AO MÉDIUM DOUTRINADOR
Meu Amigo.
Considera na mediunidade uma
poderosa alavanca de expansão do Espiritismo, reconhecendo, porém que a
Doutrina Espírita e o serviço mediúnico são essencialmente distintos entre si.
Todos os encarnados são médiuns e antigos devedores uns dos outros.
Nunca destaques um gênero de
mediunidade como sendo mais valioso que outro, sabendo, no entanto, que o
exercício mediúnico exige especialização para produzir mais e melhores frutos e
benefício de todos. A mediunidade existe sempre como fonte de bênçãos, desde
que exercida com devotamento e humildade.
No burilamento de faculdades
mediúnicas, situa a feição fenomênica no justo lugar para não te distraíres com
superfluidades inconsequentes. O aspecto menos importante da mediunidade reside
no próprio fenômeno.
Relaciona-te pois, com o
fenômeno quando ele venha a surgir espontaneamente em tarefas ou reuniões que
objetivem finalidades mais elevadas, que não o fenômeno em si, usando
equilíbrio e critério na aceitação dos fatos. A provocação de surpresas em
matéria de mediunidade não raro gera a perturbação.
Jamais perca a esperança ou a
paciência no trato natural com os nossos irmãos enfermos, especialmente quando
médiuns sob influenciação inferior, para que se positive a assistência
espiritual desejável. Quem aguarda em serviço o socorro da Divina Providência,
vive na diretriz de quem procura acertar.
Mobiliza compreensão, tato e
paciência para equacionar os problemas que estejam subjugando os enfermos
desencarnados, elucidando-os com manifesta indulgência quanto à Realidade Maior
no que tange ao fenômeno da morte, ao intercâmbio mediúnico, ao corpo
espiritual e a outras questões afins. A palavra indisciplinada traumatiza quem
ouve. Analisa com prudência as comunicações dos espíritos sofredores, segundo a
inspiração do amor e a segurança da lógica, aquilatando-lhes o valor pelas
lições que propiciem inequivocamente a nós mesmos. O bom senso é companheiro
seguro da caridade.
Compenetra-te dos teus
deveres sagrados, sabendo que o medianeiro honesto para consigo mesmo, chega à
desencarnação com a mediunidade gloriosa, enquanto que o medianeiro negligente
atinge o rio da morte com a tortura de quem desertou da própria
responsabilidade. A mediunidade não se afasta de ninguém, é a criatura que se
distancia do mandato mediúnico que o Plano Superior lhe confere.
Pelo Espírito André Luiz - Do livro: Opinião
Espírita, Médiuns: Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira
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