Enquanto a
balada do Evangelho derramava alegrias nas mentes ingênuas e nos corações
sofridos das massas, as multidões se acotovelavam e se empurravam para vê-lO,
tocá-lO, estarem perto d’Ele.
Todos aqueles que tinham dificuldades e problemas viam em Jesus o seu libertador, e n’Ele depositavam sua confiança, sua ansiedade.
Ele passeava o olhar compassivo, e em todos infundia ânimo e esperança, confortando-os com ou sem palavras através da irradiação do Seu psiquismo e da Sua ternura incomparáveis.
Simultaneamente porém, a noite que predominava nos corações dos opressores e governantes impiedosos, dos dominadores de um dia, dos religiosos presunçosos e ricos de inveja, dos cobiçosos, de todos aqueles que somente desfrutavam de primazias e honras, temendo perdê-las, preparava o caldo de cultura do ódio, para infamá-lO, para O pegarem em alguma contradição, cujas armadilhas estabeleciam com cinismo e sofismas bem urdidos. Mas Jesus os conhecia e se fazia inalcançável às suas tricas farisaicas hediondas e venais. Aumentava o número daqueles que se beneficiavam com o Seu socorro e crescia a onda que se propunha afogá-lO nas suas águas torvas e iníquas.
Todos aqueles que tinham dificuldades e problemas viam em Jesus o seu libertador, e n’Ele depositavam sua confiança, sua ansiedade.
Ele passeava o olhar compassivo, e em todos infundia ânimo e esperança, confortando-os com ou sem palavras através da irradiação do Seu psiquismo e da Sua ternura incomparáveis.
Simultaneamente porém, a noite que predominava nos corações dos opressores e governantes impiedosos, dos dominadores de um dia, dos religiosos presunçosos e ricos de inveja, dos cobiçosos, de todos aqueles que somente desfrutavam de primazias e honras, temendo perdê-las, preparava o caldo de cultura do ódio, para infamá-lO, para O pegarem em alguma contradição, cujas armadilhas estabeleciam com cinismo e sofismas bem urdidos. Mas Jesus os conhecia e se fazia inalcançável às suas tricas farisaicas hediondas e venais. Aumentava o número daqueles que se beneficiavam com o Seu socorro e crescia a onda que se propunha afogá-lO nas suas águas torvas e iníquas.
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A sinagoga era lugar de orações e
recitativos da Lei, de unção, de companheirismo... mas também de encontros para
a sordidez e a vingança, para a sedição e a perversidade. Ali se refugiavam o
orgulho e a presunção, que a governavam, ditando regras de bom proceder para o
povo necessitado.
Entre eles, os que se permitiam
todos os privilégios, tornavam-se conhecidos pelas suas mesquinharias e
fraquezas, os seus comportamentos vis e perturbadores, que sabiam di sfarçar
diante daqueles que os ouviam e respeitavam, embora eles não se respeitassem a
si mesmos, pois que se isso ocorresse, impor-se-iam outra conduta moral.
Assim sendo, como sempre que Lhe era possível O fazia, Jesus entrou de novo numa sinagoga. Havia ali um homem que tinha a mão paralisada.
Assim sendo, como sempre que Lhe era possível O fazia, Jesus entrou de novo numa sinagoga. Havia ali um homem que tinha a mão paralisada.
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A multidão que ora O seguia já não
era somente de galileus e de sírios, mas também de judeus, de Jerusalém, de
Tiro, de muitas partes, atraída pelo Seu verbo e pela Sua força de libertação.
Lá fora, na paisagem irisada de luz, as anêmonas balouçavam nas hastes frágeis
e violetas miúdas derramavam perfume nos rios do vento que o conduz por toda
parte.
A astúcia dos Seus adversários esperava que Ele se propusesse a curar no sábado, a fim de terem motivo para prendê-lO por desacato à Lei que estabelecia o repouso nesse dia. O Mestre conhecia-lhes a intimidade dos sentimentos ultrizes e a vileza moral em que se debatiam. Por isso mesmo, não os temia, antes compadecia-Se da sua miséria espiritual. Jesus disse ao homem que tinha a mão mirrada: - Levanta-te! Vem para o meio.
Convidar para o centro é dignificar o ser humano, que vive atirado na margem, ignorado, desrespeitado e esquecido. Essa é uma forma de restituir a identidade de criatura que merece respeito e carinho. Ante o espanto natural e a possibilidade de Ele ferir os costumes legais, ouviram-nO interrogar:
- Que é permitido no dia de Sábado, fazer o bem ou fazer o mal? Salvar um ser vivo ou matá-lo?
Mas eles ficaram calados. A pusilanimidade deles não corria risco de perder-se, tomando uma definição. Esses cruéis perseguidores são de sentimentos elevados mortos, quais sonâmbulos com ideias fixas no ódio e na incúria. Ficar calado é assentir sem comprometer-se, tendo chance de assumir outra posição, aquela que seja mais conveniente. Passando à volta de si um olhar de cólera sobre eles, entristecido pelo endurecimento de seus corações, disse ao homem: - Estende a mão. Ele a estendeu e a mão ficou curada.
Nesse episódio a paranormalidade do Mestre é novamente evidente. Ele tem o poder de restaurar os tecidos, influenciando o campo modelador da forma física, trabalhando nas células com a Sua mente extraordinária. A mão mirrada é também símbolo que encontra respaldo nas pessoas que nunca abrem o coração para ajudar, dando-lhe movimento de fraternidade. Ela fica mirrada por falta de ação dignificante e operosa, perdendo a finalidade para a qual foi elaborada pelo Pensamento Divino.
O encontro real com Jesus permite que retome a sua forma, tornando-se igual à outra, àquela que não foi atingida pela circunstância punitiva. Depois de se retirarem - deixando-os boquiabertos e invejosos - os fariseus deliberaram com os herodianos contra Jesus acerca dos meios de matá-lO.
Os pigmeus morais, impossibilitados de crescer espiritualmente para alcançar os missionários do bem e do amor, arquitetam planos para destruí-los, ignorando que não se destroem valores humanos com artimanhas que jamais alcançam a realidade dos seres.
Esses perseguidores são almas mirradas, sem ideais nem nobreza, perdidos no tempo e que naufragaram no egoísmo, debatendo-se nas suas malhas, sem conseguir libertação. Pertencem a todos os tempos e caminham ao lado dos construtores da dignidade humana, a fim de prová-los, de os submeter ao seu cadinho purificador. Transformam-se em testes de resistência para os homens e mulheres que anelam pelo mundo melhor e se doam a essa causa.
São duros de coração, que não se enternece, nem se comove. O órgão vibra e impulsiona o sangue, mas nada tem a ver com a emotividade, com os sentimentos de beleza e de fraternidade. Terminam por tornar-se carcereiros de si mesmos, enjaulando-se nas celas da indiferença que os entorpece e mata.
Jesus os defrontará com mais assiduidade, porém, sem atribuir-lhes qualquer significado ou considerar-lhes a distinção que se permitem, aumentando neles o ódio e a perseguição. Eles passam e a vida os esquece, mas não se olvidam de como agiram, de como são e do quanto necessitam para a reedificação.
Há muitas mãos mirradas na sociedade dos dias atuais. Perderam a função superior e estiolaram as fibras que as constituem no jogo apetitoso dos interesses inferiores. Encontram-se no centro dos grupos, experimentam destaque, mas não são atuantes no bem nem na compaixão para receber os que eles mesmos expulsaram do seu convívio e ficaram na marginalidade.
Agora constituem o grupo dos antigos fariseus e herodianos, que sempre a usavam para perseguir e matar. Trouxeram-na internamente mirrada, embora o exterior seja normal e atraente. Estão imobilizadas no cimento em que se encarceraram, aguardando Jesus, para chamá-los ao meio e curá-los.
A astúcia dos Seus adversários esperava que Ele se propusesse a curar no sábado, a fim de terem motivo para prendê-lO por desacato à Lei que estabelecia o repouso nesse dia. O Mestre conhecia-lhes a intimidade dos sentimentos ultrizes e a vileza moral em que se debatiam. Por isso mesmo, não os temia, antes compadecia-Se da sua miséria espiritual. Jesus disse ao homem que tinha a mão mirrada: - Levanta-te! Vem para o meio.
Convidar para o centro é dignificar o ser humano, que vive atirado na margem, ignorado, desrespeitado e esquecido. Essa é uma forma de restituir a identidade de criatura que merece respeito e carinho. Ante o espanto natural e a possibilidade de Ele ferir os costumes legais, ouviram-nO interrogar:
- Que é permitido no dia de Sábado, fazer o bem ou fazer o mal? Salvar um ser vivo ou matá-lo?
Mas eles ficaram calados. A pusilanimidade deles não corria risco de perder-se, tomando uma definição. Esses cruéis perseguidores são de sentimentos elevados mortos, quais sonâmbulos com ideias fixas no ódio e na incúria. Ficar calado é assentir sem comprometer-se, tendo chance de assumir outra posição, aquela que seja mais conveniente. Passando à volta de si um olhar de cólera sobre eles, entristecido pelo endurecimento de seus corações, disse ao homem: - Estende a mão. Ele a estendeu e a mão ficou curada.
Nesse episódio a paranormalidade do Mestre é novamente evidente. Ele tem o poder de restaurar os tecidos, influenciando o campo modelador da forma física, trabalhando nas células com a Sua mente extraordinária. A mão mirrada é também símbolo que encontra respaldo nas pessoas que nunca abrem o coração para ajudar, dando-lhe movimento de fraternidade. Ela fica mirrada por falta de ação dignificante e operosa, perdendo a finalidade para a qual foi elaborada pelo Pensamento Divino.
O encontro real com Jesus permite que retome a sua forma, tornando-se igual à outra, àquela que não foi atingida pela circunstância punitiva. Depois de se retirarem - deixando-os boquiabertos e invejosos - os fariseus deliberaram com os herodianos contra Jesus acerca dos meios de matá-lO.
Os pigmeus morais, impossibilitados de crescer espiritualmente para alcançar os missionários do bem e do amor, arquitetam planos para destruí-los, ignorando que não se destroem valores humanos com artimanhas que jamais alcançam a realidade dos seres.
Esses perseguidores são almas mirradas, sem ideais nem nobreza, perdidos no tempo e que naufragaram no egoísmo, debatendo-se nas suas malhas, sem conseguir libertação. Pertencem a todos os tempos e caminham ao lado dos construtores da dignidade humana, a fim de prová-los, de os submeter ao seu cadinho purificador. Transformam-se em testes de resistência para os homens e mulheres que anelam pelo mundo melhor e se doam a essa causa.
São duros de coração, que não se enternece, nem se comove. O órgão vibra e impulsiona o sangue, mas nada tem a ver com a emotividade, com os sentimentos de beleza e de fraternidade. Terminam por tornar-se carcereiros de si mesmos, enjaulando-se nas celas da indiferença que os entorpece e mata.
Jesus os defrontará com mais assiduidade, porém, sem atribuir-lhes qualquer significado ou considerar-lhes a distinção que se permitem, aumentando neles o ódio e a perseguição. Eles passam e a vida os esquece, mas não se olvidam de como agiram, de como são e do quanto necessitam para a reedificação.
Há muitas mãos mirradas na sociedade dos dias atuais. Perderam a função superior e estiolaram as fibras que as constituem no jogo apetitoso dos interesses inferiores. Encontram-se no centro dos grupos, experimentam destaque, mas não são atuantes no bem nem na compaixão para receber os que eles mesmos expulsaram do seu convívio e ficaram na marginalidade.
Agora constituem o grupo dos antigos fariseus e herodianos, que sempre a usavam para perseguir e matar. Trouxeram-na internamente mirrada, embora o exterior seja normal e atraente. Estão imobilizadas no cimento em que se encarceraram, aguardando Jesus, para chamá-los ao meio e curá-los.
Amélia Rodrigues
Psicografia
de Divaldo Pereira Franco, no dia 18 de julho de 200 0, em Paramirim, Bahia.
Publicada no Jornal Mundo Espírita de janeiro de 2001.
Em 16.01.2012.
(*) Marcos-3:1-6.
Nota da Autora espiritual
Publicada no Jornal Mundo Espírita de janeiro de 2001.
Em 16.01.2012.
(*) Marcos-3:1-6.
Nota da Autora espiritual
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