Deus
não ouve as minhas preces. Eis uma sentença repetida por muitos que, passando
pelas provações da vida, se valem da oração, mas, por não obterem aquilo que
solicitam, julgam que não estão sendo ouvidos pelo Criador.
Aqueles
que verbalizam tal sentença desconhecem o valor inestimável da prece.
Na
questão 659 de O livro dos Espíritos, encontramos registrado o questionamento
de Allan Kardec, que solicita aos mensageiros do Alto esclarecimentos acerca do
caráter geral da prece.
Eis
a iluminada resposta: “A prece é um ato
de adoração. Fazer preces a Deus é pensar n’Ele, aproximar-se d’Ele, pôr-se em
comunicação com Ele. A três coisas podemos propor-nos por meio da prece:
louvar, pedir e agradecer.”
A
prece que se faz em favor de si mesmo ou de outrem é ferramenta valiosíssima
que lança luz sobre as trevas que nos escurecem o Espírito, quando passamos
pelas tribulações da vida.
E
tenhamos a certeza: Deus sempre ouve nosso clamor e responde às nossas orações,
porém, faz-se necessário que ajustemos a acústica da alma para ouvi-lO.
Meu
filho, tu és forte, capaz, inteligente, cheio de talentos. Reconhece tuas
possibilidades e utiliza-as em teu favor.
Tu
és dotado da mais nobre de todas as virtudes: a capacidade de amar.
Usa
sabiamente esta virtude: escolhe a paz e não a violência. O perdão e não o
ódio. A caridade e não o egoísmo.
Nas
tuas dúvidas e incertezas, nos teus medos, receios e, até mesmo, na tua falta
de fé, contempla o céu, o mar, a natureza em festa, o perfume das flores e
percebe que, passado o cinza dos dias invernais, tudo se torna colorido
novamente...
E
é sempre o colorido que permanece...
Busca-me
no sorriso do teu irmão, naqueles que nascem, naqueles que retornam à
Espiritualidade e naqueles que te procuram na aflição.
Cresce
a cada dia em otimismo, verdade e esperança. Abandona os sentimentos inferiores
e as reclamações infundadas.
Em
todos os passos que dás, estou contigo. Mesmo quando, em meio às tuas lágrimas,
te sentes sozinho, estou ao teu lado e amparo-te em teus sofrimentos, ainda que
não me percebas.
Torna-te
simples. Aprende que precisas de pouco, muito pouco, para descobrir em ti mesmo
o caminho que te levará à felicidade e à paz que tanto almejas.
Torna-te
generoso contigo mesmo e com os que te cercam.
Reconhece
tuas falhas, mas não te cobres em demasia. Faze a parte que te cabe em tua
reforma íntima e concede ao tempo a parte que lhe é própria, a fim de que ele
te auxilie nesse processo.
E,
filho, sê feliz desde já, como sejas, com o que tenhas e com aqueles que te
cercam, pois foi em nome da felicidade que te criei.
A
felicidade habita dentro de ti. Busca-a e haverás de encontrá-la.
Através
da prece, conversamos com Deus e o Senhor da Vida nos escuta. Silenciemos nosso
foro íntimo para ouvi-lO respondendo-nos às rogativas.
O
que Ele nos revela hoje? Sua voz se manifesta na intimidade da alma e no
recôndito do coração.
Ouçamo-lO.
Por Redação do Momento Espírita,
com citação do item 659 de O livro dos Espíritos, de Allan Kardec, ed. FEB. Do
site: http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=4196&stat=0
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