ESTUFAS PSÍQUICAS DA DEPRESSÃO
- (2)
Bilhões
e bilhões de homens, na vida física e extrafísica, estão deprimidos ou
constroem "estufas psíquicas" para futuras depressões reconhecidas pela
ótica clínica. Arrastam-se entre a animalidade e o mundo racional. Lutam para
se livrar da pesada crisálida magnética dos instintos e assumir sua gloriosa
condição de filhos de Deus e co-criadores na obra Paternal. Vivem, mas não
sabem existir. Perambulam, quase sempre, na alegria de possuir e raramente
alcançam o prazer de ser. Ora escravos das lembranças do passado, ora
atormentados pelo medo do futuro. Jornadeiam sob os grilhões do ego recusando
os apelos do self. Esse conceito maleável da doença explica o lamentável estado
de inquietude interior que assola a humanidade. É a "algazarra do
ego" criando mecanismos para continuar seu reinado de ilusões, obstruindo
os clarões de serenidade e saúde imanentes do self - a vontade lúcida do
Espírito em busca da liberdade.
Devido
aos programas coletivos de saneamento psíquico da Terra orientados pelo Mais
Alto, vivemos um momento histórico. Nunca foram alcançados índices tão
significativos de resgate e socorro nos atoleiros morais da erraticidade.
Consequentemente, eleva-se o número de corações que regressam ao corpo carnal
sob custódia do remorso. Esse estado psíquico responde pelo crescimento dos
episódios depressivos. Seria trágico esse fenômeno social se deixássemos de
considerá-lo como indício de mudança nos refolhos da alma. Conquanto não signifique
libertação e paz, coloca a criatura a caminho dos primeiros lampejos de
consciência lúcida. O planeta em todas as latitudes experimentará uma longa
noite de dores psicológicas, em cujo bojo despontará um homem novo e melhorado
em busca dos Tesouros Sublimes, ainda desconhecidos em sua intimidade.
Ao
formularmos esse foco para a depressão, nossa intenção é estimular a medicina
preventiva centrada no Espírito imortal da educação. É assustador o índice de
deprimidos segundo a sintomatologia oficial, no entanto, infinitamente maior é
o número daqueles que cultivam, em regime de cultura mental, os embriões de
futuros episódios psiquiátricos depressivos.
A solução vem da
própria mente. A terapêutica está no imo da criatura. Aprender a ouvir os
ditames da consciência: eis o que poucos fazem quando se encontram sob sanção
da depressão. Esse é o estado denominado "consciência tranquila", ou
seja, quando o self supera as tormentas da culpa e do medo, da ansiedade e do
instinto de posse. Aprendendo a arte de ouvir esse guia infalível, a criatura
caminha para o sossego íntimo, a serenidade, a plenitude, a alegria.
segue...
Ermance
Dufaux - livro: Escutando Sentimentos - Capítulo 05
Nenhum comentário:
Postar um comentário