terça-feira, 30 de maio de 2017

Viajor

VIAJOR
          Caro amigo,
          Perguntas quem somos.
          Por enquanto, sabemos unicamente que, em cada um de nós, a vida encontra um viajor, seguindo para a Imortalidade.
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          Espíritos encarnados e desencarnados, já que nos achamos no regime de estágios evolutivos de uma existência para outra existência, através dos princípios da reencarnação, é justo considerar-nos na condição de viajantes, sempre prontos para nascer ou renascer, segundo as nossas necessidades ou conforme as determinações das leis que nos regem.
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          Atendendo aos imperativos do burilamento espiritual, cada viajor permanece no veículo mais adequado às tarefas que deve desempenhar, com a obrigação de se aperfeiçoar e aperfeiçoar a vida de que se rodeia, em atividade constante.
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          As residências ou carros de viagem variam para todos.
          Palácios, mansões, casas grandes ou pequenas, apartamentos maiores ou menores, pardieiros, refúgios, choupanas ou esconderijos...
          Cada qual de nós se encontra no lugar de que necessita.
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          E solicitas normas para a tranquilidade, qual se pudéssemos formulá-las, à frente das multidões de criaturas heterogêneas, já que nem todas se localizam no mesmo grau de evolução.
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          Ainda assim, ser-nos-á possível, alinhar alguns tópicos essenciais de nossas próprias disciplinas, na Vida Espiritual, que te ofertamos, não ao modo de mandamentos pretensiosos, mas por lembretes fraternos, para que não nos esqueçamos das nossas atitudes de urgência, de maneira a ganharmos tempo na viagem, atenuando problemas e conflitos que, porventura venham à tona de nosso relacionamento comum.
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          Cultiva a fé em Deus para que não te falte a consciência tranqüila.
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          Age servindo sempre.
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          Lembra-te de que outros farão a ti mesmo, aquilo que aos outros te decidas a fazer.
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          Espalha o bem quanto puderes e como puderes, respeitando a integridade da própria consciência.
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          Não cobres tributos de gratidão.
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          Abstém-te de destacar os defeitos do próximo, reconhecendo que todos nós os espíritos ainda vinculados à evolução gradativa na Terra, temos ainda o lado escuro do próprio ser por iluminar.
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          Foge de guardar ressentimento, a fim de que o ódio não se te faça veneno no coração.
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         Esquece as ofensas incondicionalmente, na certeza de que as agressões pertencem aos agressores.
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          Se erraste, apressa-te a corrigir-te.
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          Na hipótese de haveres ferido a alguém, solicita desculpa, buscando reparar essa ou aquela falta cometida.
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          Tolera os companheiros na condição evolutiva em que se vejam, para que não lhes sufoques os impulsos de melhoria e elevação.
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          Não suprimas a esperança, onde a esperança esteja crescendo, ainda quando a verdade te fustigue a vida íntima, porque a Providência Divina dispõe de poder para transformar todos os fracassos humanos em novos recursos de trabalho e transformação, em favor de todos os nossos irmãos, ainda mesmo os mais infelizes.
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          Nas horas de crise, mantém a própria serenidade, sem supor que as tuas provações sejam maiores do que as dos outros, a fim de que o sofrimento educativo não se te transforme em prejuízo ou perturbação.
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          Sê fiel aos compromissos assumidos para que os companheiros de experiência e caminho se te sustentem fiéis.
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          Conserva a felicidade de ser útil e trabalha, tanto quanto puderes, realizando o melhor ao teu alcance, mesmo quando te suponhas sem necessidade de trabalhar.
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          Aceita os semelhantes teus quais são, sem reclamar-lhes exibições de grandeza, para que a vida mais facilmente lhes consiga doar o crescimento justo com a maturidade necessária.
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         Nestas diretrizes, seguiremos tranquilos, estradas adiante, conquanto as imperfeições de que ainda sejamos portadores, porque a vida se encarregará de trazer-nos as lições indispensáveis para que nos descartemos das arestas e das impropriedades de hoje, a fim de sermos as criaturas melhores de amanhã.
Emmanuel - Uberaba, 08 de fevereiro de 1985.
(De “Viajor”, de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel)

(Introdução da obra com o título em epígrafe)

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