terça-feira, 15 de março de 2011

Justiça


Muitas vezes exclamas:-Justiça! Justiça!
E afirmas-te demasiadamente sofredor,
perseguido pelas sombras ou desamparado
pela Bênção do Céu!
Lembra-te, porém, de que a corrigenda
não exclui a presença do pesar e
enquanto a provação trabalha
em nossas almas, trazemos conosco
os remanescentes da culpa.
Antes do apelo à justiça roga clemência
e piedade, de vez que pelo socorro do
temporário esquecimento na vida
física-brando anestésico de que se utiliza
a Compaixão do Senhor para extirpar-nos
do espírito as raizes do mal-por muito tempo ignoramos toda a extensão de nossos débitos.
Nos dias de aflição e cinza, não te recolhas
à blasfêmias e nem peças por maiores
manifestações da Justiça, em teu campo
de ação, porque a Justiça mais ampla
poderia agravar-te as dores,
mas sim roga o acréscimo da
Divina Misericórdia, em teu benefício,
afim de que disponhas de ombros fortes
para que não venhas a lançar longe
de ti os favores da própria cruz.

***Emmanuel***

Nenhum comentário:

Postar um comentário