Muitos dos conflitos que
afligem o ser humano decorrem dos padrões de comportamento que ele próprio
adota em sua jornada terrestre.
É comum que se copiem
modelos do mundo, que entusiasmam por pouco tempo, sem que se analisem as
conseqüências que esses modos comportamentais podem acarretar.
Não se tem dado a devida
importância ao crescimento e ao progresso individual dos seres.
Alguns crêem que os
próprios equívocos são menores do que os erros dos outros.
Outros supõem que, embora
o tempo passe para todos, não passará do mesmo modo para eles.
Iludem-se no sentido de
que a severidade das leis da consciência atingirá somente os outros.
Embriagados pelo orgulho
e pelo egoísmo deixam-se levar pelos desvarios da multidão sem refletir a
respeito do que é necessário realmente buscar-se.
É chegado o momento em
que nós, espíritos em estágio de progresso na Terra, devemos procurar superar,
de forma verdadeira, o disfarçado egoísmo, em busca da inadiável renovação.
Provocados pela
perversidade que campeia, ajamos em silêncio, por meio da oração que nos
resguarda a tranqüilidade.
Gastemos nossas energias
excedentes na atividade fraternal e voltada à verdadeira caridade.
Cultivemos a paciência e
aguardemos a benção do tempo que tudo vence.
Prossigamos no
compromisso abraçado, sem desânimo, sem vãs ilusões, confiando sempre no valor
do bem.
É muito fácil desistir do
esforço nobre, comprazer-se por um momento, tornar-se igual aos demais, nas
suas manifestações inferiores.
Todavia, os estímulos e
gozos de hoje, no campo das paixões desgovernadas, caracterizam-se pelo sabor
dos temperos que se convertem em ácido e fel, passados os primeiros momentos.
Aprendamos a controlar
nossas más inclinações e lograremos vencer se perseverarmos no bom combate.
Convertamos sombras em
luz.
Modifiquemos hábitos
danosos, em qualquer área da existência, começando por aqueles que pareçam mais
fáceis de serem derrotados.
Sempre que surgir a
oportunidade, façamos o bem, por mais insignificante que nosso ato possa parecer.
Geremos o momento útil e
aproveitemo-lo.
Não nos cabe aguardar
pelas realizações grandiosas, e tampouco podemos esperar glorificação pelos
nossos acertos.
O maior reconhecimento
que se pode ter por fazer o que é certo é a consciência tranqüila.
Toda ascensão exige
esforço, adaptação e sacrifício, enquanto toda queda resulta em prejuízo,
desencanto e recomeço.
Trabalhemos nossa própria
intimidade, vencendo limites e obstáculos impostos, muitas vezes, por nó
mesmos.
Valorizemos nossas
conquistas, sem nos deixarmos embevecer e iludir por essas vitórias.
Há muitas paisagens,
ainda, a percorrer e muitos caminhos a trilhar.
Somente a reforma íntima
nos concederá a paz e a felicidade que almejamos.
A mudança para melhor é
urgente, mas compete a cada um de nós, corajosa e individualmente, decidir a
partir de quando e como ela se dará.
FRANCO, Divaldo Pereira. Vigilância. Pelo Espírito Joanna
de Ângelis. LEAL.
* * * Estude Kardec * * *
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