terça-feira, 30 de abril de 2013

O Homem de Bem


O verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade,  na sua maior pureza. Se ele interroga a consciência sobre seus próprios atos, a si mesmo perguntará se violou essa lei, se não praticou o mal, se fez todo o bem que podia, se desprezou voluntariamente alguma ocasião de ser útil, se ninguém tem qualquer queixa dele; enfim, se fez a outrem tudo o que desejara lhe fizessem.
Deposita fé em Deus, na Sua bondade, na Sua justiça e na Sua sabedoria. Sabe que sem a Sua permissão nada acontece e se Lhe submete à vontade em todas as coisas.
Tem fé no futuro, razão por que coloca os bens espirituais acima dos bens temporais.
Sabe que todas as vicissitudes da vida, todas as dores, todas as decepções são provas  ou expiações e as aceita sem murmurar.
Possuído do sentimento de caridade e de amor ao próximo, faz o bem pelo bem, sem esperar paga alguma; retribui o mal com o bem, toma a defesa do fraco contra o forte, e sacrifica sempre seus interesses à justiça.
Encontra satisfação nos benefícios que espalha, nos serviços que presta, no fazer ditosos os outros, nas lágrimas que enxuga, nas consolações que prodigaliza aos aflitos. Seu primeiro impulso é para pensar nos outros, antes de pensar em si, é para cuidar dos interesses dos outros antes do seu próprio interesse. O egoísta, ao contrário, calcula os proventos e as perdas decorrentes de toda ação generosa.
O homem de bem é bom, humano e benevolente para com todos, sem distinção de raças, nem de crenças, porque em todos os homens vê irmãos seus.
Respeita nos outros todas as convicções sinceras e não lança anátema aos que como ele não pensam.
Em todas as circunstâncias, toma por guia a caridade, tendo como certo que aquele que prejudica a outrem com palavras malévolas, que fere com o seu orgulho e o seu desprezo a suscetibilidade de alguém, que não recua à idéia de causar um sofrimento, uma contrariedade, ainda que ligeira, quando a pode evitar, falta ao dever de amar o próximo e não merece a clemência do Senhor.
Não alimenta ódio, nem rancor, nem desejo de vingança; a exemplo de Jesus, perdoa e esquece as ofensas e só dos benefícios se lembra, por saber que perdoado lhe será conforme houver perdoado.
É indulgente para as fraquezas alheias, porque sabe que também necessita de indulgência e tem presente esta sentença do Cristo: "Atire-lhe a primeira pedra aquele que se achar sem pecado."
Nunca se compraz em rebuscar os defeitos alheios, nem, ainda, em evidenciá-los. Se a isso se vê obrigado, procura sempre o bem que possa atenuar o mal.
Estuda suas próprias imperfeições e trabalha incessantemente em combatê-las. Todos os esforços emprega para poder dizer, no dia seguinte, que alguma coisa traz em si de melhor do que na véspera.
Não procura dar valor ao seu espírito, nem aos seus talentos, a expensas de outrem; aproveita, ao revés, todas as ocasiões para fazer ressaltar o que seja proveitoso aos outros.
Não se envaidece da sua riqueza, nem de suas vantagens pessoais, por saber que tudo o que lhe foi dado pode ser-lhe tirado.
Usa, mas não abusa dos bens que lhe são concedidos, porque sabe que é um depósito de que terá de prestar contas e que o mais prejudicial emprego que lhe pode dar é o de aplicá-lo à satisfação de suas paixões.
Se a ordem social colocou sob o seu mando outros homens, trata-os com bondade e benevolência, porque são seus iguais perante Deus; usa da sua autoridade para lhes levantar o moral e não para os esmagar com o seu orgulho. Evita tudo quanto lhes possa tornar mais penosa a posição subalterna em que se encontram.
O subordinado, de sua parte, compreende os deveres da posição que ocupa e se empenha em cumpri-los conscienciosamente. (Cap. XVII, nº 9.)
Finalmente, o homem de bem respeita todos os direitos que aos seus semelhantes dão as leis da Natureza, como quer que sejam respeitados os seus.
Não ficam assim enumeradas todas as qualidades que distinguem o homem de bem; mas, aquele que se esforce por possuir as que acabamos de mencionar, no caminho se acha que a todas as demais conduz.
O Evangelho Segundo o Espíritismo – Cap. XVII – Sede Perfeitos

A Arte de Ser Luz

"Somos estrelas de bem-aventurança.

Cada um de nós é um sol.
Pensar nisso é evocar essa luz.
Sentir-se irradiante nesse mundo - tão cheio de pessoas carregando mágoas e expostas a diversos tipos de suscetibilidades energéticas -, é tornar-se rico de possibilidades espirituais.
Ser consciente dessa luz é viver em abundância interna.
A matéria é energia condensada. E a energia é matéria sutilizada.
Logo, tudo é energia em graus variados de densidade.
Por isso, os mestres herméticos da antiguidade diziam que ‘tudo é luz!'
E eles estavam corretos: luz é vida; é movimento; é vibração; é energia.
A energia reflete o que pensamos, sentimos e fazemos uns com os outros.
A qualidade da nossa energia depende da qualidade de nossa manifestação - interna e externa -, na vida.
Quem vibra com o que faz, irradia uma energia que impulsiona aos outros na direção dos mesmos interesses e afinidades.
E o semelhante atrai o semelhante...
Então, quem quer mais luz, que seja luz!"
- Wagner Borges -

P.S.:
"O que anda no teu alento e brilha nos teus olhos, é prana*.
Vemos, ouvimos, apalpamos, saboreamos, cheiramos e pensamos por meio do prana.
O sorriso de uma bela mulher, a melodia de uma música e as palavras do orador nascem do prana.
Prana é energia."
- Swami Vivekananda -

- Nota:
* Prana - do sânscrito - sopro vital; força vital; energia.

domingo, 28 de abril de 2013

A maior dor


Qual é a maior dor?
Você já pensou nisso?
Um jovem deixou um bilhete aos familiares, pouco antes de cometer suicídio, e expressou no papel o que estava sentindo.
Disse ele que a maior dor na vida não é morrer, mas ser ignorado.
É perder alguém que nos amava e que deixou de se importar conosco. É ser deixado de lado por quem tanto nos apoiava e constatar que esse é o resultado da nossa negligência.
A maior dor na vida não é morrer, mas ser esquecido. É ficar sem um cumprimento após uma grande conquista.
É não ter um amigo telefonando só para dizer "olá".
É ver a indiferença num rosto quando abrimos nosso coração.
O que muito dói na vida é ver aqueles que foram nossos amigos, sempre muito ocupados quando precisamos de alguém para nos consolar e nos ajudar a reerguer o nosso ânimo.
É quando parece que nas aflições estamos sozinhos com as nossas tristezas.
Muitas dores nos afetam, mas isso pode parecer mais leve quando alguém nos dá atenção.
É bem possível que esse jovem tenha tido seus motivos para escrever o que escreveu.
Todavia, em nenhum momento deve ter pensado naqueles que o rodeavam.
Se pudesse sentir a dor de um coração de mãe dilacerado ante o corpo sem vida do filho amado...
Se pudesse experimentar o sofrimento de um pai que tenta, em vão, saber do filho morto o que o levou a tamanho desatino...
Se sentisse o desespero de um irmão que busca resposta nos lábios imóveis do ser que lhe compartilhou a infância...
Se pudesse suportar, ainda que por instantes, a dor de um amigo sincero a contemplar seus lábios emudecidos no caixão, certamente mudaria seu conceito sobre a maior dor.
Se você pensa que está passando pela maior dor que alguém pode experimentar, considere o seguinte:
Uma mãe que chora sobre o corpo do filho querido que foi alvo das bombas assassinas, em nome das guerras frias e cruéis.
Uma criança debruçada sobre o corpo inerte da mãe atingida por granadas mortíferas.
Um órfão de guerra que é obrigado a empunhar as mesmas armas que aniquilaram seus pais...
Um pai de família que assiste o assassinato dos seus, de mãos amarradas.
Enfim, pense um pouco nessas outras dores...
Pense um pouco nos tantos corações que sofrem dores mais amargas que as suas.
E se ainda assim você estiver certo de que a sua dor é maior, lembre-se daquela mãe que um dia assistiu a crucificação do filho inocente, sem poder fazer nada.
Lembre-se também daquele que suportou a cruz do martírio mas não perdeu a confiança no pai, que tudo sabe.
E se ainda assim você achar que é o maior dos sofredores, considere que talvez o egoísmo esteja prejudicando a sua visão.
Pense nisso!
Descobrir qual é a maior dor, é muito difícil.
Mas a maior decepção é fácil de deduzir.
É a daqueles que se suicidam pensando que extinguirão a vida e com ela todos os problemas.
Esses saem do corpo, mas, indubitavelmente, não saem da vida e, muito menos, acabam com os problemas.
Portando, por mais difícil que esteja a situação, nunca vale a pena buscar essa porta falsa, chamada suicídio.
É importante lembrar sempre:
por mais escura e longa que seja a noite, o sol sempre volta a brilhar.
E por mais que pensemos estar na solidão, temos sempre conosco um amigo fiel e dedicado que jamais nos abandona: o Meigo Rabi da Galiléia.
(Redação do momento espírita, baseado em mensagem volante sem menção ao autor.)

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Frutos


“Portanto, pelos seus frutos os conhecereis.” – Jesus. (Mateus, 7:20.)
O mundo atual, em suas elevadas características de inteligência, reclama frutos para examinar as sementes dos princípios.
O cristão, em razão disso, necessita aprender com a boa árvore que recebe os elementos da Providência Divina, através da seiva, e converte-os em utilidades para as criaturas.
Convém o esforço de auto-análise, a fim de identificarmos a qualidade das próprias ações.
Muitas palavras sonoras proporcionam simplesmente a impressão daquela figueira condenada.
É indispensável conhecermos os frutos de nossa vida, de modo a saber se beneficiam os nossos irmãos.
A vida terrestre representa oportunidade vastíssima, cheia de portas e horizontes para a eterna luz. Em seus círculos, pode o homem receber diariamente a seiva do Alto, transformando-a em frutos de natureza divina.
Indiscutivelmente, a atualidade reclama ensinos edificantes, mas nada compreenderá sem demonstrações práticas, mesmo porque, desde a antigüidade, considera a sabedoria que a realização mais difícil do homem, na esfera carnal, é viver e morrer fiel ao supremo bem.
Caminho, Verdade e Vida – Chico Xavier / Emmanuel

terça-feira, 23 de abril de 2013

A Fé e a Credulidade



Fé inabalável só o é a que pode encarar frente a frente a razão, em todas as épocas da Humanidade.
ALLAN KARDEC
A Fé é uma das características do homem, encarnado ou não, assim como o amor e a esperança. Mas o que é fé? No dicionário Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, esse substantivo feminino quer dizer firmeza na execução de uma promessa ou de um compromisso e crença ou confiança. 
Fé é muito mais que crença e com ela não se confunde. A esperança, um elemento intrínseco da estrutura da vida, da dinâmica e do espírito do homem está intimamente ligada à fé.
Até o presente a fé só foi compreendida no sentido religioso, porque o Cristo a revelou como poderosa alavanca, e porque nele só viram um chefe de religião. Mas há uma distinção entre religião e fé. Religião é uma organização, como rabinos ou padres, bispos e tradições. Ter fé não significa necessariamente reconhecer qualquer uma dessas organizações. Somos conectados diretamente a Deus sem precisar de rabinos ou padres.
No seu aspecto religioso, a fé é a crença nos dogmas particulares que constituem as diferentes religiões, e todas elas têm os seus artigos de fé. Nesse sentido a fé pode ser raciocinada ou cega. A fé cega nada examina, aceitando sem controle o falso e o verdadeiro, e a cada passo se choca com a evidência da razão. Levada ao excesso, produz o fanatismo.
 No homem, a fé é o sentimento inato de seus destinos futuros; é a consciência que ele tem das faculdades imensas depositadas em germe no seu íntimo, a princípio em estado latente, e que lhe cumpre fazer que desabrochem e cresçam pela ação da sua vontade ativa. 
O magnetismo é uma das maiores provas do poder da fé posta em ação. É pela fé que ele cura e produz esses fenômenos singulares, qualificados outrora de milagres. Se todos os encarnados se achassem persuadidos da força que em si trazem, e se quisessem por a vontade a serviço dessa força, seriam capazes de realizar o que, até hoje, eles chamaram prodígios e que, no entanto, não passa de um desenvolvimento das faculdades humanas.
A fé sincera e verdadeira é sempre calma, faculta a paciência que sabe esperar, porque, tendo seu ponto de apoio na inteligência e na compreensão da coisas, tem a certeza de chegar ao objetivo visado.
Existe uma distinção importante entre fé racional e irracional. Enquanto a fé racional é o resultado da atividade interior da pessoa, em pensamento ou sentimento, a fé irracional é a submissão a determinada coisa que se aceita como verdadeira, independentemente de sê-lo ou não. O elemento essencial em toda a fé irracional é o caráter passivo, seja o seu objeto um ídolo, um líder, uma ideologia. 
Na esfera das relações humanas, ter fé em outra pessoa significa estar certo da sua essência, isto é, da confiança e imutabilidade das suas atitudes fundamentais. No mesmo sentido, podemos ter fé em nós mesmos, não na constância das nossas opiniões, mas na nossa orientação básica em relação à vida, na matriz da estrutura do nosso caráter. Essa fé é condicionada pela experiência do eu, pela nossa capacidade de dizer “eu” legitimamente, pelo sentido da nossa identidade.
A certeza de alguma coisa, Isto é, desta fé racional, somente é conseguida através de esforço, de estudo, ou seja, para se adquirir a verdadeira fé é indispensável o trabalho, o raciocínio, o estudo e o esforço, quando, então, se chega a uma conclusão segura. 
Embora haja certas semelhanças entre fé e credulidade, as diferenças são enormes e fundamentais. A credulidade é a aceitação fácil e ingênua de tudo. É acreditar em algo ou em alguém sem fundamentação. A fé é depositar confiança em algo ou alguém com a certeza de que essa confiança foi testada e fundamentada.
Necessário guardar-se de confundir a fé com a presunção. A verdadeira fé se alia à humildade. Aquele que a possui deposita sua confiança em Deus, mais do que em si mesmo, pois sabe que, simples instrumento da vontade de Deus, nada pode sem Ele. A presunção é menos fé que orgulho, e o orgulho é sempre castigado cedo ou tarde, pela decepção e os malogros que lhes são infligidos.
A fé necessita de uma base, e essa base é a perfeita compreensão daquilo que se deve crer. Para crer, não basta ver, é necessário sobretudo compreender.
Não há dúvida de que a fé não pode ser prescrita, ou o que é ainda mais justo: não pode ser imposta. Não, a fé não se prescreve, mas se adquire, e não há ninguém que esteja impedido de possuí-la, mesmo os mais refratários.

Margarete Acosta e Elio Mollo
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Obras consultadas:
O Evangelho Segundo o Espiritismo
Allan Kardec
A Revelação da Esperança - Erich Fromm
Convivência - Emmanuel
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formatação e epsquisa: MILTER- 22-04-2013

Perante a Codificação Kardequiana


Recordemos constantemente os ensinos insubstituíveis e sempre momentosos que iluminam as páginas da Codificação Kardequiana, de onde extratamos alguns breves tópicos:
“Assim como o Cristo disse: ?Não vim destruir a lei, porém, cumpri-la?, também o Espiritismo diz: ?Não venho destruir a lei cristã, mas dar-lhe execução." Nada ensina em contrário ao que ensinou o Cristo; mas desenvolve, completa e explica, em termos claros e para toda a gente, o que foi dito apenas sob forma alegórica.” (O Evangelho segundo o Espiritismo)
“Espíritas! Amai-vos, este o primeiro ensinamento; instruí-vos, este o segundo. No Cristianismo se encontram todas as verdades; são de origem humana os erros que nele se enraizaram.” (O Evangelho segundo o Espiritismo)
“Os Espíritos superiores usam constantemente de linguagem digna, nobre, repassada da mais alta moralidade, escoimada de qualquer paixão inferior; a mais pura sabedoria lhes transparece dos conselhos, que objetivam sempre o nosso melhoramento e o bem da Humanidade.” (O Livro dos Espíritos)
“O homem não conhece os atos que praticou em suas existências pretéritas, mas pode sempre saber qual o gênero das faltas de que se tornou culpado e qual o cunho predominante do seu caráter. Bastará então julgar do que foi, não pelo que é, sim pelas suas tendências.” (O Livro dos Espíritos)
“A lei de Deus é a mesma para todos; porém, o mal depende principalmente da vontade que se tenha de o praticar. O bem é sempre o bem e o mal sempre o mal, qualquer que seja a posição do homem. Diferença só há quanto ao grau de responsabilidade.” (O Livro dos Espíritos)
“Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega para domar suas inclinações infelizes.” (O Evangelho segundo o Espiritismo)
“Não podendo amar a Deus sem praticar a caridade para com o próximo, todos os deveres do homem se resumem nesta máxima: Fora da caridade não há salvação.” (O Evangelho segundo o Espiritismo)
“Medita estas coisas; ocupa-te nelas para que o teu aproveitamento seja manifesto a todos.” Paulo. (I TIMÓTEO, 4:15.)
VIEIRA, Waldo. Conduta Espírita. Pelo Espírito André Luiz. FEB. Download do livro emhttp://www.febnet.org.br.
* * * Estude Kardec * * *

sábado, 20 de abril de 2013

A Alma dos animais


Os animais têm a sua linguagem, os seus afetos, a sua inteligência rudimentar, com atributos inumeráveis. São eles os irmãos mais próximos do homem, merecendo, por isso, a sua proteção e amparo.
Seria difícil ao médico legista determinar, nas manchas de sangue, qual o que pertence ao homem ou ao animal, tal a identidade dos elementos que o compõem. A organização óssea de ambos é quase a mesma, variando apenas na sua conformação e observando-se diminuta diferença nas vértebras.
O homem está para o animal, simplesmente como um superior hierárquico. Nos irracionais desenvolvem-se igualmente as faculdades intelectuais. O sentimento de curiosidade é, na maioria deles, altamente avançado e muitas espécies nos demonstram as suas elevadas qualidades, exemplificando o amor conjugal, o sentimento da paternidade, o amparo ao próximo, as faculdades de imitação, o gosto da beleza. Para verificar a existência desses fenômenos, basta que se possua um sentimento acurado de observação e de análise.
Inúmeros espíritos trouxeram à luz o fruto de suas pacientes indagações, que são para vós elementos de inegável valor. Entre muitos, citaremos Darwin, Gratiolet e vários outros estudiosos dedicados a esses notáveis problemas.
Os mais ferozes animais têm para com a prole ilimitada ternura. Aves existem que se deixam matar, quando não se lhes permite a defesa das suas famílias. Os cães, os cavalos, os macacos, os elefantes deixam entrever apreciáveis qualidades de inteligência.
É conhecido o caso dos cavalos de um regimento que mastigavam o feno para um de seus companheiros, inutilizado e enfermo. Conta-se que uma fêmea de cinocéfalo, muito conhecida pela sua mansidão, gostava de recolher os macaquinhos, os gatos e os cães, dos quais cuidava com desvelado carinho; certo dia, um gato revoltou-se contra a sua benfeitora, arranhando-lhe o rosto, e a mãe adotiva, revelando a mais refletida inteligência, examinou-lhe as patas, cortando-lhe as unhas pontiagudas com os dentes.
Constitui um fato observável a sensibilidade dos cães e dos cavalos ao elogio e às reprimendas.
Longe iríamos com as citações. O que podemos assegurar é que, sobre os mundos, laboratórios da vida no Universo, todas as forças naturais contribuem para o nascimento do ser.
TODOS SOMOS IRMÃOS
De milênios remotos. Viemos todos nós, em pesados avatares.
Da noite dos grandes princípios, ainda insondável para nós, emergimos para o concerto da vida. A origem constitui, para o nosso relativo entendimento, um profundo mistério, cuja solução ainda não nos foi possível atingir, mas sabemos que todos os seres inferiores e superiores participam do patrimônio da luz universal.
Em que esfera estivemos um dia, esperando o desabrochamento de nossa racionalidade?
Desconheceis ainda os processos, os modismos dessas transições, etapas percorridas pelas espécies, evoluindo sempre, buscando a perfeição suprema e absoluta, mas sabeis que um laço de amor nos reúne a todos, diante da Entidade Suprema do Universo.
É certo que o Espírito jamais retrograda, constituindo uma infantilidade as teorias da metempsicose dos egípcios, na antiguidade. Mas, se é impossível o regresso da alma humana ao circulo da irracionalidade, recebei como obrigação sagrada o dever de amparar os animais na escala progressiva de suas posições variadas no planeta.
Estendei até eles a vossa concepção de solidariedade e o vosso coração compreenderá, mais profundamente, os grandes segredos da evolução, entendendo os maravilhosos e doces mistérios da vida.
“Emmanuel” – Chico Xavier / Emmanuel

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Mensagem de Victor Rebelo


A maioria das pessoas reage de forma automática diante de certas situações que surgem na vida. Isso é natural e saudável em determinadas circunstâncias. Por exemplo: se vemos, de repente, algo ameaçador diante de nós, nossa reação instintiva é nos preparamos para lutar ou fugir. Até mesmo o nosso corpo responde biologicamente a esse tipo de estímulo; nosso batimento cardíaco, nosso processo respiratório... tudo se altera. Até aí tudo bem. O problema ocorre quando essa situação de estresse (tensão) persiste e toma um tamanho desproporcional e fora da realidade.

Essa falha de percepção e compreensão das circunstâncias da vida também nos leva a julgarmos os outros, condenando-os de acordo com os nossos valores morais, ainda que nossos valores não sejam lá grande coisa...

Além disso, aprendemos, desde a nossa infância, que vivemos em um mundo competitivo onde cada um deve agir por si se quiser vencer na vida. E assim vamos vivendo, dia após dia, semana após semana. No domingo mesmo já vamos dormir tristes, ansiosos, temendo a terrível segunda-feira. Isso porque o trabalho, para maioria, não significa autorrealização, mas uma forma de sobrevivência. Nos preparamos para um dia que será de competição e não de cooperação. Seja na empresa, na escola, muitos se sentem na obrigação de estar o tempo todo provando sua capacidade. E, assim, nos armamos contra o que consideramos ameaçador, julgando e condenando aqueles que nos ferem e nos sentindo cada vez piores, por mais que tentemos fugir dessa dor interior através das distrações comuns, que alienam... no consumismo daquilo que não precisamos, ingerindo aquilo que agride nosso corpo e por aí vai.

Chega! Pare de viver essa vida robotizada! Pare de viver nessa turbulência emocional, com respostas condicionadas diante das situações que surgem na sua vida. Comece agora mesmo a sentir esse “mundo” que existe dentro de você, essa alma que grita por amor, por afeto; essa inteligência que busca se desenvolver, criar... Onde estão seus sonhos? Você é uma pessoa que vive para se realizar ou apenas sobrevive num mundo caótico de seres humanos frustrados?

Você pode ser feliz! Vamos começar agora essa jornada de autoconhecimento e realização? Então, o primeiro passo é voltar-se para dentro de si. Comece percebendo sua respiração, relaxe os músculos, diminua as tensões... inspire e expire o ar profundamente e com calma, sem forçar. Depois, comece a se autoperceber. O que está sentindo, o que está temendo, o que passa pela sua cabeça quando está distraído... Não julgue nada, não racionalize nada, não critique... apenas perceba. A análise pode vir em outro momento.
Deixe para refletir quando estiver sereno. Primeiro, apenas perceba o momento presente, a realidade do agora.

Quando você ultrapassa as barreiras da mente, dos desejos superficiais, dos julgamentos, das carências... enfim, do ego, percebe uma voz que fala através do silêncio. É um vazio que preenche a tudo e só pode ser percebido quando você entra nesse estado de serenidade e paz interior. Neste momento, não vale a pena mais nada, a não ser o amor universal e impessoal.

Este é o primeiro passo. É a jornada que o filho pródigo faz de volta à casa do Pai. É a reintegração com o seu Eu Interior, na busca pela sua natureza de Buda ou do Cristo interno que você é, de verdade.

Paz e luz!
Victor Rebelo
Quer uma dica? Leia a nova edição da revista Caminho Espiritual.
Há vários artigos interessantíssimos sobre o tema.
Acesse o link abaixo para ver quais são os artigos:
http://www.rcespiritismo.com.br/index.php?page=shop.product_details&flypage=flypage.tpl&product_id=446&category_id=3&option=com_virtuemart&Itemid=115

Perturbações


 Apesar de tuas boas disposições, surgem momentos em que estranhos estados da alma assomam, perturbando-te a lucidez e o entusiasmo.
Esses constituem desafios graves, que podem levar a imprevisíveis resultados negativos.
Surgem como depressão ou desinteresse, que deflui de uma observação infeliz, ou de uma palavra azeda, ou de uma discussão desgastante...
Há ocasiões em que se manifestam como nuvem obnubiladora do discernimento, insistente, que termina por gerar indisposição íntima, quando não leva distonias e agressividade mais contundente.
Além dos fatores normais sócio-psicológicos do relacionamento ou da emoção, originam-se na interferência psíquica de desencarnados que se comprazem em inquietar, inspirando desespero e conduzindo a estágios aflitivos...
Vivemos em quase permanente intercâmbio psíquico com os outros, no corpo físico e fora dele.
Mentes disparam dardos contra outras, atingindo o alvo com pontaria segura e estabelecendo telefone de comunicação perturbadora.
Interrompe a telepatia deprimente, sobrepondo a tua vontade e corrigindo a sintonia psíquica.
Sai um pouco e respira ar puro.
Recorda os planos e ideais que acalentas.
Dialoga um pouco com alguém que te inspira simpatia.
Ora, por alguns instantes.
Estes expedientes expulsarão a onda de perturbação que te envolve, e tornarás ao estado de tranquilidade.
Joanna de Angelis -
(Recebido espiritualmente por Divaldo Pereira Franco – Texto extraído do livro “Episódios Diários” - Editora LEAL.)

Festa para O Livro dos Espíritos - 18/04


Em cascatas de luz os Céus beijam Brasília
E Almas dos Altos Cimos comungam felizes,
Glorificam o ensino e as nobres diretrizes
Que orientam todo ser em sua ingente trilha.
Um dossel no planalto... E a excelsa Estrela brilha.
Cantam vozes do Além, entre os áureos matizes
Que no amor de Jesus têm robustas raízes,
São bênçãos desatadas... Tudo é maravilha!
Eis a festa forjada pelos encarnados,
Inspirada, porém, no estro dos Sempre Vivos
Que se estribam no amor, formoso, em apogeus.
Louva-se, hoje, esse Livro que em todos os lados
Vai libertando os homens das sombras cativos,
Para a vida abundante no seio de Deus.
José Raul Teixeira. Pelo Espírito Sebastião Lasneau. (Soneto psicografado por José Raul Teixeira, em 14/4/2007, durante o 2o Congresso Espírita Brasileiro, em Brasília, DF.) Revisão em conjunto com o médium. Reformador de Junho de 2007.
* * * Estude Kardec * * *

O Livro dos Espíritos


A raça humana dos nossos dias tem trazido para si mesmo violência, delinqüência e insatisfação, como resultado do avanço da Tecnologia e da louca perseguição de muitos conceitos.
Entretanto, os problemas urgentes do íntimo do homem encontram resposta dentro dos princípios espíritas. O Livro dos Espíritos é chave para contrabalançar as questões perturbadoras do comportamento social e emocional dos nossos tempos.
O Livro dos Espíritos torna muitas pessoas conscientes de suas responsabilidades através da fé racional bem fundada sobre fatos. Isto trará o renascimento do Cristianismo em toda a sua pureza.
Dessa forma, O Livro dos Espíritos é a síntese da Ciência, Filosofia e Religião, trazendo a resposta de Deus aos clamores do homem - o Consolador prometido por Jesus.
Franco, Divaldo Pereira. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. Psicografia especular, em inglês, recebida por Divaldo Pereira Franco, durante o 2o Congresso Espírita Brasileiro, em Brasília, no dia 14 de abril de 2007. Traduzida, no momento, por João Dalledone, presidente do British Union of Spiritist Societies (BUSS). Fonte: Suplemento do Reformador Maio de 2007.
* * * Estude Kardec * * *

terça-feira, 16 de abril de 2013

Você realmente me ama?


Você realmente me ama?
Um dia, levantei-me de manhã cedo para assistir o nascer do sol. 
A beleza da criação divina estava além de qualquer descrição. 
Enquanto eu assistia, louvei a Deus pelo Seu belo trabalho. 
Sentado lá, senti a presença de Deus comigo. 
Ele me perguntou, "Você me ama?"
Eu respondi, "É claro, Deus! Você é meu Senhor e Salvador!"
Então Ele perguntou, "Se você tivesse alguma dificuldade física, ainda assim Me amaria?"
Eu fiquei perplexo. Olhei para meus braços, pernas e para o resto do meu corpo e me perguntei quantas coisas eu não seria capaz de fazer, as coisas que eu dava por certas.
E eu respondi, "Seria difícil Senhor. mas eu ainda Te amaria."
Então o Senhor disse, "Se você fosse cego , ainda amaria minha criação?"
Como eu poderia amar algo sem a possibilidade de vê-lo? Então eu pensei em todas as pessoas cegas no mundo e quantos deles ainda amaram Deus e Sua criação.
Então respondi, "'É difícil pensar nisto, mas eu ainda Te amaria."
O Senhor então me perguntou, "Se você fosse surdo, ainda ouviria minha palavra?"
Como poderia ouvir algo sendo surdo? Então eu entendi. Ouvir a palavra de Deus não é simplesmente usando os ouvidos, mas nossos corações.
Eu respondi, "Seria difícil, mas eu ainda ouviria a Tua palavra."
O Senhor então perguntou, "Se você fosse mudo, ainda louvaria Meu nome?"
Como poderia louvar sem uma voz? Então me ocorreu: Deus quer que cantemos de toda nossa alma e todo nosso coração. Não importa como possa parecer. E louvar a Deus não é sempre com uma canção, mas quando somos oprimidos, nós louvamos a Deus com nossas palavras de gratidão.
Então eu respondi, "Embora eu não pudesse fisicamente cantar, eu ainda louvaria teu nome."
E O Senhor perguntou, "Você realmente Me ama?"
Com coragem e forte convicção, eu respondi seguramente, "Sim, Senhor! Eu te amo Tu és o único e verdadeiro Deus!"
Eu pensei ter respondido bem, mas então Deus perguntou:
"ENTÃO POR QUE PECAS?"
Eu respondi, "Porque sou apenas um humano. Não sou perfeito."
"ENTÃO PORQUE EM TEMPOS DE PAZ VOCÊ VAGUEIA AO LONGE? PORQUE SOMENTE EM TEMPOS DE PROBLEMAS VOCÊ ORA COM FERVOR?"
Sem respostas. Somente lágrimas.
O Senhor continuou: "Por que cantas somente nas confraternizações e nos retiros?
Por que Me buscas somente nas horas de adoração? 
Por que Me perguntas coisas tão egoístas? 
Por que me fazes perguntas tão sem fé?"
As lágrimas continuavam a rolar em minha face.
"Por que você está com vergonha de mim? 
Por que você não está espalhando as boas novas? 
Por que em tempos de opressão, você chora a outros quando eu ofereço Meu ombro pra você chorar nele?
Por que cria desculpas quando lhe dou oportunidades de servir em Meu nome?"
Eu tentei responder, mas não havia resposta a ser dada.
"Você é abençoado com vida. 
Eu não lhe fiz para que jogasse este presente fora. 
Eu lhe abençoei com talentos pra Me servir, mas você continua a se virar. 
Eu revelei Minha palavra a você, mas você não progride em conhecimento. 
Eu falei com você, mas seus ouvidos estavam fechados. 
Eu mostrei minhas bênçãos, mas seus olhos se voltavam pra outra direção. 
Eu lhe mandei servos, mas você se sentou ociosamente enquanto eles eram afastados. 
Eu ouvi suas orações e respondi a todas elas."
"VOCÊ VERDADEIRAMENTE ME AMA?"
Eu não pude responder. 
Como eu poderia? Eu estava inacreditavelmente constrangido. 
Eu não tinha desculpa. O que eu poderia dizer? 
Quando meu coração chorou e as lágrimas brotaram,
eu disse, "Por favor, perdoe-me Senhor. 
Eu não sou digno de ser seu filho"
O senhor respondeu: 
"Esta é Minha Graça, minha criança"
Eu perguntei": 
"Então por que continuas a me perdoar? Por que me amas tanto? "
O Senhor respondeu: 
"Porque você é Minha criação. Você é Minha criança. 
Eu nunca te abandonarei. 
Quando você chorar, Eu terei compaixão e chorarei com você. 
Quando você estiver alegre, Eu vou rir com você. 
Quando você estiver desanimado, Eu te encorajarei. 
Quando você cair, Eu vou te levantar. 
Quando você estiver cansado, Eu te carregarei. 
Eu estarei com você até o final dos tempos, e te amarei pra sempre."
Eu jamais chorara daquela maneira antes. Como pude ter sido tão frio? 
Como pude ter magoado Deus como fiz? 
Eu perguntei a Deus, "Quanto me amas?"
Então, O Senhor esticou Seu braço e eu vi suas mãos com enormes buracos sangrentos. 
Logo, curvei-me aos pés de Jesus Cristo, meu Salvador, e , pela primeira vez eu orei verdadeiramente...
Victor Passos

domingo, 14 de abril de 2013

Os cinco maiores arrependimentos dos pacientes terminais


Recentemente foi publicado nos Estados Unidos um livro que tem tudo para se transformar em um best seller daqueles que ajudam muita gente a mudar sua forma de enxergar a vida. The top five regrets of the dying (algo como “Os cinco principais arrependimentos de pacientes terminais”) foi escrito por Bronnie Ware, uma enfermeira especializada em cuidar de pessoas próximas da morte
1. Eu gostaria de ter tido coragem de viver uma vida fiel a mim mesmo, e não a vida que os outros esperavam de mim
“À medida que a pessoa se dá conta das limitações e da progressão da doença, esse sentimento provoca uma necessidade de rever os caminhos escolhidos para a sua vida, agora reavaliados com o filtro da consciência da morte mais próxima”, explica Dra. Ana Cláudia.
“É um sentimento muito frequente nessa fase. É como se, agora, pudessem entender que fizeram escolhas pelas outras pessoas e não por si mesmas. Na verdade, é uma atitude comum durante a vida. No geral, acabamos fazendo isso porque queremos ser amados e aceitos. O problema é quando deixamos de fazer as nossas próprias escolhas”, explica a médica.
“Muitas pessoas reclamam de que trabalharam a vida toda e que não viveram tudo o que gostariam de ter vivido, adiando para quando tiverem mais tempo depois de se aposentarem. Depois, quando envelhecem, reclamam que é quando chegam também as doenças e as dificuldades”, conta.
2. Eu gostaria de não ter trabalhado tanto
“Não é uma sensação que acontece somente com os doentes. É um dilema da vida moderna. Todo mundo reclama disso”, diz a geriatra.
“Mas o mais grave é quando se trabalha em algo que não se gosta. Quando a pessoa ganha dinheiro, mas é infeliz no dia a dia, sacrifica o que não volta mais: o tempo”, afirma.
“Este sentimento fica mais grave no fim da vida porque as pessoas sentem que não têm mais esse tempo, por exemplo, pra pedir demissão e recomeçar”.
3. Eu gostaria de ter tido coragem de expressar meus sentimentos
“Quando estão próximas da morte, as pessoas tendem a ficar mais verdadeiras. Caem as máscaras de medo e de vergonha e a vontade de agradar. O que importa, nesta fase, é a sinceridade”, conta.
“À medida que uma doença vai avançando, não é raro escutar que a pessoa fica mais carinhosa, mais doce. A doença tira a sombra da defesa, da proteção de si mesmo, da vingança. No fim, as pessoas percebem que essas coisas nem sempre foram necessárias”.
“A maior parte das pessoas não quer ser esquecida, quer ser lembrada por coisas boas. Nesses momentos finais querem dizer que amam, que gostam, querem pedir desculpas e, principalmente, querem sentir-se amadas. Quando se dão conta da falta de tempo, querem dizer coisas boas para as pessoas”, explica a médica.
4. Eu gostaria de ter mantido contato com meus amigos
“Nem sempre se tem histórias felizes com a própria família, mas com os amigos, sim. Os amigos são a família escolhida”, acredita a médica. “Ao lado dos amigos nós até vivemos fases difíceis, mas geralmente em uma relação de apoio”, explica.
“Não há nada de errado em ter uma família que não é legal. Quase todo mundo tem algum problema na família. Muitas vezes existe muita culpa nessa relação. Por isso, quando se tem pouco tempo de vida, muitas vezes o paciente quer preencher a cabeça e o tempo com coisas significativas e especiais, como os momentos com os amigos”.
“Dependendo da doença, existe grande mudança da aparência corporal. Muitos não querem receber visitas e demonstrar fraquezas e fragilidades. Nesse momento, precisam sentir que não vão ser julgados e essa sensação remete aos amigos”, afirma.
5. Eu gostaria de ter me deixado ser mais feliz
“Esse arrependimento é uma conseqüência das outras escolhas. É um resumo dos outros para alguém que abriu mão da própria felicidade”.
“Não é uma questão de ser egoísta, mas é importante para as pessoas ter um compromisso com a realização do que elas são e do que elas podem ser. Precisam descobrir do que são capazes, o seu papel no mundo e nas relações. A pessoa realizada se faz feliz e faz as pessoas que estão ao seu lado felizes também”, explica.
“A minha experiência mostra que esse arrependimento é muito mais dolorido entre as pessoas que tiveram chance de mudar alguma coisa. As pessoas que não tiveram tantos recursos disponíveis durante a vida e que precisaram lutar muito para viver, com pouca escolha, por exemplo, muitas vezes se desligam achando-se mais completas, mais em paz por terem realmente feito o melhor que podiam fazer. Para quem teve oportunidade de fazer diferente e não fez, geralmente é bem mais sofrido do ponto de vista existencial”, alerta.
Dica da especialista
“O que fica bastante claro quando vejo histórias como essas é que as pessoas devem refletir sobre suas escolhas enquanto têm vida e tempo para fazê-las”.
“Minha dica é a seguinte: se você pensa que, no futuro, pode se arrepender do que está fazendo agora, talvez não deva fazer. Faça o caminho que te entregue paz no fim. Para que no fim da vida, você possa dizer feliz: eu faria tudo de novo, exatamente do mesmo jeito”.
De acordo com Dra. Ana Cláudia, livros como este podem ajudar as pessoas a refletirem melhor sobre suas escolhas e o modo como se relacionam com o mundo e consigo mesmas, se permitindo viver de uma forma melhor. “Ele nos mostra que as coisas importantes para nós devem ser feitas enquanto temos tempo”, conclui a médica.
"A maior caridade que podemos fazer pela Doutrina Espírita é a sua divulgação." Chico Xavier - Emmanuel

Senciência


 “Não há diferenças fundamentais entre o homem e os animais nas suas faculdade mentais... Os animais, como os homens, demonstram sentir prazer, dor, felicidade, sofrimento”. (Charles Darwin)
Com esta frase, Darwin está dizendo que os animais são sencientes. Senciência é a capacidade de sentir. Os animais são sencientes, portanto, sofrem e este sofrimento não é só físico, pode ser moral também, ou seja, eles também têm sentimentos - ficam tristes e alegres.
Porém, ainda são considerados como coisas que possuímos. Em relação aos animais, ainda estamos como na época da escravidão, onde o negro era considerado coisa, propriedade, mercadoria.
Victor Hugo compreendeu:
“primeiro foi necessário civilizar o homem em relação ao próprio homem. Agora é necessário civilizar o homem em relação à natureza e aos animais”.
Questão 593 de O Livro dos Espíritos: “Pode-se dizer que os animais não agem senão por instinto”?
Resposta – “Isso é ainda um sistema. É verdade que domina o instinto, na maioria dos animais, mas não vês que agem com uma vontade determinada? É da inteligência, embora limitada”. (grifo meu)
Parece-me óbvio que os animais são seres sencientes.
Sentem fome, sede, medo, dor, frio, alegria. Mas, não pensava assim René Descartes (1596- 1650), aquele famoso filósofo francês que concluiu: “penso, logo existo”. Ele dizia que os animais são máquinas sem alma.
Dizia que, se não pensam, não sentem dor. Ao que Voltaire, outro filósofo francês, rebateu:
“Que ingenuidade, que pobreza de espírito, dizer que os animais são máquinas privadas de conhecimento e sentimento, que procedem sempre da mesma maneira, que nada aprendem, nada aperfeiçoam! Será porque falo que julgas que tenho sentimento, memória, ideias? Pois bem, calome. Vês-me entrar em casa aflito, procurar um papel com inquietude, abrir a escrivaninha, onde me lembro tê-lo guardado, encontrá-lo, lê-lo com alegria. Percebes que experimentei os sentimentos de aflição e prazer, que tenho memória e conhecimento.Vê com os mesmos olhos esse cão que perdeu o amo e procura-o por toda parte com ganidos dolorosos, entra em casa agitado, inquieto, desce e sobe e vai de aposento em aposento e enfim encontra no gabinete o ente amado, a quem manifesta sua alegria pela ternura dos ladridos, com saltos e carícias.
Bárbaros agarram esse cão, que tão prodigiosamente vence o homem em amizade, pregam-no em cima de uma mesa e dissecam-no vivo para mostrarem-te suas veias mesentéricas. Descobres nele todos os mesmos órgãos de sentimentos de que te gabas.
Responde-me maquinista, teria a natureza entrosado nesse animal todos os órgãos do sentimento sem objectivo algum? Terá nervos para ser insensível? Não inquines à natureza tão impertinente contradição”.
VALDA PRATA
JORNAL VERDADE E VIDA
ADDE - ASSOCIAÇÃO DE DIVULGAÇÃO DA DOUTRINA ESPÍRITA | www.adde.com.br | ANO 03 | NÚMERO 10 | ABRIL/MAIO 2013