As
mães, os pais, os filhos, enfim o Espiritismo na sua mais ampla concepção, e
até mesmo os descrentes na Doutrina, tiveram seus horizontes abertos por
sua abnegação na dedicação da Doutrina codificada por Kardec, quer seja pela
palavras e mensagens sempre amiga e consoladoras, quer pelos livros que
deixastes através de incansáveis horas de psicografia.
Embora
ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar
agora e fazer um novo fim.
Consulta
ao capítulo XVII de O Evangelho Segundo o Espiritismo no item O Homem de Bem e
Os bons espíritas, faz compreender que as características coincidem com os
preceitos morais que justificam a denominação de espíritas cristãos, conforme
definição do próprio Codificador, pois aí surge a figura do espírita praticante.
A
questão pode ser fechada com trecho do Espírito Simeão, constante do capítulo X
- do mesmo livro citado no parágrafo anterior -, item 14. No último parágrafo,
diz o Espírito: "(...) Se vós vos dizeis espíritas, sede-o pois; olvidai o
mal que se vos pôde fazer e não penseis senão uma coisa: o bem que podeis
realizar. (...)".
Ora,
o trecho transcrito bem indica o programa de vivência espírita. Para colocá-lo
em prática, há que se esforçar para vencer as más tendências e ainda ocupar-se
de fazer o bem. Eis o que é verdadeiramente ser espírita: a adoção dos
preceitos morais como diretrizes da própria conduta ou o esforço para a eles se
adaptar. O ser espírita é mais uma questão de foro íntimo, que de aparências
externas.
Eis
ai o exemplo. E como gostamos de modelos, que tal copiarmos.....
Há 10 anos o Brasil e o mundo se
despediam de Chico Xavier
O
homem simples que, apesar de professar a fé espírita, transcendeu religiões
pela prática do bem, fechou os olhos para o mundo dos vivos há exatos dez anos
para dar lugar ao mito que permanece mais presente do que nunca nos corações de
quem o admira. Francisco Cândido Xavier, ícone do Espiritismo no Brasil,
faleceu no dia 30 de junho de 2002. Como numa profecia, o médium havia dito que
queria morrer num momento de alegria para os brasileiros. Ele acertou: naquele
dia, a seleção de futebol foi pentacampeã da Copa do Mundo.
Há
uma década o "mui amado Tio Chico", como gostavam de chamá-lo amigos
mais próximos, retornava à pátria espiritual a qual ajudou a desvendar por meio
de mensagens orais e escritas, ditadas pelos espíritos. Em contato com o mundo
invisível desde criança, faculdade denominada pela doutrina espírita de
mediunidade, Chico Xavier psicografou mais de 400 livros, entre romances,
poesias, livros de mensagens e de estudo, mesmo tendo concluído apenas o ensino
primário.
Além
dos livros publicados, Chico ganhou fama depois das participações no programa
de televisão Pinga Fogo, veiculado pela extinta TV Tupi Canal 4 de São Paulo,
nos dias 28 de julho e 21 de dezembro de 1971. O primeiro programa, com
previsão inicial para durar uma hora, acabou por se estender por mais de três
horas, enquanto a segunda edição durou quatro horas.
Ao
vivo e com retransmissão em rede nacional - fato pouco comum para as emissoras
de TV da época -, o médium foi sabatinado por jornalistas conceituados como
Saulo Gomes, Herculano Pires e Durval Monteiro, além do intelectual católico
João Scantimburgo e do cientista espiritista Hernani Guimarães Andrade. Foi um
inegável sucesso de audiência, com 75% dos televisores da cidade de São Paulo
sintonizados no programa.
Apesar
de toda notoriedade, o mineiro era exemplo de humildade. Todo o dinheiro da
venda dos livros foi destinado a obras assistenciais, primeiro em Pedro
Leopoldo (MG), onde nasceu, depois em Uberaba (MG), onde passou a viver no
final da década de 50. Mais do que livros e programas de TV para divulgar o
espiritismo, Chico deixou um legado de consolação, amor e caridade.
A
obra de Chico Xavier - escrita e exemplificada - continua, mesmo após seu
desencarne (como os espíritas chamam a morte), a orientar e acalentar o coração
de milhares de pessoas. O médium faleceu em Uberaba, aos 92 anos, vítima de um
ataque cardíaco.
http://adde.com.br/
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