quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

DEUS é DEUS

Vendo a obra, vejo Deus; sentindo Deus, sou Amor.
Oh!... quantas coisas se escondem de mim,
de vós, de todos, filhos do Criador.
Sinto-me nada, ante a grandeza do Universo;
sinto-me verme,
pelas belezas que desconhece o meu coração.
Deus tem filhos no mar, nas estrelas, no ar;
Deus tem filhos nas árvores e na terra.
Deus tem filhos até nas guerras.
Que beleza a função da natureza!...
Vejo a luz surgir no escuro,
vejo a vida perfeita nos monturos;
vejo o céu nas águas do mar,
vejo e sinto o Amor no amar.
Quando descanso, a natureza trabalha;
quando durmo, a natureza trabalha;
quando trabalho, a natureza trabalha;
Que eu sou?...
Nada, diante desta batalha.
Deus é Deus dos justos,
Deus é Deus dos párias,
Deus é Deus dos que viajam,
Deus é Deus dos que ficam em casa!...
Deus é Deus das sombras,
Deus é Deus da luz,
Deus é Deus das trevas,
Deus é Deus de Jesus!...
Quando estou cansado, Deus está ocupado;
quando estou reclamando, Deus está obrando.
Quando blasfemo, Deus está entendendo;
quando tenho ódio, Deus está amando.
Quando estou triste, Deus esta sorrindo.
Deus é Sabedoria e eu estou sonhando!...
Que beleza a natureza!...
Que beleza a profundeza da existência, e do existir.
Eu não compreendo, mas luto para me corrigir,
porém, em fracções do tempo,
logo quero ajuntar e Deus repartir.
Quero colher, quero usurpar;
e Deus passa por mim a semear!...
Luto de novo, mas ainda não sei lutar;
penso na disciplina,
mas não me deixo disciplinar.
Avanço... caio! torno a avançar.
E Deus me ouve,
passa novamente por mim,
olha para meus olhos,
sente meu coração.
E fala baixinho em meu ouvido:
vem, vou te ensinar a amar.
Deus se retira!...
sinto sua ausência!...
Peço clemência!
Mesmo assim,
Deus não se esquece de mim.
Manda um anjo em meu encalço,
num carro fulgurante de luz.
E de braços abertos, caio por terra;
pensei que era o Cristo de Deus,
que era Jesus!
E o cortejo dos céus entra em mim,
em cântico de louvor.
Abre o meu coração,
deixando dentro dele
um tesouro de luz!...


Fonte: Livro: "O Tesouro da Dor"
Autor Espititual:
São Francisco de Assis Psicografada por: Francisco Cândido Xavier

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