Os desencarnados não
podem imiscuir-se na vida material com a plenitude das faculdades readquiridas
e o médium, por sua vez, freqüentemente, em vista das suas condições e
circunstâncias, está impossibilitado de corresponder à potencialidade vibratória
daqueles que o procuram para veicular o seu pensamento.
A alma, emancipada dos
liames terrestres, integra a comunidade do outro mundo, que não é o da carne,
e, daí, a necessidade imprescindível de submeter-se às condições de ordem
material para se manifestar; esse fato constitui uma dificuldade extraordinária
à consciência depurada, que já desferiu o vôo altíssimo aos denominados planos
felizes do Universo, dificuldade que essa adaptação à materialidade implica.
A comunhão dos dois
mundos, o físico e o invisível, está, pois, baseada nos mais sutis elementos de
ordem espiritual.
Por essa razão, as
luminosas mensagens dos grandes mentores da Humanidade são inspiradas aos seres
terrenos através de processos inacessíveis ao seu entendimento atual, e a
maioria das entidades comunicantes são verdadeiros homens comuns, relativos e
falhos, porquanto são almas que conservam, às vezes integralmente, o seu corpo somático
e cujo habitat é o próprio orbe que lhes guarda os despojos e as vastas zonas dos
espaços que o cercam, atmosferas do próprio planeta, que poderíamos classificar
de colônias terrenas nos planos da erraticidade.
Ai se congregam os seres
afins e, nesse meio, vivem e operam muitas elites espirituais, constituídas por
Espíritos benignos, mas não aperfeiçoados, os quais, sob ordens superiores,
laboram pelo seu próprio adiantamento e a prol da evolução humana, volvendo
novamente à carne ou trabalhando pelo progresso no seio das coletividades terrestres.
“Emmanuel” – Chico Xavier / Emmanuel
Nenhum comentário:
Postar um comentário