domingo, 26 de fevereiro de 2012

A Justiça Divina e a Lei do Progresso


Todos os Espíritos são criados simples, ignorantes, mas perfectíveis; a todos Deus criou iguais, a todos Ele concede os mesmos meios de progresso, as mesmas graças, o mesmo amor.

Todos têm o mesmo ponto de partida, todos foram criados para a felicidade, que vão conquistando pelo esforço, pelo trabalho, nas lutas pela aquisição dos conhecimentos que lhes dão o mérito da fortuna imperecível que gozarão, com a consciência do custo, do sacrifício com que os adquiriram!

A luta é longa, é difícil, mas a vitória é certa!

Na eternidade, a vida imortal que nos é concedida como penhor das nossas fadigas será aproveitada como felicidade perene e, então, todos colheremos os frutos do trabalho regado com suor e lágrimas!

A Justiça Divina não admite concessões, nem privilégios: filhos do mesmo Amor, todos somos herdeiros de parcela igual, quota que vamos recebendo na medida dos nossos méritos, dos nossos trabalhos.

São irrisórios os anexins populares: “Deus criou o cão para morrer ladrando”, quem nasceu burro nunca chega a ser gente”.

O progresso é lei inflexível; embora negado, faz valer a sua autoridade, e aqueles próprios que lhe negam ação benéfica e regeneradora, submeter-se-ão, queiram ou não queiram, à influência que exerce todo o Universo.

Todos os animais inferiores, que vivem nos ares ou nas águas, ou que caminham na terra, contêm um princípio anímico imortal e acessível à perfeição. Todos eles, por estradas retas ou por caminhos ínvios, despontarão na Humanidade, como o fruto em germe na semente, depois de passar pelos processos de germinação, nascimento, crescimento, florescência, pende dourado, preso às hastes cobertas de folhas verdes!

O que vive, pensa e age não morre; e o que não morre se transforma, regenera, progride através das idades, pela senda da Perfeição atraído pelo Poder de Deus!

As leis materiais com seus fenômenos admiráveis são exemplos, demonstrações vivas do que se passa nos planos invisíveis aos olhos humanos, cobertos ainda, estes últimos, das teias dos dogmas e dos preconceitos!

“Entre a bolota e o carvalho, a diferença é grande, e, contudo, seguindo-se passo a passo o desenvolvimento da bolota, chega-se ao carvalho, e ninguém se admirará de proceder ele da pequena semente. O Espírito também é pequeno ao nascer, mas cresce e se desenvolve. Como o carvalho, cria  raízes e tronco, braços vigorosos, largas folhagens, e se constitui na Árvore da Vida, abrigando sob sua fronde e sob as suas ramagens os Espíritos que caminham no deserto arenoso da existência terrena”

Tal é a lei; tal é a lei!
Gênese da Alma – Cairbar Schutel

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