terça-feira, 9 de julho de 2013

A comunhão dos dois mundos

Os desencarnados não podem imiscuir-se na vida material com a plenitude das faculdades readquiridas e o médium, por sua vez, freqüentemente, em vista das suas condições e circunstâncias, está impossibilitado de corresponder à potencialidade vibratória daqueles que o procuram para veicular o seu pensamento.
A alma, emancipada dos liames terrestres, integra a comunidade do outro mundo, que não é o da carne, e, daí, a necessidade imprescindível de submeter-se às condições de ordem material para se manifestar; esse fato constitui uma dificuldade extraordinária à consciência depurada, que já desferiu o vôo altíssimo aos denominados planos felizes do Universo, dificuldade que essa adaptação à materialidade implica.
A comunhão dos dois mundos, o físico e o invisível, está, pois, baseada nos mais sutis elementos de ordem espiritual.
Por essa razão, as luminosas mensagens dos grandes mentores da Humanidade são inspiradas aos seres terrenos através de processos inacessíveis ao seu entendimento atual, e a maioria das entidades comunicantes são verdadeiros homens comuns, relativos e falhos, porquanto são almas que conservam, às vezes integralmente, o seu corpo somático e cujo habitat é o próprio orbe que lhes guarda os despojos e as vastas zonas dos espaços que o cercam, atmosferas do próprio planeta, que poderíamos classificar de colônias terrenas nos planos da erraticidade.
Ai se congregam os seres afins e, nesse meio, vivem e operam muitas elites espirituais, constituídas por Espíritos benignos, mas não aperfeiçoados, os quais, sob ordens superiores, laboram pelo seu próprio adiantamento e a prol da evolução humana, volvendo novamente à carne ou trabalhando pelo progresso no seio das coletividades terrestres.

“Emmanuel” – Chico Xavier / Emmanuel

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