domingo, 17 de março de 2013

Prece


Senhor, ensina-nos a oferecer-te o coração puro e o pensamento elevado na oração.
Ajuda-nos a pedir, em Teu Nome, para que a força de nossos desejos não perturbe a execução de teus desígnios.
Ampara-nos, a fim de que o nosso sentimento se harmonize com a tua vontade e que possamos, cada dia, ser instrumentos vivos e operosos da paz e do amor, do aperfeiçoamento e da alegria, de acordo com a tua Lei.
Assim seja.
XAVIER, Francisco Cândido. Pai Nosso. Pelo Espírito Meimei. FEB.
* * * Estude Kardec * * *

Viver melhor


Todos queremos ser felizes, viver melhor.
Entretanto, ouçamos a experiência.
A felicidade não é um tapete mágico. Ela nasce do bem que você espalhe, não daqueles que se acumulam inutilmente.
Tanto isto é verdade que a alegria é a única doação que você pode fazer sem possuir nenhuma.
Você pode estar em dificuldade e suprimir muitas dificuldades dos outros.
Conquanto às vezes sem qualquer consolação, você dispõe de imensos recursos para reconfortar e reerguer os irmãos em prova ou desvalimento.
A receita de vida melhor será sempre melhorar-nos, através da melhor a que venhamos a realizar para os outros.
A vida é dom de DEUS em todos.
E quem serve só pra si não serve para os objetivos da vida, porque viver é participar, progredir, elevar, integrar-se.
Se aspiramos a viver melhor, escolhamos o lugar de servir na causa do bem de todos.
Para isso, não precisa você condicionar-se a alheios pontos de vista..
Engaje-se na filera de servidores que se lhe afine com as aptidões.
Aliste-se em qualquer serviço no bem comum.
É tão importante colaborar na higiene do seu bairro ou na construção de uma escola, quanto auxiliar a uma criança necessitada ou prestar apoio a um doente.
Procure a Paz, garantindo a Paz onde esteja.
Viva em segurança, cooperando na segurança dos outros.
Aprendamos a entregar o melhor de nós à vida que nos rodeia e a vida nos fará receber o melhor dela própria.
Seja feliz, fazendo os outros felizes.
Saia de você mesmo ao encontro dos outros, mas não resmungue, nem se queixe contra ninguém. E os outros nos farão encontrar DEUS.
Não julgue que semelhante instrução seja assunto unicamente para você que ainda se acha na Terra. Se você acredita que os chamados mortos estão em paz gratuita, engano seu, porque os mortos se quiserem paz que aprendam a sair de si mesmos e a servirem também.
Livro: Respostas da Vida - 4
André Luiz & Francisco Cândido Xavier

sábado, 16 de março de 2013

Medo de Amar


A insegurança emocional responde pelo medo de amar.
O amor é mecanismo de libertação do ser, mediante o qual, todos os revestimentos da aparência cedem lugar ao Si profundo, despido dos atavios físicos e mentais, sob os quais o ego se esconde.
O medo de amar é muito maior do que parece no organismo social. As criaturas, vitimadas pelas ambições imediatistas, negociam o prazer que denominam como amor ou impõem-se ser amadas, como se tal conquista fosse resultado de determinados condicionamentos ou exigências, que sempre resultam em fracasso.
Toda vez que alguém exige ser amado, demonstra desconhecimento das possibilidades que lhe dormem em latência e afirma os conflitos de que se vê objeto. O amor, para tal indivíduo, não passa de um recurso para uso, para satisfações imediatas, iniciando pela projeção da imagem que se destaca, não percebendo que, aqueloutros que o louvam e o bajulam, demonstrando-lhe afetividade são, também, inconscientes, que se utilizam da ocasião para darem vazão às necessidades de afirmação da personalidade, ao que denominam de um lugar ao Sol, no qual pretendem brilhar com a claridade alheia.
Vemo-los no desfile dos oportunistas e gozadores, dos bulhentos e aproveitadores que sempre cercam as pessoas denominadas de sucesso, ao lado das quais se encontram vazios de sentimento, não preenchendo os espaços daqueles a quem pretendem agradar, igualmente sedentos de amor real.
O amor está presente no relacionamento existente entre pais e filhos, amigos e irmãos.. Mas também se expressa no sentimento do prazer, imediato ou que venha a acontecer mais tarde, em forma de bem-estar. Não se pode dissociar o amor desse mecanismo do prazer mais elevado, imediato, aquele que não atormenta nem exige, mas surge como resposta emergente do próprio ato de amar.
Quando o amor se instala no ser humano, de imediato uma sensação de prazer se lhe apresenta natural, enriquecendo-o de vitalidade e de alegria com as quais adquire resistência para a luta e para os grandes desafios, aureolado de ternura e de paz.
FRANCO, Divaldo Pereira. Amor, Imbatível Amor. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL.
* * * Estude Kardec * *

quarta-feira, 13 de março de 2013

As frustrações do homem moderno


Grande parte das pessoas, na sociedade atual, é infeliz, é frustrada. Você já se perguntou por que isso acontece?
Muitos são os estudos feitos para se descobrir as possíveis causas da infelicidade do homem moderno e todos apontam para um único e grande causador de tudo isso: o próprio homem.
O ser humano traz em sua bagagem, ao nascer, um plano de felicidade. Ele traz consigo basicamente três motivações que o levarão a uma satisfação pessoal, se as conseguir manter ao longo da existência.
Uma delas é ter um relacionamento pessoal satisfatório.
Outra, é poder ser útil na comunidade em que vive e, por fim, crescer como indivíduo, alcançando sua auto-realização.
Se todas as pessoas conseguissem atender a esses apelos do seu interior jamais se sentiriam frustradas ou infelizes.
No entanto, há outros apelos muito fortes que vêm do exterior, que a sociedade impõe como sendo indispensáveis: ter muito dinheiro, ter fama e ser fisicamente atraente.
E é quando o ser humano entra na luta pela conquista de posses materiais, de fama e de uma aparência física atraente, que muitas vezes se infelicita e se frustra.
E por que isso ocorre?
Porque, em sua maioria, as criaturas se esquecem das suas aspirações íntimas e passam a lutar com todas as suas forças para conquistar o que a sociedade convencionou chamar de homem bem sucedido.
E, para "subir na vida", tantas vezes não se importa em passar por cima de seus semelhantes, e mata uma de suas motivações íntimas: a de ter um bom relacionamento pessoal.
Deixa de ouvir a voz da consciência que o chama à utilidade, junto à comunidade, e passa a lutar por uma profissão que lhe dê status e fama.
Se aspirar, por exemplo, a ser um médico útil à sociedade, passa a ver na profissão um meio de ganhar dinheiro e fazer fama, tornando-se um comerciante da medicina, que só atende se for bem pago.
E para poder se manter fisicamente atraente, muitos indivíduos vivem à custa de drogas e regimes cruéis, e passam a depender disso para manter as aparências.
E quando o corpo físico cobra seus tributos, em função da idade, passam a esticar a pele por todos os lados, como se fosse possível enganar as leis que regem a matéria.
O que o indivíduo não se dá conta, é que quanto mais luta para ter, mais se esquece de ser e mais se infelicita.
Os que conseguem conquistar posses materiais, fama, e uma boa aparência, passam a empregar seu tempo e sua saúde para mantê-los.
E os que não logram realizar esses sonhos estabelecidos pela sociedade, se tornam infelizes e frustrados por se julgarem incapazes para tal.
Jesus, o excelente psicólogo da Humanidade, recomendou que envidássemos esforços para conquistar bens que nem a traça nem a ferrugem consomem. E esses bens são as virtudes do Espírito, que nos seguem pela eternidade afora.
Assim, quando o ser humano entender que o dinheiro é meio e não fim para ser conquistado a qualquer custo, colocará esse bendito recurso a serviço do progresso próprio e dos seus semelhantes em todos os sentidos.
"Não vos inquieteis pela posse do ouro", recomenda Jesus.
E na parábola do rico fazendeiro que só se importava em encher os celeiros de forma egoísta Ele adverte: "Insensato que sois! Ainda esta noite lhe exigirão a alma."
Jesus, portanto, não disse que temos que desprezar os bens terrenos, nem o dinheiro, mas ensinou que os bens terrenos aqui ficam quando daqui partimos e que não vale a pena ganhar a vida e perder-se a si mesmo.
* * *
Você vale pelo que é, e não pelo que tem ou pela sua aparência física.
As virtudes são os tesouros mais preciosos que você pode conquistar.
Lembre-se sempre de que nada vale a pena se tivermos que abrir mão da nossa dignidade, da nossa honradez, ou dos nossos valores nobres.
Texto da Redação do Momento Espírita, com base em texto do livro Porque fazemos o que fazemos, de Edward Deci, ed. Negócio.

domingo, 10 de março de 2013

O antidoto para a solidão


"É bom ser importante, mas o importante é ser bom"
Um dos flagelos da humanidade chama-se solidão.
Mas o que é a solidão? Seria a ausência de companhia, de pessoas à nossa volta? Seria estar longe das civilizações?
Mais grave do que estar só é sentir-se só. Duas pessoas que vivem situações parecidas poderão ter comportamentos diferentes. Enquanto uma é infeliz, a outra sobrevive, e bem.
Solidão, mais do que estar só, é a insatisfação da pessoa com a vida e consigo mesma. É precisar da multidão à sua volta, por não perceber que pode bastar-se por si mesma, desde que descubra a riqueza do seu interior. A solidão nasce da insegurança e da necessidade de sentir-se amada, porque ignora que o grande truque é amar.
Há quem use solidão como tempo de inspiração, análise e programação. Não é mais a solidão popularmente conhecida, porque se transforma em recolhimento ao próprio íntimo, necessidade que todos temos, sem nos dar conta. Vez que outra, é preciso estar só. Tentamos nos dar bem com os outros, mas não sabemos viver na harmonia de nós mesmos. Quando Amyr Klink, saindo da África, chegou à Bahia, navegando dias e dias, sozinho em sua pequena embarcação, perguntaram-lhe se a solidão não teria sido seu maior obstáculo. A resposta foi que nunca estivera só, porque muitos torciam por ele e, além disso, fazia o que lhe causava prazer. Quem age dessa forma não dá espaço para a solidão.
Cabe analisar quem são as vítimas da solidão. E responderíamos que são os que não lutam, que nada realizam, não amam, não vivem...!
Quem se fecha em seus problemas, em suas mágoas, melindra-se facilmente, autoflagela-se e inutiliza preciosas oportunidades de realizações importantes. Deus não pode ocupar-se com os que insistem em ser infelizes. Deixa primeiro que despertem e valorizem a vida, para depois enviar-lhes a ajuda que possam compreender.
O antídoto para a solidão, mais do que os antidepressivos ou os divãs dos analistas, é a ocupação. De qualquer tipo. Trabalho profissional, trabalho de lazer, trabalho de amor ao próximo. Quem se achar em sofrimento, procure ser útil. Quem vive gastando o tempo para reclamar de má sorte, experimente aplicar as horas tristes no trabalho. E como catalisador para esse entendimento não podemos desprezar um agente eficaz contra a solidão: O Centro Espírita.
Nesse pequeno compartimento da imensa Casa de Jesus há, sempre, disponibilidade de vagas para serviços no bem. E, sempre, atinge primeiro o próprio agente. É aí que o jovem estudante busca serenidade para entender as lições mais difíceis; é aí que a moça, frustrada com a perda do namorado, encontra para substituí-lo um amor diferente, sublimado; é ai onde a mãe que ficou, prematuramente, sem o filho querido, conhece outros filhos que suprirão a falta dele; é ai onde a viúva, idosa e enferma, encontra a companhia de operosos auxiliares do Cristo, para suavizar o seu isolamento e a saudade do companheiro; é aí, enfim, onde todo sofrimento se transforma em progresso e entendimento.
Nenhum outro lugar, por mais prazer que ofereça, pode combater a solidão como o Centro Espírita, sem dispêndio para aquele que chega com a mágoa no coração. Ali, enquanto serve, se cura; quando oferece, recebe; ao sorrir, se alegra; com ajuda, se reergue.
Abençoado Centro Espírita, que além destes abriga também os que se sentem infelizes, que têm a alma sensível pronta para oferecer-se. São os que têm consciência de como a vida é boa e retribuem a Deus pela dádiva, ao invés de queixar-se do abandono ou revoltar-se contra os atos comuns da vida de todos nós. Centro Espírita que a todos recebe, servidores e necessitados, com a intenção de irmaná-los e integrá-los em um só propósito e diminuindo a infelicidade porque esta, sempre, faz seu ninho no escuro de cada um, independente da idade, saúde ou situação financeira.
Felizes os que despertam e passam pela porta estreita do Centro. Metade do problema já estará resolvido.
Felizmente, a cada dia os que ali aportam são em maior número e, brevemente, chegará o dia em que o entendimento será absoluto.
Octávio Caúmo Serrano
Revista Espírita Allan Kardec, nº 37

quinta-feira, 7 de março de 2013

Razão ou coração?


O Espiritismo ensina que todos os Espíritos são criados por Deus em estado de ignorância e simplicidade.
Eles possuem o embrião de todas as virtudes. Mas necessitam das experiências da vida para desenvolver o seu infinito potencial.
No universo não há privilégios ou injustiças. Cada qual ocupa uma posição adequada ao seu estágio evolutivo e as suas necessidades de aprendizado.
Na jornada para a plenitude, as asas do conhecimento e da moralidade gradualmente despontam em toda criatura.
Mesmo quem hoje parece um pervertido adquirirá a máxima pureza. Tudo é uma questão de tempo e de esforço. A criatura que parece privilegiada pela vida, na verdade trabalhou mais o seu interior.
Talvez seja mais velha do que as demais, por ter sido criada antes. Mas certamente já trabalhou muito. Afinal, o mero passar do tempo pouco ensina. É o que ocorre em uma escola. De nada adianta o aluno ser mais velho do que os demais de sua classe. Se não aprende a lição, não é promovido para a etapa seguinte.
A angelitude é um estado de consciência de quem muito conhece e muito ama.
Freqüentemente se ouve falar de embates entre a razão e o sentimento
Em face de determinada situação, a criatura não sabe qual rumo tomar.
Seu coração anseia por determinada solução, mas a razão aponta para outra saída.
Esse gênero de dúvida revela a pouca compreensão que ainda temos da finalidade da vida.
Ninguém nasce a passeio ou apenas para realizar fantasias.
Todos trazemos uma programação a cumprir, que invariavelmente visa a nossa evolução, o nosso aperfeiçoamento.
O objetivo de nossa vida sempre será o desabrochar do anjo que em nós reside.
Esse objetivo identifica-se com a aquisição da sabedoria e do amor. Ocorre que amor não é sinônimo de desejo. Essa sublime energia rege o universo. Ela desperta em nós o ideal de auxiliar o próximo a ser feliz.
Mas a razão nos diz que a felicidade depende do dever bem cumprido. Ninguém pode ser genuinamente feliz com a consciência pesada. Assim, o coração e a razão nunca entram em contradição, para quem compreende o seu real papel em face da vida.
Nossos amores não nos pertencem. Eles são filhos do divino pai, que os criou para uma meta transcendente e maravilhosa. Nosso papel é o de ajudá-los a atingir essa meta tão sublime. Amar não implica ser conivente ou livrar o próximo do trabalho que lhe compete.
Amar não significa manter o ser amado ao nosso lado, quando ele deseja viver outras experiências. Amar é auxiliar a ser feliz, a ser melhor, a crescer para Deus.
A razão lúcida ilumina e dirige o coração. O coração que aprendeu a amar suaviza e dulcifica o raciocínio.
A sabedoria e o amor são duas energias que se complementam, na perfeita harmonia da vida.
Nem determinações duras e implacáveis, nem pieguice e conivência com equívocos.
Quem ama e sabe, educa e ampara.
Acalenta, mas liberta.
Texto da Equipe de Redação do Momento Espírita.

quarta-feira, 6 de março de 2013

No esplendor do Bem


 Abre o coração à luz do bem para que a luz do bem te clareie o caminho.
Qualquer criatura afeita à dominação no mundo enriquecer-se-a de ouro, mas somente aqueles que se entreguem à inspiração da bondade conseguem enriquecer o ouro terrestre da alegria e de luz.
No entanto, para que possamos realizar semelhante operação na química do espírito, é imperioso que a fraternidade infatigável nos aconselhe, orientando-nos a jornada.
Por isso mesmo, na exaltação da solidariedade, é necessário que nossa alma incorpore a si mesma a humildade e o amor, para que os nossos gestos consigam frutescer em talentos de felicidade real.
A moeda guardada no arquivo da sovinice cria a aflição e a intranqüilidade nas mãos que a sepultam no cofre do exclusivismo, mas aquela que se transforma na gota de leite para a criança subnutrida ou no remédio adequado para o doente é bênção de paz em apoio daqueles que a distribuem.
Dá-te ao trabalho constante em que o suor se te converta na fortuna indispensável a quantos te partilham a marcha, certificando-te de que a vida vitoriosa é aquela que oferece curso livre à distribuição dos valores da experiência e do amor ao próximo, a fim de que a saúde e a higiene, a educação e o conforto, o humanitarismo e a compreensão se façam patrimônio comum a todos os que cercam.
Recorda que a lama cultivada produz o pão que alimenta e não olvides que o espinheiro, em pleno deserto, com a simples visita do orvalho se veste com a flor que perfuma.
Onde estiveres, ampara e auxilia sempre, recordando Jesus, que, sem uma pedra onde repousar a cabeça, confiou-nos a todos o próprio coração, em forma de renúncia, no serviço incessante, enriquecendo-nos de paz e amor, ante a Vida Imperecível.
pelo Espírito Emmanuel - Do livro: Reconforto, Médium: Francisco Cândido Xavier.

domingo, 3 de março de 2013

Coração: A Memória da Vida


 “O homem bom do bom tesouro do coração terá o Bem, e o mau do mau
tesouro terá o mau: por que a boca fala do que está cheio o coração”.
Toda criatura vive em função do universo de idéias e sentimentos que lhe são próprios.
Vivemos a nossa realidade psíquica a todo instante. Não conseguimos agir e realizar nada sem a sua participação.
Cada Ser humano possui duas fontes de energia que determinam sua vida psicológica: o cérebro e o coração.
Cérebro e coração são complexas engrenagens psíquicas em evolução contínua há milhares e milhares de séculos. Cada uma registra materias psíquicos bastante distintos. O cérebro, em sua função primordial: pensa e raciocina, calcula e memoriza, imagina e compara, indaga e reflete, analisa e conclui. O coração sendo a organização sensível do Espírito não tem nada a ver com o coração de carne, que apenas reflete as energias do coração espiritual. É patrimônio do Espírito imortal, onde estão registrados e armazenados, de forma inconfundível, os múltiplos tipos de sentimentos, e desejos que a pessoa criou e sentiu, experimentou e vivenciou em toda a sua trajetória reencarnatória na esteira dos séculos.
Deus não criou o Espírito humano já pronto e acabado, com inteligência e sentimento complexos. Somos o resultado natural e fiel da ação de nosso próprio livre-arbítrio no tempo, em obediência a Lei de Ação e Reação.
Do coração nascem os desejos e emoções, todos os vícios e virtudes, as boas ou más tendências, os bons ou maus sentimentos, o caráter em cada pessoa é o resultado da soma dos valores íntimos com tendências predominantes para o Bem ou para o Mal, dependendo do potencial do bom tesouro ou do mal tesouro de sentimentos guardados no coração. Assim ensinou Jesus.
Meu Mundo Particular: Meu coração
 Há dois mil anos, Jesus - o Divino Psicanalista, ensinou-nos com clareza os segredos do coração, tão pulsante, impulsivo e misterioso em cada pessoa. Ele em poucas palavras, esquadrinhou com profundidade o essencial do Ser humano. Tudo que possuí-mos por dentro de nós, nos escaninhos mais profundos do coração é responsabilidade do próprio espírito, pois ele é que criou e está construindo através do livre-arbítrio.
Nas engrenagens sutis e imponderáveis do coração, cada criatura possui o seu bom tesouro ou mal tesouro, ou seja a sua estocagem de bons ou maus sentimentos registrados na forma de reflexos psíquicos.
O cérebro humano com pouco mais de um quilo de células e humores neurais, com sua engrenagem complexa e delicada de conexões, não é propriamente a sede da inteligência e nem do sentimento, pois esses talentos são do Espírito, que verdadeiramente organiza, supervisiona e comanda todos os filamentos e conjunções dos mais simples aos mais complexos. A química super apurada do cérebro material é toda trabalhada e ativada pelo cérebro espiritual cuja fonte
primordial é a química mental.
O Mau Tesouro no Coração
As almas que em vidas passadas, pelo seu descuido e indisciplina, ódios e paixões, revolta e más ações, que logicamente não cuidaram do Bem e do amor verdadeiros, hoje são vítimas de suas próprias criações infelizes, por armazenarem no coração muito mais o mal tesouro referido por Jesus. Fazem surgir na existência atual, em seu automatismo emocional: sintomas psicológicos desagradáveis e doentios, vícios arraigados, enfermidades psíquicas das mais simples às mais complexas, atitudes inconvenientes, paixões sexuais e ações de crueldade e vingança. Tudo isso constitui resultado muito natural de seus próprios desatinos em vidas pretéritas, manipulando as forças do desejo, das ambições do instinto sexual para o egoísmo e orgulho, a paixão e crueldade, a vaidade e o poder. Carregamos por dentro de nós, nossas próprias obras de vidas passadas.
Cada um de nós é responsável direto pelo Bem ou pelo mal, pela luz ou pela sombra, pela harmonia ou pelo desequilíbrio, pelas energias saudáveis ou desagradáveis, pelo pântano de tristeza ou pelos jardins de alegrias, que se encontram bem vivos nos mecanismos invisíveis do coração.
O Centro da Vida
É o coração que comanda o cérebro e não o contrário. No coração mora o centro  de nossa vida. Nossas palavras e conversações não nascem primeiramente do cérebro e sim dos arquivos ainda imperceptíveis do coração.
Afirmou o Mestre das Almas: “...a boca fala do que está cheio o coração.” ( Mateus, 6:45). As larvas incandescentes de nossos maus sentimentos, nascidas dos arquivos obscuros do coração, sobem para o cérebro, materializando-se nas idéias e atitudes, palavras e ações. Lançando o fogo das paixões e emoções tresloucadas ao chão das experiências humanas, queimamos, destruímos e infelicitamos as criaturas de nosso mundo de relação que não escapam de nossas violentas arremetidas emocionais.
É muito mais fácil aplicar e desenvolver a inteligência, através da leitura e do estudo sistemático na formação da cultura e sabedoria do que revolucionar e educar o turbilhão dos maus sentimentos e más tendências para o caminho do Bem verdadeiro na formação do amor fraternal e da humildade. É por isso que o trabalho de educação da criança e a auto-educação pelos adultos é tão difícil, árdua e dolorosa.
O Bom Tesouro do Coração
Um bom sentimento constituindo o bom tesouro do coração, logicamente não produzirá uma emoção desequilibrada ou um ato criminoso. Árvore boa no coração do homem bom não poderá dar o mau fruto das más ações. É preciso cuidar com muito carinho e devoção as engrenagens delicadas do coração se desejamos aperfeiçoar nossos desejos e sentimentos para a prática das boas ações.
Se somos infelizes no muito íntimo, isso acontece por conservarmos o mau tesouro no coração. Não é justo culpar a ninguém pelo que estamos experimentando: as torturas intimas, os problemas psicológicos, as patologias psíquicas e os estados obsessivos e sim a nós mesmos, pois somos os responsáveis por estes tormentos íntimos.
O homem com mau coração não é mal na essência, pois Deus não criou ninguém para o mal irremediável.
A Lei de Deus é Lei de Evolução, para todos os Espíritos; temporariamente, o mau tesouro poderá predominar nos arquivos sensíveis do Ser e não eternamente.
Todo Espírito, por mais ignorante, perverso e criminoso, se buscar sinceramente a educação de si mesmo na escola de amor ao próximo, da caridade desinteressada e da humildade sincera e da correção de seus maus sentimentos, mudará para sempre e de forma definitiva o seu destino para melhor na conquista da Luz Divina, no aperfeiçoamento moral e da consciência tranquila.
Para tal cometimento educacional, a vontade em cada Espírito deverá ser superior a todas as forças negativas do coração afim de conseguir superar a si mesmo nas lutas e experiências reencanatórias.
Walter Barcelos

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Divulgador do Bem e da Luz


O trabalho de divulgação espírita tem sua base assentada no livro, que dissemina luz e consolo para aqueles que podem ler as suas páginas ou ouvir as suas palavras, quando estas são gravadas em áudio.
Percorrendo a história, pode-se constatar que o livro sempre marcou presença nos principais eventos da humanidade, seja anotando seus feitos ou influenciando os destinos. Desde os primeiros tabletes de pedra, em cujos sulcos foram esculpidas as letras do direcionamento quanto às claridades celestes, até os mais avançados instrumentos midiáticos, eletrônicos e digitais, que registram e disseminam o conhecimento pelos rincões de todo o mundo, o livro tem sido o responsável por catalogar e impulsionar as realizações do ser humano em sua trajetória evolutiva.
O livro espírita é manancial de infindáveis recursos de esclarecimento e pacificação de almas aflitas, sofredoras e desanimadas ante as provas da vida.
Por isso, a difusão doutrinária mantém-se firme nas letras do repositório espiritual coligido no acervo literário. Conteúdos de ensinos renovadores inspiram homens e mulheres a visualizarem os caminhos do amor.
A guerra cede espaço à paz.
O ódio dissipa-se ante as forças invencíveis da abnegação.
O mal temporário esvae-se diante do imorredouro poder do divino bem.
As sombras dissipam-se perante as claridades da luz.
O livro folheado, lido, estudado, pensado e vivido tem incomensurável poder de realizar a transformação dos corações temporariamente perdidos, resgatando-os à razão da existência imortal para a qual todos fomos criados.
Benditas as mãos que semeiam luzes de compreensão, bênçãos de paz e palavras de estímulo.
O poder do verbo registrado é infinito quando atua na renovação individual e mudança coletiva da humanidade inteira.
Divulguemos o livro espírita para que o Reino de Deus aproxime-nos mais, e cada vez mais rapidamente.
Geraldo Campetti Sobrinho
Livro espírita para um novo mundo!