sexta-feira, 31 de maio de 2013

Preces pela Internet

Quando Jesus recomendou a oração pelo próximo, não o eximiu de orar por si mesmo.
A proposta do Mestre tem um sentido profundo; que pode ser considerado sob vários aspectos. A princípio, porque a vibração daquele que ora, encontrando ressonância vibratória no outro, ajuda-o a ter as forças renovadas. Logo depois, porque esse ato desenvolve e ajuda a manter a fraternidade.
Foi por isso, em favor da verdadeira união fraternal, que mais tarde propôs:Quando dois ou três se reunirem em meu nome eu estarei entre eles, o que não significa estar ausente quando alguém esteja a sós e O busque... .
Em face do utilitarismo e das más interpretações no passado, a acomodação mental e moral de muitos religiosos instituiu o lamentável esquema de rezadores em seu favor, enquanto permaneciam distantes da comunhão com Deus.
Esse método foi utilizado largamente, dando surgimento ao profissionalismo da oração.
Pessoas desocupadas tornaram-se intérpretes dos desejos de pagantes, intercedendo verbalmente a Deus sem qualquer emoção a benefício daqueles que as remuneravam.
Como efeito, a simonia substituiu o sentimento da prece intercessória, quando alguém, tomado de amor e de compaixão, intermedia outrem.
Na atualidade, graças à Informática, surge lentamente, mas com vigor, um novo grupo de preguiçosos mentais que pretendem transferir para outros os deveres que Ihes são pertinentes, entre os quais, o da oração.
Justificam que não dispõem de mérito para ser ouvidos por Deus e não se esforçam por consegui-lo.
Apoiam-se na desculpa sem sentido, na suposição de que ludibriam as leis soberanas da Vida, exculpando-se do dever não cumprido, por se considerarem pecadores ou infelizes, quando deveria ocorrer exatamente o contrário...
Aplicam largos períodos de tempo solicitando orações para a saúde, para a conquista de trabalho, de amor, rogam pelos familiares encarnados e desencarnados em atentado injustificável de utilização negativa da recomendação do Mestre.
Esquecem-se de que aquele que ora, em sintonizando-se com as Fontes Geradoras de Bênçãos, enriquecese de energias saudáveis e de paz interior.
Outros escrevem cartas longuíssimas, verdadeiros relatórios dos seus sofrimentos, reais e imaginados, repassados de queixas e de lamúrias para inspirar compaixão, descarregando nos obreiros do Bem suas aflições, verdadeiras ou supostas, desviando-os dos compromissos que abraçam, a fim de ficarem orando em seu benefício, enquanto eles mesmos se divertem na ociosidade ou se comprazem no transtorno depressivo que se permitem, sem a utilização de terapias próprias e libertadoras.
*
É justo que se ore pelo próximo necessitado, mas é indispensável que se oriente o irmão a orar por si mesmo.
Se ele justifica que não sabe como fazer, deves ensiná-Io a comungar com Deus, a fim de que avance com o dinamismo do esforço pessoal, sem depender de ninguém.
A estrada da evolução será sempre palmilhada por cada um que se candidata ao processo de crescimento.
Ora, a sós ou em grupo, em favor dos enfermos que necessitam de vibrações salutares e de ondas de ternura durante as provações que experienciam. Simultaneamente, desperta-os para que façam a parte que Ihes compete, a fim de poderem sintonizar com as ondas mentais que Ihes ofereces, introjetando-as e beneficiando-se.
Não te desvies, porém, dos deveres que abraças para os recitativos demorados e as imprecações a Deus a benefício de outros que elegem a comodidade física e mental, distanciando-se dos labores espirituais de autoiluminação.
Todos devem ajudar-se mutuamente, orando uns pelos outros, não, porém, sobrecarregando o seu próximo, a pretexto de que ele é mais e melhor ouvido pelo Pai.
O mérito advém do esforço que cada qual consegue aplicar em forma de devotamento ao trabalho sério e elevado, construindo uma sociedade melhor, mais ordeira e equilibrada.
Para esse mister, todos estão convidados, cada um oferecendo o que possui de melhor, mesmo que seja aparentemente de pequena monta.
Se não pode contribuir com uma seara rica de pão, tem possibilidades de oferecer alguns grãos para a ensementação valiosa.
Jesus dignificou uma dracma, modestas redes de pescar, grãos de mostarda, lírios do campo e pássaros dos céus, com eles enriquecendo as Suas inesquecíveis parábolas, demonstrando que tudo é útil e de alta significação, quando se refere à construção do Reino de Deus nos corações humanos.
Desse modo, oferece a tua dádiva.
*
Deus é amor que se irradia em favor dos bons e dos maus de maneira equânime.
Presente em todo o Universo, é a Vida que dá vida. Não atenderá à súplica de um justo liberando o mau das conseqüências dos seus atos infelizes, porque, desse modo, violaria Suas próprias leis de justiça.
Antes, induz todos os filhos à busca da Sua Realidade, mediante o esforço de autodepuração, ascendendo na escala moral por meio do trabalho e da incessante renovação no Bem.
Ora, portanto, penetrando-te do pensamento divino, a fim de que te possas beneficiar do sublime auxílio.
... E preces pela Internet, convenha-se, não é o melhor e mais eficaz caminho a seguir-se...
FRANCO, Divaldo Pereira. Diretrizes para o Êxito. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL.

* * * Estude Kardec * * *

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Alfabeto emocional

"O Dr. Juan Hitzig 1 estudou as característics do alguns longevos saudáveis e concluiu que, além do perfil biológico, o denominador comum entre todos eles está em suas condutas e atitudes. 'Cada pensamento gera uma emoção e cada emoção mobiliza um circuito hormonal que terá impacto nos trilhões de células que formam um organismo' - explica.
Conforme sua pesquisa, as condutas "S":
Serenidade;
Silêncio;
Sabedoria;
Sabor;
Sexo;
Sono;
Sorriso - promovem secreção (liberação) de Serotonina ( em definição simples é um neurotransmissor que dá sensação de bem estar, prazer...).
Enquanto as condutas "R":
Ressentimento;
Raiva;
Rancor;
Repressão;
Resistências - facilitam a secreção de Cortisol (considerado o hormônio do stress), substância corrosiva para as células, que acelera o envelhecimento.
As condutas "S" geram atitudes "A":
Ânimo;
Amor;
Apreço;
Amizade;
Aproximação.
As condutas "R", pelo contrário, geram atitudes "D":
Depressão;
Desânimo;
Desespero;
Desolação.
Aprendendo esse alfabeto emocional, lograremos viver mais tempo e com mais saúde, porque o "sangue ruim" (muito cortisol e pouca serotonina) deteriora a saúde, oportuniza as doenças e acelera o envelhecimento. O bom humor, ao contrário, é a chave para a longevidade saudável, conforme esclarece o médico." 

Orson Peter Carrara
                                                                  Do livro: Por que Adoecemos?

1 - Dr. Juan Hitzig é especialista em medicina do idoso e prevenção gerontológica, uma de suas atividades é ser professor da universidade de Biogerontologia de Maimonide (Argentina)

Ajuda-te que o céu te ajudará

Narra-se que um sábio caminhava com os discípulos por uma estrada tortuosa, quando encontraram um homem piedoso que, ajoelhado, rogava a Deus que o auxiliasse a tirar seu carro do atoleiro.
Todos olharam o devoto, sensibilizaram-se e prosseguiram.
Alguns quilômetros à frente, havia um outro homem que tinha, igualmente, o carro atolado num lodaçal. Esse, porém, esbravejava reclamando, mas tentava com todo empenho liberar o veículo.
Comovido, o sábio propôs aos discípulos ajudá-lo.
Reuniram todas as forças e conseguiram retirar o transporte do atoleiro. Após os agradecimentos, o viajante se foi feliz.
Os aprendizes surpresos, indagaram ao mestre: Senhor, o primeiro homem orava, era piedoso e não o ajudamos. Este, que era rebelde e até praguejava, recebeu nosso apoio. Por quê?
Sem perturbar-se, o nobre professor respondeu: Aquele que orava, aguardava que Deus viesse fazer a tarefa que a ele competia. O outro, embora desesperado por ignorância, empenhava-se, merecendo auxílio.
* * *
Muitos de nós costumamos agir como o primeiro viajante. Diante das dificuldades, que nos parecem insolúveis, acomodamo-nos, esperando que Deus faça a parte que nos cabe para a solução do problema.
Nós podemos e devemos empregar esforços para melhorar a situação em que nos encontramos.
Há pessoas que desejam ver os obstáculos retirados do caminho por mãos invisíveis, esquecidas de que esses obstáculos, em sua maioria, foram ali colocados por nós mesmos, cabendo-nos agora, a responsabilidade de retirá-los.
Alguns se deixam cair no amolentamento, alegando que a situação está difícil e que não adianta lutar.
Outros não dispõem de perseverança, abandonando a luta após ligeiros esforços.
Com propriedade afirma a sabedoria popular que pedra que rola não cria limo, sugerindo alteração de rota, movimento, dinamismo, realização.
Não basta pedir ajuda a Deus, é preciso buscar, conforme o ensino de Jesus: Buscai e achareis, batei e abrir-se-vos-á.
Devemos, portanto, fazer a nossa parte que Deus nos ajudará no que não estiver ao nosso alcance resolver.
* * *
Seria ideal que, sem reclamar e pensando corretamente, fizéssemos esforços para retirar do atoleiro o carro da nossa existência, a fim de seguirmos adiante felizes, com coragem e disposição. Confiantes de que Deus sustentará as nossas forças para que possamos triunfar.
Pensemos nisso!
Redação do Momento Espírita

domingo, 26 de maio de 2013

Faça as pazes com seus sentimentos


Uma vez que pode sentir o que realmente está ali, você tem uma escolha. Na verdade, várias escolhas. Pode empurrar o sentimento de volta para dentro. Pode se culpar por não ser uma boa pessoa. Pode atacar o sentimento, lamentar ou se desculpar por ele.

Nenhuma dessas alternativas é produtiva, pois conduzem às mãos da sombra, reforçando o sentimento indesejado e tornando-o ainda mais indesejável. Parece estranho, mas os sentimentos têm sentimentos. Sendo parte de você, eles sabem quando são indesejados.

O medo coopera ao se esconder; a raiva coopera fingindo não existir. Isso já é metade do problema. Como você pode curar um sentimento indesejado, quando ele está agindo contra? Não pode. Até que você faça as pazes com seus sentimentos negativos, eles persistirão.

A maneira de lidar com a negatividade é reconhecê-la. Não é necessário nada mais. Nada de confrontos dramáticos, nada de catarse. Sinta o sentimento, seja ele raiva, medo, inveja, agressividade ou qualquer outra coisa, e diga: “Eu o vejo. Você me pertence”.

Você não precisa se sentir bem quanto ao sentimento indesejado. Isso é um processo. A raiva e o medo retornarão, assim como qualquer emoção profundamente oculta. Quando uma delas voltar, reconheça. A medida que o tempo for passando, a mensagem será compreendida.

Seus sentimentos indesejados começarão a se sentir indesejados. Quando isso acontecer, você começará a ouvir a história deles. Dentro de todo sentimento há uma história: “Sou assim por essa razão”. Seja aberto para a história que surgir, independentemente de qual seja.

Todo trauma do passado, de um acidente automobilístico a uma rejeição amorosa, desde perder o emprego até fracassar na escola, tudo isso depositou resquícios na sombra. Você vem acumulando o que alguns psicólogos chamam de “débito emocional com o passado”.

Para pagar esse débito, ouça a história que há por trás dele. Digamos que a história seja: “Jamais superei o fato de não ter conseguido entrar para o time de futebol” ou “Sinto-me culpado por ter roubado dinheiro da bolsa de minha mãe”.

A maioria das histórias está enraizada na infância, porque essa é uma época do aprendizado da culpa, da vergonha, do ressentimento, da inferioridade e de toda a negatividade básica que trazemos conosco. Tendo ouvido a história, seja receptivo.

Diga a si mesmo que você teve uma razão válida para se ater à negatividade.

Você não tinha escolha, porque o sentimento foi secretamente guardado, depois permaneceu escondido. Dessa forma, você não fez nada de errado. Os sentimentos antigos ficaram por perto para protegê-lo de se ferir do mesmo modo.
Agora, faça as pazes com isso, e você terá transformado algo negativo em positivo. O medo não permaneceu para feri-lo; ele achou que você precisasse estar atento no caso de outra mágoa — caso outra garota o rejeitasse, outro parente debochasse de você, outro patrão o despedisse.
Mas essas coisas não vão mais acontecer, pelo menos não exatamente da mesma maneira. A última coisa que você quer é reciclar essas antigas emoções. E claro que isso é bem tentador. Presos a uma situação frustrante, todos somos tentados a recorrer ao nosso estoque de emoções, de onde tiramos a raiva.
Em momentos de tensão, recorremos à ansiedade. No entanto, se continuar reciclando antigas emoções, vai acabar apenas reforçando o passado. Nenhum de nós precisa se proteger de uma infância que já passou há muito tempo.
Mesmo que situações semelhantes aconteçam — não que alguém possa prevê-las —, todos nós já somos excessivamente protegidos.
Não guardamos uma única razão para sermos temerosos, mas dúzias e dúzias, e para não esquecê-las participamos do medo coletivo dos inimigos, do crime, dos desastres naturais e outros mais.
Não há mal algum em fazer as pazes com o medo e a agressividade se você puder. A psique ainda lembrará o que for necessário.
Depois de ter aprendido a lidar com a projeção, você pode fazer a pergunta seguinte. Por que precisa se defender? Essa se torna uma questão-chave, pois leva ao questionamento do principal motivo da existência da sombra.

Acenda a própria luz...


Uma luz, apenas, pode fazer uma grande diferença quando temos somente escuridão em volta.
Quando você acende uma luz numa sala iluminada, a diferença é mínima.
Mas quando você acende uma luz numa sala que estava totalmente escura, você modifica de forma significativa o ambiente.
A luz revela possibilidades. Ela faz os obstáculos parecerem menos ameaçadores.
A luz deixa as situações mais claras e fáceis de resolver.
Quanto mais você estiver rodeado de negatividade, maior será o impacto de manter-se positivo.
Apenas uma pessoa que insista em dizer "sim, vamos conseguir", e que de forma contínua trabalha para fazer as coisas acontecerem, alcançará resultados magníficos.
Se você só consegue sentir energia negativa à sua volta, encare isso como uma oportunidade. "Acenda a sua Luz"!
Considere a diferença que você pode fazer com seus pensamentos e suas ações positivas.
Acenda a sua própria luz, e aqueles que estiverem por perto não poderão deixar de enxergá-la.
E quanto mais escuro estiver à sua volta, mais a sua luz brilhará.
(autoria desconhecida)

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Por dentro do cérebro


 O que fazer para melhorar o cérebro ?
Resposta: Vc. tem de tratar do espírito. Precisa estar feliz, de bem com a vida, fazer exercício. Se está deprimido, reclamando de tudo, com a autoestima baixa, a primeira coisa que acontece é a memória ir embora; 90% das queixas de falta de memória são por depressão, desencanto, desestímulo. Para o cérebro funcionar melhor, você tem de ter alegria. Acordar de manhã e ter desejo de fazer alguma coisa, ter prazer no que está fazendo e ter a autoestima no ponto.
PODER: Cabeça tem a ver com alma? 
PN: Eu acredito que a alma está na cabeça. Quando um doente está com morte cerebral, você tem a impressão de que ele já está sem alma... Isso não dá para explicar, o coração está batendo, mas ele não está mais vivo. Isto comprova que os sentimentos se originam no cérebro e não no coração.
PODER: O que se pode fazer para se prevenir de doenças neurológicas? 
PN: Todo adulto deve incluir no check-up uma investigação cerebral. Vou dar um exemplo: os aneurismas cerebrais têm uma mortalidade de 50% quando rompem, não importa o tratamento. Dos 50% que não morrem, 30% vão ter uma sequela grave: ficar sem falar ou ter uma paralisia. Só 20% ficam bem. Agora, se você encontra o aneurisma num checkup, antes dele sangrar, tem o risco do tratamento, que é de 2%, 3%. É uma doença muito grave, que pode ser prevenida com um check-up.
PODER: Você acha que a vida moderna atrapalha? 
PN: Não, eu acho a vida moderna uma maravilha. A vida na Idade Média era um horror. As pessoas morriam de doenças que hoje são banais de ser tratadas. O sofrimento era muito maior. As pessoas morriam em casa com dor. Hoje existem remédios fortíssimos, ninguém mais tem dor.
PODER: Existe algum inimigo do bom funcionamento do cérebro? 
PN: Todo exagero
Na bebida, nas drogas, na comida, no mau humor, nas reclamações da vida, nos sonhos, na arrogância, etc. O cérebro tem de ser bem tratado como o corpo. Uma coisa depende da outra. É muito difícil um cérebro muito bom num corpo muito maltratado, e vice-versa.
PODER: Qual a evolução que você imagina para a neurocirurgia?
PN: Até agora a gente trata das deformidades que a doença causa, mas acho que vamos entrar numa fase de reparação do funcionamento cerebral, cirurgia genética, que serão cirurgias com introdução de cateter, colocação de partículas de nanotecnologia, em que você vai entrar na célula, com partículas que carregam dentro delas um remédio que vai matar aquela célula doente que te faz infeliz. Daqui a 50 anos ninguém mais vai precisar abrir a cabeça.
PODER: Você acha que nós somos a última geração que vai envelhecer? 
PN: Acho que vamos morrer igual, mas vamos envelhecer menos. As pessoas irão bem até morrer. É isso que a gente espera. Ninguém quer a decadência da velhice. Se você puder ir bem mentalmente ,com saúde, e bom aspecto, até o dia da morte, será uma maravilha.
PODER: Hoje a gente lida com o tempo de uma forma completamente diferente. Você acha que isso muda o funcionamento cerebral das pessoas? 
PN: O cérebro vai se adaptando aos estímulos que recebe, e às necessidades. Você vê pais reclamando que os filhos não saem da internet, mas eles têm de fazer isso porque o cérebro hoje vai funcionar nessa rapidez. Ele tem de entrar nesse clique, porque senão vai ficar para trás. Isso faz parte do mundo em que a gente vive e o cérebro vai correndo atrás, se adaptando.
Você acredita em Deus? 
PN: Geralmente depois de dez horas de cirurgia, aquele estresse, aquela adrenalina toda, quando acabamos de operar, vai até a família e diz:
"Ele está salvo".
Aí, a família olha pra você e diz:
"Graças a Deus!"
Então, a gente acredita que não fomos apenas nós, que existe algo mais independente de religião.         
Paulo Niemeyer Filho
Neurocirurgião Parte da entrevista da revista PODER, ao neurocirurgião Paulo Niemeyer Filho
Fonte: REVISTA PODER

A palavra sincera


Você sabia que a palavra sincera foi criada pelos romanos?
Eles fabricavam certos vasos com uma cera especial tão pura e perfeita que os vasos se tornavam transparentes.
Em alguns casos era possível distinguir os objetos guardados no interior do vaso
Para um vaso assim, fino e límpido, diziam os romanos:
Como é lindo! Parece até que não tem cera!
Sine cera queria dizer sem cera, uma qualidade de vaso perfeito, finíssimo, delicado, que deixava ver através de suas paredes.
Com o tempo, o vocábulo sine cera se transformou em sincero e passou a ter um significado relativo ao caráter humano.
 * * *
Sincero é aquele que é franco, leal, verdadeiro, que não oculta, que não usa disfarces, malícias ou dissimulações. A pessoa sincera, à semelhança do vaso, deixa ver, através de suas palavras, os nobres sentimentos de seu coração.
Assim, procuremos a virtude da sinceridade em nossos corações. Sim, pois na forma de potencialidade, ela está lá, aguardando o momento em que iremos despertá-la e cultivá-la em nossos dias.
Se buscamos a riqueza do espírito, esculpindo seus valores ao longo do tempo, devemos lembrar da sinceridade, desse revestimento que nos torna mais límpidos, mais delicados.
Por que razão ocultar a verdade, se é a verdade que nos liberta da ignorância?
Por que razão usar disfarces, se cedo ou tarde eles caem e seremos obrigados a enfrentar as consequências funestas da mentira?
Por que razão dissimular, se não desejamos jamais ouvir a dissimulação na voz das pessoas que nos cercam?
Quem luta para ser sincero conquista a confiança de todos, e por consequência seu respeito, seu amor.
Quem é sincero jamais enfrentará a vergonha de ser descoberto em falsidades.
Quem luta pela sinceridade é defensor da verdade do cristo, a verdade que liberta.
* * *
Sejamos sinceros, lembrando sempre que essa virtude é delicada, é respeitosa, jamais nos permitindo atirar a verdade nos rostos alheios como uma rocha cortante.
Sejamos sinceros como educadores de nossos filhos. Primemos pela honestidade ensinando-lhes valores morais, desde cedo, principalmente através de nossos exemplos.
Sejamos sinceros e conquistemos as almas que nos cercam.
Sejamos o vaso finíssimo que permite, a quem o observa, perceber seu rico conteúdo.
Sejamos sinceros, defensores da verdade acima de tudo, e carreguemos conosco não o fardo dos segredos, das malícias, das dissimulações, mas as asas da verdade que nos levarão a voos cada vez mais altos.
Por fim, lembremo-nos do vaso transparente de Roma, e procuremos tornar assim o nosso coração.
Redação do Momento Espírita

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Gentilezas diárias


A vida é repleta de pequenas gentilezas, tão sutis quanto marcantes no nosso cotidiano.
O jardim florido oferece um colorido para a paisagem, o sol empresta suas cores para o céu antes de se pôr, a borboleta ensina suavidade e leveza para quem acompanha seu voo.
A gentileza tem essa característica: sutil mas marcante, silenciosa e ao mesmo tempo eloquente, discreta e contundente.
O portador da gentileza o faz pelo prazer de colorir a vida do próximo com suavidade, para perfumar o caminho alheio com brisa suave que refresca a alma.
A gentileza tem o poder de roubar sorrisos, quebrar cenhos carregados ou aliviar o peso de ombros cansados pelas fainas diárias.
E ela se faz silenciosa, algumas vezes tímida, inesperada na maioria das vezes, surpreendendo quem a recebe.
A gentileza não se pede, muito menos se exige... É presente de almas nobres, presenteando outras almas, pelo simples prazer de fazer o dia do outro um pouco mais leve.
Você já experimentou o prazer de ser gentil? Experimente oferecer o seu bom dia a quem encontrar no ponto de ônibus, no elevador ou no caixa do supermercado.
Mas não o faça com as palavras saindo da boca quase que por obrigação. Deseje de sua alma, com olhos iluminados e o sorriso de quem deseja realmente um dia bom, para quem compartilha alguns minutos de sua vida.
A gentileza é capaz de retribuir com nobreza quando alguém fura a fila no supermercado ou no banco, com a sabedoria de que alguns breves minutos não farão diferença na sua vida.
Esquecemos que alguns segundos no trânsito, oferecendo a passagem para outro carro, ou permitindo ao pedestre terminar de atravessar a rua não nos fará diferença, mas facilitará muito a vida do outro.
E algumas vezes, dentro do lar, a convivência nos faz esquecer que ser gentil tempera as relações e adoça o caminhar.
E nada disso somos obrigados a fazer, mas quando fazemos, toda a diferença se faz sentir...
A gentileza se faz presente quando conseguimos esquecer de nós mesmos por um instante para lembrar do próximo. Quando abrimos mão de nós em favor do outro, por um pequeno momento, a gentileza encontra oportunidade de agir.
Ninguém focado em si mesmo, mergulhado no seu egoísmo, encontra oportunidade de ser gentil. Porque, para ser gentil, é fundamental olhar para o próximo, se colocar no lugar do próximo, e se sensibilizar com a possibilidade de amenizar a vida do nosso próximo.
Se não é seu hábito, exercite a capacidade de olhar para o próximo com o olhar da gentileza. Ofereça à vida esses pequenos presentes, espalhando aqui e acolá a suavidade de ser gentil.
E quando você menos esperar, irá descobrir que semear flores ao caminhar, irá fazer você, mais cedo ou mais tarde, caminhar por estradas floridas e perfumadas pela gentileza que a própria vida irá lhe oferecer.
Redação do Momento Espírita
Momento de Reflexão

terça-feira, 21 de maio de 2013

A Justiça e os dramas humanos


“As adversidades não tornam os homens nem melhores nem piores. Apenas revelam-nos como são”
O artigo de um juiz, publicado em jornal de grande circulação, é de causar emoção nas almas mais insensíveis.
Seu artigo diz o seguinte:
“Indaga-me jovem amigo se as sentenças podem ter alma e paixão.
O esquema legal da sentença não proíbe que tenha alma, que nela pulsem vida e emoção, conforme o caso.
Na minha própria vida de juiz senti muitas vezes que era preciso dar sangue e alma às sentenças.
Como devolver, por exemplo, a liberdade a uma mulher grávida, presa porque trazia consigo algumas gramas de maconha, sem penetrar na sua sensibilidade, na sua condição de pessoa humana?
Foi o que tentei fazer ao libertar Edna, uma pobre mulher que estava presa há 8 meses, prestes a dar à luz, com o despacho que a seguir transcrevo:
A acusada é multiplicadamente marginalizada:
Por ser mulher, numa sociedade machista...
Por ser pobre, cujo latifúndio são os sete palmos de terra dos versos imortais do poeta.
Por ser prostituta, desconsiderada pelos homens, mas amada por um Nazareno que certa vez passou por este Mundo.
Por não ter saúde. Por estar grávida, santificada pelo feto que tem dentro de si.
Mulher diante da qual este juiz deveria se ajoelhar numa homenagem à maternidade, porém que, na nossa estrutura social, em vez de estar recebendo cuidados pré-natais, espera pelo filho na cadeia.
É uma dupla liberdade a que concedo neste despacho: liberdade para Edna e liberdade para o filho de Edna que, se do ventre da mãe puder ouvir o som da palavra humana, sinta o calor e o amor da palavra que lhe dirijo, para que venha a este Mundo, com forças para lutar, sofrer e sobreviver.
Quando tanta gente foge da maternidade...
Quando pílulas anticoncepcionais, pagas por instituições estrangeiras, são distribuídas de graça e sem qualquer critério ao povo brasileiro...
Quando milhares de brasileiras, mesmo jovens e sem discernimento, são esterilizadas...
Quando se deve afirmar ao Mundo que os seres têm direito à vida, que é preciso distribuir melhor os bens da Terra e não reduzir os comensais...
Quando, por motivo de conforto ou até mesmo por motivos fúteis, mulheres se privam de gerar, Edna engrandece hoje este Fórum, com o feto que traz dentro de si.
Este juiz renegaria todo o seu credo, rasgaria todos os seus princípios, trairia a memória de sua mãe, se permitisse sair Edna deste Fórum sob prisão.
Saia livre, saia abençoada por Deus...
Saia com seu filho, traga seu filho à luz...
Porque cada choro de uma criança que nasce é a esperança de um Mundo novo, mais fraterno, mais puro, e algum dia cristão...
Expeça-se incontinenti o alvará de soltura.”
O artigo vem assinado pelo Meritíssimo Juiz João Batista Herkenhoff, Livre-docente da Universidade Federal do Espírito Santo.
* * *
Ao ler o despacho desse magistrado, a esperança de um Mundo novo e justo se desdobra à nossa frente.
Esperança de um dia as leis humanas se tornarem educativas e não punitivas.
Esperança de ver as sanções proporcionais às faltas cometidas.
Esperança de, num julgamento, ser levado em conta o passado de cada ser, sua infância, as possibilidades que teve de educação, de saúde, de carinho, de afeto.
Enfim, esperança de que a Humanidade atente para as Leis de Deus e nelas baseiem as suas.
Redação do Momento Espírita

Abortamento


Em que momento acontece o milagre da vida? Em que instante o sopro Divino passa a animar o corpo daquele novo ser que logo surgirá na Terra?
A resposta a essas perguntas sempre inquietou a Humanidade. Debruçaram-se sobre ela filósofos, religiosos e cientistas. Apenas a religião oferece certezas.
O mais interessante é que essas certezas são muito semelhantes, o que indica que as diversas tradições religiosas, ao redor do Mundo, guardam entre si muitas coisas em comum.
Por exemplo, quase todas as religiões ensinam que a vida inicia no momento da concepção.
Naquele momento em que o espermatozóide fecunda o óvulo, inicia-se o mais complexo e comovente processo: a formação de um novo corpo humano.
E, asseguram os religiosos, é nesse instante sublime que o Espírito se une ao corpo em formação.
Por isso, também, todas as religiões são unânimes em reprovar o aborto. A única exceção é quando a gravidez ameaça a vida da mãe. E isso também é uma unanimidade entre todas as crenças.
Ora, se é assim, se todas as religiões humanas desaconselham o aborto, por que a Humanidade insiste no abortamento?
O que faz com que pai e mãe escolham matar seu filhinho? O que nos move em direção a um ato que vitima uma criatura frágil e desprotegida?
Resposta: nosso egoísmo. Quando nos vemos em uma situação que ameaça nosso conforto, em geral nos defendemos escolhendo uma atitude defensiva.
O problema é quando a nossa atitude defensiva viola os direitos dos outros. E isso, definitivamente, acontece quando se faz um aborto.
Sim, porque no silêncio do ventre cresce um corpo que já tem dono. Será a morada de um Espírito imortal, abrigará um filho de Deus.
Quantas vezes nós, os que acreditamos em Deus, pensamos que aquele corpo em formação é a morada de um irmão nosso? Um ser especial que as mãos de Deus depositaram em nosso colo?
E como recebemos essa vida nova? O que fazemos com o Divino presente que nos chega às mãos? Será certo sufocá-lo quando está ainda tão frágil e pequenino?
Não. A vida pede proteção, amparo.
Em todos os países e idiomas do Mundo, a maternidade é louvada como sublime. Não podemos, em nome da modernidade, corromper os valores morais e éticos que herdamos. A lei natural é a do progresso. Jamais de retrocesso.
Hoje, o discurso de muita gente é que a mulher deve ter poder de decisão sobre seu corpo.
A legalização do aborto é tratada como avanço dos direitos humanos, pois se alega que a medida vai proteger as mulheres pobres que fazem abortos ilegais.
São argumentações equivocadas. Partem de princípios errôneos.
Primeiro, porque o feto é um ser à parte. Ele não faz parte do corpo da mãe.
E cabe a pergunta: De que direitos humanos falamos? Direitos humanos são para garantir práticas éticas e não para legalizar o assassinato de crianças.
E se desejamos, de fato, proteger as mulheres pobres das conseqüências de um aborto ilegal, deveríamos investir em saúde e educação.
São antídotos. Mulheres informadas usarão métodos contraceptivos, terão acesso a informação. Não precisarão matar para evitar uma gestação.
Por outro lado, onde fica o amor que tanto falamos e aspiramos sentir? O exercício do amor nos recomenda cuidar dos mais fracos. Que amor é esse que se desvencilha da vida que floresce?
O amor acolhe, abençoa, fortalece. É a expressão máxima da solidariedade. O amor, com certeza, não mata.
Redação do Momento Espírita.
* * * Estude Kardec * * *

domingo, 19 de maio de 2013

Ação do Pensamento


Todo pensamento cultivado se incorpora à conduta do homem.
O pensamento é força que plasma desejos cuja consistência varia de acordo com a incidência da idéia geradora.
O mundo parafísico é constituído de energia mento-neuro-psíquica maleável à vontade que age sobre ela, elaborando as formas nas quais o indivíduo se aprisiona ou com elas se liberta.
A conduta mental responde pelo comportamento físico e moral.
Hábito é vida, na ação do dia-a-dia.
O ódio contumaz atira dardos destruidores como o ouriço irritado lança espículos ferintes.
A mágoa constante intoxica e enferma, à semelhança do pântano que exala miasma venenoso.
A revolta contínua alucina, tanto quanto a serpente agressiva pica e mata.
A inveja permanente desarticula a capacidade de julgamento equilibrado, qual ocorre com o ciúme que se atormenta e persegue com desatino.
Os lobos caem nas armadilhas para lobos.
Quem semeia desequilíbrio, defronta tempestades.
A amizade pura exterioriza simpatia afável como a violeta, o perfume agradável.
O amor irradia beleza, da mesma forma que a terra cultivada oferta o pão.
A bondade natural cativa o próximo, como a paisagem iluminada ganha a emoção superior.
O perdão indistinto aureola de paz que contagia, à semelhança da luz que penetra e aquece.
Cordeiros pastam com cordeiros.
A vida responde conforme a proposta da questão.
Quem esparge esperança recolhe bênçãos.
O homem é a sua vida mental, que lhe cumpre educar e movimentar a bem de si próprio e do progresso geral, co-construtor que é, consciente ou inconscientemente, na obra da divina Criação.
pelo Espírito Carneiro de Campos - Do livro: Seara do Bem, Médium: Divaldo Franco.
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Mensagem de Lins

 Meus caros confrades
Meus votos de muita paz.
Permitam-me algumas breves considerações.
O mundo moderno, especialmente o Ocidente, viveu nos últimos dias a expectativa da eleição papal, quando o supremo chefe da Igreja Católica Apostólica Romana seria erguido ao trono pontifício, para a governança do imenso rebanho que se espalha pelo mundo.
A pompa, o poder arbitrário, os interesses econômicos em jogo, os conciliábulos políticos, ofereceram aos veículos midiáticos valiosa contribuição para comentários intérminos.
E hoje, quando foi eleito o Papa, e escolheu o nome de Francisco, homenageando o Pobrezinho de Assis e o inolvidável Francisco Xavier, divulgador do Cristianismo nas Índias, no Japão, nas Filipinas, simbolizando a humildade do primeiro e a solidariedade do segundo, perspectivas felizes abrem-se para um reinado transitório que deve deixar assinaladas marcas históricas no seio da sociedade.
A multissecular organização humana tem vivido de crises.
Crimes hediondos foram praticados na ignorância da noite medieval.
Homicídios cruéis e bem urdidos, guerras lamentáveis e perseguições inomináveis mancharam-lhe as páginas com o sangue de milhões de vítimas, em detrimento da sublime política de amor enunciada e vivida por Jesus-Cristo.
Uma nova crise de dimensões imensas, não há muito, cindiu a estrutura religiosa política e econômica do Vaticano tornado Estado.
A postura indigna dos administradores do Banco do Vaticano, as chagas morais e purulentas do comportamento de alguns dos seus representantes religiosos, as exigências da modernidade, a necessidade de ampliar os horizontes e atualizá-los, de maneira compatível com os comportamentos hodiernos constituem desafios máximos para Sua Santidade.
Merece considerar que toda organização rígida sofre as injunções penosas do tempo e toda edificação que pretende preservar a tradição sem a necessária adaptação ao meio ambiente e às novas formulações da vida, transformam-se em decomposições carunchadas que o tempo vence.
Das lições inolvidáveis do Mestre no meio da multidão, passou-se da convivência com o populacho sofrido e excluído da sociedade para a opulência da atualidade, com olvido da pureza do Evangelho.
Nada obstante, porque mais de um bilhão de criaturas pertencem ao rebanho, Jesus contempla com misericórdia as astúcias humanas e inspira todos aqueles que são honestos na busca do Bem a que encontrem rápidas soluções para os imensos problemas que ora se abatem sobre a sociedade e a grandiosa Instituição.
Merece considerar que o novo Papa, aclimatado a uma vida austera e simples, despojado das tradições do poder e do orgulho foi elegido para poder criar uma nova ponte, facultando a compreensão da vivência do Evangelho de Jesus, naquele sentido transcendental e santo da fraternidade e da compaixão.
Dois requisitos tornam-se inseparáveis para definir a legitimidade de qualquer doutrina religiosa: estabelecer a estrutura do Bem e da Caridade através do amor e não fazer a outrem o que não deseja que se lhe faça.
Todas as teologias aí perdem os seus focos. Ou encontram a diretriz que não seguem, estabelecendo paradigmas severos de interpretações complexas para o grande desafio do Amor ou são consumidas pelo tempo.
Sem a essência da vida na sua total simplicidade, o Espiritismo, com a tarefa de restaurar o Cristianismo na sua expressão mais singela, deve aprender com a lição destes séculos a preservar a pureza da fé, a fraternidade legítima e manter o espírito de compaixão e de solidariedade, para não se converter em uma perigosa organização político-religiosa-econômica como o mundo exige, falhando no objetivo essencial, que é iluminar as almas.
O Espiritismo possui como paradigma essencial a caridade, como Francisco a viveu com o próprio coração, em Assis, e por onde deixou as pegada marcadas de sangue nos caminhos percorridos. E também como executou o outro Francisco, Xavier, levando Jesus às imensas multidões e sensibilizando-as de tal forma que as conversões eram volumosas e festivas.
O exemplo desses Apóstolos, o espírita moderno deve e pode compreender, buscando imitá-los.
A missão que lhe cabe construir no mundo é a da fraternidade, que os governos não logram em razão das paixões políticas, nem a cultura vã que escraviza no intelectualismo vazio, nem a tecnologia, que faculta todo conforto imaginável, mas é responsável pelas guerras de extermínio...
Só Jesus pode realizá-la.
Todos nós, em uníssono, inscrevamos em nosso mundo íntimo a vida incomparável do Galileu, que a nós nos fascina, entregando-nos, como rebanho, ao Seu cajado amigo de segurança.
Agradecemos a vossa paciência para com as nossas reflexões.
pelo Espírito Lins de Vasconcelos - Psicofonia de Divaldo Pereira Franco, em 13 de março de 2013, na data da eleição do Papa Francisco na reunião mediúnica do Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador – BA. Do site: http://divaldofranco.com.br/mensagens.php?not=321.
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quinta-feira, 16 de maio de 2013

Uma importante opção


Emília pertencia a uma família de classe média, em um país europeu que sofria crises e carestias, depois de uma prolongada guerra nacional. Fome e epidemias ameaçavam a toda a população polonesa.
Emília, desde pequena, tinha uma saúde frágil, e não melhorava devido às condições em que vivia. Era ainda muito jovem quando se casou com um operário têxtil e se estabeleceram em uma cidadezinha nova, longe de familiares e conhecidos: Wadovice, a 30 km de Cracóvia.
Pouco tempo depois nasceu seu primeiro filho, Edmundo, um garoto belo, bom aluno, atleta e de personalidade forte. Chegaria a se formar em Medicina.
Alguns anos mais tarde, em 1915, Emília deu à luz uma menina, que só sobreviveu poucas semanas, por causa das más condições de vida a que a família estava submetida.
Catorze anos depois do nascimento de Edmundo, e quase dez da morte de sua segunda filha, Emília se encontrava em uma situação particularmente difícil.
Tinha cerca de 40 anos e sua saúde não havia melhorado: sofria severos problemas renais e seu sistema cardíaco se debilitava, pouco a pouco, devido a uma doença congênita.
Além disso, a situação política do seu país era cada vez mais crítica, pois havia sido muito afetado pela recém terminada Primeira Guerra Mundial.
Viviam com o indispensável e com a incerteza e o medo de que se instalasse uma nova guerra.
Justamente nessas terríveis circunstâncias, Emília percebeu que estava grávida novamente. Apesar de o acesso ao abortamento não ser fácil naquela época, e naquele país tão pobre, existia a opção e não faltou quem se oferecesse para praticá-lo.
Sua idade e sua saúde faziam da gestação um alto risco para sua vida. Além disso, sua difícil condição de vida lhe fazia perguntar-se: Que mundo posso oferecer a este pequeno? Uma vida miserável? Um povo em guerra?
Emília desconhecia que só lhe restavam dez anos de vida, por causa de seus problemas de saúde.
Tragicamente, também Edmundo, o único irmão do bebê que esperava, viveria só mais dois anos.
Alguns anos mais tarde, aconteceria a Segunda Guerra Mundial, e no ano de 1941, o pai da criança que estava por nascer também perderia a vida.
Contudo, entre as dificuldades que a assombravam e a vida que nela palpitava, Emília optou por dar à luz seu filho, a quem chamou de Karol. Ele foi o único sobrevivente da família.
Aos 21 anos, ficou na Terra sem os pais e sem os irmãos. Este menino se tornou um ancião. Por muitos anos, cada vez que visitava algum país e passava por suas ruas, milhões de gargantas exaltadas lhe gritavam: João Paulo Segundo, nós te amamos.
Com vários problemas de saúde, o Papa João Paulo Segundo confessou que somente se sustentava pela força da prece dos que oravam por ele.
*
Pense nisso! A jovem Emília podia ter decidido por não permitir o nascimento daquele terceiro filho.
Mas, que grande homem teria perdido o Mundo. Um homem que utilizou o seu prestígio para falar aos dirigentes das nações sobre as doenças da sociedade e que, esperançoso, afirmava que havia razões para confiar, para esperar, para lutar, para construir.
Pense nisso e jamais diga não à vida. Não importam as situações adversas, nem as nuvens borrascosas que teimam em se apresentar.
Se um Espírito lhe bater à porta do coração, pedindo acolhida num minúsculo corpo de carne, receba-o.
Ele poderá vir para mudar a face do Mundo. Ele poderá vir, simplesmente, para enrolar seus braços em seu pescoço e sussurrar aos seus ouvidos: Eu te amo, mamãe!
Redação do Momento Espírita. Com base em pesquisa ao site www.cnbb.org.br/files/biografia.
* * * Estude Kardec * * *

terça-feira, 14 de maio de 2013

Comunhão com o mais Além


Nos dias mais tumultuosos da atividade cristã, durante as perseguições iniciadas por Saulo e pelo Sinédrio, assim como aquelas desencadeadas mais tarde pelos imperadores romanos, a comunhão com o Mais Além constituiu o estímulo e fortalecimento da fé, para que os apóstolos e mártires pudessem enfrentar os inimigos comuns, dominados pela coragem e pelo arrebatamento espiritual.
As incomparáveis comunicações dos Espíritos com os trabalhadores da seara de Jesus vitalizavam-nos, oferecendo-lhes o divino pábulo para que não desfalecessem no turbilhão dos ódios desenfreados que lhes arrebatavam tudo, humilhando-os, afligindo-os e roubando-lhes as vidas mediante a urdidura de planos nefandos.
A tirania farisaica era hábil em criar situações persecutórias, refinando sempre os métodos de antagonismo através das infindáveis arengas com que envolviam a lei mosaica de tal forma que ninguém, tornado sua vítima, conseguia fugir às injunções cruéis que promovia. Dessa inesgotável e generosa fonte da imortalidade jorrava a água lustral e cristalina que dessedentava as vítimas e as sustentava antes e durante os testemunhos vigorosos.
Os métodos insanos das bastonadas e chibatadas, dos ferimentos nos lábios e na face, logo seguidos do apedrejamento até a morte, quando não era utilizada a cruz de vergonha e de supremo desprezo pela vida dos outros, sempre se caracterizavam pela absoluta ausência de compaixão, de misericórdia, de respeito, demonstrando a ferocidade maldisfarçada pelas vestes impecáveis e pela conduta de gestos medidos...
Os romanos, por sua vez, eram específicos em punições perversas em que dilaceravam as vítimas ou as queimavam com o azeite fervente, com ferros em brasa, em combates com as feras, com os centuriões ou simplesmente os martirizavam nos espetáculos burlescos, disfarçados de teatro do horror, em que padeciam cruelmente na representação de irônicas peças mitológicas da tragédia ancestral...
Infelizmente, o ser humano sempre descobre métodos bárbaros para afligir as demais criaturas, atingindo supremos níveis de bestialidade que é despertada de maneira rápida e por qualquer pequena faísca de ira que se converte em ódio.
Surpreende a qualquer estudioso dos espetáculos circenses e das infames perseguições contra os discípulos de Jesus, a coragem com que enfrentavam o martírio, muitas vezes cantando, sem o menor rancor pelos seus insensíveis algozes, o que mais os exasperavam...
Essa força desconhecida provinha do Mestre amado e da certeza do valor das Suas promessas, bem como da presença dos Espíritos amigos e protetores que os assistiam, infundindo-lhes ânimo sempre novo e vitalidade desconhecida.
Quanto mais terríveis eram as tenazes com que tentavam silenciá-los, mais altivez e dignidade revestiam as vítimas das cruentas injunções.
Esses inexcedíveis amigos desencarnados rociavam com a sua ternura as ardências das dores acerbas, lenindo os sentimentos dos valorosos servidores transformados em réprobos, fazendo que as suas existências fossem o testemunho ímpar da sua crença libertadora.
Em todas as épocas da humanidade sempre foram ouvidas as vozes do Além-túmulo, confirmando a sobrevivência da vida ao fenômeno desagregador da morte biológica. Foram os imortais que comunicaram ao mundo físico a sobrevivência em inequívocos testemunhos da imortalidade.
Suas vozes claras e dignificantes ressoaram do túmulo convidando os demais seres humanos a reflexionar em torno dos seus ensinamentos, ora em forma de cantos de sublime beleza, noutros momentos em informações complexas e verdadeiras, mas também mediante os graves distúrbios obsessivos que esmagavam os deambulantes carnais.
Constituindo a população pulsante do Universo, os Espíritos, no Cristianismo, têm sido a força viva e atuante ao lado dos seus irmãos da retaguarda material deles necessitados.
Jesus dialogou com alguns, apresentassem-se na condição de vampirizadores das energias das suas vítimas, ou vingadores das ofensas sofridas e não desculpadas ao longo do tempo, de igual maneira com o inesquecível legislador Moisés e o profeta Elias no memorável fenômeno da transfiguração, quando esses O reverenciaram...
Foram, no entanto, a Sua ressurreição gloriosa e a Sua convivência com os discípulos, que assinalaram de maneira explícita e grandiosa o intercâmbio espiritual que o Espiritismo adota na vivência dos seus postulados, ensinados pelos próprios mentores e guias da sociedade.
Mediante esse intercâmbio de bênçãos reformulam-se conceitos existenciais, abrem-se espaços para a esperança e a certeza da continuidade do amor além dos limites orgânicos e para a felicidade sem jaça após o portal de cinza e de lama da sepultura.
Por isso, as células cristãs do Espiritismo sempre terão nas comunicações espirituais, a fonte geradora de luz da imortalidade, para diminuir as sombras do caminho evolutivo, para a sustentação do ânimo dos seus membros, para o encorajamento ao trabalho, quando o desfalecimento ameace ou as perseguições, que prosseguem sob outros aspectos, atemorizem os corações menos fortalecidos.
Jamais faltam o convívio com os imortais, as claridades da sua sabedoria, a presença estimuladora, o doce encantamento das suas vozes, sustentando as forças combalidas ou não dos transeuntes terrestres.
A caridade deles para com os seus irmãos reencarnados é imensa, estando sempre às ordens, testemunhando-lhes fidelidade e amor, a fim de que todos possam alcançar os altiplanos da espiritualidade em clima de festa de corações e arrebatamento das emoções superiores.
Por sua vez, sustentados pela mágica assistência desses anjos tutelares, os lidadores do bem terão mais encantamento para seguir adiante, assinalando a sua passagem na Terra em sombras com as estrelas luminosas da sua bondade e da afeição a todos os seres, semeando esperança e alegria de viver, superando as angústias da morte e os desencantos da existência.
Desse modo, mantém-te atento às inspirações que procedem do Mais Além, deixando-te conduzir pelos formosos Benfeitores da humanidade que trabalham ao teu lado em favor do mundo melhor e da sociedade mais feliz.
Não fosse esse formidando auxílio e muito mais difícil seria o prosseguimento dos ideais superiores, em face dos enfrentamentos perversos da cultura imediatista e ateia que vive na Terra.
Nos inolvidáveis dias do martirológio cristão, enquanto as lágrimas e as angústias dilaceravam as esperanças das vítimas, confundindo-se com a psicosfera pestilenta dos recintos infelizes, os angélicos amigos espirituais esparziam o zéfiro perfumado e aguardavam que as carnes despedaçadas libertassem-lhes os Espíritos, a fim de os conduzirem aos páramos celestiais, vitoriosos após as refregas impostas pela evolução.
Seja em qual situação te encontres hoje, recorda Jesus sempre amoroso, oferecendo-te apoio e vontade, ao mesmo tempo facultando que os Seus embaixadores rompam a cortina de matéria e entrem em contato contigo através dos fios invisíveis da inspiração e do apoio.
Segue adiante sem temor, porque o curso da vida não se encerra no túmulo, e além dele estua o amor vigilante e misericordioso.
pelo Espírito Joanna de Ângelis - Psicografia de Divaldo Pereira Franco, na manhã de 8 de junho de 2011 na residência de Josef Jackulak, em Viena, Áustria. Do site: http://www.divaldofranco.com.br/mensagens.php?not=243