TRABALHO E
EDUCAÇÃO
Não basta se
diga ao homem que lhe corre o dever de trabalhar. É preciso que aquele que tem
de prover à sua existência por meio do trabalho encontre em que se ocupar, o
que nem sempre acontece. Quando se generaliza, a suspensão do trabalho assume
as proporções de um flagelo, qual a miséria.
A ciência
econômica procura remédio para isso no equilíbrio entre a produção e o consumo.
Mas, esse
equilíbrio, dado seja possível estabelecer-se, sofrerá sempre intermitências,
durante as quais não deixa o trabalhador de ter que viver.
Há um
elemento, que se não costuma fazer pesar na balança e sem o qual a ciência
econômica não passa de simples teoria.
Esse elemento
é a educação, não a educação intelectual, mas a educação moral. Não nos
referimos, porém, à educação moral pelos livros e sim à que consiste na arte de
formar os caracteres, à que incute hábitos, porquanto a educação é o conjunto
dos hábitos adquiridos.
Considerando-se
a aluvião de indivíduos que todos os dias são lançados na torrente da
população, sem princípios, sem freio e entregues a seus próprios instintos,
serão de espantar as consequências desastrosas que daí decorrem?
Quando essa
arte for conhecida, compreendida e praticada, o homem terá no mundo hábitos de
ordem e de previdência para consigo mesmo e para com os seus, de respeito a
tudo o que é respeitável, hábitos que lhe permitirão atravessar menos
penosamente os maus dias inevitáveis. A desordem e a imprevidência são duas
chagas que só uma educação bem entendida pode curar. Esse o ponto de partida, o
elemento real do bem-estar, o penhor da segurança de todos.
Allan
Kardec. Da obra: O Livro dos Espíritos. Parte 3a, cap. III, questão 685a
(Comentário). Federação Espírita Brasileira.
* * * Estude Kardec * * *
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