sexta-feira, 29 de maio de 2015

Ponte de Luz

Aquinhoado pela faculdade mediúnica, rejubila-te e aplica-a a serviço da finalidade a que se destina.
Rogaste a Deus a oportunidade de reabilitar-te de incontáveis desaires que te permitiste em jornadas pretéritas ao lado de crimes, alguns hediondos.
Por considerares a gravidade do comportamento, percebeste que a recuperação moral poderia dar-te pela colheita de sofrimentos defluentes dos gravames cometidos, como normalmente acontece.
Podias, no entanto, eleger os fenômenos tormentosos das enfermidades dilaceradoras, dos padecimentos morais que produzem consumação interna, dos delicados mecanismos da solidão e das perseguições implacáveis das tuas vitimas, em rudes obsessões, afastando-te da trilha do equilíbrio e dos deveres a que te vinculas.
Também descobriste que o amor anula o ódio, a multidão de pecados, e as bênçãos da caridade diluem as construções do mal, pelo proporcionar da paz onde quer se apresente.
Sob a inspiração do teu ajo tutelar, elegeste a mediunidade, a fim de manteres intercambio seguro com a Esfera imortal, de modo que não olvidasses a tua procedência. Concomitantemente, compreendeste que poderias reparar o mal através do bem, recuperando-te dos graves deslizes.
Antes do renascimento, passaste pelas regiões de sombra e de dor, onde foste resgatado  e conduzido para educandários de regeneração, a fim de treinares bondade e reorganizares as paisagens mentais e morais.
Conquistaste, desse modo, a misericórdia da faculdade mediúnica, a principio atormentada pelos conflitos que te ressumavam, como é natural, de modo a trabalhares os valores éticos que te facultassem a sintonia com a Erraticidade superior de onde procedem a inspiração e a diretriz do trabalho.
Naturalmente, como efeito dos danos que a ti próprio causaste, foste programado com alguns problemas que te demonstrariam a própria fragilidade, a expressar-se em dores de vário porte. Mediante a conjuntura aflitiva, sentiste necessidade de buscar a harmonia, e a mediunidade distendeu-te os valiosos recursos para a ação do inefável bem.
No universo nada permanece fora das leis de equilíbrio, especialmente os acontecimentos morais que são de primacial importância no desenvolvimento do ser espiritual.
Esforça-te por aprimorar a aptidão orgânica ao teu alcance, por intermédio da tua automoralização, a fim de te equipares com os valiosos recursos do amor, para a enfermagem da iluminação dos Espíritos infelizes. Não somente daqueles aos quais prejudicaste, mas também aos outros irmãos desafortunados, que pululam em votla da Terra.
Cada contribuição iluminativa que lhes ofertes, acenderá uma estrela na noite imemorial do teu processo evolutivo.
Desse modo, serve sem enfado, alegre e jovial, pela honra da autoedificação.
*
Os sofrimentos que te excruciam, lapidam as imperfeiçoes espirituais que carregas nos refolhos do ser.
Não reclames. Eles são necessários para a tua quitação de débitos perante as leis cósmicas.
Evita pensar que jamais se acabarão.
Contempla o algoz deste momento, quando defrontado por ele em atitude que te dilacera a alma, irradiando a compaixão a seu favor.
Aprende, ante a sua indignação, a paciência e a misericórdia. Esses impulsos agressivos são a catarse de dramas íntimos que ele não sabe identificar e os expele como lava de vulcão que explode para renovar a paisagem.
Tu sabes que ele é vitima das circunstancias que o aturdem com os seus conflitos camuflados e de alta gravidade.
Usa, nesses momentos, a mediunidade, olha o agressor e, compadecido, envolve-o em preces.
Não discutas, porque ele se encontra fora de si, sem raciocínio lucido nem discernimento, não raro sob ação de perversos adversários que lhe conspiram contra a harmonia e a felicidade.
Trata-se de alguém perdido no matagal e que necessita gritar por socorro sem sequer saber como fazê-lo.
A mediunidade de que és portador diminui a carga dos agressores, porque ao se utilizarem das tuas energias, diminuem o impacto da alucinação.
Continua na tua condição de ponte de luz.
No diário, já elegeste recuperar vidas, e esse fenômeno de amor é também mediúnico, porque as tuas forças são utilizadas pelos benfeitores espirituais, a fim de auxiliarem essas aves implumes que agasalhas no ninho do coração.
Todo fenômeno mediúnico é de natureza especifica na área das afinidades. Portanto, de acordo com a sintonia com Jesus, tornas-te cireneu, auxiliando os irmãos do Calvário a conduzir a sua cruz libertadora.
Mergulha, pois, nas Fontes inexauríveis do amor de Deus em teu mundo íntimo, dulcifica-te, ajuda e frui a felicidade da reabilitação.
Prossegue sem desanimo, nem qualquer tipo de temos.
A mediunidade é concessão divina destinada a propiciar o crescimento do Espírito, para que este exerça a beneficência, autoiluminando-se.
Ao conduzi-la com harmonia íntima, estarás sempre médium e não apenas o serás nos momentos especiais dedicados ao seu exercício.
Derruba quaisquer impedimentos ambientais, físicos, emocionais e psíquicos, e prossegue como ponte de luz a serviço do Amor.
*
A sociedade, que tantas glorias alcançou na área da Ciência e da Tecnologia ao conquistar o amor, prepara-se para ampliar os recursos das faculdades mediúnicas, a fim de que as cortinas densas, que se interpõem entre as esferas, física e espiritual, sejam diluídas, permitindo o transito com ampla facilidade para ambas.
Não fujas às lutas redentoras, porque elas sempre estarão à tua frente à espera de atendimento.
Toma como modelo Jesus, o Médium de Deus, e deixa que transitem pela tua ponte os filhos da agonia sob a proteção dos excelsos guias da humanidade.
Página psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco, na sessão mediúnica da noite de 18 de março de 2015, no Centro Espírita Caminho da redenção, em Salvador, Bahia

Nenhum comentário:

Postar um comentário