Seguem-nos ainda hoje.
E virão sempre.
Por amor, os bem-aventurados, que
já conquistaram a Luz Divina, descerão até nós, quais flamas solares que não
apenas se retratam nos minaretes da Terra, mas penetram igualmente nas
reentrâncias do abismo, aquecendo os vermes anônimos.
Chegam, sim, até nós,
desculpando-nos as faltas e suprindo-nos as fraquezas, a integrar-nos na
ciência difícil de corrigir-nos por nós mesmos, sem reclamarem o título de mestres.
Volvem de sublimes regiões,
semelhando astros que se apagam na sombra de pesada renúncia, para nos
conduzirem o passo, e, envergando a roupagem inferior em que nos achamos, são
pais e mães, amigos e servidores, cuja grandeza, muita vez, percebemos somente
depois que se distanciam...
Ajudam-nos a carregar o fardo de
nossos erros, sem tornar-nos irresponsáveis. Alentam-nos a energia sem
demitir-nos da obrigação.
Sobretudo, jamais nos criticam as
deficiências, apesar de nos conhecerem as forças ainda frágeis, e, ainda mesmo
quando nos rebolquemos no vício, levantam-nos, caridosos, sem fustigar-nos com
o tição da censura.
São eles a palavra serena nos
torvelinhos do desespero, o refúgio no abandono, o consolo quando a provação
nos obriga a marchar sob a chuva das lágrimas, e a certeza do bem, quando o mal
parece minar a vida.
Se choras, reflete neles. Quando
te aflijas, não lhes olvides o apoio.
Endereça o pensamento às Alturas
e pede-lhes inspiração e socorro, porque, para eles, os bem-aventurados que se
elevaram à União Divina, o júbilo maior será sempre esparzir o amor de Deus,
que acende estrelas além das trevas e desabotoa rosas entre os espinhos.
Pelo
Espírito Emmanuel - Do livro: Justiça Divina, Médium: Francisco Cândido Xavier.
Nenhum comentário:
Postar um comentário