A segunda capital do Brasil, Rio de
Janeiro, é cantada e conhecida como a cidade maravilhosa. Aquela cheia de
encantos mil.
E, verdadeiramente o é. Chegar àquela
cidade e contemplar, à distância, o Cristo Redentor no alto do morro, é
comovente.
E depois, se sucedem as praias, a
natureza em total exuberância, a entrada da Baía de Guanabara, o mar beijando a
orla...
Um verdadeiro encanto para quem tem
olhos de ver e não se detém somente nas dificuldades que aquela metrópole, à
semelhança de outras tantas, padece.
Talvez, por isso, aquele jovem de uma
localidade do interior do Estado tenha se surpreendido, ao receber uma nota em
que sua amiga se referia à cidade em que ele reside como maravilhosa.
Maravilhosa em quê?, redarguiu.
A cidade onde moro não é nenhuma
metrópole, não tem nenhuma atração especial e o máximo que temos em beleza é a
praça central, com alguns canteiros e bancos para desfrutar do sol.
A resposta que recebeu o deixou
emocionado.
Amigo, para mim, o local onde moram os
meus amigos, será sempre maravilhoso. Isso porque eu sei que, chegando ali,
encontrarei as flores da amizade em ricos ramalhetes para me receber.
Sei que, passeando pelas ruas, poderei
sentir o perfume dessa virtude que alimenta as nossas vidas exalando de cada
coração.
Sei que, mesmo em dias de chuva e frio,
encontrarei o calor dos seus abraços e o sol dos seus sorrisos.
Por isso, acredite, a sua cidade é
maravilhosa. Ali residem você e outros tantos amigos, cujas fotos trago muito
bem guardadas, no álbum do coração.
Quando viajo pelo mundo, quando chego às
cidades onde ninguém me conhece e a ninguém conheço, tenho o cuidado de fechar
os olhos e folhear esse precioso álbum.
As faces de cada um dos que residem
nessa cidade passam pela minha memória e acalentam a minha soledade.
Sei então que não estou só. Os amigos
distantes vibram por mim, me indagam de notícias, me enviam seu carinho em
torpedos diários, em e.mails que chegam a horas perdidas da madrugada.
Existem sim, no mundo, localidades de
espetacular beleza, que enchem os olhos com suas alamedas bem desenhadas,
flores em abundância, jardins e praças esculturais.
Cidades que ofertam belezas naturais,
com rios de águas cantantes, pontes de invejável arquitetura.
Cidades antigas que conservam o
romantismo das ruelas estreitas, entre o casario de uma ou outra época. Cidades
culturais, cidades modernas, de linhas arrojadas, edifícios que desafiam as
alturas, monumentos extraordinários que honram a criatividade humana, sempre
insuperável em suas manifestações.
Sim, já visitei muitas cidades e
fotografei um número imenso de logradouros, museus, bibliotecas, pontes,
riachos e concertos de cores da natureza.
Já fotografei obras de incalculável
valor, que atestam como o homem é verdadeiramente esse ser que deixa seus
traços de imortalidade nas expressões da arquitetura, da engenharia, da
pintura, da escultura. Tantas e diversificadas concretizações da sua
grandiosidade de filho de Deus.
Mas, de todas, a mais maravilhosa cidade
das que já visitei, conheci, admirei é, sim, essa cidade onde estão os meus
amigos.
Essa cidade onde estão os ramalhetes
perfumados que me envolvem a alma em afagos, carinho e atenção.
Redação do
Momento Espírita.
Em 01.03.2011
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