Acreditavas
que a felicidade seria semelhante a uma ilha fantástica de prazer constante e
paz permanente. Um lugar onde não houvesse preocupação, nem se apresentasse a
dor; no qual os sorrisos brilhassem nos lábios, e a beleza engrinaldasse de
festa as criaturas.
Uma
felicidade feita de fantasias parecia ser a tua busca.
Planejastes
a vida, objetivando encontrar esse reino encantado, onde, por fim, descansasses
da fadiga, da aflição e fruísses a harmonia.
Passam-se
anos, e somas frustações, anotando desencantos e amarguras, sem anelada
conquista.
Lentamente,
entregas-te ao desânimo, e sentes que estás discriminado no mundo, quando vês
as propagandas apresentadas pela mídia, nas quais desfilam os jovens, belos e
jubilosos, desperdiçando saúde, robustez, corpos venusinos e apolíneos, usando
cigarros e bebidas famosas, brincando em iates de luxo, ou exibindo-se em
desportos da moda, invejáveis, triunfantes...
Crês
que eles são felizes...
*
Não
sabes quanto custa, em sacrifício e dor, alcançar o topo da fama e permanecer
lá.
Sob
quase todos aqueles sorrisos, que são estudados, estão a face da amargura e as
marcas do ressaibo, do arrependimento.
Alguns
envenenaram a alma dos charcos por onde andaram, antes de serem conhecidos e
disputados.
Muitos
se entregaram a drogas pertubadoras, que lhes consomem a juventude, qual
ocorreu com as multidões de outros, que os anteciparam e desapareceram.
Esquecidos
e enfermos, aqueles que foram pessoas-objeto, amargam hoje a miséria a que se
acolheram ou foram atirados.
*
Felicidade,
porém, é conquista íntima.
Todos
os que se encontram na Terra, nascidos em berços de ouro ou de palha,
homenageados ou desprezados, belos ou feios, são feitos do mesmo barro frágil
de carne, e experimentam, de uma ou de outra forma, vicissitudes, decepções,
doenças e desconforto.
Ninguém,
no mundo terreno, vive em regime especial. O que parece, não excede a imagem, a
ilusão.
*
Se
desejas ser feliz, vive, cada momento, de forma integral, reunindo as cotas de
alegria, de esperança, de sonho, de bênção, num painel plenificador.
As
ocorrências de dor são experiências para as de saúde e de paz.
A
felicidade não são coisas: é um estado interno, uma emoção.
Abençoa
os acidentes de percurso, que denominas como desdita, segue na direção das
metas, e verás quantas concessões de felicidade pela frente, aguardando por ti.
Quem
avança monte acima, pisa pedregulhos que ferem os pés, mas também flores miúdas
e verdejante relva, que teimam em nascer ali colocando beleza no chão.
Reúne
essas florezinhas em um ramalhete, toma das pedras pequeninas fazendo colares,
e descobrirás que, para a criatura ser feliz, basta amar e saber discernir, nas
coisas e nos sucessos da marcha, a vontade de Deus e as necessidades para a
evolução.
FRANCO, Divaldo
Pereira. Momentos Enriquecedores. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL.
* * * Estude Kardec * * *
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