quinta-feira, 10 de outubro de 2013

A Força do Pensamento

O pensamento é curioso meio de expressão tão vigorosamente atuante que as suas enunciações não levam em conta vocábulos, a se propagarem numa incrível e imensurável velocidade. Há na primeira obra da Codificação Kardequiana, O Livro dos Espíritos (L.E.), uma pergunta, a 456 do capítulo 9.o: Os Espíritos veem tudo o que fazemos? 

Podem ver, sim, senhor! Os Espíritos presenciam-nos as atividades, segundo disseram eles a Allan Kardec. Na questão 459, Os Espíritos influem sobre os nossos pensamentos e as nossas ações?, afirmaram categoricamente que não só conseguem ver-nos como são capazes de conhecer nossos pensamentos e de nos dirigir os atos.

“Na teoria é uma coisa, na prática é outra”, costuma dizer o povo. O argumento da resposta da questão acima patenteada, do campo da teoria passou para o da prática. Através da nossa faculdade de audiência, uma vez, ofereci mentalmente a certo Mentor Espiritual uma linda e perfumada rosa por desabrochar. Correspondendo de imediato ao meu gesto, ouvi dele: “Gostei do botão de rosa. Muito bonito!”

Uma das mais fascinantes experiências desse gênero de comunicação foi por mim vivida em recente evento de efeitos físicos, exclusivo para tratamento de saúde à distância, em uma instituição espírita. Quando as condições fluídicas são favoráveis, sobra ectoplasma, e as nobres Entidades que respondem pela sublime tarefa socorrista sempre arrumam um jeito de provocar fenômenos que surpreendem e estimulam-nos a perseverança no Bem.

Nessa oportunidade, alguns Espíritos, tais como: José Grosso, Scheilla, Palminha * e outros Mentores encontravam-se materializados. Todo o recinto da reunião impregnara-se de suave fragrância de flores frescas, a se confundir com o aroma de éter, ambos transpostos do Plano Espiritual. Permanecíamos em repouso, sentados em uma das espreguiçadeiras da cabine mediúnica, eu e mais quatro pessoas, enquanto no restante do ambiente, 20 médiuns apoiavam-nos com preces inseridas de cânticos e hinos espíritas.

Botão de rosa do Palminha

Durante o transcurso do trabalho, enternecido e agradecido a Jesus, ofereci de novo o imaginário botão de rosa, só que, dessa vez, ao Espírito Palminha. De contínuo, ele, distante de mim, num átimo surpreendente, pôs-se do meu lado direito. O Amigo Espiritual acariciou-me o rosto, deu-me algumas tapinhas no ombro e pareceu-me realmente ter pegado o botão que imaginei; em seguida, afastando-se, dirigiu-se a outra pessoa no interior da cabine.

Em vista do até aqui exposto, ao se operar algo mentalmente, formar ou combinar no espírito uma representação mental abstrata ou concreta, estamos pensando. Pensamentos: ideias motivadas pela faculdade de conhecer, perceber, apreciar as quais se concentram em escolhas, decisões, abstrações. Uma vez pensando, o processo mental converge para uma ideia e a dirige de modo sobremaneira intenso, passando de imediato a gerar partículas de corpos ou de condutos impelidos pela própria energia, fenômeno que se verifica em diminuta escala atômica.

O pensamento pode produzir representações mentais que se convertem em nobreza de ânimo ou em decadência de costumes. Nesse passo, pensar significa falar sem uma única pronúncia. Os Espíritos nos ouvem, leem os nossos pensamentos, veem tudo ou quase tudo porque, no lugar onde se encontram, tal aptidão lhes é possibilitada.

A influência espiritual é bem maior que supomos e, muito frequentemente, eles têm o poder de nos encaminhar, orientar, conduzir. Segundo os Espíritos disseram a mestre Kardec, nunca estamos livres da influência deles: sondam-nos o íntimo conforme o interesse de cada um, perscruta-nos até os mais esconsos dos nossos segredos. Por conseguinte, é inútil ocultar intenções, reflexões, raciocínios.

Levando-se também em conta o fator sentimento, pensamento e sentimento são palavras sinônimas, talvez, por causa do vínculo visceral entre essas duas capacitações naturais. Pensamento! Força viva atuante e criadora! O ato de sentir, outro atributo da Alma, ao perceber por meio da inteligência, ativa o dispositivo do modo de pensar. Por meio desse mecanismo sem igual, obtém-se o desejo de se atingir algum propósito. Em outras palavras, sentimento: movimentada e contínua afluência da mente, exercida por motivos ditados pela razão, oriundo do âmago da Alma, por natureza, intrínseca e entranhadamente ligada a ela.

Força criadora

Quão admirável e extraordinariamente se resume o fluxo energético do âmbito espiritual, impetuoso impulso em exercício de sua força! Impelido por todo esse processo, o fato de pensar consiste em uma força criadora capaz de exceder a velocidade da luz, significando força viva e atuante, conforme parecer do Espírito André Luiz. Ao criarmos, nada se perde, e em tudo há um motivo, visto que Deus, força criadora e a suprema inteligência, não gera coisas desnecessárias; a Obra Divina está em toda parte! 

Criar é dar existência a formas, a objetos de nossa concepção mental, e a realidade do fato de se conceber é até gerada por infracorpúsculos. O produto de nossa criação será sempre o reflexo de nossos sentimentos, do nosso caráter — em verdade, seremos os responsáveis pelas imagens e conceitos que criarmos.

Por isso, o Espírito Emmanuel afirmou que o poder da mente reside no mundo íntimo de cada um de nós, “exigindo cuidados especiais para o esforço de continuidade ou extinção”. Todo o cuidado com nossas concepções é pouco! Sendo residência da Alma a fonte de nossos pensamentos, esta é qual dínamo gerador criativo para o bem ou para o mal. Não foi à toa este conselho: oração e vigilância.

Quem der origem a mórbidas intenções, a procedimentos menos felizes arcará com os prejuízos do que se tornou responsável livre e conscientemente. Portanto, nada de culpar ninguém, a sorte, os astros ou a suposta entidade infernal, criada e tão supervalorizada por vigários ornados ou não de pomposas alfaias. O pensamento, pois, é fundamental atributo da Alma: se o pensamento está em alguma parte, ali ela está.

Alma, ou Espírito encarnado, é o ser pensante, “o princípio inteligente”, o que de há muito tem desafiado filósofos, psicólogos e cientistas. A ciência apenas se baseou nos mecanismos que levam os diversos sinais e mensagens transmitidas pelo cérebro nos conectivos entre ele e o resto da estrutura orgânica. Entretanto, onde se localizaria o pensamento no bojo de tão complexa capacitância e tamanhos efeitos químicos, senão no vínculo do perispírito com o corpo físico? Sim, a medicina respondeu sobre alguns pontos referentes a pensamento e cérebro; mas, acerca das áreas relativas à envoltura da sensibilidade, emoção e pensamento, emudeceu; não sabe explicar como as células as produzem.

Falta a ciência dar por certo os mecanismos que permitem compreender o verdadeiro papel das atividades cerebrais relativas ao pensamento. Quanto ao gesto do nosso querido Amigo Espiritual, o Palminha, ele procedeu como os seres incorpóreos procedem, segundo explicação do mencionado capítulo do L.E. Como vimos, o que não falta é motivo que nos impele a adotar uma conduta verdadeiramente fraterna, honesta: no pensar, sentir, falar e agir. Não nos esqueçamos disto: o espírita, sobretudo, o médium espírita é o que “muito recebeu”; “maiores contas lhe serão tomadas”, afirmou certa feita Jesus.
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* Se o prezado leitor(a) desejar saber a respeito de José Grosso, Scheilla e Palminha, sugiro estas obras: Materializações Luminosas, R. A. Ranieri, da Lake — Livraria Allan Kardec Editora Ltda. ou das Edições Feesp; Materializações Luminosas — Leis Cósmicas em Ação, Dante Labbate, Editora Espírita Fonte Viva; Dossiê Peixotinho, Lamartine Palhano Jr., Lachâtre Editora Ltda. 
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Bibliografia:
KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. 62. Ed. São Paulo: Lake — Livraria Allan Kardec Editora, 2001.
XAVIER, Francisco C. Emmanuel. 9. ed. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira (FEB), 1981.
___. Mecanismos da Mediunidade (pelo Espírito André Luiz). 5. ed. Rio: FEB, 1958.
___. Ação e Reação (pelo Espírito André Luiz). 12. ed. Rio: FEB, 1987. 

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Experiências Difíceis

A beleza física pode provocar tragédias imprevisíveis para a alma, se esta não possui discernimento.

Excessivo dinheiro é porta para a indigência, se o detentor da fortuna não consolidou o próprio equilíbrio.

Demasiado conforto é desvantagem, se a criatura não aprendeu a arte de desprender-se.

Muito destaque é introdução a queda espetacular, se o homem não amadureceu o raciocínio.

Considerável autoridade estraga a alegria de viver, se a mente ainda não cultiva o senso das proporções.

Grande carga de responsabilidade extermina a existência daquele que ainda não ultrapassou a compreensão comum.

Enorme cabedal de conhecimento, em meio de inúmeras pessoas ignorantes, vulgares ou insensatas, é fruto venenoso e amargo, se o espírito ainda não se resignou à solidão.


pelo Espírito André Luiz, Do Livro: Agenda Cristã, Médium: Francisco Cândido Xavier

Consciência de Culpa

A consciência de culpa atinge o mundo íntimo da criatura, na qualidade de um autêntico flagelo.

A partir do momento em que se instala, desequilibra as emoções e pode levar à loucura.

A consciência pesada evidencia uma certa imaturidade psicológica, pois denota que a pessoa agiu em descompasso com seus valores ou ideais, ou o fez sem refletir, em um rompante.

O indivíduo por vezes se permite comportamentos incorretos, que lhe agradam às sensações, para posteriormente se autopunir, entregando-se a arrependimento estéril.

A ciência dos erros passados pune com rudeza o infrator, perante si próprio, mas não o corrige para o futuro.

O cumprimento de uma penitência, embora constitua evento doloroso, nada repara e por isso não traz a plenitude psicológica curativa promovida pelas ações positivas.

O que foi feito não mais pode ser impedido ou evitado.

Disparada uma flecha, ela segue seu rumo.

Se uma ação foi ruim, o importante é reparar os danos que causou.

Todo homem que se considera fraco, não desenvolvendo esforços para fortalecer-se, torna-se de fato débil de forças.

É um sinal de covardia e infantilidade justificar um erro com autoflagelação, sem sanar as conseqüências, tornando a ele na primeira oportunidade, sob a alegação de fraqueza.

É nobre assumir o próprio equívoco, meditar serenamente sobre ele, arcar de forma corajosa com seus efeitos e repará-los do modo mais perfeito possível.

O difícil processo de reverter os resultados de um ato indigno tende a ser eficiente antídoto para novas experiências.

Tome-se o exemplo de uma mulher que voluntariamente faz um aborto.

Sua consciência pesa e ela pode desenvolver neuroses variadas, mantendo a mente focada no agir equivocado, a essa altura irremediável.

Mas essa mulher também pode, de modo muito mais proveitoso, dedicar as horas de seu tempo dispensando amor e cuidados a crianças órfãs.

Ela teve a desdita de rejeitar o filho que Deus, em sua infinita sabedoria, lhe confiou, mas nada a impede de adotar, por filhos do coração, os pequenos desamparados do mundo.

O tempo aplicado nessa tarefa é infinitamente mais útil do que se for perdido em lamentações.
Além de desempenhar, de certa forma, a missão materna que lhe estava destinada, o contato com a infância desvalida pode sensibilizá-la para as inefáveis bênçãos da maternidade.

Tudo isso tem o condão de funcionar como medida preventiva de novos desatinos.

Por outro lado, o remorso inativo e estéril, ao desequilibrar a personalidade abre as portas para os mais diversos equívocos, dos quais nada de bom resulta.

A partir do momento em que se elege como meta uma vida de paz, com a consciência tranqüila, há um preço a ser pago: a perseverança no dever.

Dignidade, harmonia, equilíbrio entre consciência e conduta não ocorrem ao acaso e nem se podem improvisar.

Tais virtudes devem ser conquistadas no dia-a-dia, mediante seu perseverante exercício.
Mas, em face de dificuldades para agir corretamente, por uma atitude viciosa encontrar-se muito arraigada, há sempre um derradeiro recurso: a oração.
*
Deus dispõe de infinito manancial de paz, sempre à disposição de suas criaturas, desde que estas o busquem com sinceridade e fervor.

O homem manifestando a firme intenção de resistir ao mal, a divindade por certo o fortalecerá no bem, pois foi o próprio Cristo quem afirmou: "pedi e obtereis".

Equipe de Redação do Momento Espírita. Texto baseado no capítulo IX do livro Momentos de Saúde, do Espírito Joanna de Ângelis, mediante a psicografia de Divaldo Pereira Franco..

* * * Estude Kardec * * *

Convivência

A vida vem de Deus, a convivência vem de nós.

Aqueles companheiros que nos partilham a experiência do cotidiano são os melhores que a Divina Sabedoria nos concede, a favor de nós mesmos.

Se você encontra uma pessoa difícil em sua intimidade, essa é a criatura exata que as leis da reencarnação lhe trazem ao trabalho de burilamento próprio.

As pessoas que nos compreendem são bênçãos que nos alimentam o ânimo de trabalhar; entretanto, aquelas outras que ainda não nos entendem são testes que a vida igualmente nos oferece, a fim de que aprendamos a compreender.

Recordemos: nos campos da convivência é preciso saber suportar os outros para que sejamos suportados.

Se alguém surge como sendo um enigma em seu caminho, isso quer dizer que você é igualmente um enigma para esse alguém.

Nunca diga que a amizade não existe; qual nos acontece, cada amigo nosso tem as suas limitações e, se algo conseguimos fazer em auxílio do próximo, nem sempre logramos fazer o máximo, de vez que somente Deus consegue tudo em todos.

Se você realmente ama aqueles que lhe compartilham a estrada, ajude-os a ser livres para encontrarem a si mesmos, tal qual deseja você a independência própria para ser você, em qualquer lugar.

Quem valoriza a estima alheia, procura igualmente estimar.

Se você acredita que franqueza rude pode ajudar alguém, observe o que ocorre com a planta que você atire água fervente.

Abençoemos se quisermos ser abençoados.

Respostas da Vida – André Luiz / Chico Xavier

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Vencendo Adversidade

A história de algumas vidas é verdadeiro exemplo. Enquanto alguns justificam o próprio fracasso pelas dificuldades que os abraçaram, nos anos primeiros da infância ou da adolescência, outros atestam a sua vitória, ante as questões mais adversas possíveis.

Mario Capecchi é um desses exemplos. Em 2007, foi laureado com o Prêmio Nobel de Medicina, juntamente com seus colegas Oliver Smithies e Martins Evans.

Foram premiados por suas descobertas relacionadas às células-tronco embrionárias e a recombinação do DNA em mamíferos.

Mario Capecchi nasceu em Verona. Vivia nos Alpes tiroleses e, com apenas três anos e meio, viu sua mãe ser levada pela Gestapo.

Ela era poetisa antinazista e, pressentindo que poderia ser presa, vendeu tudo o que tinha e deu o dinheiro a uns granjeiros do Tirol, para que lhe cuidassem do filho, caso algo ruim viesse a ocorrer com ela.

Durante cerca de um ano, Mario foi cuidado pelos granjeiros mas, seja porque o dinheiro acabou ou qualquer outro motivo, o garoto foi colocado na rua.

Assim, dos quatro e meio aos nove anos, Mario viveu nas ruas, com um grupo de pirralhos. O que ele se recorda, desses tempos, é que vivia com fome.

Acabou sendo internado, durante um ano inteiro, em um hospital de Verona, portador de febre tifoide, provocada pela má nutrição.

Com o final da guerra, sua mãe Lucy foi, finalmente, libertada do campo de concentração de Dachau e, depois de longas buscas, o encontrou.

Mais tarde, se transferiram para a Filadélfia, nos Estados Unidos, onde Lucy tinha um irmão. E foi somente então, aos treze anos, que Mario aprendeu a ler. Dedicou-se com afinco, estudou e progrediu.

Da experiência dos dias difíceis da infância abandonada, das amarguras sofridas nas ruas, aproveitou ele para crescer.

Hoje, professor na Universidade de Utah, nos Estados Unidos, demonstra que todas as experiências que lhe foram adversas, ele utilizou para seu progresso.

E sorri. Sorri sempre. Nada de ficar a chorar amarguras, nada de estacionar no passado doloroso.

Aos seus alunos, ele leciona que para se conseguir algo é preciso esforço, paciência e perseverança. Ele é o exemplo vivo do que ensina.

A dor é uma bênção que Deus envia a seus eleitos. Sejamos pacientes. A paciência também é uma caridade e devemos praticar a lei de caridade ensinada pelo Cristo, enviado de Deus.

A caridade que consiste na esmola dada aos pobres é a mais fácil de todas.

Outra há, porém, muito mais penosa e, portanto, muito mais meritória: a de perdoarmos aos que Deus colocou em nosso caminho para serem instrumentos do nosso sofrer e para nos porem à prova a paciência.

A vida é difícil, com certeza. Compõe-se de mil nadas, que são outras tantas picadas de alfinetes, mas que acabam por ferir.

Se, porém, atentarmos nos deveres que nos são impostos, nas consolações e compensações que, por outro lado, recebemos, havemos de reconhecer que são as bênçãos muito mais numerosas do que as dores.

O fardo parece menos pesado, quando olhamos para o Alto, do que quando nos curvamos para a terra.

Sejamos pacientes, perseverantes. Sejamos vitoriosos.

por Redação do Momento Espírita, com base em dados biográficos de Mario Capecchi e no item 7, do cap. IX de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, ed. FEB. Do site: http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=3921&stat=0.

Olhai os Lírios do Campo

Pra mim, o ápice do Evangelho é este:

“Olhai os lírios do campo, como eles crescem! Não trabalham nem fiam, e eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, nunca se vestiu como qualquer um deles”.
Acho forte pela beleza da imagem poética. Mas ainda mais pela clareza do ensinamento.
Ela se passa no Sermão da Montanha, ocasião em que Jesus nos deixou seus mais belos e profundos ensinamentos.

Nesta passagem, Jesus se refere à preocupação que nós temos com o dia de amanhã.
Alimentamos pensamentos de angústia e desconfiança em relação ao futuro. Estamos sempre preocupados com o que pode acontecer, com o que pode fugir ao nosso controle. A própria palavra já se explica por si só: pré-ocupação. Uma ocupação prévia, antes do tempo. É a isso que Jesus se refere.

Os lírios do campo não se preocupam, não vivem antecipadamente o dia de amanhã. E Deus provê a sua “roupa” em forma de lindas flores, que nem Salomão, o maior Rei que o povo de Jesus já havia conhecido; nem Salomão, no auge de sua glória, nunca havia se vestido de maneira tão bela quanto os lírios do campo.

Costumamos dar muita ênfase aos ensinamentos morais do Cristo.

Realmente, não há código de ética mais avançado do que o seu ensino.

Isso tudo é minha opinião, você não é obrigado a concordar com ela: acho que o principal ensinamento de Jesus é negligenciado até hoje.

Dezenas de autores escreveram livros e mais livros falando o que ele falou, ensinando o que ele ensinou como se fosse alguma novidade.

Refiro-me ao pensamento, ao poder do pensamento, ao pensamento criador, ao pensamento como fator determinante para a criação e o desenvolvimento de tudo em todos os planos de vida.

Negligenciamos o pensamento, e há cada vez mais evidências de que tudo, absolutamente tudo, é criado a partir do pensamento.

Alguns anos atrás o filme “O segredo” fez um sucesso estrondoso tratando desse tema. Não trouxe nada de novo, nada que já não houvesse sido abordado em dezenas de livros, detalhadamente. E acredito que muitos e muitos livros e filmes deverão surgir ainda para popularizar e tornar aceita essa verdade: O pensamento e a Lei de atração.

O espiritismo deixa claro a importância do pensamento, embora seu enfoque hoje seja predominantemente moral.

As obras de André Luiz elucidam muita coisa sobre a natureza e o funcionamento do pensamento. O fato é que atraímos tudo o que pensamos. Tudo o que pensamos de bom e de mau, se manifesta como realidade.

Você provavelmente lembra-se de muitos casos em que seus pensamentos não se concretizaram, por isso não leva este assunto tão a sério como deveria. Você não percebeu que não há como duas coisas antagônicas acontecerem ao mesmo tempo?

Se você quer determinada coisa e ao mesmo tempo teme que não vá conseguir, um pensamento combate o outro, um pensamento neutraliza o outro.

Não gosto de mencionar isso, mas o fato é que somos muito negativos.

 Pensamos muitas coisas negativas, somos alimentados com tragédias televisivas (eu não), somos influenciados por pessoas negativas.

Não estamos totalmente prontos.

Mas é hora de começar a experimentar, é hora de desconstruirmos nossas velhas e podres crenças e nos reformarmos com a verdade.

Faça suas próprias experiências!

Se não se achar pronto pra isso, comece a observar: - Pessoas de sucesso, em qualquer área, são pessoas que não questionam se o que querem fazer vai dar certo ou não. Simplesmente fazem, acreditam em si mesmas. - As pessoas mais doentes, principalmente as que têm doenças de difícil diagnóstico, são as que mais falam em doenças; é o seu assunto predileto, é pensamento que se manifesta.

Quando você tem algum problema e fica pensando nele, buscando solução, não consegue resolve-lo. Só acha solução quando deixa de se preocupar com ele. Pois enquanto está pensando no problema, está atraindo mais problema.

 As divergências com os outros só surgem quando nos concentramos nas características dos outros de que não gostamos, nas características que não desejamos. Se mantivermos nossa atenção no que temos em comum com os outros, não haverá divergência. Esta só existe porque nos concentramos no que não queremos.

São muitas evidências de que o pensamento é criador, de que a Lei de atração é uma lei tão digna de credibilidade e passível de ser constatada como a Lei da gravidade, por exemplo.

Morel Felipe Wilkon

Viver

Cada qual de nós, seja onde for, está sempre construindo a vida que deseja.

Existência é a soma de tudo o que fizemos de nós até hoje.

Toda melhoria que realizamos em nós é melhoria na estrada que somos chamados a percorrer.

Toda idéia que você venha a aceitar influenciará seu espírito; escolha os pensamentos do bem para orientar-lhe o caminho e o bem transformará sua vida numa cachoeira de bênçãos.

Se você cometeu algum erro, não se detenha para lamentar-se; raciocine sobre o assunto e retifique a falha havida, porque, somente assim, a existência lhe converterá o erro em lição.

Muito difícil viver bem se não aprendermos a conviver.

A vida por fora de nós é a imagem daquilo que somos por dentro.

Viver é lei da natureza, mas a vida pessoal é a obra de cada um.

Toda vez que criticamos a experiência dos outros, estamos apontando em nós mesmos os pontos fracos que precisamos emendar em nossas próprias experiências.

Seu ideal é o seu caminho, tanto quanto seu trabalho é você.


Respostas da Vida – André Luiz / Chico Xavier

sábado, 5 de outubro de 2013

Vigilância no Trabalho

 Amigos, louvado seja Deus!

O tempo urge, de fato, convocando as almas de boa vontade ao trabalho libertador. É a grande ensancha que Deus oferta aos filhos Seus, que se encontram realizando esforços de evolução na Terra.

Fomos obsequiados com as bênçãos do Criador para que, mesmo sob o azorrague de intensas pelejas, realizássemos o próprio progresso, deixando ao pretérito as experiências em que desconsiderávamos a nossa condição de seres imortais, fazendo uso indevido das oportunidades da reencarnação.

O trabalho dos Emissários de Jesus, o Nazareno, junto aos seareiros do bem, vem sendo, curiosamente, o de envolvê-los em fluidos salutares específicos, o de protegê-los com recursos apropriados, impedindo que sejam desnorteados ou tragados por influências nefastas do campo espiritual sombrio, que se valem dos cochilos morais dos lidadores, embora a sua atuação nas atividades do Movimento Espírita.

A razão de enfocarmos essa temática, no momento, deve-se ao fato de que muitos confrades respeitáveis, que vêm operando um considerável labor positivo no âmbito da mensagem luminosa do Espiritismo, não têm mantido o esperado cuidado relativamente às suas vidas pessoais, particulares, muitas vezes por entender que se possa ser espírita por turnos... Num turno, faz-se tudo o que a Doutrina Espírita propõe, conquistando a consideração e os encômios dos irmãos de crença, enquanto noutro, libera-se o homem velho para que se possa experimentar todos os sabores do mundo passageiro, mesmo que amargos, seja na esfera dos negócios, da vida com a família ou do relacionamento com os confrades, desatendendo aos preceitos da honorabilidade, da fidelidade e da fraternidade, como se fosse perfeitamente normal essa dualidade moral. É do Apóstolo Paulo a orientação: Vede prudentemente como andais...

Na órbita das realizações espíritas, torna-se um dever de cada um de nós guardar a devida vigilância em torno dos próprios passos, garantindo que cremos, que assumimos exatamente aquilo que estamos transmitindo a outras inteligências, guardando, assim coerência entre o nosso discurso e o curso da nossa vida.

Dispostos, então, a envolver-nos com o vero espírito do Espiritismo, que não nos cobra perfeição, mas que nos pede fidelidade, tratemos de não desmentir com os feitos o que apregoamos com nossas palavras escritas ou faladas.

Conscientes quanto à honra de viver tão eloquente contexto espiritista, nesses tempos complicados do mundo contemporâneo, unamo-nos, fraternalmente, e confraternizemos em torno desse Ideal, sem perdermos a ocasião de exercitar, ainda que pouco a pouco, a fidelidade proposta por Jesus aos Seus seguidores de todos os tempos.

É com augúrios de muito progresso e paz, que abraço os irmãos, na condição de pequeno servidor,
pelo Espírito Joaquim Olympio de Paiva. Psicografia de Raul Teixeira, durante a reunião do Conselho Federativo Nacional,em 11 de novembro de 2005, em Brasília, DF. Do site: http://www.raulteixeira.com.br/mensagens.php?not=325

Transforma-te em um novo Ser

Meu amigo, quando aprendes
As coisas do outro mundo
Nas leituras não confunde
A verdade com o desejo.

O saber dá equilíbrio
A verdade alteia a vista
Livra-te de ambiente triste
De caminhar pelo brejo.

Quando sabes como as almas
Comportam-se aqui e além
Conduze-as para o bem
Evitando os sobressaltos.

Dissuadindo as agressões
Que te avilta o caminho
Faz do coração um ninho
Despertando-as para o alto.

Quem desconhece a interface
Com os irmãos desencarnados
Ficam mui desesperados
Quando sentem mal estar.

Mal olhado ou coisa ruim
Confundem todas as dores
Se é virose ou agressores
Sem saber como lidar.

Não podemos esquecer
Que todo aquele que sabe
Também tem responsabilidade
De atuação na sua leira.

Em toda parte está escrito
Que se Deus dá o saber
Também exige o dever
Que cuides da tua beira



O descaso com que vivas
Gerando os desequilíbrios
Tirando-te gana e brios
É fabrica de agressões.

Em resposta a teus suspiros
Na falta de providências
Gera lamentável demência
Nos teus internos porões.

A prece sentida e profunda
Mesmo sendo em estribilho
Tira o miasma e dá brilho
À tua mente e teu viver.

Descobre-te do manto escuro
Humaniza-te, estende a mão
Com ternura e emoção
Transforma-te em novo ser.
ACA
Fonte: CACEF - Casa de Caridade Esperança e Fé

As quatro estações da Vida


Você já notou a perfeição que existe na natureza? Uma prova incontestável da harmonia que rege a Criação. Como num poema cósmico, Deus rima a vida humana com o ritmo dos mundos.

Ao nascermos, é a primavera que eclode em seus perfumes e cores.

 Tudo é festa. A pele é viçosa. Cabelos e olhos brilham, o sorriso é fácil. Tudo traduz esperança e alegria.

Delicada primavera, como as crianças que encantam os nossos olhos com sua graça. Nessa época, tudo parece sorrir. Nenhuma preocupação perturba a alma.

A juventude corresponde ao auge do verão. Estação de calor e beleza, abençoada pelas chuvas ocasionais. O sol aquece as almas, renovam-se as promessas.

Os jovens acreditam que podem todas as coisas, que farão revoluções no mundo, que corrigirão todos os erros.

Trazem a alma aquecida pelo entusiasmo. São impetuosos, vibrantes. Seus impulsos fortes também podem ser passageiros... como as tempestades de verão.

Mas a vida corre célere. E um dia - que surpresa - a força do verão já se foi.

Uma olhada ao espelho nos mostra rugas, os cabelos que começam a embranquecer, mas também aponta a mente trabalhada pela maturidade, a conquista de uma visão mais completa sobre a existência. É a chegada do outono.

Nessa estação, a palavra é plenitude. Outono remete a uma época de reflexão e de profunda beleza. Suas paisagens inspiradoras - de folhas douradas e céus de cores incríveis - traduzem bem esse momento de nossa vida.

No outono da existência já não há a ingenuidade infantil ou o ímpeto incontido da juventude, mas há sabedoria acumulada, experiência e muita disposição para viver cada momento, aproveitando cada segundo.

Enfim, um dia chega o inverno. A mais inquietante das estações. Muitos temem o inverno, como temem a velhice. É que esquecem a beleza misteriosa das paisagens cobertas de neve.
Época de recolhimento? Em parte. O inverno é também a época do compartilhamento de experiências.

Quem disse que a velhice é triste? Ela pode ser calorosa e feliz, como uma noite de inverno diante da lareira, na companhia dos seres amados.

Velhice também pode ser chocolate quente, sorrisos gentis, leitura sossegada, generosidade com filhos e netos. Basta que não se deixe que o frio enregele a alma.

Felizes seremos nós se aproveitarmos a beleza de cada estação. Da primavera levarmos pela vida inteira a espontaneidade e a alegria.

Do verão, a leveza e a força de vontade. Do outono, a reflexão. Do inverno, a experiência que se compartilha com os seres amados.

A mensagem das estações em nossa vida vai além. Quando pensar com tristeza na velhice, afaste de imediato essa ideia.

Lembre-se que após o inverno surge novamente a primavera. E tudo recomeça.

Nós também recomeçaremos. Nossa trajetória não se resume ao fim do inverno. Há outras vidas, com novas estações. E todas iniciam pela primavera da idade.

Após a morte, ressurgiremos em outros planos da vida. E seremos plenos, seremos belos. Basta para isso amar. Amar muito.

Amar as pessoas, as flores, os bichos, os mundos que giram serenos. Amar, enfim, a Criação Divina. Amar tanto que a vida se transforme numa eterna primavera.

Redação do Momento Espírita