 04.11.2010.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

TRABALHA EM SILÊNCIO

TRABALHA EM SILÊNCIO
Conhecerás o sofrimento alheio, pelo sofrimento que te alcança.
Embora a dor seja presença de sofrimento para todos, importa reconhecer que, para cada um de nós varia de acordocom o merecimento perante a Lei.
Recorda a necessidade de andar para alcançar o alvo, mas não te esqueças, o caminho nos pede prudência e perseverança.
Observa os irmãos que te acompanham. Cheios de problemas e incertezas, escondem-se em sorrisos para não chorar. Reveste-te de caridade e de amor, e tanto quanto te seja possível, estende-lhes em silêncio, vibrações de coragem e de fé que os possam ajudar.
Embora se te apresentem defeitos que venham a estremecer-te o coração, mesmo assim, estende-lhes os braços de compreensão desculpando-lhes a conduta. Amanhã, com a benção do tempo, a vida lhes modificará o entendimento para o melhor enobrecendo-se em novas tarefas.
Ajudemos os que tombaram. Eles se levantarão! Não importa que nos rejeitem o socorro externo, porque o serviço do amor nas linhas ocultas do coração, lhes chegará sem que nos percebam a presença.
Amanhã, com a graça de Deus, os veremos vitoriosos, e gratos e reconhecidos pelo Criador, nossas almas se regozijarão pela vitória alcançada.
Não há na estrada da vida, alguém que pereça para sempre, como não há ninguém que não se renove para o melhor.
Sejamos usinas de espiritualidade e de amor, no serviço oculto da oração, beneficiando a todos, na certeza de que o Senhor a todos nos abençoará.

10/02/1982 Paz, Amor e Caridade

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

AS HERANÇAS ESPIRITUAIS

As heranças espirituais

Uma questão que deixa muita gente intrigada é a semelhança psicológica que existe entre membros da mesma família.
As parecenças físicas estão bem explicadas pela genética. Mas, será que o espírito herda também, de seus pais, as características morais?
No diálogo de Jesus com Nicodemos, vamos encontrar a resposta clara para essas questões.
Jesus, respondendo ao doutor da lei diz: "o que nasceu da carne é carne, e o que nasceu do espírito é espírito. Não te maravilhes de eu te dizer que é preciso nascer de novo. O espírito sopra onde quer, e tu ouves a sua voz, mas não sabes donde ele vem, nem para onde vai. Assim é todo aquele que é nascido do espírito." (Jo. 3:8)
Fica bem clara a distinção que Jesus faz entre o corpo e o espírito. A carne procede da carne, mas o espírito não sabemos de onde vem.
Mas então, como pode um filho, por exemplo, parecer tanto, moralmente, com o pai?
Existem leis que regem a vida, das quais ainda não temos o entendimento completo. Uma delas é a lei de afinidade. As pessoas se unem ou se reúnem por afinidade de tendências, de gostos, de objetivos.
Assim é que, só vão a um estádio aqueles que gostam de futebol, e que, nos bares, só encontraremos os que gostam de beber umas e outras.
Isso se dá também com os povos. A lei de afinidade os reúne em determinada região, considerando a predominância de suas características.
Dessa forma é que podemos perceber claramente as tendências de alguns povos, para a violência, ou para a paz, por exemplo.
Por ser o espírito um ser individual e indivisível é que todas as tentativas de se reproduzir um ser igual ao outro será frustrada. Podemos reproduzir a matéria, mas o espírito que a animará, terá características sui generis.
Não é outro o motivo pelo qual, filhos de gênios nascem com uma inteligência limitada e pessoas de inteligência mediana podem ter filhos prodígios.
Assim sendo, se os geneticistas levassem em conta os ensinos do mestre de Nazaré, teriam resposta para muitas das questões que não se explicam somente pelas leis da genética. Se levassem em conta que cada corpo que nasce é animado por um espírito imortal, que traz consigo experiências milenares, resolveriam muitas dúvidas a respeito das enfermidades, da genialidade, da idiotia, da precocidade, e de tantas outras particularidades das criaturas.
Há crianças, que nos primeiros meses de vida, lêem, escrevem, fazem contas, decoram nomes de países e suas capitais etc., sem que tenham herdado essas capacidades de seus pais.
Em suma, importa que saibamos que o corpo procede do corpo, mas o espírito não procede do espírito.
Importa também, sabermos que, se o corpo gerado tiver vida, há um espírito a animá-lo, e que terá suas próprias características, independente das de seus pais.
O que pode ocorrer, entretanto, é que o mesmo espírito que animou o corpo do avô já desencarnado, por exemplo, volte a renascer e animar o corpo do neto. Nesse caso, o neto pareceria muito com o avô por ser o próprio que voltara.


***
Você sabia que o espírito se liga ao corpo no momento da concepção? E que as necessidades do espírito reencarnante é que, pela lei de afinidade, impulsionam o óvulo e o espermatozóide que contenham a carga genética propícia às suas experiências no corpo físico?
Assim, se tiver que desenvolver um câncer, por exemplo, o óvulo será penetrado pelo espermatozóide com as informações genéticas capazes de formar um corpo predisposto à enfermidade. Isso não quer dizer que desenvolverá o câncer, mas terá um organismo propenso para tal.

domingo, 7 de novembro de 2010

Mais Amor

Mais Amor
Autor Casimiro Cunha / Médium Francisco Cândido Xavier
Rogas à vida o roteiro
Da Esfera Superior,
E a vida responde sempre:
Meditar com mais amor.
Procurando, desse modo,
Caminho renovador,
Em toda dificuldade,
Apóia com mais amor.
Se esperas pelo futuro
Como ninho aberto em flor,
Arando a terra do sonho,
Trabalha com mais amor.
Recebe, pois, o infortúnio
Com desassombro e valor,
Se a provação recrudesce,
Suporta com mais amor.
Tolera com paciência
A nuvem do dissabor;
Buscando nova alegria,
Ampara com mais amor.
Caluniaram-te a vida?
Perdoa seja a quem for.
Quem vive para a verdade,
Entende com mais amor.
Amigos desavisados
Trouxeram-te sombra e dor?
Diante de todos eles,
Auxilia com mais amor.
Feriram-te as esperanças
Brandindo verbo agressor?
Não critiques nem te queixes...
Espera com mais amor.
Ante o jogo de ilusões
Que o mal te venha a propor,
No cultivo da humildade,
Resiste com mais amor.
Se desejas alcançar
A comunhão do Senhor,
Arrima-te à caridade
E serve com mais amor.
* * *
Xavier, Francisco Cândido; Baccelli, Carlos A.. Da obra: Brilhe Vossa Luz.
Ditado pelo Espírito Casimiro Cunha.
4a edição. Araras, SP: IDE, 1987.

Das Nascentes do Coração

Das Nascentes do Coração

Publicado por Voluntaria em 20/8/2006 (473 leituras)
Autor Emmanuel / Médium Francisco Cândido Xavier
“Finalmente, sede todos de igual ânimo, compadecidos,
fraternalmente amigos, misericordiosos, humildes.” – PEDRO. (I Pedro, 3:8.)
De todos os tesouros que a Divina Providência te confiou, um deles é a piedade que podes libertar como um rio de bênçãos das nascentes do coração.
Pensa nas lágrimas que já te passaram pela existência e nunca derrames fel na trilha dos semelhantes. Para isso é necessário raciocines e te enterneças, entre a luz da compreensão e o apoio da caridade.
Compadecemos-nos facilmente dos irmãos tombados em necessidades materiais, cujos padecimentos nos sacodem as fibras mais íntimas, mas é preciso igualmente nos condoamos daqueles outros que se sentam diante da mesa farta arrasados de angústias, à face das provações que lhes desabam na vida.
Bastas vezes, perdemos lições e oportunidades preciosas para a aquisição de valores da Espiritualidade Maior, tão-somente por fixar a observação na face de situações e pessoas.
O entendimento fraternal, no entanto, é clarão da alma penetrando vida e sentimento em suas mais ignotas profundezas.
A vista disso, seja a quem for, abençoa e auxilia sempre.
Diante de quaisquer desequilíbrio ou entraves que te venham a surpreender na estrada terrestre, molha a tuia palavra no bálsamo da compaixão, a fim de que te desincumbas dignamente do bem que te cabe cumprir.
Procedamos assim, onde estivermos, na certeza de que, em nos referindo à maioria de nós outros – os espíritos endividados da Terra -, todas as vantagens que estejamos desfrutando, à frente do próximo, não chegam até nós em função de merecimento que absolutamente não possuímos ainda, mas simplesmente em razão da misericórdia de Deus.
Francisco Cândido Xavier - Livro Ceifa de Luz - Pelo Espírito Emmanuel

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

PESSOAS E POTES DE GELÉIA

Pessoas e potes de geléia
Transformamos as pessoas em potes de geléia.
Sim, toda vez que julgamos precipitadamente, que criamos rótulos, estamos comparando as pessoas a objetos.
Objetos podem, muitas vezes, ser facilmente explicados, descritos, compreendidos. Basta um desenho, um esquema, ou algumas palavras e está tudo resolvido.
Ficaram famosos os jogos de mímica, nos quais os oponentes precisam adivinhar uma palavra, uma frase, através da compreensão dos gestos do outro.
O problema está quando desejamos usar esta nossa habilidade de descrever rapidamente alguma coisa, no convívio com as pessoas.
Pessoas são Espíritos, almas complexas, de realidades múltiplas e possibilidades infinitas.
Avaliá-las com superficialidade é desrespeitá-las em sua essência divina.
O grande escritor russo Léon Tolstoi, afirma que um dos nossos preconceitos mais comuns e disseminados, é o de que cada pessoa tem uma característica fixa.
Segundo ele, tal preconceito faz com que existam apenas pessoas boas ou pessoas más; pessoas inteligentes ou pessoas estúpidas; pessoas frias ou pessoas quentes.
Aí começam os rótulos.
Muitas vezes, com o objetivo de simplificar, nós empobrecemos e menosprezamos as pessoas.
Até nossos hábitos de linguagem precisam ser revistos, pois muitos deles já nos acostumam ao rótulo fácil.
Você lembra de Fulano de tal? - Não, não lembro. - responde o outro.
Aquele magrinho com nariz pontudo, lembra?
Ah, sim, claro, agora lembrei!
Pois aí está o embrião do vício dos rótulos.
Pode ser uma observação sem maldade, que apenas ajude a lembrar mais facilmente das pessoas, mas, por vezes, já desenvolve em nós esta prática desagradável.
Mais um pouco e estamos no nível de observações como: Beltrano é falso mesmo. Cuidado com o que ele diz!
Obviamente que podemos identificar as dificuldades das pessoas. É algo comum da vida de relacionamento.
Mas, avaliar toda uma personalidade, todo o universo de um Espírito encarnado, e resumi-lo em uma frase, em um rótulo, é pequeno e simplista demais.
Além de ser desrespeitoso.
Aplicando um rótulo a alguém, principalmente os negativos, estamos dizendo que ninguém é capaz de mudar, de crescer.
Estamos dizendo que a pessoa é assim e pronto.
Chegamos a aplicar rótulos a nós mesmos, por vezes.
Colamos na testa um adesivo dizendo: Sou teimoso. Não pense em vencer qualquer discussão comigo.
É uma auto-rotulagem, uma expressão de acomodação perante uma imperfeição, da qual, muitas vezes chegamos a nos orgulhar.
Até mesmo os rótulos positivos são preocupantes.
Quando, por exemplo, aquele amigo que carregava em sua fronte o rótulo de bonzinho, faz conosco algo que mostra uma característica oposta a essa, vem a decepção.
Nunca esperava isso dele ou dela... - expressão típica de quem não conhece o outro em profundidade, e que preferiu ficar na superficialidade da rotulagem.
Todos ainda somos almas sendo automoldadas a todo instante.
Nem temos imperfeições fixas, eternas, que ficarão para sempre conosco, nem virtudes em grau de excelência, que não nos permitam o equívoco em situação alguma.
Lembremos: rótulos são para potes de geléia, e não para pessoas.
Redação do Momento Espírita, com citação de Léon Tolstoi, extraída do livro Pensamentos para uma vida feliz, de Tolstoi, ed. Prestígio, 1999.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Um dia você aprende que.......... (William Shakespeare)

A dor do abandono - Reflexão

PESSOAS QUE NOS MARCAM

O HOMEM BOM


O HOMEM BOM
Chico Xavier ( médium )
Emmanuel ( espírito )
A Religião dos Espíritos
Conta-se que Jesus, após narrar a Parábola do Bom Samaritano, foi novamente interpelado pelo doutor da lei que, alegando não lhe haver compreendido integralmente a lição, perguntou, sutil:
- Mestre, que farei para ser considerado homem bom?
Conta-se que Jesus, após narrar a Parábola do Bom Samaritano, foi novamente interpelado pelo doutor da lei que, alegando não lhe haver compreendido integralmente a lição, perguntou, sutil:
- Mestre, que farei para ser considerado homem bom?
Evidenciando paciência admirável, o Senhor respondeu:
- Imagina-te vitimado por mudez que te iniba a manifestação do verbo escorreito e pensa quão grato te mostrarias ao companheiro que falasse por ti a palavra encarcerada na boca.
Imagina-te de olhos mortos pela enfermidade irremediável e lembra a alegria da caminhada, ante as mãos que te estendessem ao passo incerto, garantindo-te a segurança.
Imagina-te caído e desfalecente, na via pública, e preliba o teu consolo nos braços que te oferecessem amparo, sem qualquer desrespeito para com os teus sofrimentos.
Imagina-te tocado por moléstia contagiosa e reflete no contentamento que te iluminaria o coração, perante a visita do amigo que te fosse levar alguns
minutos de solidariedade.
Imagina-te no cárcere, padecendo a incompreensão do mundo, e recorda como te edificaria o gesto de coragem do irmão que te buscasse testemunhar entendimento.
Imagina-te sem pão no lar, arrostando amargura e escassez, e raciocina sobre a felicidade que te apareceria de súbito no amparo daqueles que te levassem leve migalha de auxílio, sem perguntar por teu modo de crer e sem te exigir exames de consciência.
Imagina-te em erro, sob o sarcasmo de muitos, e mentaliza o bálsamo com que te aclamarias, diante da indulgência dos que te desculpassem a falta, alentando-te o recomeço.
Imagina-te fatigado e intemperante observa quão reconhecido ficarias para
Com todos os que te ofertassem a oração do silêncio e a frase de simpatia.
Em seguida ao intervalo espontâneo, indagou-lhe o Divino Amigo:
- Em teu parecer, quais teriam sido os homens bons nessas circunstâncias?
- Os que usassem de compreensão e misericórdia para comigo - explicou o
interlocutor.
- Então - repetiu Jesus com bondade - segue adiante e faze também o mesmo.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

SAUDADE


Ante os mortos queridos,

Faze silêncio e ora.

Ninguém pode apagar

A chama da saudade.

Entretanto se choras,

Chora fazendo o bem.

A morte para a vida

É apenas mudança.

A semente no solo

Mostra a ressurreição.

Todos estamos vivos

Na presença de Deus.

(Emmanuel / Chico Xavier)

O DIA DOS MORTOS

  

Na sessão da Sociedade de 2 de Novembro, Charles Nodier, rogado a consentir para continuar o trabalho que começou, respondeu:
“Permiti-me, esta noite, meus muito caros amigos, vos falar sobre um outro assunto; continuarei o meu trabalho começado numa próxima vez.
Hoje é uma época que nos é muito pessoalmente consagrada, pelo que não lembraremos a vossa atenção sobre a morte e sobre as preces que reclamam a maioria daqueles que vos precederam.
Esta semana é uma época de confraternização entre o céu e a Terra, entre os vivos e os mortos; deveis vos ocupar de nós mais particularmente, e de vós também; porque meditando este pensamento de que logo, como para nós, os vivos pedirão pela vossa alma, deveis vos tornar melhores.
Segundo a maneira pela qual vivestes neste mundo, sereis recebidos diante de Deus.
O que é a vida, depois de tudo? Uma curtíssima emigração do Espírito sobre a Terra; tempo, entretanto, em que pode amontoar um tesouro de graças ou se preparar para cruéis tormentos.
Pensai nisso, pensai no céu, e a vida, qualquer que a tendes, vos parecerá bem breve.”
Charles Nodier (Médium: senhorita Huet)

                                             * * *
As perguntas seguintes foram dirigidas ao Espírito a respeito de sua comunicação:
1. Hoje os Espíritos são mais numerosos do que habitualmente nos cemitérios?
R. Neste tempo estamos mais de bom grado junto de nossos despejos terrestres, porque os vossos pensamentos, as vossas preces ali estão conosco.
2. Os Espíritos que, nestes dias, vêm para suas tumbas junto das quais ninguém roga, sofrem por se verem abandonados, ao passo que outros têm seus parentes e seus amigos que vêm lhes dar um sinal de lembrança?
R. Não há pessoas piedosas que oram por todos os mortos em geral? Pois bem! Essas preces retornam ao Espírito esquecido, são para eles o maná celeste que cai para o preguiçoso como para o homem ativo; a prece é para o conhecido como para o desconhecido: Deus a reparte igualmente, e os bons Espíritos que dela não têm mais necessidade a revertem para aqueles que ela pode ser necessária.
3. Sabemos que a fórmula das preces é indiferente, todavia, muitas pessoas têm necessidade de uma fórmula para fixar as suas idéias; por isso, vos seríamos reconhecidos em consentir em nos ditar uma sobre esse assunto; todos nós nos associaremos a ela pelo pensamento, para aplicá-la aos Espíritos que podem dela ter necessidade.
R. Eu o desejo muito.
“Deus, criador do universo, dignai-vos ter piedade de vossas criaturas; considerai as suas fraquezas; abreviai as suas provas terrestres, se estão acima de suas forças; compadecei-vos das penas daqueles que deixaram a Terra, e inspirai-lhes o desejo de progredir para o bem.”

Texto retirado da Revista Espírita – 1860 / Allan Kardec

HIGIENIZEMOS A CASA MENTAL

Harmonia emocional e equilíbrio psíquico são estados d'alma que não devem ser descurados pelo homem (espírito reencarnado) transitando num mundo inferior, onde hábitos de higiene objetivando a saúde do corpo são realizados com o melhor dos esmeros, em obediência às conquistas éticas em volta do asseio.
Vejamos que, com facilidade e imediatismo, recorremos à farmacopéia quando as disposições físicas cambaleiam e as disfunções psíquicas entram na faixa dos distúrbios perturbadores, assim mostrando o nosso respeito e apreço pela indumentária carnal. Não adiemos, de igual modo, a terapia evangélica que sempre haverá de nos proporcionar a saúde espiritual.
Quando mais drástica é a saúde do corpo, a cirurgia é chamada à extirpação de órgãos enfermos e os transplantes deles acontecem favorecendo a continuidade da existência no plano da carne. Por que então recear amputar do organismo moral os tumores malignos da inveja, do egoísmo, da insensibilidade diante da dor alheia, da violência, da busca desenfreada dos gozos sensuais...? São viroses de alto risco que também precisam de medicação eficaz no seu combate, fixadas em nosso campo psíquico, contaminando todos os departamentos da alma, porque foram instaladas em vivências reencarnatórias do passado e prosseguem sendo alimentadas pela insensatez humana.
Jamais desprezaremos o uso de analgésicos e calmantes nas horas de aliviar as dores. Assim, também, não deixemos de usar a oração que adormece as paixões, acalma as intemperanças, alivia os tormentos, tonifica o ânimo, empurra para o alto a criatura adormecida pelas ambições terrenas perecíveis. Orar é medicar-se, minimizando angústias e reorganizando programas de trabalho no bem.
As academias de ginástica proliferam em todos os recantos das grandes e pequenas cidades, oferecendo aos praticantes de ginástica terapêutica a preservação das formas físicas e a longevidade orgânica, o que é mais do que válido e louvável. Entretanto, não nos recusemos ao exercício da caridade como ginástica terapêutica por demais eficaz à manutenção do nosso acervo espiritual, o qual é da nossa competência preservar na caminhada redentora em que estamos engajados.
Nossa instrumentalidade carnal tem direito, segundo a lei divina de Conservação, a todo recurso que a possa conservar à disposição do Espírito para que absorva as experiências que se fazem necessárias na vivência terrena com vistas à vida espiritual. Todavia, a alma, no casulo da carne, requer cuidados especiais que devem e precisam ser atendidos por nós sem postergação, sob pena de esmagarmos mais tarde os rigores da lei de causalidade, sempre pronta a cobrar pelos nossos desvios neste ou naquele campo de atividades.
Vejamos que os lares domésticos não prescindem de lixeiras, canos por onde escoam detritos, a fim de que a vida se torne agradável, boa de ser vivida. Mas, por que dispensar o uso de depósitos de lixo e esgotos de origem moral/espiritual para neles atirarmos os detritos morais que acalentamos em nossas casas mentais? Façamos isto para desfrutarmos de ambiências saudáveis, sem lixos miasmáticos mentais que não devem fazer parte de nosso cotidiano.
Conversas maledicentes, censuras despropositadas, discussões em torno de temas vulgares, pensamentos deprimentes fazem parte de um lixo não visto pelos olhos humanos, mas que são uma realidade de ordem moral, cuja limpeza nos propiciará a fruição do equilíbrio espiritual.
Reprochemos de nossos ouvidos assuntos perturbadores que causam inquietude, conversas deprimentes que desajustam, a descrição de cenas violentas que estimulam o desequilíbrio emocional. Evitamos, deste modo, os lixos morais que infestam e intoxicam a nossa mente, por se fixarem em região de difícil acesso: o inconsciente do homem. Toda essa sujeira moral fica instalada nos painéis mentais e costumam construir ideoplastias infelizes, condutoras que são à rebeldia, ao relaxamento dos laços afetivos, ao desmoronamento dos casamentos, aos conflitos entre pais e filhos...
A aparência das pessoas que carregam habitualmente esses miasmas são fascinantes, mas por momentos. Na realidade, a aparência vai revelando, com o tempo, sintomas profundamente infelicitadores em qualquer situação que atue a alma que a carrega.
Preservando o Espírito, manteremos o corpo sadio, passando ele a gozar a paz de que todos precisam.
Sempre nos é facultado encontrar a saúde da mente que foi perdida, ao escorregarmos no lodo do erro, na fuga aos deveres, no desrespeito ao direito alheio...
Se porventura ainda não fomos contaminados, vamos nos poupar. De que maneira? Ouvindo JESUS, que identificou as fraquezas humanas e, preocupando-se com elas, receitou as súplicas contidas na oração dominical, dizendo ao Pai "que nos livre do mal", e que "não nos deixe cair em tentação".
Em tudo e por tudo é bem mais fácil usufruir de felicidade antes de sermos contagiados pelos vírus calamitosos de ordem mental, dessa forma evitando as ocorrências prejudiciais.
ADÉSIO ALVES MACHADO
Escritor, Orador e Radialista.
Autor dos livros: Ser, Crer e Crescer - Elucidações Para uma Vida Melhor;
Diálogo com Deus - Preces de MEIMEI e Verdades que o tempo não apaga