Em
sua Epístola aos romanos, Paulo de Tarso discorre sobre a importância do tempo.
Segundo
ele aquele que faz caso do dia, para o Senhor o faz.
Ou
seja, quem desvaloriza o dia que vive mostra ingratidão para com Deus.
A
maioria dos homens não percebe ainda os valores infinitos do tempo.
Existem
os que efetivamente abusam dessa concessão Divina.
Julgam
que a riqueza de todos os benefícios lhes é devida por Deus.
Sentem-se
na posição de credores do Universo.
Contudo,
fariam bem em interrogar suas consciências quanto ao motivo de semelhante
presunção.
A
criação universal constitui um patrimônio comum, outorgado por Deus aos Seus
filhos.
Consequentemente,
é razoável que todos gozem as possibilidades da vida.
Ocorre
que essas possibilidades constituem um investimento da Divindade no bem-estar
coletivo.
Quem
as recebe fica na condição de depositário.
Necessita
utilizá-las a benefício próprio e alheio.
Ao
reencarnar na Terra, o homem é investido na condição de usufrutuário de variados
tesouros.
Mediante
seu uso sóbrio e útil, deve providenciar seu aperfeiçoamento espiritual.
Sendo
a vida eterna, o homem sempre disporá de algum tempo.
Mas
o que representa o tempo se ele estiver sem luz, sem equilíbrio, sem saúde e
sem trabalho?
São
raros os que valorizam o dia, em suas infinitas possibilidades.
Os
que trabalham com seriedade, perdoam, tecem conversações sadias, cuidam de ser
agentes da paz e do progresso.
Em
toda parte se multiplicam as fileiras dos que procuram aniquilar o dia.
A
velha expressão popular matar o tempo evidencia o descaso com que esse tesouro
é tratado.
Nos
mais obscuros recantos da Terra, há criaturas exterminando possibilidades
sagradas.
São
horas gastas em passatempos inúteis.
Jogos
viciantes, conversações nocivas, leituras que não edificam...
No
entanto, um dia de paz, harmonia e iluminação constitui um bem de valor
infinito.
Mediante
o agir humano as Leis Divinas se revelam e executam no mundo.
Quem
logra se tornar instrumento delas cresce em paz e harmonia.
Os
interesses imediatistas do mundo clamam que tempo é dinheiro.
Entretanto,
os homens, vida após vida, têm de recomeçar obras inacabadas.
Eles
fazem e desfazem, constroem e destroem, aprendem levianamente e recapitulam com
dificuldade, na conquista da experiência.
Em
quase todos os setores da evolução terrestre, o abuso das oportunidades
complica os caminhos da vida.
Entretanto,
desde muitos séculos, o Apóstolo afirma que o tempo deve ser do Senhor.
Redação do Momento
Espírita, com base no cap. 1, do livro
Caminho, verdade e vida, pelo Espírito Emmanuel,
psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb. 11.04.2012
Caminho, verdade e vida, pelo Espírito Emmanuel,
psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb. 11.04.2012
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