Feliz Ano Novo
domingo, 30 de dezembro de 2012
Raios de Sol
Se desejas aprender a
lição da indulgência, observa o raio de sol...
Dissipando a treva noturna, desce à Terra, cada dia, recapitulando, mil vezes, o mesmo ensinamento de serviço e de paz.
Não indaga pelas sombras da furna.
Não teme os vermes que se lhe associam.
Não se queixa da corrente enfermiça que flui do despenhadeiro.
Desce, contente e feliz, à intimidade do precipício, com a mesma radiação com que nutre fontes e flores.
Aquece o sábio e o ignorante, o santo e o malfeitor, os justos e os injustos, os bons e os maus, com a mesma generosidade, dentro da qual assinala os cimos do Céu.
Ampara a erva daninha e o bom grão, a árvore valiosa e o arbusto infeliz, com o mesmo carinho no qual se desdobra, claro e otimista, sobre lares e asilos, escolas e templos, hospitais e jardins.
Se a nuvem lhe empana o caminho, espera que a nuvem se dissolva e torna a fulgurar.
Se a tempestade agita o firmamento, aguarda a recuperação da harmonia e volta a missão do amor...
Não te esqueças.
O mundo jaz repleto de obstáculos da incompreensão, de tormentos do ódio, temporais de lágrimas, provações e infortúnios...
Aqui, em vales de sombra, medra, o escalracho da discórdia, ali, abre-se o abismo de aflitivas desilusões. Além, multiplicam-se cardos venenosos do orgulho e do exclusivismo, da penúria e da crueldade, e mais além, destacam se, agressivos e contundentes, largos espinheiros de intolerância...
Não perguntes, porém, pelos impedimentos prováveis.
Não relaciones as inquietações da marcha.
Recorda, que o Cristo é o Sol de nossas vidas e sê para as sendas que te cercam o raio de sol infatigável no bem, espalhando em tua passagem o júbilo da esperança renascente, o dom imperecível da luz e a graça do perdão.
Aprendamos a entesourar os dons da vida, respeitando os ensinamentos que o mundo nos impõe, na certeza de que entre a humildade e o trabalho, alcançaremos, um dia, os cimos da Luz.
Dissipando a treva noturna, desce à Terra, cada dia, recapitulando, mil vezes, o mesmo ensinamento de serviço e de paz.
Não indaga pelas sombras da furna.
Não teme os vermes que se lhe associam.
Não se queixa da corrente enfermiça que flui do despenhadeiro.
Desce, contente e feliz, à intimidade do precipício, com a mesma radiação com que nutre fontes e flores.
Aquece o sábio e o ignorante, o santo e o malfeitor, os justos e os injustos, os bons e os maus, com a mesma generosidade, dentro da qual assinala os cimos do Céu.
Ampara a erva daninha e o bom grão, a árvore valiosa e o arbusto infeliz, com o mesmo carinho no qual se desdobra, claro e otimista, sobre lares e asilos, escolas e templos, hospitais e jardins.
Se a nuvem lhe empana o caminho, espera que a nuvem se dissolva e torna a fulgurar.
Se a tempestade agita o firmamento, aguarda a recuperação da harmonia e volta a missão do amor...
Não te esqueças.
O mundo jaz repleto de obstáculos da incompreensão, de tormentos do ódio, temporais de lágrimas, provações e infortúnios...
Aqui, em vales de sombra, medra, o escalracho da discórdia, ali, abre-se o abismo de aflitivas desilusões. Além, multiplicam-se cardos venenosos do orgulho e do exclusivismo, da penúria e da crueldade, e mais além, destacam se, agressivos e contundentes, largos espinheiros de intolerância...
Não perguntes, porém, pelos impedimentos prováveis.
Não relaciones as inquietações da marcha.
Recorda, que o Cristo é o Sol de nossas vidas e sê para as sendas que te cercam o raio de sol infatigável no bem, espalhando em tua passagem o júbilo da esperança renascente, o dom imperecível da luz e a graça do perdão.
Aprendamos a entesourar os dons da vida, respeitando os ensinamentos que o mundo nos impõe, na certeza de que entre a humildade e o trabalho, alcançaremos, um dia, os cimos da Luz.
EMMANUEL
(Do livro "Jóia", FCXavier)
(Do livro "Jóia", FCXavier)
www.adde.com.br
sábado, 29 de dezembro de 2012
Mensagem da Nova Era
(Mensagem de Jesus psicografada por Pietro Ubaldi no Natal de 1953)
No silêncio da noite santa, como te falei pela primeira vez para iniciar a obra, volto a falar-te agora, após tantos anos.
Retorno em meu ritmo decenal, iniciado na Páscoa de 1933 com a "
Mensagem aos Homens de Boa Vontade " e a " Mensagem aos Cristãos
" e prosseguindo na Páscoa de 1943 com a Mensagem da Paz.
Desta vez, dez anos depois, neste 1953, volto a falar-vos, porém no
Natal, porque este é dia de nascimento e esta é a Mensagem nova: no Natal, como
aconteceu em 1931, porque, após todas as outras Mensagens pascais, esta é a que
conclui a série.
Venho trazer-vos a palavra da esperança, porque no caos do mundo estão
despontando as novas e primeiras luzes da alvorada. O tempo caminha e já
entrastes na segunda metade do século, quando se realizará o que foi predito em
minha primeira mensagem , no Natal de 1931.
Haveis entrado, assim, na fase de preparação ativa da nova
civilização.
Venho falar-vos na hora assinalada pelo ritmo que preside ao
desenvolvimento ordenado dos acontecimentos, de acordo com a vontade do
Alto.
O trabalho avançou, firme e constante, nestes vinte anos que estão
terminando, através de tempestades que destruíram nações e modificaram o mapa
político do mundo; avançou, a tudo resistindo, constante e firme, como sucede
com as coisas desejadas pela Alto. O trabalho prosseguiu, escondido no
silêncio, protegido pela sombra da indiferença geral, aparentemente confiado a
um homem pobre e sozinho, com mínimos recursos humanos, vencendo apenas com as
forças da sinceridade e da verdade, da maneira mais humilde e simples, enquanto
as vossas maiores organizações humanas se desmoronavam. Hoje o milagre se
cumpriu. Esta é para nós a prova de verdade.
Tendes hoje diante dos olhos um sistema completo, que com um princípio
unitário soluciona todos os problemas e traz resposta a todas as perguntas.
Tendes hoje a orientação que vos fornece a chave para explicar os enigmas do
universo. Podeis usá-la, desde já, também pessoalmente, para continuar a
pesquisa ao infinito no particular analítico. As gerações passarão,
contemplando a ciclópica construção de pensamento elevada para o Alto na hora
do destino do mundo.
Do vértice da pirâmide uma luz resplandecerá para iluminar o mundo: esta
luz se chama Cristo.
E as gerações caminharão, caminharão pela interminável estrada do tempo
e verão de longe o farol que lhes indica o roteiro. E uns aos outros o
indicarão, dizendo: "Coragem!". Áspera é a dor e longa a estrada da
evolução, mas temos um condutor. Do Alto, o Cristo nos olha e nos fala. Não
estamos sozinhos. Ele está conosco. A Seus pés, como pedestal, está a pirâmide
do conhecimento, feita de pensamento, que é a Sua luz.
À fase mais elementar da fé sucedeu a fase mais avançada do
conhecimento, com que se completa o amor. E, com o conhecimento, Cristo retorna
à Terra para realizar o Seu Reino, há vinte séculos fundado.
O ritmo das Mensagens teve início no Natal de 1931, continuou no de 1932
e terminou na Páscoa de 1933 ( No XIX centenário da morte de Cristo ), só
reaparecendo depois em ritmo decenal.
A primeira mensagem apareceu no final de 1931, como o Corpo de Cristo
foi sepultado na tarde da Sexta-feira Santa. As Mensagens continuaram a
aparecer em 1932, como o Corpo de Cristo continuou a jazer no sepulcro no
Sábado Santo.
Terminaram com a última mensagem, na Páscoa de 1933, centenário
de Sua morte, como seu Corpo ressuscitou na alvorada do 3º dia. Retornaram
depois em um ritmo de dez anos e agora completam vinte anos, equivalentes aos
vinte séculos transcorridos desde então.
Indico-vos estas harmonias, para fazer-vos compreender sua significação.
Meu instrumento as ignorava e não as poderia ter projetado, pois o Alto não
lhas havia dado a conhecer. O que é harmônico desce do Alto, o que é
dissonância provém de baixo.
Esta Mensagem de hoje corresponde ao fim do II Milênio e vos lança nos
braços do terceiro, da nova civilização. Isso corresponde ao terceiro dia, na
aurora do qual se deu a Ressurreição.
Que esta imprevisível concordância de ritmos, que esta musicalidade
também na forma da gênese da obra, constituam para vós uma prova da
verdade.
Esta mensagem vos lança nos braços do III Milênio: por isso é ela a
Mensagem da Nova Era. O mundo materialista está freneticamente lutando pela sua
autodestruição. O dragão será morto pelo seu próprio veneno.
A vida, que jamais morre, está a preparar-se para substituir o mundo
velho pelo novo: o reino do espírito, em cuja realização Cristo triunfará. A
humanidade tem esperado dois mil anos pela Boa Nova, mas finalmente chegou a
hora de sua realização. A vida se utilizará das tempestades que as forças do
mal se preparam para desencadear, a fim de purificar-se. Aproveitar-se-á da
destruição para reconstruir em nível mais alto.
Repito, assim, a palavra da primeira Mensagem do Natal de 1931 : "A
destruição é necessária (...) Um grande batismo de dor é necessário, a fim de
que a humanidade recupere o equilíbrio, livremente violado: grande mal,
condição de um bem maior.
Depois disso, a humanidade, purificada, mais leve,
mais selecionada por haver perdido seus piores elementos, reunir-se-á em torno
dos desconhecidos que hoje sofrem e semeiam em silêncio; e retomará, renovada,
o caminho da ascensão. Uma nova era começará; o espírito terá o domínio e não
mais a matéria, que será reduzida ao cativeiro (...) ".
Encontrais, assim, as mesmas palavras, no princípio como no fim. Hoje,
porém, estais vinte anos mais avançados no tempo, isto é, na maturação dos
acontecimentos. Hoje vos encontrais na plenitude dos tempos. Aquela idéia,
desenvolvida através das trilogias da obra, se encaminha para tornar-se
realidade.
A luciferiana revolta do ateísmo materialista está para desfechar contra
Deus sua última batalha desesperada pelo triunfo absoluto, supremo esforço que
redundará em sua ruína total. E Deus fará ver à humanidade aterrorizada, para o
bem dos homens, que Ele somente é o senhor absoluto.
Estais ainda imersos em cerradas neblinas. Mas, além delas já brilha o
Sol que está para despontar e inundar o mundo de luz e calor. A outra margem do
novo Reino está próxima e a humanidade se prepara para nela desembarcar. O novo
continente já aparece aos olhos do navegante experimentado e a humanidade, após
a grande viagem de dois milênios, pode gritar — "terra,
terra!".
Por isso, esta se pôde chamar a Mensagem da Nova Era, porque não mais
vem anunciar a Boa Nova, mas a sua realização.
Como tudo, até aqui, se cumpriu em ritmo inexorável, igualmente tudo
continuará a cumprir-se. Com esta segunda Mensagem decenal é coberto o período
do II Milênio, encerrou-se o ritmo preparatório do terceiro dia da
Ressurreição, quanto do III Milênio.
Agora, que vos conduzo até aqui, às portas do novo milênio, com esta
mensagem o ciclo das mensagens está concluído. Esse ciclo precedeu e acompanhou
a Obra, que agora continua no hemisfério oposto àquele em que se iniciou,
desenvolvendo-se nas praias das novas terras onde nascerão as novas grandes
civilizações do futuro.
A pirâmide aí está. Sua última pedra já foi colocada. Enquanto o mundo
caminha, sempre mais, para o cumprimento, já agora fatal, do seu desejado
destino, sobre aquela pedra pousarão os pés e se elevará a figura de Cristo
que, flamejante, iluminará qual farol a estrada dos viandantes em busca de luz,
para orientá-los através do longo caminho das ascensões humanas.
Tende fé, tende certeza. A Nova Era vos aguarda. Na imensa luta, Cristo
é o mais forte e Ele estará convosco e com todos aqueles que nele crêem.
quarta-feira, 26 de dezembro de 2012
Presença Espírita
O espírita que entende a doutrina
que aceita, ergue-se de manhã quando o dia flameja.
Ora e agradece a Deus o privilégio santo de poder trabalhar no corpo a que se
acolhe.
Se ouvir mal, fala o bem. Ajusta-se ao dever cumprindo a obrigação que a vida
lhe assinala.
Na rua, estende as mãos que auxilia em amparo fraterno.
Em casa, forma a paz que auxilia e constrói.
Prejudicado, esquece. Ofendido, perdoa.
Não discute, realiza. E nem pergunta, serve.
Não censura, abençoa; nem condena, restaura;
Desce para ajudar, sem tisnar-se na sombra.
Alteia-se na luz, mas apaga-se humilde, por saber-se instrumento a serviço do
Pai.
Reparte do que tem, sem reclamar louvores.
Corrige levantando e educa amando sempre.
Tolera sem revolta as provocações que o ferem, transformando em bondade o fel
das próprias dores.
O espírita onde está faz com que tudo brilhe, aperfeiçoa, melhora, engrandeça e
progride.
De alma no entendimento harmônico e profundo, faz-se fonte de amor para os
males da vida, faz-se raio de sol para as trevas do mundo.
Caminho Espírita - Francisco Cândido Xavier / Albino Teixeira
terça-feira, 25 de dezembro de 2012
Mensagem de Natal
Senhor Jesus! Diante do Natal,
que te lembra a glória na manjedoura,
nós te agradecemos:
a música da oração;
o regozijo da fé;
a mensagem de amor;
a alegria do lar;
O apelo a fraternidade;
o júbilo da esperança;
a bênção do trabalho;
a confiança no bem;
o tesouro da tua paz;
a palavra da Boa Nova;
e a confiança no futuro!...
Entretanto, oh! Divino Mestre,
de corações voltados para o teu coração,
nós te suplicamos algo mais! ...
de corações voltados para o teu coração,
nós te suplicamos algo mais! ...
Concede-nos, Senhor,
o dom inefável da humildade para que tenhamos
a precisa coragem de seguir-te os exemplos!
o dom inefável da humildade para que tenhamos
a precisa coragem de seguir-te os exemplos!
Chico Xavier
domingo, 23 de dezembro de 2012
Carta de Natal
Meu amigo. Não te esqueças.
Pelo Natal do Senhor,
Abre as portas da bondade
Ao chamamento do Amor.
Pelo Natal do Senhor,
Abre as portas da bondade
Ao chamamento do Amor.
Reparte os bens que puderes
Às luzes da devoção.
Veste os nus. Consola os tristes,
Na festa do coração.
Às luzes da devoção.
Veste os nus. Consola os tristes,
Na festa do coração.
Mas, não te esqueças de ti,
No banquete de Jesus:
Segue-lhe o exemplo divino
De paz, de verdade e luz.
No banquete de Jesus:
Segue-lhe o exemplo divino
De paz, de verdade e luz.
Toma um novo compromisso
Na alegria do Natal,
Pois o esforço de si mesmo
É a senda de cada qual.
Na alegria do Natal,
Pois o esforço de si mesmo
É a senda de cada qual.
Sofres? Espera e confia.
Não te furtes de lembrar
Que somente a dor do mundo
Nos pode regenerar.
Não te furtes de lembrar
Que somente a dor do mundo
Nos pode regenerar.
Foste traído? Perdoa.
Esquece o mal pelo bem.
Deus é a Suprema Justiça.
Não deves julgar ninguém.
Esquece o mal pelo bem.
Deus é a Suprema Justiça.
Não deves julgar ninguém.
Esperas bens neste mundo?
Acalma o teu coração.
Às vezes, ao fim da estrada,
Há fel e desilusão.
Acalma o teu coração.
Às vezes, ao fim da estrada,
Há fel e desilusão.
Não tiveste recompensas?
Guarda este ensino de cor:
Ter dons de fazer o bem
É a recompensa melhor.
Guarda este ensino de cor:
Ter dons de fazer o bem
É a recompensa melhor.
Queres esmolas do Céu?
Não te fartes de saber teus,
Que o Senhor guarda o quinhão
Que venhas a merecer.
Não te fartes de saber teus,
Que o Senhor guarda o quinhão
Que venhas a merecer.
Desesperaste? Recorda,
Nas sombras dos dias teus,
Que não puseste a esperança
Nas luzes do amor de Deus.
Nas sombras dos dias teus,
Que não puseste a esperança
Nas luzes do amor de Deus.
Natal!... Lembrança divina
Sobre o terreno escarcéu...
Conchega-te aos pobrezinhos
Que são eleitos do Céu.
Sobre o terreno escarcéu...
Conchega-te aos pobrezinhos
Que são eleitos do Céu.
- Mas, ouve, irmão! Vai mais longe
Na exaltação do Senhor:
Vê se já tens a humildade,
A seiva eterna do amor.
Na exaltação do Senhor:
Vê se já tens a humildade,
A seiva eterna do amor.
Feliz Natal !!!
Chico Xavier
/ Casimiro Cunha
Fonte: O Mensageiro
Fonte: O Mensageiro
sexta-feira, 21 de dezembro de 2012
Porque é Natal
Senhor,
A Tua voz é o som perfeito que me embala o ser, e que me faz
ouvir o murmúrio tranqüilizante dos astros.
O Teu olhar é como o brilho solar, que me aquece a alma fria,
marcada pelo desalento e pela desesperança, nessa dura marcha para a elevação.
As Tuas mãos representam para mim o divino apoio, amparo que me
impede de tombar, fragilizado como estou, nos rumos em que me vejo, ante a
necessidade de subir.
As Tuas pegadas indicam-me as trilhas por onde devo me orientar
nessa ausência de bússola moral com o entorpecimento da ética, quando desejo ir
ao encontro de Deus.
As Tuas instruções, Jesus Nazareno, mapeiam para mim o
território da paz, ensejando-me clareza para que saiba onde me encontro e como
estou, para que não me perca nessa ingente procura dos campos de amor e das
fontes de paz.
Os Teus silêncios falam-me bem alto a respeito de tudo o que
devo aprender e operar nos recônditos de minh'alma, aprendendo tanto a falar
quanto a calar, sempre atuando na construção do mundo rico de fraternidade que
almejamos.
Agora, quando me ponho a meditar sobre tudo isso, meu Senhor,
desejo exalçar o Teu nome, por toda a minha omissão dos milênios afora, embora
a Tua paciente e dúlcida presença junto a mim.
Já é Natal na Terra, Jesus!
E porque é o Teu Natal, busco em Tua luz desfazer as minhas
sombras; procuro em Tua assistência superar minhas variadas necessidades; quero
no Teu exemplo de trabalho atender os meus deveres.
Porque é o Teu Natal, anseio por achar na Tua força a coragem de
superar os meus limites; desejo ver na Tua entrega total a Deus o reforço para
minha fidelidade ao bem e, na Tua auto-doação à vida, anelo tornar-me um
servidor; no culto do dever que Te trouxe ao mundo, quero honrar o meu
trabalho.
No Teu Natal, que esparge claros jorros de amor sobre o planeta,
quero abrigar-Te no imo do meu coração convertido numa lapa bem simples, para
que possas nascer em mim, crescer em mim e atuar por mim.
E, na magia do Natal, vibro para que minhas ações permitam que o
Teu formoso Reino logo mais possa alojar-se aqui, no mundo, e que cheio de
júbilo n'alma eu possa dizer que Te amo, que Te busco e que Te quero seguir,
apesar da simplicidade dos meus gestos e do pouco que tenho para dar-Te, meu
doce Amigo, meu Senhor.
Teixeira, Raul. Pelo Espírito Ivan de
Albuquerque. Mensagem psicografada pelo médium Raul Teixeira, em 24/09/2007, na
Sociedade Espírita Fraternidade, em Niterói-RJ (fonte: www.feparana.com.br).
quarta-feira, 19 de dezembro de 2012
Lembra-te
Analisando o conceito de superioridade
na esfera carnal, quase sempre demoras, desavisado, no fácil julgamento dos
companheiros em prova...
E observas o usuário infeliz, confinado às ganas da sovinice, entre a perturbação e a insensatez, acentuando os desvarios da posse, como se a vida pudesse esperar dele vantagens imediatas...
Recordas o condutor humano, atrabiliário e impulsivo, entre a ilusão e a loucura, nos cargos a que se junge, desesperado, à caça e o poder, como se pudesse, de improviso, recolher-lhe o concurso na edificação do progresso.
Reportas-te a legisladores e juízes, a generais e sacerdotes, a tiranos e senhores da convivência terrestre como se fossem super-homens, de cuja fulguração passageira o campo social devesse aguardar a consolidação dos valores eternos do espírito...
Em verdade, cada criatura responderá pelos compromissos que assume, à frente da Lei, e mordomos e apóstolos da evolução planetária serão constrangidos à prestação de contas dos bens que houveram usufruído para a melhoria e iluminação do mundo, no entanto, não olvides a superioridade espiritual com Cristo e nem te esqueças de que foste chamado por Jesus a partilhar-Lhe o Conhecimento Divino da paz e da justiça, e da tolerância fraterna.
Na orientação ou na subalternidade, na carência de recursos materiais, ou na abundância deles, na cultura menos compacta ou na exaltação dos recursos intelectuais, não desdenhes servir.
Com o Divino Mestre aprendemos que somente a altura do amor prevalece, na direção da Luz Imperecível.
Descera, assim, a própria alma ao entendimento cristão e caminhemos com o Senhor, aprendendo e auxiliando incessantemente.
Onde a ignorância ensombra o caminho, seja tua fé, viva e operante, um raio de luz que diminua a extensão das trevas...
Onde a miséria se agigante, multiplicando angústias e problemas, seja tua bondade a migalha de carinho e reconforto que atenue o sofrimento...
Lembra-te do Eterno Benfeitor na extrema renúncia e, em matéria de superioridade, não olvides, com o Evangelho, que o maior no Reino dos Céus será sempre aquele que se fizer o mais simples e mais diligente servidor na Terra.
E observas o usuário infeliz, confinado às ganas da sovinice, entre a perturbação e a insensatez, acentuando os desvarios da posse, como se a vida pudesse esperar dele vantagens imediatas...
Recordas o condutor humano, atrabiliário e impulsivo, entre a ilusão e a loucura, nos cargos a que se junge, desesperado, à caça e o poder, como se pudesse, de improviso, recolher-lhe o concurso na edificação do progresso.
Reportas-te a legisladores e juízes, a generais e sacerdotes, a tiranos e senhores da convivência terrestre como se fossem super-homens, de cuja fulguração passageira o campo social devesse aguardar a consolidação dos valores eternos do espírito...
Em verdade, cada criatura responderá pelos compromissos que assume, à frente da Lei, e mordomos e apóstolos da evolução planetária serão constrangidos à prestação de contas dos bens que houveram usufruído para a melhoria e iluminação do mundo, no entanto, não olvides a superioridade espiritual com Cristo e nem te esqueças de que foste chamado por Jesus a partilhar-Lhe o Conhecimento Divino da paz e da justiça, e da tolerância fraterna.
Na orientação ou na subalternidade, na carência de recursos materiais, ou na abundância deles, na cultura menos compacta ou na exaltação dos recursos intelectuais, não desdenhes servir.
Com o Divino Mestre aprendemos que somente a altura do amor prevalece, na direção da Luz Imperecível.
Descera, assim, a própria alma ao entendimento cristão e caminhemos com o Senhor, aprendendo e auxiliando incessantemente.
Onde a ignorância ensombra o caminho, seja tua fé, viva e operante, um raio de luz que diminua a extensão das trevas...
Onde a miséria se agigante, multiplicando angústias e problemas, seja tua bondade a migalha de carinho e reconforto que atenue o sofrimento...
Lembra-te do Eterno Benfeitor na extrema renúncia e, em matéria de superioridade, não olvides, com o Evangelho, que o maior no Reino dos Céus será sempre aquele que se fizer o mais simples e mais diligente servidor na Terra.
Tarefa
Espírita - Francisco Cândido Xavier /Emmanuel
terça-feira, 18 de dezembro de 2012
Em paz com todos
Muitas vezes,
na trilha evangélica, fica o vazio deixado pelas afeições que nos exoneram do
carinho maior, fica o travo da desilusão à frente dos que jornadeavam conosco
ainda ontem e hoje se retiram, desorientados, da estrada que partilhávamos em
serviço comum...
Entretanto, isso é natural e fatal. Peçamos a Deus por eles. Nem mesmo nós que os amamos e que pela solidão passageira somos induzidos à capacidade de maiores reflexões, conseguimos saber quantas dores e quantas provas carregam!...
Sigamos, pois, à frente, abençoando a todos.
Que a luz do Senhor a todos alcance e proteja sempre.
Entretanto, isso é natural e fatal. Peçamos a Deus por eles. Nem mesmo nós que os amamos e que pela solidão passageira somos induzidos à capacidade de maiores reflexões, conseguimos saber quantas dores e quantas provas carregam!...
Sigamos, pois, à frente, abençoando a todos.
Que a luz do Senhor a todos alcance e proteja sempre.
- Mais Luz - Francisco Cândido Xavier/Espírito Batuira
domingo, 16 de dezembro de 2012
A Consagração do Natal
Infelizmente, papai Noel ainda é mais
importante que o Cristo. O Cristo ainda se encontra desvalorizado e esquecido
dentro de nós.
A vinda de Jesus ou o seu nascimento
teve seu anúncio pelos profetas da antiguidade, mais ou menos da seguinte
forma: “Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado
pelo nome de Emanuel (que quer dizer: Deus convosco)”. Os judeus esperavam, até
mesmo por não entenderem a mensagem, uma pessoa na condição de rei, de
governador, um soberano. Não podemos nos esquecer que Ele, quando questionado,
dizia ser rei, mas não desse mundo, enaltecendo a continuidade da vida, dando
explicações incompreensíveis para a maioria da população naquela
época.
Devemos ter em mente que o
nascimento de Jesus vem ao encontro da percepção de uma nova luz para a
humanidade sofredora. Os ensinamentos de Jesus devem servir para transformar
não apenas um homem, mas toda a Humanidade. Numa simples visão, observamos o
que era o planeta antes e no que se transformou depois de sua vinda. O Espírito
Emmanuel, em Roteiro, diz-nos que antes do Cristo, a educação
demorava-se em lamentável pobreza, o cativeiro era legitimado por lei, a mulher
aviltada qual um animal, os pais podiam espancar, vender e até sacrificar os
filhos! Com Jesus, entretanto, começa uma era nova para o sentimento.
Iluminados pela Divina influência, os discípulos do Mestre consagram-se ao
serviço dos semelhantes; Simão Pedro e os companheiros dedicam-se aos doentes e
infortunados; instituem-se casas de socorro para os necessitados e escolas de
evangelização para o espírito popular. (Xavier, 1980, cap. 21)
Dessa forma, o espírito do Natal deve
ser entendido como a revivescência dos ensinos do Cristo em cada uma de nossas
ações. Não há necessidade de esperarmos o ano todo para comemorá-lo. Se em
nosso dia a dia estivermos estendendo simpatia para com todos e distribuindo os
excessos de que somos portadores, estaremos aplicando de forma muito eficaz a
“Boa-Nova” trazida pelo mestre Jesus.
Qual o verdadeiro sentido do Natal?
Deve ser o de autoconscientização,
buscando a comunhão com os valores do Bem.
O que representa a Estrela de Belém para
os Espíritas? Representa a Luz Protetora dos Planos Superiores, resumindo uma
Infinidade de Espíritos de Luz que vieram assistir e dar o suporte ao Cristo em
sua tarefa de orientação e exemplos para todos nós.
Portanto não podemos esquecer que
o dono da festa é o Mestre, quem deve receber os presentes e as homenagens é o
aniversariante e não nós. O aniversariante tem dentre os seus
convidados os que são pobres, deserdados, coxos,
estropiados, sofredores, etc..
Será que realmente somos convidados do
Cristo nessa festa?
Qual o presente que deveríamos lhe
oferecer?
O que Ele gostaria de receber de nós?
Sabemos que o que Ele mais quer é que
cumpramos a vontade de Deus, Nosso Pai. E que todos os dias possamos renovar os
nossos compromissos no "Pai Nosso", dizendo: "Seja feita a
Vossa vontade"
Emmanuel no livro "Antologia Mediúnica do
Natal (excerto) - Espíritos Diversos - Psicografia: Francisco Cândido Xavier,
assim esclareceu:
" As lembranças do Natal, porém, na
sua simplicidade, indicam à Terra o caminho da Manjedoura... Sem Ele, os povos
do mundo não alcançarão as fontes regeneradoras da Fraternidade e da Paz. Sem
Ele, tudo será perturbação e sofrimento nas almas, presas no turbilhão das
trevas angustiosas, porque essa estrada providencial para os corações humanos é
ainda o Caminho esquecido da Humildade. "
Que esse seja o Nosso Natal.
MILTER
Se a tua fé
não vê ou ainda não viu
A presença da lágrima ou do espinho
Para vencer nos lances do caminho,
Os perigos da marcha e as surpresas da treva.
A presença da lágrima ou do espinho
Para vencer nos lances do caminho,
Os perigos da marcha e as surpresas da treva.
Se a tua fé
não ouve ou ainda não ouviu,
Entre as flores que leva
Desde o berço da crença até agora,
O insulto em que a maldade se avigora,
A fim de que lhe dês,
Outra vez e outra vez,
O apoio da paciência e a lição da bondade...
Se a tua fé não encontrou ainda
Algo que a desagrade,
Na tarefa bem-vinda
Que te impele a servir ao amor e á verdade.
Entre as flores que leva
Desde o berço da crença até agora,
O insulto em que a maldade se avigora,
A fim de que lhe dês,
Outra vez e outra vez,
O apoio da paciência e a lição da bondade...
Se a tua fé não encontrou ainda
Algo que a desagrade,
Na tarefa bem-vinda
Que te impele a servir ao amor e á verdade.
Se a tua fé não teve ou ainda não tem
Ofensas a perdoar e injúrias a esquecer,
No sublime dever
De amparar, socorrer ou levantar alguém...
Se enfim, a tua fé não conheceu
Angústia ou desabrigo,
Se ela não sofre ou ainda não sofreu
Golpes do orgulho vão,
Escárnio, desafio, tentação,
Para que aprendas, coração amigo,
Resistência e humildade,
A tua fé, portanto,
Não passa, por enquanto,
De um sonho que não veio à realidade!...
Porque a fé verdadeira
Que redime e renova a Humanidade,
E vale, em tudo para a vida inteira,
A fé que tanto ama e anda de rastros
Quanto vibra e se eleva para os astros,
Fé valente e profunda,
Que inspira, exemplifica, ergue e fecunda,
Será sempre obtida na batalha,
Na Terra ou Mais Além,
No coração que luta ou se estraçalha
Para a glória do Bem.
- Coração e
Vida - Francisco Cândido Xavier/Espírito Maria Dolores.
terça-feira, 11 de dezembro de 2012
Um Natal diferente
Naquele escritório era assim. Todos os
anos, eles procuravam uma família que necessitasse de assistência para
comemorar o Natal.
Para o dia que se aproximava, eles
localizaram uma que havia sofrido várias tragédias nos dois anos anteriores. O
Natal deles seria magro e triste.
Então, durante um mês, todos no
escritório foram colocando as doações em dinheiro dentro de uma lata decorada.
Depois, se divertiram muito escolhendo
os presentes para o pai, a mãe e os seis filhos, imaginando a expressão de
felicidade deles, ao receberem os presentes.
Para os meninos, luvas para o inverno e
aviões em miniatura. Para as meninas, bonecas e bichinhos de pelúcia. Para a
mais velha, já adolescente, perfume e um relógio.
Evidentemente, aquela família não
deveria saber quem eram os doadores e, por isso, eles combinaram que o pastor
da igreja rural seria o portador dos presentes.
Na sexta-feira anterior ao Natal, a mãe
da família voltou mais cedo para casa, após o trabalho. Ela recebera uma
gratificação extra do seu patrão. O marido ficou feliz com a notícia.
Agora eles tinham dinheiro para comprar
presentes de Natal para os filhos. Sentaram-se e juntos fizeram uma lista,
procurando combinar o querer com as necessidades.
Mas, então, eles ficaram sabendo que um
amigo estava prestes a ser submetido a uma cirurgia. Ele estava desempregado e
não poderia pagar as despesas médicas. Mais do que isso, nem tinha o que comer
em casa.
Condoídos com a situação, marido e
mulher convocaram os filhos para uma reunião de família e decidiram entregar a
gratificação de Natal ao amigo.
Comida e despesas médicas eram mais
importantes do que brinquedos de Natal.
Algumas horas depois de tomada a
decisão, o pastor foi fazer uma visita para a família.
Antes que ele tivesse tempo de explicar
o motivo da visita, eles contaram que gostariam de doar o dinheiro ganho e lhe
pediram que entregasse o cheque para o amigo necessitado.
O pastor ficou muito surpreso diante de
tanta generosidade e concordou em entregar o cheque, com uma condição: todos
eles deveriam acompanhá-lo até seu carro.
Sem entender muito bem o porquê da
exigência do pastor, eles concordaram com o pedido.
Quando atravessaram o portão da casa,
viram o carro do pastor abarrotado de presentes de Natal. Presentes que o
pessoal daquele escritório lhes havia mandado, como expressão de amor natalino.
Que Natal esplêndido foi aquele para as
duas famílias necessitadas, para o coração do pastor e para todo o pessoal do
escritório!
* * *
Num dia distante, há mais de vinte
séculos, o Divino Pastor nasceu entre as Suas ovelhas. Veio manso, numa noite
silenciosa, somente deixando-se anunciar por um coro de mensageiros
espirituais, aos corações dos homens de boa vontade.
Até hoje, Ele continua assim: falando aos
homens que se dispõem a ter boa vontade para com os outros homens. Boa vontade
para doar-se, para dar-se, para amar.
Este é o sentido do verdadeiro Natal: o
amor de Deus para com os homens. O amor dos homens uns para com os outros, em
nome do Divino Amor que se chama Jesus.
Redação do Momento Espírita,
com base no cap. Uma tradição de Natal, de Pat A. Carman, do livro Histórias
para o coração da mulher, de Alice Gray, ed. United Press.
Em 10.12.2012
quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
O Guardião da Floresta
Naquela noite chovia
muito. Mamãe Beija-Flor estava em seu ninho cuidando dos seus ovinhos. Estava
próxima a chegada dos seus filhotinhos e ela estava muito contente.
De repente os ovinhos
começaram a se partir e surgiram lindos passarinhos
Mamãe Beija-Flor
acariciava seus filhotinhos quando percebeu que um deles era um pouco estranho.
Ele era todo azul e tinha o bico branco. Mas estava contente mesmo assim, e
cuidava de todos com o mesmo carinho.
O tempo foi passando...
passando...
Todos os passarinhos da
floresta zombavam da Mamãe Beija-Flor porque ela tinha um filhotinho esquisito.
Ela não se importava porque amava muito a todos.
Aquele passarinho
diferente era conhecido por todos como o Pássaro Azul. Ninguém queria brincar
com ele, nem seus irmãos, porque ele era muito diferente. Ele se entristecia e
pensava:
- Porque ninguém gosta
de mim?
A mamãe Beija Flor o
vendo chateado se aproximava e fazia-lhe carinho. Ele então esquecia tudo e
ficava contente.
Certo dia estava perto
do Grande Rio e percebeu que tinha algumas formiguinhas trabalhando, carregando
folhinhas. Ele pensou:
- Eu acho que vou
ajudá-las, vai ser divertido!
Pegou então uma folhinha
com seu biquinho e colocou na entrada do formigueiro.
Vendo aquele passarinho
estranho perto da sua morada, um monte de formigas se aproximou. Uma mais
afoita disse:
- Que bicho esquisito,
olha lá... Acho que ele quer tampar o formigueiro para morrermos sufocadas. Ele
quer acabar com a gente. Vamos companheiras, ao ataque! E correram todas em sua
direção.
Todas gritaravam em um
só coro:
- Fora daqui pássaro
malvado!
O Pássaro Azul voou
rapidamente e pousou numa grande árvore. Sem entender o que se passou naquela
hora, ficou pensativo:
- Porque elas queriam me
machucar? Eu nada fiz, só desejava ajudar...
Ficou parado ali um bom
tempo tentando chegar a uma conclusão.
Passaram-se alguns dias
e ele, sempre sozinho, brincava na copa das árvores da floresta, quando
percebeu que uma pequena largata andava distraída em um galho próximo.
- Puxa! Como ela é
bonitinha, será que ela poderia ser minha amiguinha? Pensou...
Foi quando percebeu que
ela estava em perigo. O galhinho estava se partindo e ela iria cair no chão.
Rapidamente voou, ficou
embaixo do galho sustentando todo o peso com suas asas. Assim que ela conseguiu
atravessar o galho se rompeu.
Dona Largata levou o
maior susto. Vendo o passarinho por perto, começou a gritar:
- Você tentou me jogar
no chão! Fora daqui, vai embora...
E o nosso amiguinho voou
novamente para bem longe.
Pousou em uma pedra
perto do Grande Rio e continuava pensando: por que todos me mandam embora, por
que não gostam de mim?
Olhou para dentro do rio
e percebeu que uma Joaninha estava quase se afogando.
Ela tentava
desesperadamente subir em um tronco que estava boiando, mas tudo em vão.
Sem demora, o Pássaro
Azul arremessou uma pedra que estava ao seu lado próximo da pequena joaninha
criando assim uma ondulação na água.
Ela foi arremessada
longe, caindo em terra firme.
Muito feliz por haver
salvo a dona Joaninha, voou em sua direção e lhe perguntou:
- A senhora está bem?
Ainda meio atordoada do
susto, Dona Joaninha, muito irritada lhe falou:
- Você tentou me matar
atirando aquela pedra em mim, seu passarinho esquisito. Os habitantes da
floresta correm muito perigo com você a solta. Vou correndo contar ao Conselho
Maior tudo o que se passou. Temos de tomar providências...
O Conselho Maior que era
representado pelos mais importantes habitantes da floresta foi convocado. Foi
exigida a presença do Pássaro Azul, e todos os habitantes estavam lá para o seu
julgamento.
O representante das
Formigas pediu a palavra e acusou o Pássaro Azul de ter tentado entupir o
formigueiro. A larva não se fez de rogada e falou que ele havia tentado jogá-la
no chão. Dona Joaninha, encabeçando a lista de habitantes que se sentiam
incomodados com a sua presença, fez uma série de acusações.
O Pássaro Azul ouvia a
tudo sem dizer nada. Até que toda a assembléia começou a gritar:
- Fora daqui, fora
daqui!
A decisão final foi
unânime. Ele deveria sair da floresta. Seria obrigado a viver na Grande Rocha,
sozinho.
O Pássaro Azul foi então
em direção a sua nova casa. Ele estava sozinho e não podia mais entrar na
floresta.
- Como vou fazer para me
alimentar? Pensou e concluiu:
- Tenho de entrar na
floresta e sair de forma que ninguém nunca me veja.
O tempo foi passando e
ele sempre voltava à floresta, mas nunca deixava que ninguém percebesse sua
presença. Quase sempre encontrava alguns animaizinhos em apuros e ajudava.
Todos os habitantes da floresta percebiam que algo estranho acontecia. Algumas
vezes apareciam frutos em lugares onde faltava alimento, filhotinhos que caiam
das árvores e não se machucavam...
Como muita coisa boa
acontecia com freqüência, criou-se entre os moradores da floresta a crença de
que existia um anjo, um guardião que protegia a todos. Ele somente estava
realizando seus prodígios agora que o Pássaro Azul não estava mais entre eles.
Todos estavam muito
felizes e a paz reinou por longos anos. Todos acreditavam na bondade do
Guardião da Floresta e muitos passaram a ajudar aqueles que tinham dificuldades
em seu nome.
Certo dia, o Pássaro
Azul já bem velhinho, saiu da caverna árida em que morava na Grande Rocha. E
pousou nas margens do Grande Rio. Ficou ali muito tempo Quando ouviu uma voz
suave lhe chamando:
- Pássaro Azul...
Tomou o maior susto
porque ninguém poderia ver que ele estava ali.
Tentou rapidamente se
esconder quando novamente ouviu:
- Não tenha medo...
Uma grande luz o
envolveu naquele instante.
- Sou o Rei Dos Reis,
aquele que construiu toda a floresta. Você está cansado. É hora de voltar para
a casa e desfrutar das alegrias que conquistou.
- Mas, meu Rei, eles me
expulsaram de lá, não posso mais voltar.
O Rei dos Reis em tom
solene lhe ordenou:
- Olhe para o rio.
O Pássaro Azul olhou
para a água. Foi a primeira vez em toda a sua vida que viu o seu reflexo. Muito
espantado exclamou:
- Eu sou da cor do
céu!...
- Compreende agora? Você
é um pedaço do céu que eu permiti que fosse para a terra para ensinar a todos a
fraternidade.
Neste momento, ele
começou a chorar muito.
- Desculpe meu Rei, eu
falhei. Ninguém se lembra de mim senão como um malfeitor.
- Sim, é verdade. Do
Pássaro Azul ninguém mais se recordará, entretanto do Guardião da floresta, os
séculos passarão e ele jamais será esquecido. Ele será sempre lembrado, não por
sua forma e beleza, mas por suas atitudes de bondade.
- Mas ninguém sabe que
fui eu! Exclamou o Pássaro Azul.
- Eu sei, e isso é o
bastante. Falou o Rei dos Reis.Você foi fiel, agora venha para os meus braços.
E o Pássaro Azul,
sentindo uma alegria imensa, voou em direção ao céu e desapareceu no horizonte.
Lá embaixo, na floresta,
todos se sentiam felizes e amparados porque acreditavam que existia um anjo bom
que cuidava deles. O respeito e admiração ao Guardião da Floresta desde então é
passado de geração para geração.
DIAS,
Robson. O Guardião da Floresta. Pelo Espírito Vovó Amália. FEB. Livro
eletrônico gratuito em www.vovoamalia.com. Livrinho da Série "As Histórias
que a Vovó Gosta de Contar".
* * * Estude Kardec * * *
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
Meditar
Meditar alivia a sensação
de dor
Sente muita dor?
A meditação é um famoso
analgésico, que diminui a percepção da dor nas pessoas, mesmo após breves
sessões. Agora, um estudo revela por que: a meditação muda a forma como o cérebro
processa os sinais de dor.
A prática conhecida como
meditação envolve sentar-se calma e confortavelmente, e respirar uniformemente.
O principal objetivo é limpar a mente, e concentrar a atenção no presente.
Estudos anteriores
sugeriram que a meditação reduz a ansiedade, promove o relaxamento e ajuda a
regular as emoções. Agora, a nova pesquisa descobriu que a prática de uma
consciência atenta do corpo, por apenas quatro dias, afeta as respostas de dor
no cérebro.
Depois de meditar, a
atividade cerebral diminui em áreas dedicadas à dor e em áreas responsáveis
pela transmissão de informações sensoriais. Enquanto isso, as regiões que
modulam a dor ficar ocupadas e, consequentemente, a dor é menos intensa e menos
desagradável.
O psicológico também
interfere: a meditação pode reduzir a dor tornando as sensações físicas menos
angustiantes. Todo o contexto da situação e do meio ambiente colaboram; a
meditação parece atenuar esse tipo de resposta.
Além disso, não é
necessário gastar muito tempo meditando para alcançar o benefício: meia hora de
treino por dia durante três dias já alivia significativamente a dor, mesmo
quando as pessoas não estão realmente meditando.
Para descobrir como a
meditação altera a resposta do cérebro a dor, os pesquisadores reuniram 15
voluntários que passaram 30 minutos por dia, durante quatro dias, aprendendo a
meditar. Antes e após o treinamento, os pesquisadores mapearam os cérebros dos
voluntários usando ressonância magnética.
Durante, antes e depois
de cada mapeamento, os voluntários experimentaram sensações alternativas de
calor (49° C) e temperatura neutra (35° C) na panturrilha. Depois de 12
segundos, os voluntários classificaram a sua dor ao pressionar uma alavanca
para a direita (se sentiram mais dor) ou para a esquerda (se sentiram menos
dor). A posição da alavanca correspondia a uma escala de 1 a 10, com 10
representando a maior dor.
A meditação reduziu a
percepção de dor nas pessoas em 57%. Os voluntários também relataram que a dor
foi 40% menos intensa. Os cérebros dos voluntários espelharam suas percepções
alteradas. A atividade caiu no tálamo, uma área profunda do cérebro que
retransmite a informação sensorial do corpo para o córtex somatosensorial. O
córtex somatosensorial, localizado acima da orelha, é especialista em áreas
dedicadas a processamento de sinais a partir de partes específicas do corpo.
Nos voluntários que praticaram a meditação, a área do córtex somatosensorial
ligada a panturrilha estava “inativa”.
Enquanto isso, áreas
associadas com a modulação da dor se tornaram mais ativas. Essas áreas incluíam
o córtex orbitofrontal e o córtex cingulado anterior profundo, na região
frontal do cérebro. O putâmen, uma estrutura enterrada no centro do cérebro, e
a ínsula também mostraram mais atividade. Ambas as estruturas têm muitas
funções, incluindo o controle de movimentos de sensibilização e auto-percepção.
Segundo os pesquisadores,
a boa notícia é que os estudos têm mostrado que os benefícios da meditação
ocorrem rapidamente. Ou seja, você não precisa ser um monge para aliviar sua
dor, de forma que a meditação se torna uma opção realista para pessoas que
passam por cirurgia ou têm lesões.
Natasha Romanzoti
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