Você possui muitos bens imperecíveis?
Talvez tenha lhe vindo à mente sua
declaração de bens e direitos entregue ao fisco no último exercício fiscal.
Mas nós não estamos falando desses bens,
e sim dos bens da alma, realmente imperecíveis.
Sim, quando voltarmos para o mundo
espiritual, seremos identificados pelas nossas conquistas essencialmente
espirituais.
Sob esse ponto de vista as coisas ficam
mais fáceis, pois todos temos possibilidades de angariar bens, já que eles
independem de posição social ou financeira.
No campo dos sentimentos, por exemplo, é
possível que tenhamos uma lista grande dessas aquisições, desde que saibamos
aproveitá-las.
Valorizar um beijo carinhoso de
criança...
O abraço afetuoso de um amigo...
A alegria do filho ao livra-se das
rodinhas auxiliares da sua bicicleta...
A conversa com os pais e avós ao redor
do velho fogão à lenha...
O cheiro de mato molhado de chuva...
O sol se despedindo no horizonte...
A primeira flor, ofertada pelo nosso
grande amor...
A expressão de dor no olhar da filha que
rompeu com o namorado...
A explosão de alegria do filho que
conquistou uma medalha nos jogos infantis.
A desolação da filha quando lhe dissemos
que não a levaríamos conosco na viagem de férias...
Saber converter as relações
estabelecidas por conveniência em amizade sincera..
Com respeito à moral também há um imenso
campo para joeirar e ajuntar bens imperecíveis.
A humildade de pedir perdão por uma
atitude equivocada...
O respeito às idéias e opiniões dos
outros...
O cultivo da honestidade, ainda que a
pouco e pouco.
O sacrifício dos interesses próprios por
amor à justiça.
A caridade, que sabe perdoar e esquecer
uma ofensa.
A dignidade que não se deixa contaminar
pelos interesses escusos.
A sabedoria de não emitir opinião sobre
um assunto que desconheça...
E no campo intelectual há muito terreno
para cultivar nossos bens imperecíveis.
A leitura sistemática de tudo o que pode
nos clarear a mente.
Os questionamentos sinceros quanto à
nossa natureza, origem e destino como seres humanos.
A busca dos porquês da dor, das
desigualdades intelectuais, morais e sociais.
A derrubada do muro apodrecido do
preconceito racial, religioso, cultural e social.
Enfim, agora podemos avaliar o quanto de
bens imperecíveis que já detemos e os que ainda estamos por conquistar.
Mas, a verdade é que não sabemos de
quanto tempo ainda dispomos na presente existência e, por essa razão, não
podemos perder tempo.
É preciso que valorizemos as horas e
ajuntemos esses tesouros, aos quais Jesus se referia dizendo que o ladrão não
rouba, a traça nem a ferrugem consomem.
Pensemos nisso!
Equipe de
Redação do Momento Espírita
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