Resplandece o Sol no alto,
a fim de auxiliar a todos.
As estrelas agrupam-se em ordem.
O céu tem horários para a luz e para a sombra.
O vegetal abandona a cova escura,
embora continue ligado ao solo,
buscando a claridade, a fim de produzir.
O ramo que sobrevive à tempestade cede
à passagem dela, mantendo-se, não
obstante, no lugar que lhe é próprio.
A rocha garante a vida no vale,
por resignar-se à solidão.
O rio atinge os seus objetivos porque
aprendeu a contornar os obstáculos.
A ponte serve ao público sem exceções,
por afirmar-se contra o extremismo.
O vaso serve ao oleiro,
após suportar o clima do fogo.
A pedra brilha, depois de sofrer
as limas do lapidário.
O canal preenche as suas finalidades,
por não perder o acesso ao reservatório.
A semeadura rende sempre,
de acordo com os propósitos do semeador.
_André Luiz_
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