quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Desvinculação


Para muitos companheiros na Terra a desvinculação no campo afetivo é prova difícil.

Desligamento do grupo familiar, distancia da convivência.

Hora da diferenciação de alguém perante outro alguém.
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Se te vês num momento assim, na posição de quem pode libertar associados de ideal e de afinidade, não hesites no bem por fazer.

Aqueles que anseiam por independência e mudança, depois de te compartilharem a vida, são pedintes de tranqüilidade e renovação. Não precisam tanto de teu ouro e assistência, nome e prestigio. Rogam-te, acima de tudo, escoras de tolerância e bondade, a fim de que te possam deixar sem que o espinheiro da mágoa te nasça no coração.
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Medita naqueles que, um dia, igualmente largaste para tomar embarcações outras, diferentes do navio em que se te localizava a área domestica, de modo a te fazeres ao mar profundo e vasto da experiência terrestre.

Familiares que te amavam a presença e amigos que te disputavam a companhia se viram, de instante para outro, apartados de ti por efeito de tuas próprias deliberações.

Assim nos expressamos porque freqüentemente a harmonia na desvinculação depende daqueles que já amadureceram na vida física, aos quais se pede amparo e segurança, auxilio e aprovação.

Se alguém ao teu lado te solicita o cancelamento de compromissos e deveres assumidos para contigo, concede a paz a quem necessita de paz a fim de atender a impositivos da vida em outros setores de evolução.
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Realmente desejas que os descendentes se garantam para a felicidade, não queres que os filhos bem-amados atravessem tribulações e enganos que te amarguraram a infância ou a juventude; habituas-te a desaprovar as resoluções de amigos que se afastam para caminhos que já sabes estarem encharcados de lagrimas, nem concordas em que os entes queridos venham  a transitar por estradas que já trilhaste entre pedras e aflições, entretanto, por mais nos doa ao coração – muitos daqueles que mais amamos chegaram à Terra exatamente para isso.

Diante dos companheiros que se te distanciam da convivência ou que te dizem adeus para te reencontrarem mais tarde, em outros e novos níveis de espaço e tempo, não lastimes nem condenes.

Bendize e auxilia sempre.

Os que partem ou se te separam da estrada, no dia-a-dia, esperam de ti, sobretudo, o patrocínio do amor e do refugio da bênção.

Na Era do Espírito – Francisco Cândido Xavier/Espíritos Diversos

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