O verbete “carnaval” foi composto com a
primeira sílaba das palavras a “carne nada vale”.
(Nas Fronteiras da Loucura).
Uma visão dos orientadores Espirituais
No livro “Nas
Fronteiras da Loucura” de Manoel Philomeno de Miranda, vamos encontrar um
relato sobre asatividades de socorro a encarnados e desencarnados,
desenvolvidas por uma grande equipe espiritual, sob o comando do Dr.
Bezerra de Menezes, nos dias de carnaval de 1982, na Cidade do Rio de Janeiro.
Faixas vibratórias
Logo depois que eu
retornara à vida espiritual, percebi haver, em torno da Terra, faixas
vibratórias concêntricas, que a envolviam, desde as mais condensadas,
próximas da área física, até as mais sutis, distanciadas do movimento humano na
crosta.
São vitalizadas
pelas sucessivas ondas mentais dos habitantes do planeta, que de
alguma forma sofrem-lhes a condensação perniciosa.
Concentração mental
A grande concentração
mental de milhões de pessoas, na fúria carnavalesca, irradiações dos que
participavam ativamente, enlouquecidos, e dos que, por qualquer razão, se
sentiam impedidos, afetava para pior a imensa área de trevas, ao tempo em
que esta influenciava os seus mantenedores.
Nesse
período, instalam-se lamentáveis obsessões coletivas que entorpecem
multidões, dizimam existências, alucinam valiosos indivíduos que se vinculam a
formosos projetos dignificadores. (Entre os Dois Mundos)
Afinidade
Acurando a vista,
podia perceber que, não obstante a iluminação forte, pairava uma nuvem
espessa onde se agitava outra multidão, porém, de desencarnados,
mesclando-se com as criaturas terrestres de tal forma permeada, que se
tornaria difícil estabelecer fronteiras delimitadoras entre uma e outra
faixa de convivência. (Entre os Dois Mundos).
Voluntárias do sofrimento futuro
Tornando-se
insuportável a situação de cada uma dessas vítimas voluntárias do
sofrimento futuro, os parasitas espirituais que se lhes acoplam, os obsessores
que os dominam, explorando suas energias, atiram-nos aos abismos da luxúria
cada vez mais desgastante, do aviltamento moral, da violência, a fim de
mantê-los no clima próprio, que lhes permite a exploração até a exaustão de
todas as forças. (Entre os Dois Mundos).
Dificuldade para adaptar-se à vida normal
Passada a onda de
embriaguez dos sentidos, os rescaldos da festa se apresentarão nos corpos
cansados, nas mentes intoxicadas, nas emoções desgovernadas e os
indivíduos despertarão com imensa dificuldade para adaptar-se à vida normal, às
convenções éticas, necessitando prosseguir no mesmo bacanal até a consumpção
das energias. (Entre os Dois Mundos).
Infestação espiritual
Em face dos
desconcertos emocionais que os exageros festivos produzem nas criaturas menos
cautelosas, há uma verdadeira infestação espiritual perturbadora da
sociedade terrestre, quando legiões de espíritos infelizes, ociosos e
perversos, são atraídas e sincronizam com as mentes desarvoradas.
Justificativa do evento
Necessidade de
descarregarem-se as tensões e recalques, segundo alguns estudiosos do
comportamento e da psique. (Dr. Bezerra de Menezes).
A razão do carnaval
Expressiva faixa de
humanidade terrena transita entre os limites do instinto e os pródomos da
razão, mais sequiosos de sensações do que ansiosos pelas emoções
superiores, natural que se permitam, nestes dias, os excessos que reprimem
por todo o ano, sintonizados com as entidades que lhes são afins, é de
lamentar, porém, que muitos se apresentam, nos dias normais, como discípulos de
Jesus.
A população invisível
1. A população
invisível ao olhar humano era acentuadamente maior do que a dos encarnados;
2. Disputavam entre si a
vampirização das vítimas encarnadas, que eram telecomandadas;
3. Estimulavam a
sensibilidade e as libações alcoólicas de que participavam;
4. Ingeriram drogas,
utilizando-se dos comparsas no corpo físico;
5. Se interligavam a
desmandos e orgias lamentáveis;
6. Uns magotes
desenfreados atacavam os burlescos transeuntes, transmitindo-lhes induções
Nefastas;
7. Davam início, assim, a
processos nefandos de obsessões demoradas;
8. Misturavam-se
espíritos de aspecto bestial e lupino, verdugos e técnicos de vampirização do
tônus sexual, em promiscuidade alarmante com inúmeros encarnados.
(Nas Fronteiras da Loucura)
O que o Espiritismo esclarece?
Que o pensamento
altera o meio, atrai pensamentos semelhantes. Como esquecer de uma das lições
da coleção André Luiz, em que o autor descreve a migração de falange de
espíritos trevosos, mais parecendo sombras ao se aproximarem das Cidades
Brasileiras em um carnaval? (Sobre o Carnaval de Pedro Herbert C. Onofre).
A inspiração
Muitos fantasiados
haviam obtido inspiração para as suas expressões grotescas, em visitas a
regiões inferiores do além, onde encontravam larga cópia de deformidades e
fantasias de horror. (Nas Fronteiras da Loucura).
O Espírita e o Carnaval
Muitos Espíritas,
ingenuamente, julgam que a participação nas festas de Momo, tão do agrado dos
brasileiros, não acarreta nenhum mal a nossa integridade psico-espiritual.
E de fato, não
haveria prejuízo maior, se todos pensassem e brincassem num clima sadio, de
legítima confraternização. Infelizmente, porém, a realidade é bem
diferente. (O Espírita e o Carnaval de Pedro F. Azevedo).
A festa terá fim um dia?
A festa é
vestígio da Barbárie e do primitivismo ainda reinantes, e que um dia
desaparecerão da Terra, quando a alegria pura, a jovialidade, a satisfação, o
júbilo real substituírem as paixões do prazer violento e o homem houver
despertado para a beleza, a arte, sem agressão nem promiscuidade. (Nas
Fronteiras da Loucura).
Opinião de Emmanuel (Chico Xavier)
Nenhum Espírito
equilibrado em face do bom senso, que deve presidir a existência das criaturas,
pode fazer apologia da loucura generalizada que adormece as consciências
nas festas carnavalescas.
Há nesses momentos
de indisciplina sentimental o largo acesso das forças da treva nos
corações e às vezes toda uma existência não basta para realizar os
reparos precisos de uma hora de insânia e de esquecimento do dever.
Ação altamente
meritória seria a de empregar todas as verbas consumidas em semelhantes
festejos na assistência social aos necessitados de um pão e de um carinho. (Emmanuel)
Opinião de André Luiz
O Espírita deve
afastar-se de festas lamentáveis, como aquelas que assinalam a passagem do
carnaval, inclusive as que se destaquem pelos excessos de gula, desregramento
ou manifestações exteriores espetaculares. (Conduta Espírita de Waldo Vieira).
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