Convém
compreender que estamos na Terra buscando um aprendizado, notando que este
planeta é de provas e expiações. A Doutrina Espírita mostra à humanidade a sua
rica literatura, com o fito de que as lições sejam aplicadas e que o homem se
renove nas suas concepções sobre a vida, que tem leis para serem respeitadas e
rotas para serem corrigidas.
A
indulgência mostra a cada criatura que a correção, em cada indivíduo, tem de
ser feita por ele mesmo, porque é o único responsável pelos seus deslizes. E o
Espiritismo, força pulsante no clima da vida, dá-nos força para conquistar a
educação e a disciplina na nossa vida.
Estamos
na época de mudanças, tanto no que tange à Terra, como moradia nossa, quanto na
estrutura dos nossos sentimentos, aprimorando-os. O planeta se encontra cheio
de missionários dando exemplos, e muitos deles o fazem em silêncio, de como
crescer no equilíbrio, na fé e na esperança.
Quando
nos dominamos, alimentamos no coração as virtudes e vamos nos livrando do apego
a tudo e a todos, vivendo bem onde estivermos, amando a Deus em todas as
coisas, de maneira a estabilizar a nossa vida, ligando-a à harmonia universal.
Quanto mais apego, quanto mais orgulho, quanto mais egoísmo, mais amontoamos
inferioridades dentro da consciência, passando a viver em guerra constante. E
quando sentirmos o universo como a nossa casa, e Deus como único Pai, saberemos
o que fazer da vida: poderemos ir para qualquer lugar, sem a doença da saudade
que faz sofrer, pois todos somos irmãos e estamos sempre com Deus!
O
sofrimento vem do apego e do egoísmo, e nada disso deve existir, nos nossos
caminhos. Viver bem, em qualquer lugar, é sinal de que conhecemos a verdade, e
nos tornamos livres, sendo indulgentes para com todos, amando a tudo. Convém
notar que as leis espirituais nos ensinam esse viver.
O
apego traz distúrbios na intimidade e sofrimento nas sensibilidades; devemos,
então, purificar tudo e todos os sentimentos, transformando-os em amor, para
que não falte em nossos passos a caridade bem conduzida, nos fazendo sentir a
fraternidade universal.
O
amor é força livre, na liberdade da vida. Quando se ama verdadeiramente, não há
apego, não nos prendemos às saudades, surgindo em nós pensamentos de
desprendimento; somos, neste momento, doadores de tudo o que esteja ao nosso
alcance. É por isso que entendemos a força do amor, iluminando todas as
virtudes, dando curso à verdade. Do amor surge a brandura, do amor temos os
sinais da caridade e do perdão. Ele é a fonte de todos os valores espirituais,
porque ele é Deus, sendo Jesus o padrão do amor de Deus na Terra.
(De “Máximas de Luz”, de João Nunes Maia, pelo Espírito
Miramez)
ESE – Cap. X - Item 18
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