Chico Xavier
Conta Sobre Visita Que Fez À Colônia Espiritual "Nosso Lar" Na
Companhia De André Luiz
Qual foi o
acontecimento que mais o alegrou na Seara Espírita até o dia de hoje?
R - Tenho tido
sempre muitas alegrias em minha vida mediúnica, principalmente na recepção dos
livros de nossos instrutores do Alto, no entanto, assinalo, como sendo uma das
mais belas surpresas da minha vida de médium, a saída de meu corpo físico,
durante algumas horas, em julho de 1943, na companhia do nosso amigo desencarnado,
André Luiz, a fim de conhecer uma faixa suburbana de Nosso Lar, a cidade que
ele descreve no primeiro livro que ele escreve, por meu intermédio, providência
essa que Emmanuel permitiu fosse tomada para que eu não prejudicasse a
psicografia de André Luiz, cujas narrações eram para mim inteiramente novas.”
(No Mundo de Chico Xavier, p. 106-107) Chico Xavier.
*
Tive a alegria
de conhecer a Doutrina em 1980 e o prazer de conhecer (ou reconhecer) o médium
Chico Xavier em 1981, em Pedro Leopoldo (MG), na casa de sua irmã, Cidália
Xavier e do nosso saudoso Francisco Carvalho. Um encontro que ficará registrado
na minha memória espiritual. Nesse período, estabelecemos um contato estreito,
onde tive a oportunidade de acompanhar parte do seu admirável trabalho. Em
todos esses anos, sempre procurei manter a nossa amizade em bases de respeito e
confiança. Talvez, por isso, ela só tenha sido interrompida em 30 de junho de
2002.
*
O caso que
narro a seguir foi contado pelo Chico, em meados da década de 80, na casa de
sua irmã Luiza Xavier, na cidade de Pedro Leopoldo (MG).
Estávamos
conversando sobre o livro Nosso Lar, quando indaguei como seria a cidade de
Nosso Lar e se ele já teria sido levado pelo espírito André Luiz para
conhecê-la.
Ele me disse
que no capítulo do livro intitulado Bônus Hora, ele havia parado de psicografar
por uns 15 dias.
*
Ele pensou que
estava sendo mistificado.
Segundo ele,
André Luiz, percebendo que a dúvida poderia atrapalhar o desenvolvimento da
obra, disse que em uma das quartas-feiras ele seria levado para conhecer alguns
aspectos da cidade.
Recomendou o
Chico quanto aos cuidados em relação aos pensamentos e à alimentação.
E aconselhou
que ele se deitasse em decúbito dorsal, procurando evitar qualquer posição
desconfortável, principalmente para a região do pescoço.
Chico disse
que ele se deslocou do corpo e ficou aguardando a chegada de André Luiz,
mantendo boa consciência.
*
No horário
marcado, André Luiz e Chico “caminham” na rua São Sebastião, em direção à rua
Comendador Antônio Alves (rua principal da cidade), e ficam aguardando em
frente à Matriz.
Lá permanecem
por alguns minutos, quando Chico observa que um veículo na forma de um “cisne”
aterriza suavemente na rua.
No lugar onde
ficam os “órgãos do cisne” se localizavam as janelas e nos “olhos do cisne” os
condutores do veículo.
*
Antes de
entrar no citado veículo, André Luiz disse a Chico que a partir daquele momento
ele não precisava articular nenhuma palavra, que se comunicariam através do
pensamento.
Entraram no
veículo e Chico observou que todos os lugares já estavam ocupados, com exceção
dos dois últimos.
Chico
perguntou mentalmente a André Luiz o que aquelas pessoas estavam fazendo ali e
ele disse que muitas estavam indo à cidade de Nosso Lar para refazimento e
outras para orientação e instrução, sempre acompanhadas por algum amigo ou
benfeitor espiritual.
*
Chico observou
que o deslocamento do veículo era muito diferente do avião comum, que para
pegar altitude tem de dispor de muito espaço.
Ao contrário,
aquele veículo pegava altitude rapidamente e foi exemplificando com as mãos que
o veículo pegava altitude utilizando um movimento espiralado.
*
Chico não
soube precisar exatamente quanto tempo esteve no veículo, mas me relatou que
acreditava ter ficado por volta de 40 minutos.
Disse ainda
que não era possível observar pela janela o que estava acontecendo na paisagem
exterior e que, de repente, o veículo fez um movimento semelhante ao de quando
empurramos um objeto de plástico para o fundo da água e o soltamos ele volta um
pouco acima do nível da água e depois se acomoda na superfície.
*
Naquele momento,
quando Chico olhou pela janela, o veículo estava sobre um oceano.
Segundo André
Luiz, na perspectiva de Nosso Lar os encarnados "estão vivendo em um mar
de oxigênio”.
*
O médium
relatou que o veículo deslizou por alguns minutos na horizontal e parou em uma
espécie de porto.
O comandante
da “nave” disse a todos que deveriam estar novamente naquele local a uma
determinada hora.
*
Cada grupo
seguiu a sua direção.
Chico afirmou
que no trajeto para a cidade existiam flores emitindo cores variadas.
André Luiz
disse que pela manhã as flores absorvem a luz solar e à noite emitem luz,
permitindo um jogo de cores impressionante.
Chico não teve
permissão de conhecer a Governadoria.
*
Observou que
as ruas eram bem largas e arborizadas.
Conheceu
algumas dependências do Ministério da Regeneração.
Disse que
entrou em uma espécie de hospital (acho que ele se referiu ao Santuário da
Bênção).
Viu muitos
enfermos.
Observou que
as lâmpadas nesse local tinham a forma de um coração.
André Luiz
disse que durante as orações da Governadoria e de toda a comunidade,
pontualmente às 18:00h, os enfermos recebem energias de refazimento através dessas
lâmpadas.
*
André Luiz
falou sobre o chamado Bônus Hora, explicando o seu mecanismo. Boa parte dessa
explicação consta no próprio livro.
Retornaram no
horário previsto.
*
Das obras
psicografadas pela faculdade mediúnica do nosso Chico Xavier, na minha opinião,
a série André Luiz representa uma fonte inesgotável de informação, consolo e
esclarecimento.
Precisamos
estudá-la urgentemente.
*
Jhon Harley -
Presidente do Conselho Curador da Fundação Cultural Chico Xavier, instituída em
01/07/2005, e trabalhador do Grupo Espírita Scheilla e da Casa de Chico Xavier,
na cidade de Pedro Leopoldo (MG).
Fonte
- Geraldo Lemos Neto Vinha de Luz Editora Ismael Gobbo | SP.
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