Na
vida prática essas duas imperfeições da personalidade são muito confundidas, parecem
a mesma coisa. A verdade é que devemos esforçar-nos para que não cultivemos nem
uma nem outra.
Para
ajudar o leitor a distingui-las, propomos o seguinte critério: cobiça é querer
o que é do outro - bens, posses, coisas, situações. Inveja é não querer que o
outro tenha - situação, prestígio, boa reputação, amor, boa imagem, vantagens,
independentemente do fato de que ele não tendo, isso nos beneficie, ou não.
Se
o leitor observar bem, verá que na maioria das circunstâncias, tando da cobiça
quanto da inveja, nada resulta em nosso benefício, apenas frustração e prejuízo
para o próximo, o que é uma flagrante violação da lei de amor que nos manda
querer para os outros aquilo que quereríamos para nós.
Usamos,
semanticamente, palavras com valores atenuados, que frequentemente transformam
grandes imperfeições, tais como a ambição, a inveja e a cobiça, em
"valores" sociais.
Ante
uma informação de que alguém conseguiu algo de bom, lá vem um "se inveja
matasse eu estaria morto", que é tomado como um cumprimento, um estímulo,
mas que no fundo expressa muito frequentemente o que significa: eu gostaria de
ter isso no seu lugar, você ganhou isso por sorte; por que não eu?
A
ideia não é que você se torne santo de um dia para o outro, mas que seja a cada
dia um pouco melhor, identificando condutas, problemas e dominando impulsos
negativos.
Quando
se vir ante um impulso de inveja ou cobiça, identifique claramente seu
sentimento e procure corrigi-lo na hora, por palavras, sentimentoso ou atos
corretivos.
José Yosan dos Santos Fonseca
Revista Reformador 2003
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