sábado, 12 de maio de 2012

Carta a minha mãe


Mãe, quando eu comecei a escrever esta carta, usei a pena do carinho, molhada na tinta rubra do coração ferido pela saudade.
As notícias, arrumadas como pérolas em um fio precioso, começaram a saltar de lugar, atropelando o ritmo das minhas lembranças.
Vi-me criança orientada pela sua paciência. As suas mãos seguras, que me ajudaram a caminhar.
E todas as recordações, como um caleidoscópio mental, umedeceram com as lágrimas que verteram dos meus olhos tristes.
Assumiu forma, no pensamento voador, a irmã que implicava comigo.
Quantas teimas com ela. Pelo mesmo brinquedo, pelo lugar na balança, por quem entraria primeiro na piscina.
Parece-me ouvir o riso dela, infantil, estridente. E você, lecionando calma, tolerância.
Na hora do lanche, para a lição da honestidade, você dava a faca ora a um, ora a outro, para repartir o pão e o bolo.
Quantas vezes seu olhar me alcançou, dizendo-me, sem palavras, da fatia em excesso por mim escolhida.
As lições da escola, feitas sob sua supervisão, as idas ao cinema, a pipoca, o refri.
Quantas lembranças, mãe querida!
Dos dias da adolescência, do desejar alçar voos de liberdade antes de ter asas emplumadas.
Dos dias da juventude que idealizavam anseios muito além do que você, lutadora solitária, poderia me oferecer.
Lágrimas de frustração que você enxugou. Lágrimas de dor, de mágoa que você limpou, alisando-me as faces.
Quantas vezes ouço sua voz repetindo, uma vez mais:
Tudo tem seu tempo, sua hora! Aguarde! Treine paciência!
E de outras vezes:
Cada dia é oportunidade diferente. Tudo que você tem é dádiva de Deus, que não deve desprezar.
A migalha que você despreza pode ser riqueza em prato alheio. O dia que você perde na ociosidade é tesouro jogado fora, que não retorna.
Lições e lições.
A casa formosa, entre os tamarindeiros assomou na minha emoção.
Voltei aos caminhos percorridos para invadi-la novamente, como se eu fosse alguém expulso do paraíso, retornando de repente.
Mãe, chegou um momento em que a carta me penetrou de tal forma, que eu já não sabia se a escrevera.
E porque ela falava no meu coração dorido, voei, vencendo a distância.
E vim, eu mesmo, a fim de que você veja e ouça as notícias vibrando em mim.
Mãe, aqui estou. Eu sou a carta viva que ia escrever e remeter a você.
*   *   *
Entre as quadras da vida e as atividades que o mundo o envolve, reserve um tempo para essa especial criatura chamada mãe.
Não a esqueça. Escreva, telefone, mande uma flor, um mimo.
Pense quantas vezes, em sua vida, ela o surpreendeu dessa forma.
E não deixe de abraçá-la, acarinhá-la, confortar-lhe o coração.
Você, com certeza, será sempre para ela, o melhor e mais caro presente.
 Redação do Momento Espírita, com frases do cap. XVI do livro
Pássaros livres, pelo Espírito Rabindranath Tagore,
psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.
Disponível no CD Momento Espírita v.18, ed. Fep

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Ora e segue


 “Seja feita a vossa vontade, assim na Terra, como no Céu ... Jesus - Mateus, 6: 10.
“Espíritos hão dito sempre: “A forma nada vale, o pensamento é tudo. Ore, pois, cada um segundo suas convicções e da maneira que mais o toque. Um bom pensamento vale mais do que grande número de palavras com as quais nada tenha o coração.” - Cap. 28, 1.
Nas lides do cotidiano, é imperioso recordes que a existência terrestre é a grande escola, em que a dor comparece por essência do aprendizado e o obstáculo por lição.
E, portas a dentro do educandário, a prece, por flama viva, será sempre fio luminoso, possibilitando-te assimilar a inspiração do Mestre, a fim de que te não faltem discernimento e fortaleza, paz e luz.
Não transformes, porém, a tua rogativa em constrangimento para os outros.
Ao invés disso, faze dela o meio de tua própria renovação.
Em muitas circunstâncias, solicitas a cooperação daqueles que mais amas, na solução dos problemas que te apoquentam a vida e recebes indiferença ou perturbação por resposta.
Não desfaleças, nem te magoes.
Ora e segue adiante, rogando ao Senhor te auxilie a compreender sem desesperar.
Às vezes, nas agressivas dificuldades em que te encontras, aguardas a vinda de alguém capaz de aliviar o fardo que te pesa nos ombros e apenas surge quem te proponha dissabores e experimentos amargos.
Não te aflijas, nem te perturbes.
Ora e segue adiante, rogando ao Senhor te auxilie a sofrer sem ferir.
Deste longo tempo de abnegação aos familiares queridos, na convicção de recolher carinho e repouso na época do cansaço, e ouves, a cada hora, novas intimações à luta e ao sacrifício.
Não te revoltes, nem desanimes.
Ora e segue adiante, rogando ao Senhor te auxilie a servir sem reclamar.
Assumiste atitudes para fixar a verdade, no respeito ao bem de todos, contando, por isso, com o entendimento daqueles que te rodeiam e viste a desconfiança sombreando a face de muitos dos melhores companheiros que te conhecem a marcha.
Não chores, nem esmoreças.
Ora e segue adiante, rogando ao Senhor te auxilie a esperar sem exigir.
Em todas as provações, ora e segue adiante, rogando ao Senhor te auxilie a sustentar a consciência tranquila, no desempenho dos deveres que te competem.
E, se pedradas e humilhações te constituem o prato descabido no momento que passa, ora e segue adiante, lembrando que a criança pode revolver hoje o pó da terra, em formas de fantasia e agitações de brinquedo, no entanto, de futuro, nos dias da madureza, há de tratá-lo com responsabilidade e suor, se quiser obter agasalho e pão, que lhe garantam a vida.
Isso porque Deus é a força do tempo, tanto quanto o tem o é a força de Deus.
Livro da Esperança – Chico Xavier / Emmanuel

Perto de Deus


Entre a alma, prestes a reencarnar na Terra, e o Mensageiro Divino travou-se expressivo diálogo:
Anjo bom? disse ela ?, já fiz numerosas romagens no mundo. Cansei-me de prazeres envenenados e posses inúteis... Se posso pedir algo, desejaria agora colocar-me em serviço, perto de Deus, embora deva achar-me entre os homens...
Sabes efetivamente a que aspiras? que responsabilidade procuras? ? replicou o interpelado. ? Quando falham aqueles que servem à vida, perto de Deus, a obra da vida, em torno deles, é perturbada nos mais íntimos mecanismos.
Por misericórdia, anjo amigo! Dar-me-ás instruções...
Conseguirás aceitá-las?
Assim espero, com o amparo do Senhor.
O Céu, então, conceder-te-á o que solicitas.
Posso informar-me quanto ao trabalho que me aguarda?
Porque estarás mais perto de Deus, conquanto entre os homens, recolherás dos homens o tratamento que eles habitualmente dão a Deus...
Como assim?
Amarás com todas as fibras de teu espírito, mas ninguém conhecerá, nem te avaliará as reservas de ternura!... Viverás abençoando e servindo, qual se carregasses no próprio peito a suprema felicidade e o desespero supremo. Nunca te fartarás de dar e os que te cercarem jamais se fartarão de exigir...
Que mais?
Dar-te-ão no mundo um nome bendito, como se faz com o Pai Celestial; contudo, qual se faz igualmente até hoje na Terra com o Todo-Misericordioso, reclamar-se-á tudo de ti, sem que se te dê coisa alguma. Embora detendo o direito de fulgir à luz do primeiro lugar nas assembléias humanas, estarás na sombra do último... Nutrirás as criaturas queridas com a essência do próprio sangue; no entanto, serás apartada geralmente de todas elas, como se o mundo esmerasse em te apunhalar o coração.Muitas vezes, serás obrigada a sorrir, engolindo as próprias lágrimas, e conhecerás a verdade com a obrigação de respeitar a mentira... Conquanto venhas a residir no regozijo oculto da vizinhança de Deus, respirarás no fogo invisível do sofrimento!...
Que mais?
Adornarás as outras criaturas para que brilhem nos salões da beleza ou nos torneios da inteligência; entretanto, raras te guardarão na memória, quando erguidas ao fausto do poder ou ao delírio da fama. Produzirás o encanto da paz; todavia, quando os homens se inclinem à guerra, serás impotente para afastar-lhes o impulso homicida... Por isso mesmo, debalde chorarás quando se decidirem ao extermínio uns dos outros, de vez que te acharás perto do Todo-Sábio e, por enquanto, o Todo-Sábio é o Grande Anônimo entre os povos da Terra...
Que mais?
Todas as profissões no Planeta são honorificadas com salários correspondentes às tarefas executadas, mas o teu ofício, porque estejas em mais íntima associação com o Eterno e para que não comprometas a Obra da Divina Providência, não terá compensações amoedadas. Outros seareiros da Vinha Terrestre serão beneficiados com a determinação de horários especiais; contudo, já que o Supremo Pai serve dia e noite, não disporás de ocasiões para descanso certo, porquanto o amor te colocará em permanente vigília!... Não medirás sacrifícios para auxiliar, com absoluto esquecimento de ti; no entanto, verás teu carinho e abnegação apelidados, quase sempre, por fanatismo e loucura... Zelarás pelos outros, mas os outros muito dificilmente se lembrarão de zelar por ti... Farás o pão dos entes amados...Na maioria das circunstâncias, porém, serás a última pessoa a servir-se dos restos da mesa, e, quando o repouso felicite aqueles que te consumirem as horas, velarás, noite adentro, sozinha e esquecida, entre a prece e a aflição... Espiritualmente, viverás mais perto de Deus, e, em razão disso, terás por dever agir com o ilimitado amor com que Deus ama...
Anjo bom ? disse a Alma, em pranto de emoção e esperança ?, que missão será essa?
O Emissário Divino endereçou-lhe profundo olhar e respondeu num gesto de bênção:
Serás mãe!...
XAVIER, Francisco Cândido. Estante da vida. Pelo Espírito Irmão X. FEB. Capítulo 13

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Ser pequeno


Naquela tarde quente, quando os Apóstolos chegaram à casa de Simão Pedro, o pescador, estavam suados.
Olhando-os, Jesus perguntou com serenidade: O que é que vocês discutiam pelo caminho?
A pergunta permaneceu no ar, sem resposta. Eles se deram conta da pouca importância da questão do debate. Ao mesmo tempo, constatavam mais uma vez o poder de penetração do Mestre em seus pensamentos e atos.
Finalmente, um deles falou:
Nós estávamos discutindo em torno de quem de nós era o maior, o mais amado, o mais importante.
Todos sabemos que João é distinguido pelo vosso amor. Pedro é merecedor de vossa confiança. E os demais? Que papel desempenhamos no grupo? Afinal, qual de nós é o maior?
Jesus tinha por eles uma grande ternura. Sabia das suas dificuldades interiores. Chamara-os para o ministério, reconhecendo todos os seus problemas emocionais e suas fraquezas morais. Envolveu-os com Seu olhar de compaixão e respondeu:
O grão de mostarda, menor que qualquer outra semente, reverdece com o mesmo tom a terra abençoada pelo trigo vigoroso.
A bolota de carvalho desenvolve a árvore grandiosa que nela se encerra. O pólen, quase invisível, de todas as flores se encarrega de transmitir beleza e perpetuar a espécie em outras plantas.
Todos são importantes na paisagem terrestre.
O grão de areia se anula perante outro grão de areia para construírem a praia imensa que recebe o movimento carinhoso das ondas do mar.
Uma gota d’água se une a outras tantas para formar a imensa massa líquida dos rios, lagos e mares.
Tudo é importante diante de Deus, não pela grandeza, mas pelo significado que cada coisa tem para a utilidade da vida.
Entre os homens, o maior é sempre aquele que se esquece de si mesmo. É aquele que se torna servidor. Aquele que não se cansa de ajudar, que se encontra sempre disposto a cooperar e servir.
Quem se apaga para que o outro brilhe, torna-se combustível daquele e sem ele, a luminosidade do outro desaparece.
Há uma grande importância em ser pequeno.
E concluiu, estendendo o olhar para todos eles:
Aquele que, dentre vós, desejar ser o maior, o mais importante, o mais amado, torne-se o melhor servidor. Seja o mais atento amigo, sempre vigilante para ajudar e desculpar, porque esse, sim, fará falta, será notado quando ausente, se tornará alicerce para a construção do edifício do bem.
*   *   *
Se você almeja se tornar alicerce do mundo novo, comece hoje mesmo.
Seja o ombro terno no qual alguém possa chorar suavemente.
Torne-se um poço de águas cristalinas para matar a sede de quem necessita.
Seja a mão que retira da escuridão quem nela se encontra.
Seja amigo, irmão, companheiro, um aliado do bem.

Redação do Momento Espírita

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Em louvor da prece


“Quando quiserdes orar entrai para o vosso quarto e fechada a poria, oral ao Pai, no intimo; e o Pai que vê: no intimo, vos recompensará.” - Jesus - Mateus, 6:6.
“Orai, enfim, com humildade, como o publicano e não com orgulho, como o fariseu. Examinai os vossos defeitos, não as vossas qualidades e, se vos comparardes aos outros, procurai o que há em vós de mau.” Cap. 27, 4.
Pediste em oração a cura de doentes amados e a morte apagou-lhes as pupilas, regelando-te o coração; solicitaste o afastamento da prova e o acidente ocorreu, esmagando-te as esperanças; suplicaste a sustação da moléstia e a doença chegou a infligir-te deformidade completa; imploraste suprimentos materiais e a carência te bate à porta.
Mas se não abandonares a prece, aliada ao exercício das boas obras, granjearás paciência e serenidade, entendendo, por fim, que a desencarnação foi socorro providencial, impedindo sofrimentos insuportáveis: que o desastre se constitui em medida de emergencia para evitar  calamidades maiores; que a mutilação física é a defesa da própria alma contra quedas morais de soerguimento difícil e que as dificuldades da penúria são lições da vida, a fim de que a finança demasiada não se faça veneno ou explosivo nas tuas mãos.
Da mesma forma, quando suplicamos perdão das próprias faltas à Eterna Justiça, não bastam o pranto de compunção e a postura de reverência.
Após o reconhecimento dos compromissos que nos são debitados no livro do espírito, continuamos tão aflitos e tão desditosos quanto antes.
Contudo, se perseveramos na prece, com o serviço das boas ações que nos atestam a corrigenda, a breve trecho, perceberemos que a Lei nos restitui a tranqüilidade e a libertação, com o ensejo de apagar as conseqüências de nossos erros, reintegrando-nos no respeito e na estima de todos aqueles que erigimos à condição de credores e adversários.
Se guardas esse ou aquele problema de consciência, depois de haver rogado perdão à Divina Bondade, sob o pretexto de continuar no fogo invisível da inquietação, não te afastes da prece mesmo assim.
Prossegue orando, fiel ao bem que te revele o espírito renovado.
A prece forma o campo do pensamento puro e toda construção respeitável começa na idéia nobre.
Realmente, sem trabalho que o efetive, o mais belo plano é sempre um belo plano a perder-se.
Não vale prometer sem cumprir.
A oração, dentro da alma comprometida em lutas na sombra, assemelha-se à lâmpada que se acende numa casa desarranjada; a presença da luz não altera a situação do ambiente desajustado e nem remove os detritos acumulados no recinto doméstico, entretanto, mostra sem alarde o serviço que se deve fazer.
Livro da Esperança – Chico Xavier / Emmanuel

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Amor no coração - Aurora no olhar...


(Transbordando de Luz na Senda...)
Você sabe: o Amor é um estado de consciência.
É como a primavera: faz bem a todos.
Por isso, as Almas Livres**sempre ensinaram sobre o caminho do coração – e não o caminho da cabeça.
Porque Elas sabiam que não há como a mente - e seus esquemas ilusórios -, compreender a profundidade do Amor.
Aquilo que se sente, em Espírito e Verdade, é muito maior do que as explicações ventiladas pelo ego de quem tenta compactar sentimentos em noções estratificadas mentalmente.
É como uma linda canção: toca o seu coração, de formas admiráveis e misteriosas.
Ah, o Amor que se explica não é sentimento real – não mesmo... É apenas jogo emocional do ego.
Aliás, só o Amor compreende o Amor – assim como, só se aprende a viver, vivendo... E não há uma cartilha para isso.
Quando o coração escuta a canção certa, tudo muda - a sintonia espiritual acontece... E isso não tem tempo ou lugar, simplesmente é!
Quando o coração sente outro coração, respira junto, mesmo à distância.
É simples assim: é sintonia, de alma para alma.
E quem pode explicar isso só com a mente e suas ilações teóricas sobre o sentir?
Não, não há como alguém escrever um tratado teórico de como lidar com os sentimentos... Porque o coração lê diretamente, na linguagem prática da alma, o que se passa em outro coração.
É por isso que quem ama tem dificuldade em esconder o que sente... Porque o seu coração transborda de Luz, e isso é claramente percebido por outro coração na mesma sintonia, mesmo à distância.
Ah, isso é a coisa mais poderosa de todas! E também é a mais perigosa para o ego, porque suscita grandes transformações no Ser, pois, na presença do Amor, tudo muda.
Agora você sabe: isso não se explica, só se sente...
É como a linda canção: faz você viajar nas ondas de sentimentos maravilhosos e misteriosos.
Por isso, as Almas Livres inspiraram espiritualmente ao sábio Shankara um de seus grandes ensinamentos, que diz:
“Há uma Luz que brilha mais do que bilhões de sóis juntos.
É a essência da alma.
Essa é a Luz que mora no coração.”
Então, pegando uma carona nesse ensinamento, eu lhe digo:
“Tenha coragem de assumir a Luz do Amor em seu coração... Aceite-a!”
Ah, isso não se explica, só se sente...
 P.S.:
Às vezes, me perguntam se estou apaixonado por alguém, e se escrevo por causa disso. Na verdade, há muitos anos que o meu chacra cardíaco está aberto e cheio de Luz.
Por isso, sinto um Grande Amor passando pelo meu pequeno coração – e também uma alegria natural. Então, deixo o meu coração escrever através de mim.
E sei que isso não se explica, só se sente... Mas sei, também, que, quem ama, de alguma maneira, de alma para alma, compreende.
Bom, finalizo esses escritos com outro ensinamento extraído da Sabedoria Perene: “Quando o coração fala ao coração, não há mais nada a dizer.”
(Dedicado a todos aqueles que amam realmente – e que tem a coragem de vencer a si mesmos -, e aos que transbordam seus corações de Luz, só porque escutam uma linda canção.)
 Paz e Luz.
 - Wagner Borges – mestre de nada e discípulo de coisa alguma, mais uma vez, transbordando... Florianópolis, 26 de abril de 2012
A primeira parte desse texto pode ser acessada no site do IPPB, no seguinte endereço específico: http://www.ippb.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=10861:amor-no-coracao-aurora-no-olhar&catid=138:ultimos-textos-postados&Itemid=271